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História Sem medo de enfrentar - Jeon Jungkook - Chame-os do que você é


Escrita por: _Gocci_ e _Gocci

Notas do Autor


Nem eu entendi o que escrevi neste capítulo, pois minha mente está se voluntariando para escrever sem a minha permissão. Desculpa os erros que deixei passar, estou sob efeitos de um calmante leve, mas estou. (Calma gente, é insônia e preciso regular meu sono).

* Em breve irei responder cada um. Calma.

* OBRIGADA, alguma leitora me encomendou uma capa e me presenteou! (Se manifeste pessoa).

*Querem mais fanarts e um "álbum de fotos" da fanfic?? *

♡BOA LEITURA♡

Capítulo 37 - Chame-os do que você é


Fanfic / Fanfiction Sem medo de enfrentar - Jeon Jungkook - Chame-os do que você é

                            Agnes Sánchez

Nunca estive tão nervosa em toda a minha vida. Nem quando apresentei o meu primeiro seminário ou tive que inscrever-me no clube do teatro — pelo menos nesse âmbito fiquei com os roteiros. Jungkook me analisa calmamente e não posso evitar tentar imaginar o que ele pensa a meu respeito. Desconfortável, me aprumo na cadeira cômoda do café. De frente para o Jeon, continuo. Embaixo de seus olhares. Meus dedos pressionam-se mais em torno do copo, o meu peito se sente inseguro e mesmo que queira, não consigo cortar o silêncio que se instaurou.

— Porque está tão… diferente? — são suas primeiras palavras direcionadas a mim, desde que chegou.

— Não sei, eu quis ficar melhor pra te ver. — disfarço em um sorriso mínimo o meu constrangimento. A falta de autoconfiança, talvez seja o maior dos meus excessos. — Sobre o que quer falar? — ajeito o megahair que estou usando para trás dos ombros. Mesmo estando com uma aparência menos horrorosa, por algum motivo não me sinto… Mais bonita.

— Da forma que agiu com a Abigail… Foi muito dura com ela. — cita a dona do monopólio dos meus ciúmes, dos meus medos. Sei que posso estar cometendo o equívoco de ser infantil, imatura e pueril, mas… Não é fácil lidar com tantos sentimentos conflitantes. Houve um tempo em que ele me resgatou do poço que estava, que me estendeu a mão quando todos zombavam de mim.

O Jungkook nunca me julgou ou… Me machucou. Ao contrário, o mesmo sempre me respeitou até onde pode. Quando a Vera e suas amigas da Zeta me humilhavam, ele me cobria com um grande manto de proteção. Me defendia de muitos modos. Entretanto, a minha covardia, me impediu de dizer. Eu não poderia competir com a Vera ou qualquer garota do seu círculo. Por ser, negativa, problemática e sem nenhum atrativo físico.

Possivelmente, em dado momento eu tive alguma esperança de que com o decorrer do tempo, para ele pudesse se apaixonar pela minha essência.

— Sinto muito… Eu não sei o que houve comigo naquele dia. Eu disse coisas que não queria e a tratei mal. — abaixo o cenho, ficando fraca. — Mas, não julgue que fiz aquilo por maldade. Eu só suponho que, sinceramente, a Abigail pode te machucar. — o meu copo faz um pouso perfeito na superfície amadeirada. Jungkook me encara com uma carranca, como se não engolisse aquele fato. Ele não aceita que a Melnik possa lhe fazer algo de ruim.

O que me faz piorar por dentro. O Jeon está apaixonado. Profundamente apaixonado.

— Nunca imaginei que pudesse esquecer a Margot tão rápido. — completo, me esforçando para olhá-lo diretamente nos orbes escurecidos pelo grande incômodo que acaba de sentir com o que eu disse.

— Esse tempo todo… Foi rápido pra você? Sempre me aconselhou para que eu prosseguisse. Esquecesse. E, quando pela primeira vez eu fico bem, você age assim. — ele sopra pelas narinas, colocando os antebraços sobre a mesa e pressionando as sobrancelhas contra os olhos. Vejo a dor, a inconformidade em cada expressão facial que ele realiza ao soltar as palavras.

— Apenas não entendo, porque tem que ser ela? A Abigail não tem nada a ver com a Margot e menos ainda… com você. — fixo o meu rosto no seu enquadro, para que ele não caia de vez. O ciúme não está me deixando raciocinar. Pensar de modo claro ou falar coisas menos tóxicas.

— Talvez, esse fator fez com que eu a amasse. Não pensa que a Abigail foi a primeira pessoa que fez eu me sentir vivo de novo? Deveria somente pensar nisso. Eu estava morto por muito tempo, não tinha nada aqui. Nem dor, nem felicidade. — sobrevoou a mão até o peito, onde aperta um pedaço do tecido da jaqueta que o cobre. Jungkook diz com intensidade, ênfase.

— Eu estou me sentindo uma pessoa terrível por não conseguir estar feliz por você. Eu juro. — em um solavanco, amarro a tristeza no meu coração. Ele dói. Dói demais nesse instante.

Nunca imaginei que eu pudesse sentir tamanho ciúme, tamanha infelicidade por conta de algo que eu nem deveria opinar. Mas, estou aqui. Agindo e sentindo como uma garotinha de dez anos. A forma como os meus sentimentos oscilam, me derrotam é cruel. Não consigo me compreender. É como se o meu lado racional se aposentasse por um tempo quando se trata do Jeon.

— Eu poderia não ligar e continuar seguindo a vida. Mas, se estou aqui, é porque eu me importo com a sua amizade, com os sentimentos e a Abigail também. — me arrepio negativamente ao vê-lo citar a namorada outra vez. — Pelo menos, dê uma oportunidade para ela. — surge um pequeno sorriso dominado e uma certa esperança no olhar radiante de Jungkook.

— Uma chance para conhecê-la? — minha mente se perde na possibilidade de apenas dizer para o enorme ciúme que sinto. Jungkook, não entende que doeria demais saber que ela é o amor da vida dele e que eu sou exclusivamente, uma carta fora do baralho.

O Jeon puxa a sua cadeira bruscamente e se senta ao meu lado, deixando-me nervosa por tê-lo há centímetros de mim agora. Os lumes intensos e obstinados, o maxilar bruto, a boca delineada se colocando em frente ao meu campo de visão. As tatuagens levando ao pescoço e por fim a blusa que há por debaixo da jaqueta que está grudada em seu tórax… São detalhes que observo com bastante determinação. É estressante demais mudar o rumo dos meus pensamentos para outra coisa que não seja sua presença colada na minha.

— Por favor, é muito importante pra mim, que aceite o meu namoro. Não poderia estar completamente feliz caso eu não pudesse compartilhar a minha felicidade com você. Que é uma das minhas únicas amigas. — a mão maior, com uma série de anéis, aperta-se sobre a minha. Nos olhamos de muito perto.

Jungkook deixa-me atônita. Inerte. Vulnerável. Desmontada.

— Eu prometo, ao menos, tentar lidar com isso de uma maneira mais madura. — falo diretamente para as íris que acompanham as minhas em sincronia. — Mas, me diz a verdade… Está superando a ida da Margot? — o questionamento já não me abandona mais há muito tempo. Porventura, eu necessitava saber o quanto ele está apaixonado.

— Eu só… Aceitei. Depois de um determinado período, a dor é como se amortecesse. Mesmo que, as lembranças fiquem vivas. O sentimento de conformidade é maior. — ele suspira pesado, rebatendo o ar quente que sai de sua boca, direto na minha.

— Eu fico muito feliz por isso. Que finalmente se sinta livre. — repuxo o canto dos lábios e perdendo um pouco do temor, aproximo-me do Jeon. Cada detalhe do seu corpo, me enche de fascinação todas às vezes. Infelizmente, eu o perdi para sempre.

— Agnes, eu sei que vai aprender a lidar com tudo isso. Por mais que eu saiba que sinta mais que uma amizade por mim, ainda vai conhecer alguém que te ame tanto que possa te libertar. Ou, que o amor da sua vida seja você mesma. — uma mão sua alcança uma face minha, seu dedo anelar roda carinhosamente em uma bochecha e os outros dedos seguram a linha do meu queixo.

Sua mão é tão quentinha e reconfortante.

— Sabe dos meus sentimentos há muito tempo, não é? — expresso uma fraqueza. É nítido que isso me mata por dentro. A forma que ele me olha, se esquivando de qualquer expectativa que porventura, pudesse me dar.

— Eu sempre soube, mas eu não iria te usar pra preencher algum vazio. Não poderia fazer isso. — seu hálito quente, me envolvia em um grande seio de carinho. — A nossa relação é muito preciosa pra mim, eu a estragaria com toda a certeza se nossa amizade tivesse mudado pra algo há mais. — ele sorri mínimo. Acentuando um friso em seu nariz.

A arte de correr atrás de quem não gosta de você, parece estar me ganhando como adepta. Entre os livros e os roteiros que escrevo diuturnamente, tudo é tão bem resolvido. As minhas personagens são decididas e cheias de atitude, o que constata com a pessoa covarde e infeliz que existe além dos casacos altos e ombros curvados.

Claro que, ele nunca olharia pra mim com tanta atenção que recebe no nosso curso. As garotas o adora, os professores o admira e o que não falta para o Jungkook são amigas que se aproximam unicamente para ter uma hipótese amorosa com o rapaz. Jungkook é atencioso, perspicaz e atraente. É óbvio que se apaixonar por ele não é difícil de se fazer.

Saber que nunca poderei beijá-lo, sentir o corpo no meu e o acompanhar em tudo, me esmaga o peito. O meu ar não consegue sustentar o pulmão. Não posso controlar os meus sentimentos.

— Não acho… Por mais que você não saiba, é uma pessoa boa e compreensiva. — permito que uma mão minha apalpe o seu rosto, meu indicador desliza pela pele macia e ao ter o sensorial tão próximo da sua boca.

Me deixo levar pela primeira vez por algo que está matutando no meu coração há anos.

Avanço com os lábios contra os alheios. Seu torso fica tenso de repente e ele enxuga o beiço para dentro da boca, evitando que eu sentisse o sabor dele por completo. Aquele beijo seco e rápido, doeu muito mais que qualquer coisa.

Jeon vira o rosto para o lado e se afasta grosseiramente. Não é como se evitasse uma traição ou tentação. É apenas, uma negação de me iludir pelo menos um pouco. O máximo que ele poderia sentir é pena. É o que vejo em seus olhos. Eu não era nem mulher para os conceitos dele.

— Eu sou uma imbecil. Me perdoa… — quebrei de forma brusca o olhar, quase o derrubando. Jungkook abre um enorme espaço entre nós.

— Não deveria ter me aproximado assim, a culpa foi minha. — assume a sua responsabilidade, por mais que eu tenha tomado a pior escolha no momento. O que eu estava pensando? Em nada. Talvez, eu me amparasse no amor que sinto apenas para não estar tão solitária.

Por mais razões lógicas que queira encontrar, nenhuma solução parece levar á alguma coisa. É um círculo vicioso em saber, pensar e não agir segundo o que mentalizo. Agora, o clima está tão denso que mal posso criar um assunto ou expandir o mesmo.

Oh, eu estava perdendo o Jungkook pela segunda vez. Primeiro no colégio e agora na universidade. Ele sempre se apaixona pelas garotas erradas e sei que, ele vai sofrer novamente. Preciso cuidar dele e ajudá-lo de algum modo.

A conversa termina fria com a minha saída repentina da mesa. Ao abandonar o local, desisto mais uma vez de assistir alguma aula. Não tenho estruturas para suportar o olhar tão indiferente de Jungkook sobre mim.

Encontro uma casa vazia. Felicia havia ido para sua aula de gramática, Ingrid para a de estatística, Fhia e Rutte para a mesma de história. Subo as escadas rapidamente. Tudo o que mais queria, era jogar o rosto contra o travesseiro e chorar durante um dia inteiro. Por mais que não me desmontasse em público como antes, em razão de minha fraqueza de espírito, segurei até que bem para aliviar essa angústia agora.

Abro a porta do quarto e de súbito, sou pega com uma cena que jamais pensei em ver: A Vera ocupando justamente a minha cama, e traz um olhar frio para mim. Ela está intacta. Tenho a impressão que me espera há muito tempo.

— O que faz aqui? — pergunto, meus olhos ratificam novamente a presença ilustre.

— Eu vim te buscar. — Vera sorri, ostentando o sorriso irônico A mulher de estatura similar a minha, alta, encara-me.

— Pare de me atormentar, já não é bastante o que fez comigo no começo do ano? O que sempre faz? — peço desesperadamente que ela saia com os orbes. A insegurança me atinge terrivelmente, faço um esforço para manter a compostura.

— Sabia que estão me acusando de ter sabotado o carro do Joaquim naquela corrida? Ele está dizendo que eu matei a Margot, outra vez. Tem consciência de que não fiz nada disso e nem ao menos pode falar. Sua covarde. — Vera grita e pega os meus braços com força. Me chacoalhando com brutalidade.

— Eu não sei de nada… — digo em baixa frequência, evitando olhá-la.

— Nós duas sabemos da verdade, que não é bem assim. — se altera mais um pouco, ficando com a face queimada de tanta raiva. Sei que ela tem motivo, mas… Eu não posso dizer nada. — Era muito amiga da Margot no colégio que eu soube. O que fez naquele dia que ela morreu? Porquê nunca disse pro Jeon o que aconteceu de fato? — meus braços foram detonados mais uma vez pelas unhas longas da morena.

— Porque ele não precisa saber… Não vê que ele ficaria louco? Mas, claro. Não se importa! — reúno forças e me solto, a empurrando para cima da cama. — Esquece as acusações do Joaquim, todos sabem que ele só quer te prejudicar. Ninguém acredita nele. — puxo o ar para os pulmões. Amaciando as regiões onde fui agredida por Vera.

— Você se faz de tão inocente, que às vezes penso que não é assim. Como quer aparentar. — lança uma de suas observações. — Eu sei que desde que a Margot começou a namorar o Jeon, você nunca mais falou com ela. — deduz, mostrando que tinha informações à cerca de mim. Erradas no caso. Mesmo com a relação trêmula que tinha com ela por um tempo, a própria Margot se distanciou um pouco quando o seu pai foi friamente assassinado.

— Não foi nada disso, eu jamais faria nada para prejudicá-la. Eu queria é o bem dela. — não consigo suprimir o péssimo sentimento que me bate. Começo a soluçar, como se o próprio ar me sufocasse naquele momento. Choro, um dos choros mais difíceis da minha vida por eu estar entregando os pontos frente a uma pessoa que considero uma grande inimiga.

— Foi você, não foi? Quis acabar com tudo aquilo… — supõem e já não tolero aquelas palavras me cortando. Me vem um engasgo, que quase me faz calar. Todavia, enchi o peito de coragem e decidi. Expulsar a Vera, antes que eu ficasse pior.

— Saí daqui e pare de inventar histórias. — abro a porta com pressa e dito uma ordem para a morena.

— Teve a sua oportunidade de me ajudar… Eu vou descobrir o que você e o Joaquim está escondendo. E olha, eu não vou ter piedade em espalhar pra cidade toda, caso encontre algo de podre nisso tudo. — certifica-se de dizer em alto e bom som. — Antes eu não me importava com as mentiras que o seu amigo Joaquim espalha. Mas, agora está me prejudicando. — dá passos lentos em direção a mim, mantendo um olhar ameaçador o tempo inteiro.

— Só também, não ameace os outros com aquilo que não sabe. — fecho os olhos por segundos, somente para conter o choro intenso.

— Minha mãe sempre disse, que os crocodilos são os primeiros a chorar. ''Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é" — Vera diz por último e saí.


Notas Finais


O clima mudou? Não entendi o que aconteceu. Estou que nem papel higiênico molhado kkkkkk. Me digam por favor. Acharam estanho esse povs da AGNES?
Irei responder todo mundo do anterior. Obrigada pelos 50 + comentários do passado e por todos os favoritos!

Indicação da _Gocci pra vocês:

https://www.spiritfanfiction.com/historia/bad-girl-jeon-jungkook-17726434

E

https://www.spiritfanfiction.com/historia/mulheres-de-jaqueta-de-couro-sao-perigosas--jeon-jungkook-19579134


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