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História O fantasma do 306 - Triste realidade


Escrita por: Otome-panda

Notas do Autor


😉

Capítulo 11 - Triste realidade


Eu olhava o céu azul deitada na grama. Era um dia ensolarado. Me sento e vejo D.O vindo em minha direção. Sua pele tinha um tom corado. Diferente do pálido habitual. Usava uma roupa branca solta. Diferente da preta formal e antiquada. Ele se senta de frente para mim sorrindo. Ele tem uma flor na mão e a coloca atrás da minha orelha sorrindo.

- D.O como...? - ele coloca um dedo sobre meus lábios me fazendo calar.

- Deixa eu aproveitar esse momento... Tem uma coisa que sempre quis fazer.

Ele me encara se aproximando aos poucos até seus lábios tocarem o meu em um beijo doce e delicado. Meu coração se acelera. Ele se afasta sorrindo.

- Isso é real?

- O que eu sinto é. - ele pega minha mão entrelaçando nossos dedos.

- Onde estamos? - parecia um campo.

Ele me deita gentilmente ficando sobre mim.

- Eu gosto de olhar para você. Principalmente quando está dormindo. - ele se aproxima de novo para me beijar. Então eu acordo. Encontro um par de olhos me encarando. D.O estava deitado do meu lado na cama.

- Viu não seria tão ruim ficar comigo.

- Você estava nos meus sonhos?

- Eu pensei que talvez desse certo, principalmente se eu me concentrasse. Ajuda o fato de você falar dormindo. - ele diz passando o dedo no meu rosto. Sinto seu toque frio.

Eu queria ficar ali com ele nos meus sonhos. Mas eu não podia. Me levanto rápido me afastando dele.

- Eu tenho que ir. - pego minhas coisas e vou para o banheiro. Respiro fundo.

Penso no sonho. Eu queria muito que aquilo tudo fosse verdade. Eu odiava o fato dele estar morto. Saio de casa o evitando.

Depois da faculdade passo na prefeitura. Enquanto eu espero olho envolta. Havia diversas coisas em exposição. Tinha fotos de todos ex prefeitos da cidade. Tinha fotos antigas e em alguns manequins exibindo roupas da época. Entre as fotos encontro Cordelia ao lado do marido em um evento. A foto me chama a atenção, não só por ela aparecer na foto mas porque havia algo familiar naquela foto. Enquanto tento descobrir o que, sou chamada a sala da administração.

Lá descubro que o meu pedido havia sido negado. Segundo a administradora era para evitar que procurassem os corpos dos antigos moradores para rituais para conseguir contato com eles no pós morte. Quase disse para ela que eu conseguia fazer isso sem ritual. E se ela duvidasse eu a levaria até meu quarto. Isso era sem sentido porque as lápides davam as mesmas informa... Eu tinha acabado de ter uma ideia. Eu não precisava da autorização para entrar no cemitério e andar pelas sepulturas. Agradeço e deixo sua sala.

Ao sair dou de cara com os manequins me assustando. Então tenho um flash. O vestido exposto era o mesmo que Cordelia usava na foto. Um item pessoal usado por ela. E tinha a cama do D.O no museu/sapataria. No fim não precisaria ir até o cemitério.

Ligo para o Chen me encontrar no museu. Corro para lá o encontro me esperando.

- Oi S/N.

- Oi Chen. Você não vai acreditar o meu requerimento para o acesso aos documentos foi negado mas eu achei um vestido que pertenceu a Cordelia exposto. E aqui era a casa do D.O. Podemos pegar alguma coisa do quarto dele.

- Que bom. Não gosto de pensar em ter que profanar sepulturas. Vamos pegar um pedaço de madeira da cama dele. Deve servir.

Entramos no Museu e fingimos estar olhando as coisas. Entramos no quarto dele, eu fiquei próxima da porta para ver se vinha alguém enquanto Chen, com uma faca procurava uma forma de arrancar uma lasca da cama. Vejo um grupo se aproximando e aviso Chen.

-... e aqui era o quarto do filho mais velho da família.

- Moça como é feita para preservar a madeira dos móveis por tantos anos? - um senhor pergunta a guia

- Esses móveis são apenas réplicas. Os móveis verdadeiros não resistiram ao tempo sofreram com mofo, umidade e cupim.

Chen e eu nos olhamos frustrado. Saímos de lá em silêncio.

- Sabe o que isso significa não é? - ele pergunta olhando para mim preocupado.

- Vamos ter que exumar o D.O. - digo por fim.



Volto para casa pensando em se eu deveria mesmo fazer aquilo. Eu via D.O todo dia como fantasma, mas pensar nele dentro de um caixão me assustava. Encontro Kai no caminho.

- Oi S/N.

- Oi Kai.

- Que bom que te encontrei. O que você acha de ir para praia só eu e você? - ele diz animado me acompanhando para dentro.

- Kai hoje é segunda e amanhã temos aula.

- Faltar um dia não faz mal. - ele diz me parando, fazendo com que ficássemos um de frente para o outro.

- Desculpa. Mas não posso.

- Podemos ir numa festa se quiser.

- Kai meu dia foi corrido hoje. Fica para outro dia.

- Por que você não quer sair comigo? - ele pergunta irritado.

- Kai é segunda-feira e estou cansada. - respondo indignada.

- Você só ta arrumando desculpas.

- Não são desculpas. É a verdade.

- Que seja. - ele pega e me dá as costas se afastando.

Fico ali parada me perguntando o que aconteceu. Eu realmente estava cansada. Quem que vai em festas em plena segunda-feira? Sigo para casa irritada. Entro batendo a porta atrás de mim.

- S/N! Tá tudo bem?

- Tá - respondo meio ríspida. Jogando minha mochila no sofá.

- Você está brava porque eu mexi com seus sonhos? - ele pergunta preocupado.

- O quê? Não. Nem lembrava disso. - ele me olha confuso. - olha eu preciso de um tempo sozinha.

Pego umas roupas e vou tomar banho. Aproveito para pensar. Chen e eu iríamos pegar um pedaço do vestido da Cordelia, e então procurar a sepultura do D.O amanhã. Eu me sentia tensa toda vez que pensava nisso. Desligo o chuveiro e saio do banheiro já vestida.

- Aconteceu alguma coisa hoje? Você parece chateada.

- Eu to bem D.O. - as perguntas dele voltaram a me irritar.

- O que fez hoje?

- Fui até a prefeitura e a sua casa. Para descobrir que tudo eram só réplicas. - digo desanimada me jogando na cama.

- Você quer mesmo que eu vá.- ele diz desanimado.

- D.O seu lugar não é aqui. – digo tentando me convencer também.

- Quando? - ele pergunta olhando para fora.

- Provavelmente amanhã a noite. - Eu sabia que ele estava perguntando quando ele iria. - Tem algo que você queira fazer antes de ir? - Não achava que havia muita coisa que um fantasma quisesse fazer mas eu precisava fazer alguma coisa. Ele pensa por um tempo.

- Podemos assistir um filme hoje a noite.

Eu sorrio. Dentre todas as coisas ele me pediu isso.

- Ok. Qual filme?

- Qualquer um.

Pego os poucos dvds que trouxe comigo. Ele escolhe por fim "um amor para recordar". Assistimos em silêncio.

- Você vai sentir minha falta quando eu me for? - ele me pergunta quando acaba o filme

- É claro. – Mais do que ele imaginava.

- Eu sempre sinto sua falta. - eu fico sem graça. – Podemos assistir outro?

Dessa vez ele escolhe vingadores. Eu acabo dormindo no meio do filme.



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