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História O filho do meu padrasto - Parte 2 - Capitulo 36


Escrita por: Zaynpegaeu

Capítulo 37 - Capitulo 36


Zayn on

 Horas depois eu despertei. Nem me lembrava do momento que eu tinha apagado, e demorei alguns minutos para assimilar.

Sai pra beber com o Ash e o Jeff, tinha mulheres seminuas pra todos os lados, crianças feias me  chamando de papai e Lauren com 120 quilos... Bom, ainda bem que essa parte não era verdade, mas Lauren e eu brigamos e eu dormi no sofá. É, seu grande idiota, você poderia ter feito diferente, pensei comigo mesmo.

Os raios do sol da manhã que entravam pelas vidraças pareciam clarear a minha mente, ou talvez fosse apenas à ausência dos efeitos do álcool. Não importa, algo me dizia que eu tinha feito merda, e que de alguma forma tinha que consertar.                      

Sentei-me no sofá, e esfreguei os olhos. Precisava mijar, e rápido. Mas fiquei alguns longos segundos tentando me decidir se seria uma boa ir ao banheiro do quarto. Eu precisava dar uma olhada na Lauren, mesmo que no momento estivesse morrendo de vergonha, já passavam das 10h, e eu tinha que ter uma noção do tamanho do estrago.

Levantei-me decidido a encarar a situação, mas antes que eu pudesse chegar até a porta do meu quarto, Dayse saiu do quarto de hospedes com um aspirador na mão.

- Opa! – disse ela com uma expressão de surpresa e vergonha quando olhou pra minha cueca. Eu poderia ter rido da forma que ela ficava olhando pra cima, se não tivesse igualmente constrangido. Era normal eu dormir de cueca na sala depois de uma bebedeira, mas isso foi antes da Lauren vir pra cá, antes de ter funcionarias circulando pela casa tão cedo.

- Ah, merda. Desculpa Dayse. Não estou pelado, então não precisa ficar tão envergonhada. – disse tentando aliviar o clima.  -  Você não deveria estar de folga hoje?

- Ah, sim. -  ela tirou um pano do bolso do avental e  começou a limpar freneticamente um quadro pendurado na parede. – Quer dizer, não. Farei a ultima limpeza hoje, e farei outra um dia antes de voltarem de viajem, foi o que combinei com a Lauren.

Viajem. A essa altura eu nem sabia se ainda iríamos viajar.

- Tudo bem. Desculpe pelos trajes. Não vou mais incomodar. – abri a porta do quarto  e entrei rápido, antes que a menina desse um treco.

                                             

Lauren não estava na cama. Nem no banheiro. Entrei no armário, e meu coração acelerou mais na medida em que meus olhos lentamente registravam todas as coisas da dela espalhadas. Tudo, absolutamente tudo que pertencia a Lauren estava jogado no chão, as araras e os nichos estavam todos vazios, também estava um cheiro forte do perfume dela, e não demorou pra identificar o frasco em pedaços no chão, um tornado teria feito menos bagunça. Mas a onda de pânico só me atingiu quando vi que as malas grandes que Lauren usou para mudança haviam sido retiradas do maleiro e se juntavam as pilhas de bagunça.

Ela vai embora, vai embora. As palavras eram como eco na minha cabeça.  A culpa é sua, sua.

Agarei uma calça, e me enfie nela enquanto andava até a porta.

Dayse estava na sala aspirando os sofás, e quase deu um pulo quando ouviu a minha voz alta e  desesperada perguntar. - Cade a Lauren?

- Ela saiu. – respondeu rápido.

- Saiu pra onde?

- Não sei. Ela passou na cozinha, tomou um café, e desceu pelo elevador de serviço.

Elevador de serviço? Qual o sentido disso?

- Que horas foi isso, Dayse? Ela não mencionou nada, nenhum lugar, nome, qualquer coisa?

- Eram quase 7h, eu tinha acabado de chegar, e não, ela não disse nada.

Meu primeiro impulso foi andar até a porta, eu precisava ir atrás dela, e só depois de abrir eu percebi que estava sem camisa e sapatos. Corri para o quarto e voltei em menos de um minuto vestido em um moletom e tênis.

Minha testa estava pressionada contra a parede e meu dedo apertava freneticamente o botão que chamava o elevador. Só conseguia pensar no quão chateada Lauren estava, no quão chateada eu a deixei.

O elevador chegou e eu me aprumei rápido, mas não entrei, só assisti paralisado Lauren sair lá de dentro. Ela estava vestindo jeans rasgado, tênis gastos, touca na cabeça e óculos escuros, uma aparência tão jovial, que por alguns segundos foi como se o tempo não tivesse passado pra nós, como se não tivéssemos perdido cinco anos. Pensar nos anos em que minha vida apenas parecia fazer sentido, e a vendo ali na minha frente, percebi que eu era muito grato a Deus por me traze-la de volta, mesmo que eu não a merecesse.

- Lauren – minha voz veio acompanhada de um suspiro de alivio – onde você estava?

Ela não respondeu de imediato, parecia exausta, talvez triste, e quando a resposta veio, confirmei que era exatamente assim que ela se sentia, sua voz extremamente calma me deu um choque.

– Fui comprar algumas coisas pra viagem, protetor solar, eu também não tinha muitas roupas leves, nem biquíni. – só então notei as sacolas de papel em suas mãos, ela passou por mim e entrou no apartamento, e eu ainda estava me perguntando: Ela acabou mesmo de falar sobre a viagem?

Eu a segui, quando entramos no quarto eu disse. 

- Pensei que não fosse mais querer viajar.

Pensei que depois de tudo, ela fosse gritar e chorar, e eu já estava me preparando para implorar de joelhos pra que ela não me deixasse. Não que eu estivesse reclamando, só estava confuso.

- Por que não? – Lauren virou as costas pra mim, abriu uma brecha da cortina, e ficou olhando a infinidade de prédios através da vidraça. Imaginei que fosse difícil ter que olhar para um namorado idiota como eu.

- Por minha causa. Porque fui estúpido com você. – o silencio de Lauren me deixou angustiado.

Porque ela não extravasa, diz tudo que eu mereço ouvir? Eu não ligo, só não gosto de vê-la tão  fria,  eu quero, ou melhor, preciso toca-la, sentir seu cheiro, preciso sentir que ela me ama, só assim vou acalmar o rebuliço que há dentro de mim.

 Meu corpo estava fervilhando, com muita vontade de tocar o dela, mas não fiz, apenas me aproximei um pouco mais. – Me desculpe por ontem. – murmurei e ela continuou imóvel e calada. – Eu sai com o Ash e o Jeff,mas não aconteceu nada de mais, eu juro, só sentamos em um bar e bebemos, depois eu chamei um taxi e vim pra casa.  

- Tudo bem, não estou pedindo explicações. – a voz que veio daquele corpo estático, era totalmente sem vida, e eu me senti muito, muito mal. Isso é culpa minha? O que foi que eu fiz de tão grave? Não conseguia pensar em nada.

- O que você quer, Lauren? Que eu implore de joelhos? – a porra da dor que eu estava sentindo explodiu com ferocidade em minha voz, e então ela olhou pra mim, e constatei com esse simples olhar, que sua dor não era menor que a minha, seus olhos me diziam que não, então minha voz se tornou gentil se adaptando ao que ela precisava no momento, e ela precisava disso, precisava saber que eu estava ali pra ela, estaria sempre.   – Se você quiser eu imploro, por você faço qualquer coisa.  Mas por favor, me diz o que está acontecendo com a gente. O que foi que eu fiz? Por que está com raiva de mim?   

Lauren abanou a cabeça com força e disse. – Não estou com raiva de você, Zayn.  – as lagrimas escorregaram por suas bochechas.

- E então? Por que tudo isso? Por que temos brigado tanto? Por que tem se afastado de mim? De mim, Lauren. Que te ama mais que a vida.

Ela espalhou as lagrimas com os dedos e disse com a voz embargada. – Não foi intencional, eu apenas não sei como devo agir. – de repente ficou inquieta, andando de um lado para o outro em minha frente e murmurando. – Tá tudo errado, tá tudo muito errado.  

     Eu estava ficando tonto, então agarrei firme em seus ombros e encarrei seus olhos transbordando emoções.

- O que há de errado, Lauren?  Tem alguma coisa acontecendo? Algo que queira me contar.

Tudo que eu queria era entender o que se passava dentro daquela cabecinha aturdida, esclarecer toda aquela confusão. Se tinha alguma coisa que estava chateando a Lauren, eu, mais do que ninguém, deveria saber.

 Ela ficou me olhando, com aquela cara de choro que fazia meu coração ficar sufocado dentro do peito, parecia estar entre a cruz e a espada,  e ao mesmo tempo encurralada em um beco sem saída. Isso me instigou, e eu mais do que nunca queria saber o que diabos ela tinha a dizer.

- Fala, Lauren. Sei que tem algo a dizer, então abre a boca e fala de uma vez.

- Eu odeio essa cidade. – ela rosnou, virou as costas e se afastou um pouco.

- Hã? – onde eu estava que não ainda não tinha percebido essa aversão de Lauren por NY ?  - Pensei que gostasse.

Ela me olhou como se pedisse desculpas. – Não tem nada a ver com você, Zayn.  Eu me sinto péssima em dizer isso. Não quero soar como ingrata, você tem sido incrível comigo, e é o único motivo de eu ainda estar aqui. Eu te amo, mas me sinto um peixe fora d’agua, me sinto uma pessoa diferente aqui, confusa e sentimental, faço coisas que eu não quero, sinto coisas que eu não quero.

- O quê por exemplo? – eu via tudo tão desconexo e superficial, era difícil entender.

- Não importa. Tenho saudades de Londres, da minha mãe, sinto falta de ter amigos de verdade, do clima e de todo o resto.

- Está tentando me dizer que vai embora? Que vai me deixar? – bom, era eu quem estava aturdido, agora.

- Não. – ela foi enfática, e eu voltei a  respirar – Só estou tentando explicar que não esta sendo fácil pra mim, Zayn. Que eu faço besteira as vezes, não quero te afastar, mas eu posso estar fazendo isso mesmo sem querer, porque as vezes me sinto tão culpada... – ela cobriu o rosto com as mãos e começou a chorar – Tão culpada, que parece que vou enlouquecer. – completou engasgando com os soluços.

Eu já não conseguia mais me segurar, em um movimento rápido eu a envolvi em meus braços e o corpo dela relaxou instantaneamente, lentamente nos sentamos no tapete e eu a aninhei.

Lauren chorou por um tempo. Eu conseguia entender, mas não compreender a culpa, e o motivo dela estar tão triste.  Só me lembrei de uma frase que o Jeff sempre falava, ‘’nenhuma situação é tão complicada que uma mulher não possa piorar’’, eu tinha que concordar com ele. Mas mesmo ela sendo uma chorona, rainha do drama e chata pra caramba, eu não queria me desgrudar dela, nem um pouquinho, dei beijos, fiz carinho no rosto, nos cabelos e disse que a amava quantas vezes eu pude. Não fiz perguntas, mesmo que algumas estivessem pairando por minha mente.

Apenas curti o momento, o cheiro, o toque, o beijo, a pele quente e perfumada, e o beijo novamente, dessa vez mais ardente, cheio de desejo, me deixando duro e louco, e então eu já nem me lembrava mais o motivo pelo qual eu estava angustiado, ou Lauren chorando, nós estávamos lá, curando as nossas feridas com o melhor remédio, nosso amor.

Continuo??

Continuo??

 


Notas Finais


Olá amores.
O capitulo esta pequeno, talvez não muito bom, mas considerem como um bônus. Eu estava com pressa de postar, então aí está. O casal fez as pazes, sim ou mais ou menos? Próximos capítulos eles estarão na tão esperada viajem... muitas coisas vão acontecer... até lá.

Obrigada pelos comentários... Adorei... bjcas


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