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História O espírito da ópera - União oficializada


Escrita por: CRIS75950

Capítulo 31 - União oficializada


Fanfic / Fanfiction O espírito da ópera - União oficializada

Naquela noite, Raoul não conseguiu mais dormir. Aquela imagem macabra não saía da sua cabeça.

-Eu o vi!..-disse o jovem visconde enquanto descrevia a cena hedionda.-Ele estava bem aqui na minha frente! Ele apertou o meu pescoço!

Phillipe suspirou profundamente enquanto ouvia as palavras insadecidas do irmão caçula.

-Raoul, não tinha como alguém entrar aqui...

-Mas não era uma pessoa!... Era o demônio!

-Raoul, já é a segunda vez que você fala que está sendo assombrado por algo estranho...Estou começando a me preocupar com você.

-Eu não estou louco, Philipe! Eu o vi de verdade!

-A partir de hoje você dormirá no meu quarto. 

-Por que você não acredita em mim?!

-Por que essas coisas não existem, Raoul! E você já está passando dos limites! Aquela garota está deixando você maluco.

Phillipe saiu do quarto resmungando. Raoul permaneceu sentado e decidido a descobrir o que realmente estava acontecendo. 

-Tem alguma coisa envolvendo aquele teatro...e Christine também. Vou descobrir o que é.

Naquela tarde, Raoul decidiu fazer uma visita a Sra. Valérius. Chegando lá, bateu na porta e foi atendido por Juliette.

-Posso ajudá-lo, monsieur?

-Eu vim falar com a Sra. Valérius.

-E quem é o senhor?

-Visconde Raoul de Chagny.

-Pode entrar, monsieur.

Raoul entrou e Juliette pediu que ele aguardasse na sala. Momentos depois, a Sra. Valérius desceu às escadas. 

-Boa tarde, senhora..

-O que o senhor queria falar comigo, monsieur?

-Eu queria perguntar sobre a Christine.

-Como assim? O que deseja saber sobre a minha pequena Christine?

-Eu estou preocupado com ela... Tem alguma coisa naquele teatro que não está certo..

-Mas do que o senhor está falando, monsieur? 

-A senhora deve saber que ocorrem muitos acidentes e acontecimentos estranhos naquele lugar.... Todos falam de um suposto fantasma que habita nos subterrâneos da ópera e...eu mesmo já o vi e ouvi duas vezes.

-Monsieur, o senhor está bem? 

-Minha senhora, por favor... não pense que sou algum insano ou coisa do tipo. Eu juro que vi "a coisa" que assombra a ópera Garnier...Tem os olhos do diabo e uma aparência monstruosa!

A Sra. Valérius encarou Raoul pensando que estivesse fora de si ou simplesmente sofrendo de algum delírio.

-O senhor o viu?

-Sim, eu o vi... É tenebroso... Repugnante... Diabólico!

-Senhor visconde, eu sinceramente não estou compreendendo o senhor... Está me dizendo que o tal Fantasma da ópera existe e que o senhor o viu de perto?

-Exatamente.

-Perdoe-me, monsieur...mas o senhor faz uso de algum medicamento? 

-Minha senhora, eu juro que estou completamente são! Christine Daaé pode estar correndo perigo naquele lugar.

-Perigo? Minha Christine está feliz em fazer parte da companhia. Tenho certeza que um dia será a nova estrela daquele teatro.

-A senhora não está me entendendo... Aquele monstro que habita as catacumbas da ópera, pode muito bem ser o manipulador de todos aqueles eventos trágicos que ocorreram. Incluindo a queda do lustre que matou a sua sobrinha.

-Meu jovem, aquilo foi um trágico acidente...

-Um acidente causado pelo demônio que vive nos subterrâneos da ópera!

Nesse momento, Aurora estava ouvindo toda a conversa atrás da porta de um outro cômodo da casa.

-Monsieur, o senhor definitivamente não está bem...-continuou a Sra. Valérius.-Eu o aconselho a procurar uma ajuda médica o mais rápido possível...

-Eu já disse que estou são, minha senhora! Acredite em mim, eu não estou louco! A senhora precisa acreditar em mim... Eu juro pela alma de meu pai que eu o vi!

-Senhor visconde, fantasmas não existem. E se existissem, não cometeriam crimes desse tipo.

-É mais do que um fantasma, senhora... é um monstro.

Depois de um longo suspiro, a Sra. Valérius levantou-se e disse:

-Senhor visconde, infelizmente não posso mais lhe dar atenção. Tenho alguns assuntos para resolver. E eu peço encarecidamente que o senhor deixe a minha pequena Christine em paz. Ela já sofreu muito e não precisa de mais este incômodo em sua vida.

-Está bem... Perdoe-me por ter vindo até aqui. Com licença.

Assim que Raoul saiu, Aurora decidiu ir atrás dele, saindo pela porta dos fundos.

-Espere, monsieur visconde!...

Antes de subir na sua carruagem, Raoul perguntou:

-Pois não?

-Me chamo Aurora Durand, monsieur. Sou a noiva de Alfred, sobrinho da Sra. Valérius.

-E o que a senhorita deseja?

-Eu vim dizer que acredito no senhor...

-Acredita?

-Sim, monsieur... O que o senhor teme é real.... não é um fruto da sua imaginação ou algo do tipo... O Fantasma da ópera existe de verdade. E eu sei quem ele é.

-Como pode saber?

-Podemos conversar em um lugar mais reservado se o senhor quiser.

-Está bem. Vamos.

Raoul então conduziu Aurora em sua carruagem até um pequeno bistrô da cidade. Chegando lá, os dois sentaram-se em uma mesa afastada das outras. O lugar estava vazio naquela hora da tarde.

-Aqui poderemos conversar tranquilamente...-disse Raoul.-Então me diga, srta. Durand, quem é esse ser que assombra o teatro da ópera?

-Se chama Erik...ele era o ilusionista do circo do meu pai há onze anos atrás. Toda essa história de fantasma foi invenção dele próprio para manter as pessoas afastadas dos subterrâneos.

-Está me dizendo que aquilo é uma pessoa???

-É lógico que sim, monsieur. O senhor pensou que fosse algum tipo de entidade ou demônio?

-Para falar a verdade eu achei que fosse sim...A aparência dele é horrenda!

-Senhor visconde, Erik não é um Fantasma e muito menos um demônio... É um ser humano como o senhor e eu. Infelizmente ele nasceu com aquela aparência hedionda. Mas é um excelente artista profissional...  Mestre do ilusionismo, conhecedor de armas brancas, um gênio musical e...um homem romântico.

-Santo Deus... então você já o conhecia?!

-Desde criança, monsieur... Erik e eu trabalhávamos juntos no circo do meu pai. Eu era bailarina e ele o nosso mágico mascarado.

-Por que não o entregou para as autoridades? Ele é um assassino perigoso! Matou pessoas inocentes!

-Eu não tenho coragem, monsieur... Eu o amo muito.

-Você o ama???... Como consegue amar aquele monstro assassino?!

-Difícil explicar...eu o amo desde criança, monsieur...Erik nunca foi um assassino. Ele era doce e gentil...

-Christine está correndo perigo naquele lugar...

-Não se preocupe com a Srta. Daaé, senhor visconde... Erik está completamente apaixonado por ela.

Raoul engoliu em seco e encarou Aurora com profundo pavor.

-Apaixonado???

-Infelizmente sim... ele ama Christine, monsieur.

-Então agora tudo faz sentido... Todos esses acontecimentos na ópera... Todos esses acidentes...

-Sim, monsieur...Erik é o responsável por isso tudo.

-Os diretores da ópera precisam saber disso!... Todos precisam saber!

-Por favor, monsieur... Não conte nada aos administradores do teatro!

-Como não? Tem um assassino residindo debaixo dos pés deles!

-Erik se tornou um assassino por causa de Christine! Ele faz é capaz de tudo por ela...Se o senhor a ama de verdade, tire-a de Paris para sempre.

-Christine não me ama...ela me odeia... Ontem eu a pedi em casamento e fui vergonhosamente rejeitado!

-Então a tire a força de Paris!.. leve-a para bem longe daqui... Para a Inglaterra, Espanha, Itália, qualquer lugar. Erik ficaria desolado... sozinho.

-Eu não posso simplesmente tirá-la daqui contra a vontade dela! Seria sequestro!

-Prefere perdê-la para sempre? 

-Por que? Você acha que Christine ama aquele... aquele monstro???

-Esse "monstro" é o anjo protetor dela, monsieur... Com certeza ela também o ama.

Raoul ficou em silêncio por alguns instantes. Sentiu um medo profundo... Imaginar perder Christine para um assassino psicótico seria terrível demais. Depois de alguns minutos, respondeu:

-Pois bem, senhorita...eu não vou dizer nada aos diretores sobre isso. Vou tentar seguir o seu conselho. Mas caso isso não der certo, vou entregar esse assassino às autoridades de Paris.

-Obrigada, monsieur.

Enquanto isso na ópera, os ensaios chegaram ao final. Christine foi direto para o seu quarto. Assim que entrou, encontrou um buquê de rosas vermelhas sobre a cama com um bilhete. Pegou o bilhete e o abriu:

"Hoje eu quero fazer algo que nunca fiz em toda minha vida... Tenho uma surpresa especial para você, minha estrela... Algo que espero que seja do seu agrado."

A curiosidade de Christine despertou. Rapidamente, ela trocou de roupa e desceu até os subterrâneos da ópera. Seu coração batia acelerado. 

Assim que abriu a porta da sala da morada do lago, deu de cara com vários arranjos de flores em torno do ambiente. Rosas, camélias, tulipas e orquídeas decoravam a sala. O fogo crepitava na lareira. A mesa estava posta com um magnífico jantar. Erik se aproximou trajando uma camisa preta, um colete preto, calças e botas. Estava absurdamente atraente trajando preto da cabeça aos pés. 

-É essa a surpresa?-perguntou Christine com um sorriso.

-Quase...

Erik ofereceu a mão para ela e a conduziu para o centro da sala. Segurou as mãos dela e olhou fixamente nos olhos dela e disse:

-Nestes últimos meses, você se tornou a pessoa mais importante da minha vida... No início eu me recusava a aceitar esse sentimento porque... porque a nossa diferença de idade é um pouco grande. Para mim, você era apenas uma aluna...uma filha... Agora, se tornou a mulher da minha vida...a mulher pela qual estou fortemente apaixonado...A mulher que eu amo e desejo... Desejo com uma ardência sufocante....

Christine sentiu a respiração dele em seu rosto e fechou os olhos. Seu coração acelerou bruscamente quando sentiu os lábios dele beijarem o seu pescoço com suavidade. Sentiu a mão dele pousar na sua cintura. Christine sentiu seu peito vibrar e a transpiração aumentar. Erik beijava seu pescoço com mais intensidade. 

-Era esta a surpresa?-sussurrou Christine no ouvido dele.-Pretende fazer amor comigo?...

Erik a encarou com o olhar flamejante e o coração acelerado.

-Esse é desejo que me consome todos os dias... Sentir o calor da sua pele sobre a minha... Sentir o seu gemido no meu ouvido enquanto demonstro toda a minha virilidade dentro de você... Não sabe o quanto estou excitado e morrendo de desejo de possuí-la neste instante...

Erik respirou fundo e continuou:

-Mas não é isso...Quero lhe fazer um pedido...

Erik então abriu uma pequena caixinha vermelha aveludada. Dentro dela, havia um lindo anel de ouro com uma safira no meio.

-Christine Daaé... você aceita ser a minha esposa?

Os olhos de Christine brilharam como duas estrelas. Ela abriu um largo sorriso e respondeu:

-É claro que aceito.

Erik não conteve as lágrimas e sentiu as pernas amolecerem. Com as mãos trêmulas, colocou o anel no dedo dela e beijou sua mão. Erik mal podia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo. Ajoelhou-se diante dela e beijou a barra do seu vestido e desabou em lágrimas com o rosto afundado na barra da saia do vestido de Christine... 



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