1. Spirit Fanfics >
  2. O Enigma do Príncipe >
  3. Proteção

História O Enigma do Príncipe - Proteção


Escrita por: stormary

Notas do Autor


Aloha!

Um aviso importante:

Eu estou estudando no magistério há quatro anos, e na segunda eu começo meu estágio, então isso quer dizer que eu preciso fazer muitos planejamentos pelos próximos seis meses, já que vou assumir minha turma de pimpolhos.
Sendo assim talvez eu precise mudar os dias de postagem, porque não sei se consigo postar todos os dias (ou noites) como faço, MAS É SÓ TALVEZ, então caso atrase um dia ou outro é porque cheguei muito morta e não deu tempo de escrever, porque não tenho nada da fic pronta, ela saí da minha cabeça, pro site.
Então se eu sumir um dia, não morri, apenas estava envolvida em outra coisa, mas vou fazer o possível pra manter o nosso ritmo de postagem, porque amo muito escrever ela e amo muito vocês também.

Capítulo 48 - Proteção


Severo e Narcisa aparataram já dentro do quarto do novo diretor de Hogwarts. Ele a guiou até o sofá e sentaram-se. Snape passou os olhos pelo corpo da mulher, buscando algum sinal de ferimento. Já ela estava com o pensamento meio perdido; claro que agradeceria muito por ele ter a tirado de onde estava, mas ao mesmo tempo não entendia o porquê dele ter feito isso depois de tudo que disse a ela. Parecia que ele aprimorava cada vez mais o dom de confundi-la entre as palavras e os gestos.

- Está sentindo alguma coisa? – ele perguntou baixo.

- Estou com o corpo dolorido. Minhas costas principalmente. Estão ardendo. – respondeu.

- Certo. Deixe-me ver. – ele pediu.

- Severo, não acho que...

- Narcisa. – ele a interrompeu. – Quero cuidar disso. Vire-se e deixe-me ver. – um breve silêncio. – Por favor.

Ela ainda hesitou alguns instantes antes de virar-se de costas para ele no sofá e puxar os cabelos para frente. Severo desceu devagar o zíper do vestido da mulher e afastou lentamente o tecido pelos seus braços. Os cortes extremamente finos marcavam a pele alva e perfeita dela em pequenas linhas, mas não sangravam mais. Agradeceu por não serem tantos e não tão fundos, como os que ele estava acostumado a sofrer, entretanto  certamente deixariam alguma cicatriz. Quase nenhum ferimento causado por magia negra desaparecia por completo, e seu corpo marcado era a prova viva disso.

- Está sentindo isso em mais algum lugar?

Seu tom de voz continuava baixo, o que lhe deixou impressionado. Tinha vontade de ir até a Mansão Malfoy e acabar de vez com Lúcio e Bellatriz, mas sabia que por mais que seu ódio estivesse à flor da pele, cuidar de Narcisa era mais importante que sua vingança.

- Na barriga, mas menos. – ela respondeu.

- Eu vou preparar um banho com algumas ervas para você, para darmos um jeito nisso. – ele levantou-se. Cissa levantou-se também, segurando o vestido, para que o tecido não descesse por completo. – E vou pôr suas coisas no quarto. Draco está nos seus aposentos, mas hoje você passa a noite aqui.

- Eu não acho isso necessário, Snape, posso muito bem ficar com Draco...

- Escute. – ele se aproximou, mas Narcisa recuou um passo. – Eu entendo que esteja querendo ficar longe de mim, mas eu já passei por coisas muito parecidas e sei como a noite depois disso posse ser horrível. Então passar a noite aqui, não significa passar a noite comigo.  Só quero garantir que vá ficar bem. – ele não esperou uma resposta, seguindo para dentro do quarto.

Cissa ficou parada no lugar alguns instantes, antes de respirar fundo e seguir para o mesmo lugar. Severo estava dentro do banheiro e ela pode ouvir o barulho da banheira enchendo. Sentou-se na cama e ficou observando o reflexo dele pelo espelho na fresta da porta. Ele voltou para o quarto secando as mãos em uma toalha e lhe indicou o banheiro com um aceno de cabeça. Narcisa entrou e fechou a porta, despindo-se em seguida e prendendo os cabelos num coque alto. Entrou na banheira e sentiu prontamente a sensação de ardência deixar-lhe o corpo. Os locais que antes doíam estavam agora com uma sensação boa de formigamento.

Permitiu-se ficar ali bons minutos, até sentir a água começar a esfriar. Saiu da banheira e foi até a ducha, jogando uma água no corpo para retirar as ervas e secou-se, saindo de volta para o quarto enrolada no roupão. Snape, que estava mexendo na cômoda não virou-se para ela, pelo menos não em primeiro momento. Pegou sua camisola e voltou para vestir-se no banheiro. Quando retornou para o quarto já encontrou o homem também com a calça fina que usava para dormir e a camisa preta e desbotada.

- Está melhor? – perguntou. Narcisa apenas assentiu. – Não pretende falar comigo?

- Estou apenas tentando entender mais uma das suas mudanças de humor, porque está ficando cada vez mais difícil. – ela disse. – Joga tudo aquilo na minha cara e depois vai atrás de mim. Age como um babaca e depois... – ergueu as mãos como se estivesse se rendendo. – Desisto de entender.

- Eu conto o que me fez agir daquela forma. – ele disse. – Mas primeiro... Me diga o que fizeram com você.

- Está negociando? – ela cruzou os braços chocada.

- Não. – deu um passo em direção a ela. – Quero saber o que aconteceu para tomar as medidas necessárias. Para você se recuperar da forma certa.

- Veja. – respondeu baixo.

- O quê?

- Use a Legiliminência e veja. – sentou-se na cama, exausta.

- Tem certeza?

- Faça de uma vez.

Severo ergueu a varinha em direção a ela. Legilimens. E então estava na mente de Narcisa. Não precisou vagar muito para encontrar o que estava procurando.

Narcisa parecia irada enquanto apontava a varinha direto no peito de Bellatriz. Mas a morena ria, a chamava de fraca. Era claro que ela não conseguiria machucar a irmã, por pior que fosse. Cissa não era assassina. Então a figura masculina entrou na sala, em passos silenciosos e ergueu a varinha contra a mulher.

- Crucio. – disse como se fosse a palavra mais bela que existisse.

Cissa caiu para o lado deixando escapar um gemido de dor, enquanto seu corpo se contorcia em espasmos.

- Bela varinha. – Bellatriz olhou Lúcio.

- Terá mais utilidade nas minhas mãos no que na do sangue ruim que era dono dela. – ele riu descendo os olhos para a esposa, que tentava sentar-se no chão. A respiração ofegante fazia o cabelo que havia caído em seu rosto movimentar-se. – Posso saber que tipo de problemas minha adorável esposa está causando? – debochou.

- Parece que ela está querendo que seu filho continue o maricas que é. – Bella respondeu.

- Que tipo... De pessoas... – Narcisa puxou o ar com força. – Vocês são?

- Somos os vencedores. – Lúcio aproximou-se, abaixando-se ao lado dela. – E queremos transformar Draco em um. Sendo assim, eu tiro qualquer um e qualquer coisa do meu caminho. Já lhe avisei milhões de vezes, querida. Não se meta na educação do nosso filho.

- Meu filho não vai ser um monstro nojento como você...

- Crucio. – ele bradou de novo.

Ela tornou a cair para trás, sentindo lágrimas lhe transbordarem os olhos. Quando a dor diminuiu, ainda sentia o ar faltar nos pulmões.

- Acho que falta para você um pouco de educação familiar, Cissa, querida. – Lúcio riu. – Ela é toda sua, Bella. – piscou para a cunhada. – Divirtam-se.

Com essas como as últimas palavras, ele deixou a sala. Bellatriz virou-se para a porta e a trancou com um aceno da varinha, voltando-se para Narcisa, que tentava recompor-se, sentada no chão.

- Nunca esperei tanto por um momento como por esse. – ela abaixou-se em frente a irmã, pegando a varinha dela que estava caída no chão. – Cissa sempre a mais bonita, a mais amada por todos, a mais querida. A irmãzinha mais nova. A Black perfeita. – desdenhou. – Você é uma vergonha. Só isso. – disse. – Quero só ver o que o seu mestiço vai achar quando eu terminar de marcar você.

- Você é....

Narcisa não teve tempo de terminar, sentindo suas costas arderem apenas com um movimento da varinha da irmã, enquanto seu corpo se contorcia em mais uma cruciatos.

- Onde ele gosta de tocar você? – Bella perguntou em um tom teatral. – Não importa, na verdade.

Moveu a varinha de novo, soltando um riso ao ouvir a mais nova gritar de dor.

Snape sentiu Narcisa puxar-lhe para fora da lembrança e estava de volta em seus aposentos, tão ofegante quanto a mulher que estava sentada na cama a sua frente.

- Não tem muito mais. – ela disse com a voz baixa. – Mais uma ou duas cruciatos e eu desmaiei.

O homem passou a mãos pelos cabelos. Como havia sido imbecil em pensar que a distância a protegeria, de pensar que pelo menos uma vez havia tomado a decisão certa. Aproximou-se da cama e se abaixou em frente a Narcisa.

- Na manhã em que Draco levou você até a minha casa, pouco tempo depois que vocês saíram, seu marido esteve lá. – começou. – Lúcio deixou bem claro que se eu não me afastasse, algo bem ruim ia acontecer com você. Então pensei que se fizesse você me odiar a ponto dele perceber, ele te deixaria em paz. Por isso falei todas aquelas coisas, para afastar você.

- Me impressiona a sua capacidade de ser tão tolo as vezes. – ela disse. – A insegurança dele vai muito além da minha...

- Da sua? – ele ergueu a sobrancelha, esperando ela continuar.

- Da minha paixão por você. – teve vontade de morder a língua, mas era tarde demais. Snape espantou-se com as palavras, mas não demonstrou nada além de uma leve ruga na testa. – O problema dele é a interferência que tenho nas coisas que ele quer fazer com Draco, a questão do dinheiro da minha família que fez metade da fortuna que temos... Ele acha que eu sou a garantia dele, é esse o problema. Me perder para você seria perder tudo isso... – suspirou. – E eu sei que estava tentando ajudar quando se afastou, mas eu falei sério quando disse que desisti de entender você. Falar comigo seria mais fácil do que jogar tudo aquilo na minha cara. Seu humor e esse comportamento... Argh! Isso me confunde, e é ruim. Não dá mais pra aguentar, entende?

- Você está certa. O problema é que só sei fazer as coisas da forma mais complicada. Sempre. – disse. – Minha vida sempre foi simples, Narcisa. Eu tinha apenas dois extremos, o ódio e o amor. E não preciso dizer o que, ou quem eles significavam para mim.

- Tiago e Lílian...  – ela disse baixo.

- Mais ou menos por aí. – concordou. – Mas as coisas mudaram de uns anos para cá, e depois do nosso voto perpétuo devo dizer que viraram de cabeça para baixo. Eu não sei se isso é bom, ou se vai se encaixar na parte do ódio. Mas eu sei que por enquanto, a única certeza que eu tenha é a de proteger você. Eu não sei porque, mas sei que preciso.

- Está me deixando confusa de novo. – ela disse. Severo deu um sorriso de canto.

- Só me deixe cuidar de você. – aproximou-se dela. – Começando agora, hoje. E prometo fazer o possível para ser menos... Eu.

Narcisa sorriu fraco.

- Que graça teria ser menos você? – colocou a mão no ombro dele e apertou de leve. – Só sem mais surtos de Comensal. Eu sei o que você faz e precisa fazer, mas não quero que diga.

Ele assentiu.

- Essa ano vai ser longo. – disse. – E talvez mais difícil do que possamos imaginar.

- Mas eu não vou a lugar nenhum, mesmo assim. – disse baixo e sorriu.

- Me ensine a agradecer por isso. – respondeu no mesmo tom.

Aproximou-se dele e o abraçou. Como sempre Severo ficou com a postura rígida alguns segundos, antes de sutilmente colocar as mãos em sua cintura.

- Agora descanse. – disse à ela separando o braço devagar. – Eu vou ficar aqui, se não se importa. O sofá não me parece uma boa opção.

Narcisa assentiu e ajeitou-se na cama, deitando-se. Snape deitou ao lado da mulher e apagou a luz com um aceno da varinha e ajeitou-se nos travesseiros. Sentiu-a virar para ele e pegar-lhe a mão.

- Boa noite. – ela disse baixo.

- Boa noite. – sua voz saiu rouca.

O homem respirou fundo. Nunca se sentira tão confuso em relação a alguma coisa. Narcisa admitira que estava apaixonada por ele, e o que tinha a oferecer? Só sabia sentir o amor que sempre fora de uma só mulher.


Notas Finais


Tcharam! Snacissa sem beijo? Pois é, não tá 100% reconciliado ainda.

Opiniões e sugestões sempre bem vindas. Vejo vocês nos comentários.

Um beijo na nuca esquerda e até.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...