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História O filho do meu padrasto - Parte 2 - Capitulo 11


Escrita por: Zaynpegaeu

Capítulo 12 - Capitulo 11


Fanfic / Fanfiction O filho do meu padrasto - Parte 2 - Capitulo 11

Lauren on

A claridade entrava pelas brechas da cortina, meus olhos reagiram a ela e eu me espreguicei, senti o tecido macio que envolvia meu corpo nu, e imediatamente me recordei da noite passada.

Zayn.  Era como se cada poro meu exalasse o cheiro dele. Uma felicidade excessiva se instalou dentro de mim e me fez suspirar e sorrir como uma idiota. 

Ao me virar, notei que ele não estava na cama.

 Será que ele foi embora? Me questionei e estremeci com a ideia.  

Mas descartei a possibilidade quando senti o cheiro de comida invadindo meu quarto. 

Esse era o problema de morar em um ovo.

 Levantei-me  rapidamente e corri  para o banheiro. Precisava  dar um jeito em mim, antes de aparecer na frente dele. Não que ele já não tivesse  me visto de todas as formas vergonhosas possíveis, afinal já tínhamos morado na mesma casa e tivemos uma relação intima. Contudo era diferente. Sentia como  se tivéssemos acabado de nos conhecer, embora fosse impossível sentir por uma pessoa a qual acabei de conhecer, o que eu sentia pelo Zayn.       

Ao entrar no banheiro percebi que estava molhado e a tampa  do sanitário levantada. Isso nunca me fez tão feliz.

 Tomei um banho rápido, escovei os dentes, penteei os cabelos e saio do banheiro.  Já no quarto, passei hidratante na pele e um pouquinho de perfume, vesti  uma leg preta e um suéter de trico cinza.  Estava frio, e pela janela vi o céu nublado e chuva fina que caia la fora. Meu olhar parou sobre o relógio digital, 10:30h.  Eu tinha perdido mais um dia de aula, e não estava com a menor vontade de trabalhar.  Minha vida estava uma bagunça, mas eu só conseguia pensar no quando eu queria passar o dia inteiro com o Zayn. 

Parei na porta da cozinha e fiquei observando hipnotizada, tinha um homem lindo, de calça baixa e sem camisa, tatuado, sexy e ainda por cima cozinhando. O que foi que eu perdi? Zayn era um desastre na cozinha.

  Caminhei silenciosamente e o abracei por trás, nada de resistir, de me reprimir, eu queria aproveitar. O corpo dele estava quente, e o cheiro dele, Jesus Cristo, era  tão bom. 

- O que você esta aprontando ai? -  perguntei  com a voz mais doce que consegui.

Zayn se virou pra me olhar, e meu coração quase explodiu ao ver seu sorriso. Seus lábios encontraram os meus, e depois de um beijo rápido, ele respondeu. 

- Panquecas.

Com um sorriso ainda maior ele agitou a espátula que estava em sua mão, e voltou sua atenção para a frigideira sobre o fogão. -  Já estou terminando. - avisou. 

- E desde quando você sabe fazer panqueca? – perguntei  curiosa e com uma pontinha de vergonha.  Eu não sabia  fazer panqueca. Na verdade,  eu não sabia fazer quase nada. 

- Já faz um tempo que eu aprendi, mas não espere muito, não é tão boa quanto a da sua mãe.

Realmente, minha mãe fazia panquecas incríveis. 

- Parecem muito boas. – analisei as que estavam prontas encima do balcão, e me surpreendi ao ver ovos e bacon prontos para o consumo.– Você parece mais familiarizado com a minha cozinha do que eu mesma. 

- Não foi difícil encontrar o que eu precisava, você sempre muito organizada. – ele colocou a ultima panqueca sobre o prato e foi até a pia lavar as mãos.

- E você sabe preparar outras coisas? Cozinha muito na sua casa? Você mora em casa, não é? – perguntei, queria saber mais sobre o cara que eu dormi na noite passada. Sentia como se não soubesse nada, e isso era estranho.  

- Eu moro em um apartamento, e eu quase nunca cozinho. – ele me olhou enquanto enxugava as mãos em um papel toalha. - Mas.  sim, eu sei preparar outros pratos, graças a uma amiga que é chefe de cozinha e praticamente me obrigou a aprender algumas coisas para casos de emergência. – ele sorriu, e eu fiquei sem graça, porque o simples fato dele mencionado uma amiga, me fez sentir uma ponta de ciumes.  

Fiz um esforço pra não deixar transparecer, mas sou péssima em esconder sentimentos. 

- Ah, legal.  – foi o que eu consegui  dizer.

Como quem lê meus pensamentos, Zayn começou a falar. - O nome dela é Stela e namora o Jimmy que também é meu amigo.

Ah, ela tem namorado!

 Me senti uma idiota.  Tá, eu era mesmo uma idiota. O que eu estava  pensando? Que ele passou todo esse tempo sozinho me esperando? Adoraria que ele tivesse passado, mas, bem, ele não passou. E o  fato de estar aliviada por saber que era só uma amiga,  me fazia  pensar que não estava  preparada pra saber mais sobre a vida dele.

-Me ajuda levar isso pra mesa? – ele interrompeu meus pensamentos.

Assenti - Claro.

Caminhei até o balcão, mas antes que eu alcançasse os alimentos, Zayn me puxou, envolveu seus braços em minha cintura e me segurou com firmeza. 

– Ainda não me deu um beijo de verdade hoje. – ele reclamou baixinho, com um sorriso no rosto. 

- Porque você estava ocupado. – justifiquei. Tudo que eu queria era beija-lo, o tempo todo. 

- Estou livre agora. – Zayn acariciou meu rosto e seus lábios vieram de encontro aos meus. Um beijo sensual  e carinhoso ele me deu, depois me abraçou e beijou meu pescoço. - Eu adoro  seu beijo,  adoro seu cheiro, me deixa louco e já quero foder você de novo.  - sussurrou ao meu ouvido e então me olhou com um sorriso safado no rosto. Senti um arrepio só de imagina-lo excitado e me fodendo,  e isso me deixou um pouco tímida. Já fazia tempo que eu não ouvia provocações com palavras, Ryan era retraído, eu já tinha me adaptado a isso.  Talvez por ter perdido o costume, as palavras de Zayn me afetavam tanto.  – Ei, você ficou vermelha.  – ele deu uma risada.

- Claro que não. 

- Claro que está, olha só essa bochecha.  – ele apertou e continuou rindo, eu revirei os olhos.  – Isso porque eu disse que queria foder você? 

- Pare. - eu pedi com um sorriso envergonhado. 

Ele me agarrou e me olhou nos olhos, parecia sério. - Você não gosta do jeito que eu me expresso? Eu posso tentar ser menos sincero. 

Eu sorri. - Eu adoro tudo em você. 

Ele voltou a sorrir, e mergulhou o nariz no meu pescoço, me provocando.  -  Eu sei disso, sei que você adora. Aposto  que você já deve está molhada. 

 Você esta certo, Zayn, eu estou molhada. E não vou reclamar se me levar pra cama agora. Pensei. 

Mas disse. -  Você é muito pretensioso, não acha? 

Ele riu. - Não sou pretensioso, eu só conheço o seu corpo, sei exatamente o que ele quer e precisa.

- Sabe é?  

Ele sabia, minha respiração ofegante denunciava o meu desejo.

- Sei, vou amar  você com muito prazer. - então ele tirou os lábios da minha pele e me olhou. - Mas você precisa comer antes, não é?  Saco vazio não para em pé.

Sorri. - Você está certo. - me afastei com alguma relutância,  peguei o pratos que tinham panquecas e ovos com bacon e coloquei nas mãos dele. . – Você leva isso aqui, enquanto eu pego os pratos, xícaras e talheres. .

- Sim senhora. - ele disse com humor e partiu para a sala de jantar.

Tentando afastar as imagens de sexo que estavam em minha mente, separei o que iria precisar e o segui.

Quando terminei de colocar a mesa, ele voltou da cozinha com uma chaleira. 

- Fiz chá. – Zayn anunciou com um sorriso vitorioso. . –  Você não faz ideia de quanto tempo eu não tomo chá. Café se tornou um vicio.  - ele colocou a chaleira sobre a mesa e se sentou em minha frente. 

 - O que te fez mudar? Digo, você preferia o chá antes.

- Não sei muito bem. Quando estava na faculdade todos os meus amigos tomavam café, eu queria ser descolado. 

Sorrimos. - Bem a sua cara. Eu não trocaria meu chá por nada.

Levei um pedaço da panqueca doce a boca. 

-Eu sei disso. – Zayn disse com um sorriso.  - Estão boas? –  ele começou a comer, mas sem desviar o olhar de mim. 

- Hum, estão macias. – coloquei  a mão sobre a boca cheia. – Muito boas de verdade. 

- Que bom que gostou. Me senti culpado por não ter deixado você se levantar na noite passada pra comer. Daí lembrei que você adorava panquecas e achei que seria uma boa forma pra me redimir. 

Que fofo! 

Antes que eu conseguisse dizer que foi uma ótima forma, um celular começou a tocar baixo, era o do Zayn.  

Continuei a comer normalmente, mas percebi que sua expressão mudou. O sorriso desapareceu e ele ficou visivelmente desconfortável.  Retirou o celular do bolso da calça e checou, depois olhou pra mim de uma forma no minimo estranha.

Quando ele ignorou a chamada, desligou o telefone e o colocou sobre a mesa, não me contive. - Tudo bem?  

 Ele encarou o prato. - Tudo.  É gente do trabalho, eu ligo depois. 

Algo me dizia que não era do trabalho. Eu tinha uma mania horrível de  desconfiar de tudo. Mas o que eu podia fazer, minha mente era muito rápida para imaginar coisas. As piores coisas, sempre.  Já começava a sentir um aperto na garganta, se eu não falasse o que eu estava sentindo, iria explodir. 

- Zayn,  - ele me olhou, eu repousei o garfo sobre o prato e me ajeitei na cadeira. - eu não quero parecer chata por abordar esse assunto logo de  manhã, mas eu preciso entender o que está rolando entre nós.  Se é que está rolando alguma coisa, não me entenda mal, não estou cobrando nada. - ele observava atento todo meu constrangimento. - Eu só estou um pouco perdida com isso tudo, quer dizer, nós dormimos juntos e você está aqui agora... Bom, não sei o que esperar, se é que eu devo esperar alguma coisa. Sua vida é uma incógnita pra mim, sinto que não sei nada sobre você e  isso me assusta um pouco.  

Depois de um breve silencio, Zayn voltou a me olhar, respirou fundo e disse - O que você quer saber?  É só perguntar.

Não esperava essa abertura, fiquei sem saber o que fazer com ela. 

- Sei lá, pode começar me dizendo quais são suas intenções comigo, sei que pareço ridícula, mas não quero criar falsas expectativas. –  eu estava mesmo  discutindo relacionamento com um cara que não via há cinco anos? Tinha droga naquela panqueca? –  Não estou te cobrando nada, certo? Eu só preciso sa...

- Quero que vá morar comigo. – ele me interrompeu e eu  teria engasgado se estivesse comendo. 

Definitivamente tinha droga naquela panqueca. 

- Não estou brincando Zayn. – eu disse séria. 

-Estou com cara de quem esta brincando? – Zayn perguntou.

E não, ele não parecia estar brincando. Mas ele tinha que estar brincando. 

- Sabe que eu não posso ir. 

- Porque não? 

- Porque eu trabalho aqui...

- Pode arrumar outro emprego, ver uma possível transferência, nem precisa trabalhar se não quiser, não vou deixar faltar absolutamente nada pra você.

- Eu estudo aqui...

- Esta quase se formando.

- Minha mãe, meus amigos, minha vida é aqui...

- Pode vir visita-los sempre que quiser, e você pode viver em qualquer lugar que queira não precisa ser necessariamente em Londres.

- Não, isso não é uma possibilidade. Você faz as coisas parecerem bem mais simples do que elas realmente são.

- Elas são simples, Lauren, quem esta complicando é você.

- Já que são tão simples, porque você  não vem morar aqui?

- É diferente.  Eu tenho negócios lá. Trabalhei duro pra chegar onde estou, séria uma péssima escolha voltar pra cá.  

Me calei, não tinha o que discutir, aquilo parecia algo surreal pra mim. Não me imaginava largando tudo pra ir viver com ele em outro país. Eu nem o conhecia direito, não sabia sobre sua vida, seus hábitos, suas manias.

Me diz que vai pensar no assunto.  - ele pediu, e mesmo sabendo que aquela ideia era um total absurdo, e que me mudar estava fora de cogitação, eu fiquei encantada com a forma que ele pediu, Zayn parecia mesmo acreditar que aquela loucura daria certo.  

- Vou pensar.

Não, não vou.

-  Certo. Eu não posso me demorar, vou embora amanha a noite. – o efeito de suas palavras em mim, foi  de pura devastação. Senti meu estomago revirar. Eu sabia que ele ai acabar dizendo isso, mas eu estava tentando me convencer de que demoraria mais tempo. – Diz alguma coisa.

- O que quer que eu diga?

- Como se sente. 

- Sei la. Me sinto mal, muito mal.  – eu estava viajando nas lembranças dos últimos dias, me apegando a elas, seria tudo o que eu teria depois que ele se fosse.

  Despertei do transe com o barulho da cadeira se arrastando, Zayn se levantou e rapidamente estava ao meu lado segurando minha mão e me fazendo levantar também. Nos abraçamos afetuosamente. 

- Te conforta se eu disser, que eu me sinto mal tanto quanto você? – ele me apertou mais em seus braços.  E sim, me confortava. – Não vai mudar nada, Princesa, estaremos juntos mesmo distantes. Vou te mandar mensagens e te ligar todos os dias pelo facetime, não vou nem te dar tempo de sentir saudades, pelo contrario, vai revirar os olhos de tédio quando ver minha ligação e falar ‘’ De novo? O Zayn não tem nada pra fazer da vida? ‘’ – eu dei uma risada pela imitação grotesca da  minha voz.  

- Porque não fica mais um pouco? Até o fim da semana. – pedi. 

- Eu queria muito, muito mesmo, mas não posso. Além do trabalho, tenho um assunto pendente a resolver, assim como você também tem. Temos que resolver antes de assumirmos um relacionamento. – eu entendi rápido o que ele quis dizer, e meu estomago revirou pela segunda vez. Uma sensação horrível dentro de mim.  Fui boba ao pensar que ele não tinha ninguém. 

Me solto dele, caminho até a sala e me joguei no sofá.Talvez estivesse sendo infantil, mas não conseguia  controlar o ciúmes que  senti ao imagina-lo com outra pessoa. 

- O que foi? – ele perguntou quando sentou ao meu lado. 

- Porque não disse que tinha um relacionamento sério? Porque não me disse desde o começo? Eu odeio ter informações parceladas. Porque não me conta tudo que eu tenho que saber de uma vez só, assim evito ficar chateada varias vezes. – olhei pra ele, e seus olhos estavam fixos em mim.

Era estranho, dormi com o namorado de outra pessoas e me sentia traída.

 – Não tem como dar certo, se não formos verdadeiros um com o outro. – eu completei. 

- Você tem razão. Eu deveria ter contado antes. Desculpe. – Zayn entrelaçou nossos dedos, e senti minha irritação evaporar. 

- Não quero brigar. Mas se vamos ficar juntos não quero que esconda às coisas de mim, Zayn. Foi por falta de dialogo que ficamos cinco anos separados.

Ele fez um breve silencio, mas tive a impressão de que queria dizer algo. 

- O que foi? 

- Acho que podemos começar por ai. – Zayn disse. 

-  Como assim? - questionei sem entender.  

- O dialogo, Olivia, Justin.  Todos tiveram uma parcela de culpa na nossa separação. Mas a maior parte da culpa foi minha.  Não sei se lembra, mas certa vez eu te disse que tinha um motivo para ter terminado. 

- Você me disse o motivo. Você achava que éramos jovens demais para um relacionamento tão sério.- as lembranças se projetaram em minha mente, aquelas palavras me assombraram por um longo tempo. – Zayn, tudo bem, eu fiquei chateada na época, mas já passou...

- Não foi esse o motivo. 

- Não? 

- Não. Eu sabia muito bem o que eu queria, e eu queria você, Lauren. Acha mesmo que depois de tudo o que tivemos, eu ia simplesmente terminar por achar que éramos jovens demais? 

- Bem, foi isso que você disse.

- Eu menti. - ele mentiu! Repeti pra mim mesma, tentando digerir as palavras. Meu pai me pegou saindo do seu quarto de madrugada e me mandou ficar longe de você.  – meu estomago revirou  pela terceira no dia.

- O quê? O seu pai sabia sobre gente? Como assim? Porque não me contou? – eu estava chocada, não sabia se mais pelo Yaser ter interferido na minha vida, ou se pelo Zayn ter me contado antes. 

- Ele me chantageou, disse pra eu criar um motivo convincente para o termino.  Caso você soubesse ou eu continuasse com você, ele me mandaria de volta pra Bradfort, tiraria meu carro, minha mesada. . – eu o olhei atentamente e ele parecia realmente envergonhado. – Eu fui um fraco, a culpa foi minha. – eu soltei  minha mão da dele.

As peças enfim se encaixaram. A mudança repentina de Zayn, o jeito frio com que ele me tratou, o emprego na loja pra se afastar de mim, a raiva do pai. Coisas que eu nunca entendi, enfim fizeram sentido.

 – Esta chateada? - ele quis saber. 

- Por que eu estaria chateada? Por você ter me escondido uma coisa que envolvia diretamente minha vida, meus sentimentos?  Por ter cedido a uma chantagem suja por medo de voltar pra Bradford e perder a vida confortável, o seu carro de playboy,  a mesada que usava pra entrar em festas e  comprar  drogas? -  disse sem filtros, mas surpreendentemente mantive a calma.  – Nós sabíamos que não ia ser fácil com os nossos pais,  Zayn. Sabíamos desde o principio. Tudo bem que eu não iria imaginar que seu pai fosse chegar esse nível, mas iríamos lutar juntos, lembra?  Poderia ter sido diferente se tivesse me contado. Não teríamos passado por tudo que passamos. Você foi egoísta. Não pensou em mim, nem por um momento.

Há alguns anos saber disso teria me feito surtar, mas no momento só consegui lamentar.  

- Eu sei. Você tem toda razão de ficar chateada. -  Zayn disse - Só estou te contando, porque essa merda me atormenta há anos. Não quero que você continue pensando que eu não tinha certeza sobre nós. - ele olhou no fundo dos meus olhos. - Você era a unica certeza que eu tinha. Acredite em mim. Hoje parece ridiculamente fácil ter resolvido aquela situação, mas na época, na época eu fiquei sem chão, eu estava tão fodido com a ideia de ficar longe de você, que  não conseguia pensar com clareza. Me desculpe. 

Eu queria culpa-lo, mas não podia, ele já se culpava o bastante. E eu estava tão agradecida por ele estar de volta, se declarar, se desculpar e abrir seu coração, que o resto perdeu a importância. 

 -  Tudo bem, não temos que ficar procurando um culpado. Ou melhor, se tivermos que culpar alguém, vamos culpar o seu pai, porque ele foi um... - filho de uma puta! Engoli as palavras a tempo.

Yaser era o marido da minha mãe, pai do homem da minha vida, e há alguns minutos achava que ele era uma ótima pessoa. Foi melhor assim. 

Zayn sorriu. - É, ele foi mesmo. 

Sorri de volta. - Foi sim. 

- Quer saber mais? - ele perguntou, mas a expressão que ele tinha mostrava que já sabia a resposta. 

-Continue. 

- Então desfaz essa carranca e me da um beijo.

Minha vontade era dizer não, eu estava muito tensa, e nada no clima. Mas Zayn me puxou para o seu colo, e eu não pode resistir quando seus lábios tocaram os meus.  – Promete que não vai ficar chateada com o que eu disser? – sentia  suas mãos deslizando pela minha cintura e ficava difícil responder assim. 

- Eu não posso prometer que não vou ficar chateada, posso prometer que vou tentar entender. Não irei te julgar, afinal eu também tenho namorado. - ele franziu o cenho como quem queria uma correção.  – Ainda não terminamos oficialmente. – completei. 

- E quando isso vai acontecer? 

- Não sei ainda, estou esperando ele me ligar. Ele me pediu um tempo pra esfriar a cabeça  e estou dando. –  isso me fez lembrar que não checava meu telefone desde a noite passada. 

- Por que você não liga e termina? Não tem que dar tempo a ele. Pode fazer isso agora. Quer meu telefone emprestado? - o leve tom de ironia não passou desapercebido.

- Aquele que você desligou, porque sua namorada estava ligando?

- Quem disse que era minha namorada?

- Não era? 

Ele respirou fundo. - Era.

Meu estomago revirou  pela quarta vez.

Ao mesmo tempo que me sentia muito desconfortável com a situação, eu estava muito curiosa para saber tudo sobre eles, principalmente como ele se sentia a respeito desse relacionamento.

- Me fala dela.

Ele parecia surpreso. - Falar o quê?

- Como se conheceram?

- Por que quer saber isso?

- Porque quero saber de você, posso ficar chateada caso outras pessoas me contem. – eu poderia usar aquela desculpa mais vezes. Me joguei no sofá, e coloquei a cabeça em seu colo. - Estou esperando. – eu o olhei  e ele começou  a brincar com uma mecha do meu cabelo, parecia distante. 

- Eu conheci o Ash, o irmão dela,  no primeiro ano da faculdade, nós estudávamos juntos. Morávamos em alojamentos diferentes, mas concordávamos em uma coisa, estávamos cansados de alojamentos, eram uma bagunça e não  tínhamos privacidade.

- Para transar,  suponho. 

- Também.

Meu estomago se manifestou pela quinta vez.

 Desnecessário ser tão sincero.

 – Então no segundo ano nós alugamos um apartamento fora do campus. E foi ai que eu conheci a Emily.

 Emily? Eca. Nome de gente chata.

 – Ela ia lá às vezes.

- Então vocês namoram desde a faculdade? – meu ciúme estava crescendo.  Como sobreviver até o final? 

- Não. Éramos só amigos, ela era muito novinha na época, acho que tinha uns quinze anos.

- E quantos anos ela tinha quando começaram a namorar?

A mão dele acariciando meus cabelos,  me tranquiliza de certa forma. 

- Hum... Nós começamos a namorar há dez meses. Ela fez dezenove recentemente.

Dezenove anos? Me sinto uma velha agora.

- Dez meses? Durou muito mais que a gente. – murmurei  alto meu pensamento e me arrependi imediatamente. 

- Tempo não é importante.

- Está dizendo que não gosta dela?

- Não, não estou dizendo isso.

Meu estomago revirou pela sexta vez no dia, meu recorde. 

– Estou dizendo que não importa o tempo que ficamos juntos, e não importa o que sinto por ela. Eu  amo só você,  e sempre vou amar só você. Não duvide disso.  –  nossos olhos estavam fixos um no outro, era inexplicável como eu sentia a verdade nas palavras dele, por um momento meu coração transbordou de felicidade. 

- Jura, que é só a mim que você ama?  – minha voz saiu  mais derretida do que planejei, e um sorriso lindo se iluminou no rosto do Zayn. 

- Quer prova maior do que terminar um relacionamento de dez meses pra ficar com você? 

Sorri de volta.  -  Não. Acho que é o suficiente.

Toda insegurança evaporar no ar. Naquele momento não me importava mais com ela.  Zayn me amava e queria ficar comigo, isso era o que realmente importava.

Mais que rápido eu me sentei, enlacei seu pescoço e o beijei, ele caiu de costas no sofá, e eu por cima dele. Continuamos nos beijando, nós tocando e provocando, as mãos de Zayn apertavam com força meu bumbum e fazia eu me esfregar em sua ereção. Próximo destino: Cama. pensei.

Então ouvi o barulho de chave, levantei  a cabeça a tempo de ver a porta se abrir, meu coração acelerou quase saindo pela boca e pulando pela sala, entrei em panico, mas  não consegui falar, só olhar.

Droga, ele vai matar o Zayn.

 

Continuo?


Notas Finais


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