“Quando eu ainda morava no Olimpo, eu ouvia as histórias sobre a minha mãe. Ouvi principalmente sobre a Terástio Asiménio Dóry, a lança que ela criou para perfurar seus inimigos mais poderosos. Sei que para derrotar Tifão, ela usou essa enorme lança para perfurar um de seus olhos.” -Angelos
Um grito estridente é escutado por todos na guerra. O grito mostrava a dor da sofrida e aterrorizava seus inimigos. Logo, caindo do céu, os flocos de neve assolavam toda a região. Uma grande nevasca viria, e ela cresceria, cresceria, até possuir todo o mundo, até que o transformasse em gelo. Despina olhava o céu, via a neve caindo, sentia seu poder crescendo, e se questionava, porque sua mãe teria feito aquilo. Nero, ao lado de Despina, estava com seus olhos vermelhos, como rubis, e encarava diretamente Éris, que seria o maior adversário. Quando Nero começou a se preparar para atacar com tudo, ele avisou ao seu grupo:
Irei ser o foco do ataque, enquanto vocês me cobrem, atacarei e matarei todos eles.
Despina sorriu, e começou a soltar uma pequena risada. Nero entendeu e disse:
Mudança de planos, time, eu fico na defesa junto com todo o resto, e Despina faz o que deve.
Nesse instante, a formação havia se concretizado, imitando um triângulo com um ponto central, Despina iria na frente, pronta para atacar, Hipnos e Thanatos ficavam atrás, na defesa e cuidando da retaguarda, Nero se encontrava no ponto central. E como um navio inabalável, eles avançaram. Despina foi diretamente contra os quatro do time inimigo, sozinha, mas encorajada. Como reação ao avanço, Ártemis e Apolo recuaram, a distância era sua vantagem por causa dos arcos, então preferiam mantê-la. Porém, Despina era mais rápida, muito mais rápida, se não fosse por Éris e Ênio, logo Despina iria alcançar os arqueiros. Éris se posicionou na frente de Despina, esperando receber seu ataque. Porém, ao subestimar Despina, Éris perceberia naquele mesmo instante, que havia cometido um erro ao deixar a deusa do inverno chegar tão perto. Com um único soco no rosto de Éris, Despina quase a matou. O soco havia fraturado toda a caixa craniana de Éris, causando várias concussões. Seu rosto, estava congelado, pelo toque da deusa, e com o impacto, estava quebrando sua cabeça. Éris foi arremessada para perto onde os arqueiros se encontravam. Ênio estava preocupada, após ver sua irmã ser nocauteada tão facilmente, perceberia ali mesmo que talvez não tivesse chance. Despina avança rapidamente contra Ênio, pronta para nocautear mais uma inimiga, porém, ao fazê-lo, inúmeras flechas foram disparadas em sua direção. Mas, mudando a direção de seu ataque para as flechas, quebrou todas, congelando-as. Todavia, baixou sua guarda ao dar suas costas para Ênio, que tentou na mesma hora apunhalar sua inimiga. Mas Hipnos conjurou seu feitiço rápido, tornando Ênio lenta o suficiente para Despina desviar do ataque. A luta estava claramente pendendo para Nero e sua equipe, visto que, Despina era o ataque perfeito. Querendo acabar rapidamente com a luta, Thanatos disse a sua equipe:
Vamos tentar fazer um golpe combinado, para que possamos terminar logo com isso. Irei criar um reforçamento de vitalidade para Despina, tornando-a invencível. Ela avançará com tudo, nos nossos inimigos. Provavelmente a batalha se estenderá até a floresta que está atrás dos arqueiros, e lá, será o funeral de todos.
Sem esperar a confirmação de seus aliados, Thanatos conjura o feitiço. Despina estava fortíssima, e percebe que aquele feitiço somente a deixaria invencível naquele momento, porque ela estava sendo auxiliada pelo Longa Hiens de sua mãe. Essas duas magias de reforço em Despina, faria ela desafiar até mesmo o próprio Zeus. Antes de avançar com tudo, Despina cria um reforço de gelo para suas mãos. Ela havia criado luvas com espinhos de gelo nas pontas, somadas à sua força naquele momento, ela mataria qualquer um com um soco na cabeça. Despina estava pronta, e avança com tudo, e Ênio, que estava distante o suficiente para se achar segura, morre com um único soco em sua face. A cabeça de Ênio quebra em pedaços. O sangue percorre toda a neve. Despina não espera, e soca novamente o corpo de Ênio, no peito, perfurando seu coração. Na hora que ela vai avançar contra os arqueiros, um brilho claro e dourado surge onde eles estão, na floresta adentro. Mas Despina ignora, e avança instantaneamente contra os arqueiros. Mas, ao entrar na floresta, alguém a ataca, fazendo-a voar para seus aliados, que estavam muito distantes para protegê-la. Por causa de sua velocidade, havia se afastado demais. Nero corre para ver como Despina está, e percebe que ela havia levado algum tipo ataque em seu estômago. Despina se levanta, parece estar bem e ignora o dano levado. E se prepara para avançar novamente, porém, dessa vez, Nero a segura no braço e diz:
Se você for agora, talvez não volte. Deixe-me mudar a formação, deixe-me no ataque.
Despina entende, e recua, ela não sabia dizer direito, mas sentiu em Nero que era melhor recuar e deixar ele tomar conta do ataque. Mas quando Nero se preparava par ir, Thanatos e Hipnos se pronunciaram:
Iremos com você, não podemos desperdiçar nosso potencial apenas defendendo.
Despina estaria sozinha na defesa, mas, não parecia ser tão ruim, visto que Despina podia não estar tão bem assim. Logo, os três avançam, e nesse instante, inúmeras flechas douradas vão em sua direção. Eles desviam, mas mais delas vêm. Pareciam infinitas. Aos poucos, ficava mais difícil desviar, até que em conjunto com as flechas, inúmeras lâminas de prata avançam contra os deuses ctônicos. Quando iriam acertá-los, Despina cria um escudo de gelo fortíssimo, defendendo seus aliados. Poderiam estar mortos agora, mas Despina os salvou. Porém, logo após o gelo se desfazer, uma pessoa com uma armadura dourada aparece entre o grupo, e corta com uma espada de ouro, as cabeças de Hipnos e Thanatos, de uma única vez. Nero fica preocupado, e tenta reagir rapidamente, mas quando menos espera, mais flechas vêm atrás deles, todas douradas. Fica impossível saber o que vai acontecer, iriam todos morrer num único ataque? Então, acontece o inesperado. Todas as flechas haviam acertado Nero, e a cavaleira dourada, havia penetrado o coração de Despina com sua espada brilhante. Nero cai no chão, e começa rir. Despina está caída no chão, vomitando sangue. A cavaleira dourada olha para os lados, e vê os corpos de Hipnos e Thanatos desaparecendo. Os risos de Nero se intensificam, ele não acredita no que está acontecendo. A cavaleira retira seu elmo, e os cabelos prateados caem, era Éris. Ela sorri e diz:
Que cena deprimente, é disso do que você é capaz, Cêcasmenos? Que tolice.
Uma voz atrás de Éris fala:
Vou mostrar para você... Do que eu sou capaz.
Éris reage rapidamente, com sua espada que vai em direção ao pescoço de Despina, e acerta. Porém, a espada se quebra. Despina estava com a pele em azul claro, e estava brilhando. Ela começou a levantar seu braço, de forma calma e lenta, em direção ao rosto de Éris. Por algum motivo, Éris não conseguia se mover, era como se ela tivesse congelada. Ao tocar o rosto de Éris, Despina se aproxima, e beija a bochecha de Éris, lentamente. E Éris se torna uma estátua de gelo dela mesma. Tudo começa a congelar, a floresta, os rios, e tudo ao seu redor. Despina anda calmamente até a floresta que Apolo e Ártemis está. Ela cria um tridente de gelo, enquanto está indo. Ao chegar dentro da floresta, ela vê os arqueiros, paralisados. Ela chega até Ártemis, e toca em sua mão. Ártemis começa a se congelar, e enquanto isso acontece, uma lágrima cai de seu rosto. Despina toca com seu tridente a testa da Ártemis, que está congelada. Ártemis quebra em vários pedaços, e logo ela vai se tornando parte da neve da floresta. Apolo estava paralisado, e era perceptível em seus olhos o mais profundo medo. Despina não iria congelá-lo, iria enfiar o tridente de gelo em seu peito. Mas quando iria fazê-lo, alguém surge na floresta e diz:
Deixe-me que eu mesma faça isso, querida.
Despina apenas olha atentamente para a pessoa que está falando e não reage. A pessoa apenas sorri e diz:
Eu sempre soube que você um dia iria se tornar a mais fria entre nós.
Despina pisca os olhos, olha para a deusa em sua frente e diz:
Eu admirava você.
A deusa apenas sorri, ela estende sua mão no ar e na frente de Despina, cria um tridente de gelo idêntico ao da deusa do inverno. Despina não reage, nem ao menos parece surpresa e diz:
Então é isso que você faz? Imita os outros? Poderoso, mas sem originalidade.
A deusa para de sorrir e diz:
Eu nunca quis nada disso. Mas as circunstâncias me fizeram tomar certas decisões. Não é você que deve matar Apolo, e sim o filhote de Hades.
Despina finalmente fica perplexa, e diz:
Como você sabe disso?
A deusa ri e diz:
É com isso que se preocupa agora? O amor realmente torna as pessoas tolas. Eu sei de muitas coisas, Monisi, é o meu dever. Sou a mais inteligente entre os olimpianos, mas também posso ser a mais rancorosa. Eu matarei Apolo, mas não posso deixar que o mundo saiba disso. Por isso, Cêcasmenos o matará, a minha maneira.
A deusa faz seu tridente de gelo se tornar uma espada de chamas negras, idêntica à de Nero. Despina continua perplexa e diz:
Você... É muito perigosa. Copia os poderes dos outros e... Os anula? Você não está sendo afetado pelo Longa Hiens. Atena... Você é extremamente perigosa. De que lado da guerra você está?
Atena começa a rir novamente e diz:
Eu estou do meu lado. Eu faço com que a guerra seja minha. Não importa quem vença ou quem perca, o meu objetivo será alcançado. E parte do meu objetivo começa aqui.
Atena pega a espada de chamas negras e enfia no coração de Apolo. Ele começa a se tornar cinzento, perdendo seu brilho. Até que ele se torna cinzas de verdade, e morre. Nesse mesmo instante, algumas figuras são mostradas. Em um quarto, escuro, há uma moça dormindo, ela acorda e mesmo assim sonha, com os olhos brilhando. Várias outras figuras ao redor mundo, e na guerra, começam a sonhar acordados, o mesmo sonho da moça. O sonho é de uma imensa criatura, maior do que uma montanha, possuidora de 1000 olhos, 1000 braços e com uma altura de 300 quilômetros. Um ser imensurável e monstruoso, que está no topo do mundo, rugindo e destruindo tudo o que toca e tudo ao redor. Uma besta aniquiladora de mundos. Com tornados, furacões e tempestades. No chão, vários cadáveres. No sonho, enquanto a besta monstruosa destruía tudo, alguém começa a caminhar em direção de algo, ao que parece, em direção aos que podem ver o sonho. Logo, este ser, que possuía uma estranha arma e vestes verdes, começou a dizer aos sonhadores:
Meus filhos e meus netos. Vocês estão fadados ao terrível destino. O tempo está passando, o fim de tudo se aproxima. E eu serei o espectador dessa batalha.
Ao terminar sua fala ele gargalha na frente dos sonhadores e estala os dedos. Despina acorda, vê Atena na sua frente, que estava sorrindo e diz:
Voltou do mundo dos sonhos? É bom mesmo que acorde, pois o fim está próximo.
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