História O Filho do Presidente - Onze

Assim que chegou em sua casa, Baekhyun correu para seu quarto. Tirou a jaqueta e jogou seu material ali, vestiu um moletom e quando estava descendo as escadas ouviu Chung conversando com Park. Byun não era curioso em ouvir os assuntos alheios, mas eles poderiam estar falando de si, huh.

─ Por favor, senhor Park, aceite isso, depois de ouvir sobre sua mãe, o mínimo que eu poderia fazer seria isso.

─ Chung, não posso, isso é muito dinheiro, eu nunca vou conseguir te pagar.

─ Por favor Park, pense em sua mãe.

─ Não vou aceitar seu dinheiro suado, eu trabalho desde cedo, eu sei o quanto cada centavo vale.

─ Eu não terei o que fazer com esse dinheiro, irei passar o resto da minha vida trabalhando para os Byun.

─ Eu não contei o que aconteceu esperando ajuda, eu... Eu realmente não posso, guarde isso ─ afastou a mão do mais velho, sendo delicado. ─ Eu darei um jeito de arrumar dinheiro para pagar o tratamento da minha mãe, Chung, mas nunca me sentiria confortável em aceitar as suas economias de uma vida. Eu vou pensar em uma forma de conseguir, não é a primeira vez que preciso fazer sacrifícios.

Baekhyun, notando aquela cena, sentiu seu estômago embrulhar. Pelo que entendeu do pouco que escutou, a mãe de Chanyeol estava doente, e ele não estava aceitando um dinheiro que Chung ofereceu. Agindo por impulsividade, como sempre, ele apareceu naquela cozinha enorme, meio que gritando.

─ Porra Park, aceita logo essa merda de dinheiro. ─ Percebeu suas bochechas ardendo, vendo que Chanyeol e Chung lhe encararam com uma interrogação na cara. ─ Eu ouvi a conversa. Quer dizer, uma parte dela, e sei que sua mãe está doente e Chung não vai precisar desse dinheiro, você pode usá-lo. Acho que essa não é uma situação em que você deva ser orgulhoso.

─ Eu não vou aceitar, não sou merecedor de algo assim, não posso aceitar algo que não foi do meu suor.

─ Porra! Sério? Sua mãe está doente. ─ Se exaltou, se aproximando do maior e empurrando seus ombros.

Chung acabou entrando no meio dos dois, mas Chanyeol não estava pensando em revidar, continuou com seu rosto sério. Já Baekhyun parecia irritado com o que estava ouvindo.

─ Senhor Byun, por favor, eu conversarei com o senhor Park.

─ Chung, eu já falei que não posso aceitar, com licença. ─ Chanyeol se curvou e foi para parte de fora da casa fazer sua vigia perto do quarto do menor.

Baekhyun e Chung ficaram parados por alguns segundos vendo a silhueta de Chanyeol desaparecer.

─ Quanto você iria dar para ele, Chung?

─ Trinta mil. ─ Disse, guardando a bolsinha com dinheiro em seu paletó.

─ TRINTA MIL? ─ Quase engasgou. ─ A situação está séria assim?

─ Não posso compartilhar com o senhor, me desculpe.

─ Claro que pode, sou seu chefe aqui também.

─ Me demita, mas não contarei.

─ Fala isso pois sabe que não vou lhe demitir. ─ Fez um bico.

─ Com licença, senhor Byun, irei voltar ao trabalho.

Depois de sua aula de inglês, algumas horas se passaram, e Baekhyun simplesmente não conseguia tirar da cabeça o que tinha escutado mais cedo, e não entendia o porquê de se preocupar tanto com a mãe do seu guarda-costas, que nem conhecia. Talvez fosse pelo fato de ser uma vida, e isso não refletia diretamente em se importar ou não com aquele insuportável do Chanyeol. Mas com certeza Baekhyun iria fazer algo para tentar interferir, e já que receber dinheiro sem ser do “suor” daquele orelhudo estava fora de cogitação, então iria falar com seu pai, era por uma boa causa.

A linha do outro lado começa a chamar, alguns toques e logo a voz espinhenta de seu pai adentra seus ouvidos.

─ Baekhyun?

─ Oi, papai...

─ O que aconteceu?

─ Nada, esquece. ─ Encerrou a ligação rapidamente.

Me desculpa mãe do Chanyeol, mas só de falar com esse coroa meu estômago embrulha inteiro, pensava frustrado. Baekhyun queria ajudar, mas indiretamente. Pensou então em fazer uma campanha em sua faculdade para arrecadar dinheiro. Será que aquele insuportável aceitaria isso? Rolou na cama várias vezes e logo desceu as escadas correndo.

─ Chung, apronte o carro, irei sair!

─ Claro senhor, preciso chamar o Chanyeol para acompanhá-lo.

─ Certo, irei me trocar e já desço.

Em seu quarto Baekhyun andava de um lado para o outro. Seria mais fácil pedir que seu pai desse um aumento de trinta mil, ele nem precisaria se mover, mas não queria dar o braço a torcer para aquele coroa. Pegou seu aparelho celular e mandou mensagem em seu grupo de amigos

GRUPO: Melhores amigos e Sehun tem uma nova mensagem 

sehun 20:23: pq me ligou e desligou baek?

baek 20:30: eu preciso de um favorzão de vcs galera

minseok 20:32: ih lá vem

kyungsoo 20:33: pode falar meu filhotinho

jongin 20:36: ??

jongdae 20:45: FALA LOGO BAEKHYUN

baek 20:50: (áudio)

baek 20:53: depois eu explico o motivo disso, mas amanhã após a aula, todos na praça pública, levem seus instrumentos

baek 20:55: sehunnie, estou chegando na sua casa com pizza, me espere

sehun 20:55: MINHA PORTA JÁ ESTÁ ABERTA e traga aquele seu guarda-costas gostoso

junmyeon 20:56: como?

sehun 20:57: nada amor

baek 20:59: haha TCHAU.

Colocou o celular em seu bolso e foi ao encontro do motorista e Chanyeol que já estavam prontos à sua espera, saiu em direção ao carro sendo seguido e logo anunciou que seria para a casa do Sehun que ele iria. Minutos se passaram e chegaram ao destino, Chanyeol entrou na casa junto do menor, carregando três caixas de pizzas e levando para o quarto de Sehun. A porta já se encontrava aberta e os dois adentraram o lugar. Baekhyun encontrou Sehun e Jongin na cama mexendo em seus telefones.

─ Cheguei com a pizza, o que você tem para beber, Sehun?

─ Cerveja e refrigerante.

─ O que Jongin está fazendo aqui?

─ Eu vim assim que vi sua mensagem que traria pizza para cá, você nunca leva isso para mim. ─ O moreno disse fazendo um bico fofo.

─ Ih, Jongin, não seja chorão, pode comer quantos pedaços quiser.

─ Irei comer sim! ─ Quando tirou seus olhos de Baekhyun notou que Chanyeol estava lá. ─ GOGOBOY, quanto tempo!

─ Você viu ele ontem, Jongin. ─ Revirou seus olhos para o moreno.

─ Eu acho que Jongin tem uma atração sexual pelo seu guarda-costas, Baekhyun.

─ Que? M-mas claro que não, de onde você tirou isso, Sehun? Vai se foder. ─ Estava roxo com tamanha vergonha.

─ Vou lá embaixo pegar as bebidas, vem me ajudar, Jongin. ─ Puxou o moreno pela mão o ouvindo resmungar algo.

O silêncio pairou no meio daqueles dois que estavam parados sem saber o que exatamente fazer com suas mãos, mas Baekhyun logo mudou isso pois tirou um pedaço de pizza da caixa e começou a mastigá-lo. Estava preso em seus pensamentos até ouvir um pigarrear vindo de Chanyeol.

─ Estarei aqui fora caso precise de algo. ─ Saiu não esperando uma resposta.

Jongin e Sehun voltaram para o quarto com bebidas em mãos.

─ Por que você mandou ele sair do quarto, Baekhyun?

─ Por que está tão interessado, Jongin? ─ Respondeu na mesma moeda, sendo intrometido também.

─ Não estou interessado, só acho ele legal... E que ele poderia ver o filme com a gente.

─ Ele nunca faria isso, ele não é um folgado, não fica desatento no meio do serviço para ver um filme.

Os três acabaram deitando na cama e começaram a ver um filme de terror enquanto comiam e bebiam.

Ficaram assim por algum tempo até Baekhyun anunciar que precisaria ir embora, pois amanhã cedo eles teriam aula. Se despediu e foi para sua casa.