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História O Furacão de Fogo e O Lobo Lendário (Hiatos) - Conversas na caravana (Parte 1)


Escrita por: loveisakarma

Notas do Autor


EU VOLTEI!
Voltei mais que o Fudou na Teikoku! Falando nele....
Enfim, boa leitura e desculpem a demora! Amo vcs <3

Capítulo 21 - Conversas na caravana (Parte 1)


A noite não poderia ter terminado melhor. Eram aproximadamente 21:00 quando o casal saiu da água. Goenji apenas com sua calça jeans e Shirou com sua bermuda, ambos tremendo um pouco com a brisa que batia na orla da praia.

Andavam sorrindo para tudo e todos. As bochechas coradas, os lábios vermelhos e os olhos brilhando adoravelmente. Seguiram para o armário no qual deixaram seus pertences e encontraram Endo lá. Ele vestia apenas sua bermuda de flores, que grudava em suas pernas por estar úmida.

Conversaram um tempo, esperando por Kidou que estava no banheiro. Até ele havia se molhado no mar, o que era totalmente incomum. Por fim, voltaram para o local onde estavam instalados, sempre conversando animadamente durante o caminho.

Encontraram com Tsunami na porta da pousada junto a Tatchimukai. O mais novo estava em pé encostado na parede enquanto o outro estava sentado no chão, fumando um cigarro. Pareciam estar entretidos com o céu, mesmo conversando. Apenas acenaram para os amigos e foram cada um para seu quarto. Kidou e Endo estavam dividindo o dormitório.

–Quer tomar banho primeiro? –Goenji ouviu um espirro de Fubuki, que assentiu. –Vai lá, não esqueça a toalha.

–Uhum. –Outro espirro. Antes, o pequeno tomou seu remédio e se certificou que estavam sendo tomados no mesmo horário.

Enquanto isso, Goenji sentou-se num pequeno banquinho perto de sua cama, para não molhar o colchão. Olhava para o quarto, distraído, pensando no quê havia acontecido.

Fubuki o beijou. Foi tão apaixonante e quente, mesmo na água gelada. Sorriu com a lembrança, mas logo desmanchou a expressão feliz. Estava com receio do que as pessoas fossem pensar ou fazer. Ainda mais seu pai. Agora estavam longe, mas e quando tudo voltasse ao normal?

Fubuki teria de voltar ao colégio Hakuren. Além do mais, e se seus colegas de equipe não os levassem mais a sério? Embora muitos meninos sejam bem abertos quanto a isso, pode ser que algum deles se sinta incomodado... E se...

O barulho da porta do banheiro sendo aberta tirou o loiro de seus pensamentos. Ver aquela figura miúda, usando um pijama adorável o fez se sentir quente; acolhido. Ainda tinha receio dos seus pensamentos sobre o futuro, mas perto de Shirou era como se todas aquelas situações valessem a pena. Estava ansioso, mas a presença do menor o acalmava.

–Eu acho que tô ficando doente, argh. –O pequeno disse, colocando seu chinelo ao lado da cama e sentando nela. –Ficar com gripe nesse clima quente do caramba é uma porcaria.

–Realmente. –Goenji concordou. Levantou e fez um barulhinho ao se espreguiçar. –Minha vez agora.

Foi ao banheiro e fechou a porta. Dessa vez foi Shirou que entrou em seus devaneios. Olhava para seus pés, balançando-os e pensando:

Ele estava certo que gostava de Goenji, mas ao mesmo tempo não sabia como se rotular. Ainda sentia-se inseguro com toda a situação que passava com Atsuya diariamente, pois não podia depender emocionalmente de Goenji para ficar bem e também não podia arrastá-lo pro fundo do poço com seus problemas.

Não queria ser um peso morto. Não queria sobrecarregar ele com essas coisas de tomar remédio ou ir á psicólogos.

Deitou na cama, olhando para o ventilador de teto, as mãos repousadas sobre a barriga. O corpo doía um pouco, provavelmente pela gripe e pelo cansaço. Puxou seu Olaf perto de si e sorriu, sentindo uma pitada do gosto da boca macia de Shuya na sua, lembrando dos momentos que passaram juntinhos desde quando se conheceram.

As vezes que comeram de madrugada, os jogos e treinos, o dia no jardim... O maior fazia Shirou sorrir e o coração esquentar. Suspirou, sentindo o corpo amolecendo. Assim, adormeceu com sua pelúcia nos braços.

Goenji saiu apenas com sua parte de baixo do pijama, secando seu cabelo com a toalha de banho. Observou o menor dormir, depositando um beijo em sua testa e desejando boa noite baixinho em seu ouvido. Sorriu ao fitar novamente a criatura.

Ouviu batidas frenéticas na porta e foi até ela atender. Era Endo.

–Vejo que vocês se divertiram muito hoje, né? –O capitão disse, com as sobrancelhas levantadas, olhando para Fubuki deitado, insinuando. –Infelizmente, vou ter que te roubar Goenji.

–Por quê? O quê eu fiz? –Goenji disse confuso.

–Qual é, já fazem dois meses que a gente não sobe em cima da Caravana Relâmpago e fica conversando. –Ele abraçou o braço de Goenji. –Vamos lá, Gayenji, eu sei que você quer.

–Vamos, vamos, deixa eu só estender a toalha. –Ele entrou novamente e logo voltou, ouvindo uma comemoração de Mamoru. –Pronto, agora para de gritar que já é tarde.

–Vem logo, Kidou já está lá!

Dito isso, puxou o amigo. Chegando lá fora, o vento acalmava os ânimos de quem quer que passasse. O amigo os aguardava, sentado em cima da caravana com um cobertor forrando o teto. Endo e Goenji se juntaram a ele.

–CHEGAMOS! –O capitão disse, se sentando.

–Percebi mesmo. –Kidou fez um careta. –Oi, Shuya, senta aí.

Observaram o céu. As estrelas salpicavam o grande fundo escuro e a lua já estava mais alta. Goenji sorriu com a lembrança do beijo.

–Hm, alguém está feliz hoje. –O de olhos vermelhos deu uma cutucada com o cotovelo no amigo, que estava a sua esquerda.

–Para. –Respondeu rindo de vergonha e empurrou levemente o ombro de Kidou. –É que... Hoje rolou, sabe?

Fitou o céu, não querendo fazer contato visual. Enquanto isso, Endo gritava e Yuto ria.

–Ah, moleque safado! Como que foi, hein? Teve mão na bunda e dedo no cu? –Mamoru disse humorado, fazendo os amigos rirem.

–Não, não teve, Endo. –Negou com a cabeça. –Aquela hora que a gente tava no mar surfando, ou melhor, tentando surfar.

–Ah, espera... Foi ceninha romântica, então? –Endo fingiu chorar. –Que lindo! Eu não acredito, meu casal-

–Endo, deixe o Goenji falar! –Kidou deu a bronca e o amigo apenas bufou e murmurou 'Okay, chato'.

–A gente tava tentando, na verdade, ele tava me ensinando como subir na prancha e me equilibrar. Antes nós passamos a noite inteira juntos e... –O loiro corou, cruzando as pernas. –Eu dei um Olaf de pelúcia pra ele.

Mamoru se jogou para trás e gritou um "own" manhoso e alongado. Depois do breve comentário, deitou-se com a cabeça nas pernas de Yuto, que fez carinho em sua bochecha.

–Nós brincamos no tiro ao alvo, dançamos um pouco e depois fomos para o mar. Depois que tentamos surfar por um tempo, ficamos descansando em cima da prancha, olhando o céu e essas coisas. –Os olhos de Goenji brilharam. –E, nessa hora, eu comecei a ficar tão nervoso que elogiei a risada dele e ele começou a dizer coisas bonitinhas e eu tava com a barriga revirando de tanta ansiedade.

–Sabia que na verdade isso é uma reação do seu corpo e o seu cocô tava andando pelo intestino? Legal, né? –Mamoru comentou. Os amigos olharam para ele, embasbacado com o comentário um pouco nojento.

–Que bola fora, Mamoru. –Kidou repreendeu novamente. –Continua.

–Quando eu vi, a gente tava trocando elogios e foi tão... Natural. Eu me sentia derretendo ouvindo ele falando coisas tão... Gentis –Shuya suspirou. –Então, ele chegou mais perto e eu fiquei estático. Ele me abraçou pelo pescoço e disse que gostava de mim.

Endo soltou um gritinho e quase saiu dando pulinhos. Kidou sorria paternal, com orgulho do amigo aceitando a si mesmo e seus sentimentos.

–Aí ele encostou a testa dele na minha e eu disse que gostava dele também. Nesse momento, meu coração tava pulando descompassado e eu achei que fosse explodir.

Ele sorria ao se lembrar do sentimento que percorria seu corpo. As estrelas cintilavam, mas seus olhos ofuscavam todas elas. Neles, havia a ternura de uma paixão emergindo.

–Ele colocou as mãos na minha bochecha e... Argh –Fez uma pausa colocando as mãos no rosto. –Quando ele me puxou pra me beijar, aí sim eu achei que ia morrer. Foi tão, tão bom. Eu fiquei tão aliviado e parecia que o mundo tinha parado de girar e tudo que importava era ele.

–Ah, que orgulho! –O capitão disse, com um sorriso grande no rosto. –Vocês são tão fofos, quero morrer.

Fez uma encenação como se desmaiasse. Shuya riu, levemente corado.

–Estamos felizes por você, de verdade. –Kidou colocou a mão em seu ombro. – É um passo e tanto pra vocês.

–No entanto... –Algo desanimou um pouco o loiro. –Eu ainda fico um pouco inseguro com o que pode acontecer, sabem? Ele não mora em Inazuma e nós nem sabemos no que pode dar essas coisas de partidas alienígenas. Fico preocupado com o quê meu pai possa pensar e fazer. Me sinto um doido paranoico.

–Não está sendo paranoico, Shuya. Apenas... Cuidadoso. –Kidou foi delicado com as palavras. –Veja só o tanto que eu e Endo passamos tanto internamente, quanto com relacionamentos e afins. Você tem nós dois para te ajudar em tudo que precisar, arrumaremos um jeito.

Goenji sorriu com as palavras doces e sinceras. Respirou fundo para expulsar os pensamentos ruins e prosseguiu:

–Mas e você, Mamoru? Como está? –Tentou ser subjetivo. Não gostaria de ser indelicado com o recente término.

–Ah, eu tô legal até. –Fez uma pausa para pensar. –Eu só me sinto frustrado por tudo isso. Esses caras estão acabando com o esporte que mais amo e acabaram com meu relacionamento, mas eu quem me sinto culpado. Kaze estava tão cansado e afetado e não pude fazer nada. E teve mais o episódio onde o capitão da Gênesis me beijou.

–O quê? –Goenji disse incrédulo. –Cara, faz tanto tempo que a gente não conversa direito...

–Pois é. Acontece que eu já conhecia o cara. Hiroto o nome dele. Ele sempre aparecia em momentos aleatórios perto de mim para flertar e acabou arrumando meu número de celular.

–Cara, você não desconfiou que esse cara era um psicopata ou sei lá? –Shuya disse, incrédulo. Mamoru suspirou.

–Ele flertou comigo algumas vezes e eu achava ele bonito, mas meu coração já tem dono, sabe? E mesmo eu não querendo nada, a curiosidade falava mais alto. –Endo riu quando a mão de Kidou passou pelo seu pescoço, fazendo cócegas. –Enfim, a gente conversava aleatoriamente e ele parecia um cara normal. Normal e atirado, tipo, muito atirado mesmo.

–Eu ficaria com medo. –Disse Yuto, caçoando da ingenuidade do amigo. –Sua mãe nunca te disse pra não falar com estranhos?

–Ah, qual é! Era apenas um menino do cabelo vermelho e com hormônios a flor da pele. Só mais um adolescente normal circulando por aí e querendo uns beijos. –Revirou os olhos. –Enfim, quando descobri que ele também era um membro da Academia Alien, eu só quis socar a cara dele no asfalto. Eu me senti enganado porque, afinal de contas, nós poderíamos ter virado amigos ou sei lá.

–E foi nesse dia que...–O loiro ia perguntar, mas foi interrompido.

–Sim. Foi perto do bebedouro do vestiário e, bem na hora que Kaze estava saindo, ele me puxou pra um beijo forçado. –O capitão virou-se para cima e cobriu o rosto. –Eu só queria morrer vendo o olhar de decepção dele. Eu nunca vi um olhar tão expressivo do Kaze e ele nunca foi tão horrível.

Inevitavelmente, algumas lágrimas brotaram e escorreram pelo rosto de Satoru. Tirou as mãos que tapavam sua face e alternou o olhar entre os dois melhores amigos enquanto dizia.

–Ele já dava tantos indícios de cansaço, sabem? Ele já não era mais o mesmo comigo, não tinha mais vontade de treinar, não tinha mais vontade de sair, ele... –Um soluço interrompeu a fala. –Não se sentia bem. Ele só queria ir pra casa, só queria parar de enfrentar pessoas que usavam o 'fut' para destruir escolas e fazer mal às pessoas. E eu não vi isso.

–Calma, calma. –O de olhos vermelhos sussurrou, fazendo carinho em seu cabelo. Kidou era reservado, mas quando se tratava de seus melhores amigos ele não tinha vergonha alguma de demonstrar carinho. –Quer um abraço?

Endo apenas se levantou assentindo com a cabeça. Goenji acabou se aproximando para afagar as costas do amigo, ajudando no consolo.

–Se não quiser falar mais sobre isso, tudo bem. –Disse, carinhoso. –Se te machuca, não precisamos falar sobre isso.

Satoru se levantou do ombro do colega. Limpou as lágrimas com os dedos e deu um sorriso grande.

–Obrigado, caras. Eu amo vocês dois. –Virou-se para Kidou. –Mas e você? Como está?

–É verdade! Injusto só a gente falar. O quê acontece no seu coração de gelo, huh? –O loiro brincou.

–Hm... Eu, na verdade, tenho algo a compartilhar com vocês. –Yuto estava nervoso. Fazia tempo que não falava sobre ele ou sobre o ocorrido. Nunca teve uma oportunidade de se explicar para os amigos da Raimon.

Goenji e Endo o olhavam curiosos. O loiro estava deitado pra cima, com as mãos embaixo da cabeça para servir de apoio e o castanho estava sentado com as pernas cruzadas e as mãos apoiadas na caravana.

–Há um tempinho atrás... –Kidou resolveu deitar de lado na barriga de Shuya. –Goenji dormiu em casa quando estava no seu dilema homossexual de estar interessado ou não em Shirou. Se lembra?

–Uhum. Foi depois do parque de diversões.

–Isso mesmo. –Os olhos vermelhos fitaram o céu. –Acontece que eu dei uma breve explicação sobre uma experiência que eu tive com um... Garoto.

–O quê?! Eu jurava que você era assexual ou só se relacionasse com a lógica ou as trevas. –Mamoru ficou chocado. Yuto riu.

–Por incrível que pareça, eu gosto de pessoas. Continuando, eu gostaria de compartilhar com vocês sobre isso porque é algo que eu sempre guardei muito pra mim e isso tá me fazendo mal. Esses dias eu venho tendo pesadelos com ele e-

–Que tal se... –Shuya interrompeu– Começasse do começo?

Ele respirou fundo e tomou fôlego.

–Eu conheci ele quando era pequeno. Nós jogávamos juntos na Teikoku e éramos inseparáveis, embora a gente brigasse bastante. Ele era o meu melhor amigo junto com Sakuma e Genda. No entanto... Ele passou a ser mais que isso. Eu não entendia porquê queria estar perto dele, brincar com ele, abraçar ele, jogar com ele e tudo se resumia bastante a apenas ele.

–Uau, eu não imaginava isso. –Endo comentou.

–Ah, ele era tão ranzinza e tão chato com todo mundo, mas comigo parecia que ele sempre tentava estar por perto também. Era tão recíproco e nós ficamos meses e meses alimentando um sentimento que nem sabíamos que existia. –A nostalgia nas palavras era evidente.

–No meu aniversário de 14 anos, ele fez uma festa surpresa pra mim, na minha casa. Foi minha primeira festa surpresa e o primeiro momento que eu percebi o quão preciosos eram meus amigos. Sakuma e Genda estavam lá, nós jogamos videogame, comemos um bolo que o menino que eu gostava fez e ficamos até tarde conversando.

–Tenho um mau pressentimento. –Mamoru, mais uma vez, fazendo comentários no meio da conversa.

–Nesse dia, nós estávamos brigando para ver quem ficaria com o controle do jogo. E ele me beijou. Foi meu primeiro beijo. E eu fugi disso. –Um suspiro deixou os lábios de Kidou. –Eu fiquei meses pensando sobre ele, meses sem entender o quê estava acontecendo e isso acabou se misturando com o resto dos problemas que vocês já conhecem. Mesmo assim, ele não queria ficar longe. E demorou até eu aceitá-lo. Até eu me aceitar.

–Foram longos meses, até que completou um ano. Assim...

Um Flashback correu pela cabeça de Kidou.

Após um treino intenso na sede da Teikoku Gakuen, Kidou avistou Fudou. Suas mãos suavam e seu coração batia forte. A decisão já havia sido tomada: Conversaria com o amigo e diria o quê sente. Depois de uma semana escolhendo as palavras, finalmente criou coragem para ir atrás do garoto que gostava.

Quando se deu conta, estava parado no meio do campo observando o time indo para o vestiário. A capa que usava por costume, era chicoteada pelo vento e a expressão era ilegível. A carranca que se formava era tão habitual que todos já haviam se acostumado.

Seus olhos miraram um garoto em específico. O coração apertou quando os olhares se cruzaram por míseros segundos.

Era agora ou nunca.

Fudou. –Disse autoritário, apenas para manter sua pose de capitão do time. –Vem aqui. Quero conversar com você.

O tom deu uma vacilada. Suas mãos suavam mais ainda pelo nervosismo.

Fudou revirou os olhos de raiva. Por fora, expressava deboche e tédio. Por dentro, seu coração revirou-se ao ouvir Kidou chamando seu nome.

Foi até o capitão, em passos curtos e revirando os olhos. Cruzou os braços e disse durão:

–O quê você quer?

–Eu... –Pigarreou e mexeu as mãos nervoso. –Quero conversar com você hoje. Naquela casa abandonada que nós íamos.

Akio ficou surpreso. Esperava uma birra ou qualquer esporro, mas não isso. Por fim, decidiu não demonstrar.

–E porquê eu deveria ir? –Levantou uma das sobrancelhas, em tom de desconfiança.

–Eu não vou te obrigar, mas é algo que lhe diz respeito. Está na hora de esclarecer tudo.

–Hmpf. –Revirou os olhos. –Não prometo nada.

Ambos mantinham a pose de durões naquele momento. Mal sabiam o quê viria a ocorrer.

No fim, ele acabou indo. Eu expus meus sentimentos, contei pra ele a história do começo ao fim. Ele acabou desabafando dizendo que não era idiota e que foi totalmente babaca da minha parte não ter dado satisfação. –Kidou se preparava para finalizar.– Eu sabia que merecia ouvir aquilo. Acabei machucando ele por ter me afastado.

–E aí? O quê houve? –Perguntou Goenji.

–Nós decidimos começar de novo. E foi bom. –O sorriso dele era doloroso. –Como no campo não podíamos trocar afeto, ele ia em casa com mais frequência. A gente fazia de tudo um pouco e éramos felizes assim, lá havia a liberdade que não tínhamos em outros lugares. Ficamos algumas semanas assim, até que...

Akio estava deitado ao lado de Kidou na cama. Eles seguravam as mãos um do outro e olhavam para o teto.

–O quê você achou da gente... –O de olhos vermelhos sugeriu.– Ter contado a Genda e Sakuma?

O coração pulou no peito de Fudou. Era um passo e tanto abrir isso a outros membros do time. Tanto que, toda vez que lembrava do momento em que se assumiram para os colegas, ficava nervoso.

–Você acha que vai dar certo? Eu sei que estávamos só nós quatro no banheiro, mas tenho muito medo disso. –Os olhos escondiam uma ingenuidade que era difícil perceber. Mas ela existia e Yuto caía de amores por aqueles olhos.

–Eu acho que eles já desconfiavam, mas me conhecem o suficiente pra respeitar meu tempo. –Deu de ombros. –Eu sinto que estava pronto. Queria finalmente assumir pra eles que eu te-

As bochechas pegaram fogo, os olhos arregalaram e o coração palpitou.

O sentimento sempre esteve lá, Kidou sabia disso. No entanto, dizer em voz alta era diferente. Bem diferente.

Era agora ou nunca. Encarou Fudou e engoliu a saliva, criando coragem. Não havia mal nenhum em dizer aquilo.

Porém, antes que pudesse sair uma palavra que seja, o amigo o beijou.

Era como uma explosão de flores na primavera. Pela primeira vez, se sentia livre e acolhido. Não era culpa, era desejo e paixão.

Foi o beijo mais apaixonante que recebeu na vida. As mãos de Fudou em suas bochechas, os suspiros entrecortados e a pureza do beijo adicionava um clima extremamente romântico no ar. Era bom.

Lágrimas escorreram dos olhos avermelhados. Ele estava amando. Depois de anos passando por coisas terríveis longe de sua irmã, sem seus pais, sendo uma marionete de Kageyama, finalmente havia amor.

Seus melhores amigos eram queridos, mas com Fudou era diferente. Ardia como uma chama, explodia como fogos de artifício e aquecia como um cobertor.

Os pulmões clamaram por ar, assim o beijo fora cortado. As testas se tocaram e a respiração de ambos se encontravam no ar.

–Eu também. –Akio respondeu.

Não foi necessária mais nenhuma palavra para saber do quê se tratava.

Amor.

Estavam tão entretidos que ao menos ouviram os capangas de Kageyama subindo as escadas, prontos para pegar os dois em flagrante e levá-los diretamente para a sede da Teikoku.

 

Estava na hora de uma conversinha com Kageyama Reiji.


Notas Finais


CONTINUA....

AH, finalmente chegamos numa parte crucial: O quê aconteceu com Kidou e Fudou?

Espero que vocês gostem desse próximo "arco" que estamos entrando, hehe. Mas vamos relembrar:

Kaze e Endo terminaram, e o estopim foi por conta do Hiroto ter beijado Endo forçado.

Kido e Fudou se reencontraram e isso despertou muitas memórias em Kido e agora ele vem sendo assombrado por elas em alguns capítulos.

Goenji e Fubuki deram um passo na relação e SE BEIJARAM! E FOI LINDO!

Agora daqui pra frente vamos ter um pouco mais da história de FudouxKido.
Goenji e Fubuki finalmente vão andar nessa relação.
E teremos novas aparições, hein! Será que vai ser bom? Ruim? Cenas dos próximos capítulos, moçada!

Lembrando que eu vou começar a revisar FFLB, então perdoem os erros!

Amo você, obrigada por ler!

PS:Leiam minha oneshot de sequisso GouFubu
PS2: Continua...


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