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História Sem medo de enfrentar - Jeon Jungkook - Carência gera inconsequência


Escrita por: _Gocci_ e _Gocci

Notas do Autor


Banner por @pippos

Música: New york i love you (LSD)

♡Boa leitura bb's♡

Capítulo 10 - Carência gera inconsequência


Fanfic / Fanfiction Sem medo de enfrentar - Jeon Jungkook - Carência gera inconsequência


Sentada no sofá, reparo além da bebida e móveis por ali. Há fotos nas paredes de uma garota. Poderia ser alguma namorada do Jungkook, porém ninguém me disse que ele estava com alguém. Bom, a mulher tem uma beleza natural, lindos cabelos ruivos que não sei se é tingido ou não e olhos castanhos claros. Enquanto o Jungkook subiu para vestir uma camisa, levantei para olhar de perto o retrato na parede. 

— Vê se as minhas chaves estão no sofá. — o Jeon retorna dando a ordem, ao passo que desce as escadas afoito. Olho para o moreno, que cobre o restante do abdômen que exibe leves gomos e uma trilha de pêlos que ligam o umbigo e o ventre.

— E para quê? — pergunto sem entender o pedido busco.

— Eu vou te levar de volta, Aby. — ele passa por mim como se eu fosse invisível e começa a tatear o sofá desesperadamente em busca de suas chaves.

— Me deixou entrar só pra isso? Pra dizer que vai me expulsar da sua casa? Era melhor nem ter me atendido, não é? — entrego uma risada soprada. Claro, estava bom demais para ser verdade essa redenção do Jungkook a um apoio de minha parte. Às vezes, só às vezes eu me esqueço de que aquele menino que eu destrocei os sentimentos é aquele mesmo homem cheio de rancor, antipatia e mistérios.

— Já me provou muitas vezes que não sabe se virar, se eu te deixasse ali fora sabe se lá o que fariam com você. — uh, grande herói! É... uma carona não cairia tão mal assim, mas eu vim aqui para… Porque eu me dei ao trabalho de vir? É isso que eu ganho por ser tão impulsiva! Não era para eu estar cuidando da vida dele, me importando ou algo do tipo. Não somos nada, aliás menos que nada. 

Nada negativo, subtraído e dividido.

Após vascular a cozinha, Jungkook volta a subir as escadas rumo ao mezanino. Quando penso em o seguir, tropeço em algum peso estanho que responde um barulho. Ah, é só um molho de chaves que está no carpete... Espera, são as chaves do Jeon.

Trato de recolher pelo chaveiro de caveira e com um sorriso no rosto, guardo no meu bolso. Se o tatuado acha que vai se desfazer de mim e me tratar como um frango de despacho, está bem enganado!

— E se eu não quiser voltar? — digo, começando a subir a escada rumo a parte superior da casa — onde fica o seu quarto.

— Prefiro mil vezes te levar para a Universidade, do que passar outros dez minutos sozinho aqui com você. — vira-se de frente assim que chegamos no seu quarto. — Aliás, eu nunca fui bom em fazer sala. — fita-me com absoluto desprezo ao ignorar totalmente o fato de eu estar ali unicamente porque eu admiti que ele é importante para mim.

— É por causa da sua namorada secreta? — lanço a real. Ele para tudo o que faz e usa uma carranca para enfrentar os meus olhos.

— Eu não tenho namorada e menos ainda te dei intimidade para se meter. — grosso, foi altamente grosso até no tom de voz.

— Não estou pedindo intimidade. É apenas curiosidade se é  a garota da foto. — tudo bem, eu admito que estou dando uma de intrometida, que está sendo meu hobbie preferido ultimamente.

— Você mesma disse que não queria mais ser maltratada, que queria distância. Então, porque essa cara? São tantas dúvidas sobre a minha vida Abigail? — transparece um pouco de sua irritação e o próprio tenta agarrar o meu antebraço, entretanto, em um reflexo, repuxo para que ele não possa me remover de seu quarto tão fácil.

— Isso foi em outro momento. Agora as circunstâncias mudaram e eu percebi que precisa de ajuda. — encurto a distância mais um pouco.  Sua mandíbula trava no maxilar e seus orbes me dominam com raiva. — Fala sério, os seus amigos não estão nem aí pra você. Então, deixa de ser torrão! — ergo a voz e não me amedronto com seu olhar me cerceando. Ele ri fraco e pende o pescoço para o lado.

— Sentir culpa e curiosidade, não é nem de longe se importar com os outros. — rebate por cima de mim. Com um inclino de queixo ascendente, nem posso conter me sentir pior perante ao Jungkook, que a única coisa que me pediu, foi para quê eu o deixasse em paz. Porém, eu preciso reparar o meu erro.

— Não conhece o que está dentro do coração de cada um... E se realmente, eu só gostar de você e por isso, não querer te ver mal? — confesso em um impulso. Na minha não seria uma coisa tão difícil, conseguir o perdão do Jungkook, mas também, nunca cogitei que algo impossível.

— Acho que é melhor guardar os seus bons sentimentos para o natal. — se afasta em passos curtos, cortando o contato visual. Me reduzi em ficar quieta e somente observar como ele se desespera em mais uma vez, buscar as chaves da moto para se livrar logo da garota que o atormenta, vulgo Abigail Melnik.

— Sei que quer fazer de toda essa raiva um escudo, mas esse sentimento não é bom pra ninguém. É amargo, Jeon. — soltou quase um jargão como se eu fosse detentora do melhor psicológico da conversa. Todavia, eu tenho que achar jeitos de romper essa armadura anti-Aby que o Jeon tem orgulho de usar.

Nada do que eu digo funciona ou tem efeito de mudar algo no o tatuado, que apenas para em minha frente e entende uma mão.

— Eu já percebi o jogo. Se provavelmente eu não encontrei as chaves, é porque estão com você. Me dá logo, vai. — deduz certeiro cerrando os olhos devagar e tirando a última dose paciência do pote. 

— Ok, Sherlock, você realmente  acertou. Mas, eu não posso antes da gente  colocar os pingos nos is. — levando tudo sempre com a máxima teimosia, insisto. 

E ao esperar um resultado positivo, me decepciono grandemente. Jungkook já não tolera mais a minha chatisse e demonstra isso invadindo o mesmo espaço vital com brutalidade e indo pra cima com as suas duas mãos bem abertas para alcançar o bolso da minha jeans. — Não queria ser obrigado à isso. Então, com licença. — ele começa a fuçar e é onde eu me esquivo com sucesso.

O Jeon como retorno suspira  profundamente exausto de ter que continuar com aquele joguinho ridículo. Mas, de repente, em uma tentativa de me conter, o Jungkook termina com a linha de respeito que nos separa e me agarra sem se importar se isso era uma atitude correta ou não. Suas mãos vem de encontro com a minha cintura, colando com possessão meu corpo contra o dele. Tão junto que nossas bocas quase se encostam em um descuido —o que não seria nada mal — quer dizer, esse não é o objetivo.

— Até parece que está louca de vontade pra que eu coloque a mão na sua bunda... Mas, eu não quero fazer isso. Então, por favor Aby, pegue as chaves e para de ser imbecil. — quase suplica, movimentando seu pomo-de-Adão bem em frente aos meus olhos. Seu pescoço com tatuagens laterais realça o belo gogô.

É inegável que me sinto terrivelmente atraída por aquele cara e a possibilidade de uma conversa amigável é algo visto como impossível nessa altura do campeonato. Bom pra ele também em outro contexto, já que está puto comigo pela quadragésima sexta vez.

Levanto bem o queixo, desafiando-o e faço uma negação com a cabeça. Nossas bocas tão predispostas e ferindo a distância do espaço de respeito, até parece que vão se atacar a qualquer momento. Mas, repito que não desejo isso, contudo.... se acontecer, aconteceu.

— Lembre-se que não me deu outra escolha. — após afirmar entredentes, o Jeon escorre uma mão pelo meu corpo e estaciona na minha bunda, pegando as chaves com o máximo de cuidado possível. Arregalo os olhos e dou um pulinho assim que ele encaixa a sua palma toda no meu bolso, só para que a posse das chaves  volte para si. 

— Já que tem o que queria, agora pode me soltar, certo? Ou você não quer? — pergunto com um tom provocador para o rapaz que permanece envolvendo-me toda no seu braço forte. — Não que eu esteja reclamando. — me entrego de forma burra, mas, eu também não tenho nada a perder. 

Diante da inércia do Jungkook,  subitamente meu organismo cheio de fogo resolve agir sem a minha permissão e avançar para os lábios do mais alto, que em um sobressalto solta as chaves no chão.

Levo minhas mãos para o rosto anguloso do Jeon e as encaixo na sua mandíbula, o trazendo para perto de mim o máximo que posso. Minha língua se afunda na sua boca, deixando-o indefeso, desmontado. Sem reação. Os lábios fazem uma forte tração em cima dos alheios. E, a minha persistência não é em vão. Demora segundos para que ele comece a me corresponder. É onde as coisas saem do meu controle totalmente, pois diferente daquele dia que o beijei pela primeira vez, o Jungkook me retorna com mais desejo.

Sua outra mão grande cai em tentação e se apodera do meu corpo, envolvendo-me pelas costelas e me friccionando com mais potência em si. O calor gerado me faz suar de uma forma que nunca alguém conseguiu fazer, me perdoe todos os caras que já beijei, mas o Jeon tem uma pegada bruta, firme, de quem sabe onde quer chegar. Nem nos melhores sonhos poderia imaginar que ele é tão quente assim. 

Aquele beijo vai contra tudo o que ele solta quando nos vemos. É intenso, vibrante e cheio de vontade.

Ele nos gira e inconscientemente, sinto o nosso caminhar sincronizado ir até a cama. Jungkook aumenta o fluxo de beijos e sua pegada se torna ainda mais eficaz para me fazer molhar, literalmente. Agarro o maior com mais afinco, pressionando as unhas por baixo da sua camisa. Arranho as suas costelas de modo não intencional, apenas para extravasar a minha excitação.

Sua língua trabalha extensivamente em cada canto da minha boca, os seus lábios macios e vermelhos chupam e predominam nos meus. Sinto que ele quer mais que aquilo e tomo como indicativo o seu volume crescendo substancialmente acima do meu abdômen. Uh, eu não planejava que as coisas sairiam tanto fora de controle e menos ainda que… não seria o momento pra que eu desse um passo desses tão significativo.

Mas como eu sou fraca, permito que ele continue na força do seu desejo, me atiçando ao máximo que pode. O tatuado embala o meu quadril para em um solavanco, me levar para a sua cama. Somente deixo o meu corpo se entregar aos instintos. Cada pedaço meu agora  pede para ser beijado, soprado e apertado pelo Jeon, mesmo em plenos dezenove anos, estar morrendo de medo, o tesão ruge mais alto que ele.

Erijo a camisa preta recém colocada entre um beijo e outro, tateio o torso do rapaz, com a intenção de sentir sua pele deslizando pelos meus dedos. Porque Jeon Jungkook é tão irresistível pra mim? Juro, que com ninguém foi assim. Entretanto… Abigail sempre se guardou com máximo rigor para dar a sua preciosa virgindade como inconsequência de alguém que está carente? Isso poderia ser um belo clichê de algum filme adolescente, onde as pessoas se apaixonam simplesmente por transar. Mas, eu sei que ele me olharia como a pior das mulheres depois disso, principalmente, por ele me odiar e de quebra ficar com uma pessoa emocionalmente vulnerável não é algo ético.

Definitivamente, eu não posso.

Contenho minha vontade, respiro profundamente e retiro as mãos do Jungkook de mim com muito esforço. Nossas bocas que se assemelhavam a sanguessugas se atracando, são descoladas aos poucos. Vou indo contra tudo o que queria e aumento a distância das nossas bocas. 

Percebo apenas agora com clareza, que realmente estou apaixonada. Não mais negar esse fato para mim mesma, por mais que nas minhas antigas concepções seria impossível gostar de alguém em tão pouco tempo.  Porém, eu ainda sim me valorizo o suficiente para saber que ele vai se arrepender amanhã e sem dúvidas me desprezar. Aliás, não tirei a segunda maior nota da turma para cometer essa burrice.

— Foi mal, Jeon… Eu não deveria ter feito isso sabendo que você não 'tá bem. — encaro o mais velho deixando a tensão abaixar. Jungkook me olha debaixo de si, reparo nos seus lábios muito corados e seus cabelos recaindo sobre a minha testa. Seus braços ainda se mantém como um cercado. — Aliás, você também já tem alguém. Até me esqueci disso.

— Eu…  — alguém o interrompe e somente nesse instante ouço o bater insistente na porta. A campainha deve ter sido tocada várias vezes. Estávamos tão envolvidos ali que sabe se lá quanto tempo essa pessoa está cozinhando do lado de fora. 

— Não vai atender? Deve ser ela. — em silêncio, Jungkook sai de cima de mim sem dar explicações.

Então, ele trata de descer rapidamente as escadas sem o mínimo de cerimônia, como se estivesse dando graças a Deus no fundo, por eu ter parado com aquilo.

— Sorte sua que esse bairro não é tão horroroso. Sabe quanto tempo eu fiquei lá fora? Te liguei umas vinte vezes, Jeon!  — ouço uma voz furiosa e estridente de uma mulher. Mas, antes mesmo que eu possa fazer suposições... É a garota que tinha me atirado na piscina? — 'Tava fazendo exercícios? Tá tão suado. — ela realiza um diagnóstico.

— Por acaso quer ser a minha personal trainee? — é irônico em sua pergunta.  — Porque veio pra cá? Eu disse para não me procurar aqui. — curto e grosso, Jungkook quase usa o mesmo tom que  comigo para expulsar a morena.

— Você é tão fraco quando se trata da Margot.  Já disse pra vender essa porcaria. Tem até infiltrações. Fora que não te faz bem em nenhum sentido. Esquece ela, Jeon. — aconselha com um ar de arrogância que não sei descrever. Ela mesmo perguntou como ele estava e já veio dando sugestões. Uh, grande amiga. O que esperar de uma pessoa como ela?

Estico o meu pescoço para ver o que rola na sala. Aff, meu estômago até revira por rever aquela criatura. Justo hoje preciso do baque de vê-la duas vezes? Ninguém merece. A morena caminha pela casa como se fosse a dona do lugar. De nariz sempre em pé e discurso alinhado com atitudes prepotentes, apenas contribui para uma postura austera do Jungkook.

Só não entendo três coisas: Quem é a Margot, porque ela não está aqui e o motivo do Taehyung ter me dito que aquele apartamento era do Jeon.

— Você ainda se pergunta do porquê eu não atender as suas ligações? Vera, não gosto de quem tenta se meter na minha vida. — ui. Sorrio largo e fico feliz pela patada dada na pessoa que agora me lembrei do nome. Vera. Bem, pelo menos o Jungkook não é só grosso comigo. Me sinto um pouco mais confortada.

— Se eu faço isso, é porque eu me importo com você. Jura que não vai se envolver com ninguém e se deprimir todo fim de ano por causa de uma morta? — ela revira os orbes, nojenta como de costume. E sua última frase me deixa perdida. 

Para terminar de esmiuçar a paciência do Jungkook, ela toma a atitude brusca de arrancar o quadro da mulher ruiva da parede.

— O que 'tá fazendo?! Enlouqueceu! — Jungkook grita alto e se irrita como nunca vi antes. O de tatuagens arranca a fotografia  das mãos da Vera, como se aquele retrato fosse a coisa mais sagrada do mundo todo para ele. — Se veio aqui pra falar merda e encher o meu saco pode cair fora. Não vou tolerar uma garota mimada e idiota dizendo o que eu posso fazer!

— Olha o que a Margot ainda faz com você… Agora é um frustrado que vive chorando pelos cantos como uma garotinha depois brigar com a melhor amiga.  — sentou-se no sofá toda espaçosa. Vera fica emburrada. — Você não está mais casado com Margot, cai na real. Você não cursa mais direito e não estamos mais no passado. Pelo amor, Jeon! — ok, então a Vera acabou de dizer que o Jungkook já foi... Casado, casado? Uau, eu realmente perdi vários acontecimentos da vida dele. Praticamente toda a parte relevante.

— Cala boca. — manda direto e seco. Ele está magoado, ressentido pelas palavras da Vera. Também, a forma que ela escolheu de "ajudar" entre infinitas aspas, não foi a das melhores.

— Como é ingrato. Assim que você trata a sua melhor amiga que veio te tirar da fossa? — questiona mais flexível, enquanto o Jungkook revira os olhos. 

— E se eu te dissesse que já tenho alguém pra fazer isso, muito melhor que você? Me deixaria em paz e tentaria me esquecer? — ele cruza os braços e gira de frente para ela.

— Não inventa… Nunca assumiu  ninguém esses dois anos, não seria agora. — ri soberba, saboreando a veneno que o Jungkook soltou. Que droga de relação eles têm? Porque o Jeon atura a Vera no seu cangote? História estranha, estranha demais.

— Se eu te provar, vai sair? — aproxima-se da morena que o cerca agora como uma loba voraz.

— É uma cosplay da Margot? — pergunta e confesso que também estou super curiosa. Tanto para saber quem é Margot e quem é a namorada misteriosa.

— Aby, pode descer! — anuncia o Jungkook em um chamado alto. Quase tenho um ataque cardíaco fulminante. O Jeon tinha pirado total? A Vera me jurou de morte umas duas horas atrás e do nada, arranjo mais um belo motivo para contabilizar.

— Não 'tá falando sério... Abigail Menik? Aquela falida maltrapilha? Saindo com você? — desacredita, dando uma gargalhada forçada.

— Pois é.  — sim, o Jungkook ficou biruta.

Ele começa a subir os degraus da escada, sentenciando a minha morte. Jeon simplesmente chega no quarto e me pega pelo braço contra a minha vontade para me trazer para a sala, mesmo que seja arrastada. Sabe aqueles gatos que não querem tomar banho de jeito nenhum? Me assemelho. Mas, penso que como quero me vingar da Vera por ter me jogado na piscina, exclusivamente por isso, deixo o meu medo de levar uma voadora a qualquer momento e sigo com as intenções do Jungkook.

— Você está saindo com isso? — disse com desprezo assim que chegamos na sala. Ela me olha pejorativamente, balançando negativamente a sua cara de nojo de um lado para o outro. E esse sentimento expresso em seu rosto é maior que a sua arrogância naquele momento.  

— Eu disse que ia provar e você que ia embora. — continua o Jeon, com sua falta de paciência. O ódio que ele estava sentindo de Vera, aumenta a cada segundo que ela fica em sua frente. Tanto é que eu nunca pensei que ele me usaria para afastá-la assim.

— Interessante, nunca vi vocês dois juntos por aí… — me fulmina abrasiva, enquanto o veneno escorre pelo seu sorriso apático.

— Não queria assumir agora. Você mesma disse que eu precisava de alguém, então comecei a sair com a Menik. Foi até a Lolla que nos apresentou. — inventa convincente, mantendo meu braço sob controle de sua mão.

— Ah, a Lolla... — ela morde um pedaço do lábio, como se fosse dominada por uma partícula de raiva ao ouvir o nome da "amiga".

— Agora se pode nos dar privacidade... Preciso voltar a fazer certos exércitos com a Aby. — nem tudo é mentira nessa vida, não é mesmo. 

O Jungkook me deixa de lado e como combinado, conduz a insuportávera para o rumo da rua.

Enquanto o espero retornar, sento-me no sofá com o coração quentinho, mesmo sabendo que amanhã ela poderia tornar a minha vida um vendaval de ameaças de morte e destruição de reputação, ver a sua cara de bunda foi uma das sensações mais lindas que senti.

Em poucos minutos o Jungkook retorna para o Loft. Mais ponderado e aliviado por conta da saída de Vera.

— Não se preocupe porque eu vou tratar de desmentir o que eu disse. — se precipita em dizer. Ele passa as mãos no rosto, ajeitando o cabelo um tanto crescido para trás. Jungkook suspira, e volta com um olhar arruinado para mim. Ele está emocionalmente cansado.

— Acho que afinal de contas, você não disse tantos absurdos assim. — escapa-me um sorriso de canto bobo. 

— Agora eu vou pegar as chaves e te levar de volta, ok? — retorna com o seu tom sério e observo ele subir as escadas pela última vez com o intuito de pegar as chaves.

Sei que depois do que aconteceu, iríamos fingir que absolutamente nada rolou entre nós e de maneira rápida voltar com as nossas vidas normais. De preferência um longe do outro, como ele quer. Jungkook com suas mágoas e eu com meu plano de ajudar o Joaquim. Nem tão cedo vamos nos encontrar novamente, e isso me soa até mesmo como um alívio, porque no fundo eu tenho medo de agir por impulso mais uma vez quando estiver com o Jeon e não conseguir me controlar… Por mais que, ele nunca me ame.


Notas Finais


Banner por @pippos

Ai amores, aqui link do Trailler.

https://youtu.be/vB80R4xLoUg

(Eu que fiz então se estiver bem ruinzinho vocês sabem do porquê KKKKKKK)


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