História O filho da luz e a filha das sombras - Voldemort está vivo?!

=POV Anamelech=

Foi quando comecei a escutar um barulho estranho de cascos vindo em nossa direção, então um centauro pulou por cima de nossas cabeças e espantou aquela criatura, eu e Harry nos levantamos, para olhar o centauro mais de perto, senti uma dor bem forte em meu pulso, mas ignorei ela, fui até o local onde a minha varinha havia caido e a peguei de volta, guardando a mesma de volta do bolso interno da minha capa
-Harry Potter, Anamelech, precisam ir embora, muitas criaturas aqui conhecem vocês, aqui não é um lugar muito seguro a essa hora, ainda mais para vocês- disse o centauro em tom preocupado, mas eu não entendi o que ele quis dizer
-Mas. O que era aquela coisa da qual nos salvou?- perguntou Harry se aproximando mais do centauro
-Um mostro. É um crime terrivel matar um unicórnio, beber sangue de unicórnio mantém a pessoa viva, mesmo que ela esteja á beira da morte. Mas a um preço alto. Ela matou uma coisa tão pura, que assim que o sangue lhe tocar os labios, a pessoa só terá direito a uma semivida, uma vida amaldiçoada- disse o centauro em tom teatral e eu acho que eu prefirirria morrer ao ter que vier sendo condenada a uma vida como essa
-Mas quem iria querer viver assim?- perguntou Harry novamente
-Você não consegue pensar em ninguém?- perguntou o centauro diretamente para mim, eu pensei em varias posssibilidades, mas só uma me fazia tanto sentido
-Está nos dizendo que, aquela coisa que está matando os unicórnios e bebendo o sangue deles, é o Voldemort?- perguntei com medo da resposta, e Harry arregalou os olhos e olhou para o centauro, ele não poderia estar vivo, não agora que tudos estava entrando nos eixos, não agora que eu estava começando a aceitar, mas não entendo o por que de eu também estar em perigo, quer dizer, Voldemort nem sabe que eu sou a filha dele ou talvez saiba?
-E sabe o que esta guardado no escola nesse exato momento?- perguntou o centauro
-A Pedra Filosofal- disse Harry em um sussurro quase de imedato
-Harry, Ana!- ouvi a voz de Mione ao longe e os passos de gigante de Hagrid sendo seguidos por Rony, Draco e Canino
-Vejo que já conheceu o jovem Harry Potter e a Srta. Stuart, Firenze. Está tudo bem meninos?- perguntou Hagrid para nós, mas o centauro me olhou como se soubesse que eu guardava um profundo segredo 
-Estamos sim, eu só estou com o pulso dolorido, mas amanhã já deve estar melhor- eu disse balançando o pulso que doía fortemente
-Eu tenho que ir. Estão seguros agora- disse o centauro nos encarando. 

Depois de todo esse rolo, Hagrid disse que era melhor voltarmos para os dormitórios.

Entramos no castelo e Draco foi para as masmorras, nós fomos para a o salão comunal, nos sentamos lá, em algumas poltronas e sofás, já Harry ficou em pé, contamos aos outros tudo o que descobrimos na floresta e eles ouviram tudo atentamente, só falando depois que haviamos acabado de contar 
-Vocês querem dizer que o Você-Sabe-Quem está lá fora nesse momento, na Floresta?- Mione foi a primeira a se pronunciar, ela perguntou como se não acreditasse totalmente no que haviamos dito e para falar a verdade, nem eu queria acreditar nisto 
-Sim, mas ele está fraco- eu disse segurando meu pulso, que ainda estava muito dolorido
-Por isso está se alimentando de sangue de unicórnio- concluiu Harry andando de um lado para o outro e isso já estava me deixando nervosa
-Entendem agora, estava tudo errado- eu disse para os outros
-Snape não quer a Pedra para ele, ele quer a Pedra para Voldemorte- disse Harry e Rony pareceu desconfortavel ao ouvir esse nome, na verdade eu também fico um pouco desconfortavel com esse nome, mas, não posso temer o nome do meu próprio pai
-Com o elixir da vida, ele vai ficar forte de novo- eu disse cabisbaixa, ele poderia ser meu pai, aquele no qual um dia eu já quis fazer a vida de meu amigo um inferno, apenas para me vingar. Mashoje, de olhos completamente abertos, eu posso enxergar o quanto eu fui tola

-E então... Ele... Ele vai voltar- disse Harry finalmente se sentando em uma poltrona vazia, as chamas da fogueia iluminavam o seu rosto, dando um ar sombrio mas um tanto charmoso, devo admitir
-Mas se ele voltar... Ele não vai tentar... Te matar... Não é?- dessa vez quem perguntou foi Rony e foi quando a minha ficha caiu, meu pai queria matar o meu amigo, meu pai, aquele bruxo das trevas, que matou milhares de pessoas, ele quer matar o meu amigo e eu tenho certeza de que não é apenas o meu amigo que ele quer matar, ele quer matar a todos aqueles que se opuserem a ele, mas eu não vou deixar isso acontecer, eu não posso deixar acontecer...
-Acho que se ele tivesse tido chance,ele teria me matado hoje- então meu coração acelerou, é claro, aquela coisa não veio porque estava atrás de mim, ele só se aproximou  porque estava atrás de Harry e eu fui tola de não ter percebido isso antes
-Eu acho que isso está começando a ficar muito perigoso- eu falei a verdade e os outros ficaram em silêncio por um tempo, como se refletissem 
-Mas vejam bem, qual é a única pessoa na qual Você-Sabe-Quem sempre teve medo?- perguntou Mione mas a resposta era simples
-Dumbledore- eu disse baixo olhando para os meu pés
-Isso, e enquanto Dumbledore estiver aqui, Você-Sabe-Quem não vai fazer nada de ruim com nenhum de nós- concluiu ela relaxando o corpo na poltrona
-Talvez você esteja certa. Mas ainda sim. Se Voldemort estiver por aqui...- eu ia terminar mas fui interrompida por Rony
-Só para de falar o nome dele- ele disse e eu revirei os olhos
-Se ele estiver mesmo aqui e estiver atrás da Pedra Filosofal, não acho que seja uma boa ideia continuarmos atrás dela, quer dizer, caso Snape volte a fazer coisas estranhas, nós podemos alertar Dumbledore- eu disse e fiz uma pausa olhando para o rosto de cada um -Além do mais, Snape nunca vai conseguir passar pelo cachorro- conclui
-Acho que a Ana tem razão, as provas finais estão chegando e temos que nos concentrar nelas. Além do mais, estamos seguros, pelo menos por enquanto- disse Mione e os outros dois concordaram, nós iamos nos levantando depois de alguns minutos de silêncio
-Acho melhor você ir até a enfermaria- disse Harry, vendo a minha expressão de dor
-Vou amanhã- eu disse já indo até a porta do dormitório feminino
-Não quer  ir hoje? Podemos ir com você- disse Rony
-Nesse caso- eu disse e nós quatro fomos para a enfermaria.

Quando chegamos lá, Mdame Ponfrey me examinou e concluiu que eu havia torcido o pulso e não foi nada tão grave, mas Madame Ponfrey me obrigou a ficar na enfermaria durante o resto da noite. E os outros voltaram para o dormitório.

Eu quase não consegui pregar os olhos, o pensamento de que meu pai, aquele que eu sempre acreditei estar morto, mas na realidade ele está por ai, se escondendo nas sombras, se fortalescendo e esperando a hora certa para atacar.

Algumas semanas depois de nossa conversa no salão comunal, nunca mais nos demos o trabalho de procurar pela Pedra, ou investigar Snape (que por sinal, nunca mais fez nada para que pudessemos suspeitar dele novamente).

Haviamos acabado de sair das salas depois de termos feito as provas finais e agora era só relaxar e esperar pelos resultados
-Não achei que fosse ser tão facil- eu disse quando saiamos para os jardins da escola
-Eu também, sempre ouvi boatos de que as provas finais eram as piores, mas foram mais fáceis do que eu pensava- concordou Mione
-Com certeza tiramos notas ótimas!- eu disse e ela sorriu para mim
-Mas é claro, como eu não havia percebido isso antes?- perguntou Harry, mais para si do que para nós, então ele começou a correr na direção oposta, na direção da cabana de Hagrid
-Percebeu o que?- perguntou Rony, uma pergunta que eu também pude ver nos olhos de Mione
-Harry espera!- eu disse e nós três corremos atrás dele