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História O Garoto de Programa Virgem - Mentira e suas curtas pernas


Escrita por: jiho

Notas do Autor


GENTENEY, EU TINHA DITO PRA UMAS PEOPLE Q IA POSTAR ESSE CAP ONTEM, MAS JÁ PASSOU 28MIN DE ONTEM, DESCULPA.

+200 favoritosneeeey <3333 Vocês são incríveis, vocês moram no meu core <3
Espero que gostem desse cap~

Capítulo 3 - Mentira e suas curtas pernas


O corpo de Jungkook se estremeceu por completo ao ver aqueles cinco brutamontes andarem em sua direção, prontos para lhe espancar. E a vontade do Jeon era a de gritar por ajuda, sair dali correndo ou até mesmo tentar se esconder e ligar para a polícia, no entanto não conseguia materializar nada daquilo. Suas pernas simplesmente havia travado e seu coração parecia estar quase explodindo em tanta aflição.

— O que foi, docinho? Não está com vontade de mijar nas calças de tanto medo? — um deles perguntou e então riu alto. — É esse tipo de coisa que você ganha por ser um viadinho prostituto!

E então esse mesmo garoto levantou um de seus braços, com suas mãos fechadas em punhos e então lançou o punho direito em direção ao Jeon, acertando-lhe um soco forte bem na região de sua bochecha. O garoto automaticamente gritou em medo e então cambaleou um pouco para trás, logo recebendo mais um soco forte, dessa vez em seu olho, que o fez cair ao chão.

E então os outros garotos se aproximaram, começando a chutar o corpo do garoto, enquanto este por sua vez apenas tentava proteger o seu rosto com as mãos e encolher-se na tentativa de se machucar menos. Mas aquilo não funcionava muito bem, já que cada soco e chute proferidos em si doíam como o inferno.

Já estava chorando, completamente desesperado enquanto tentava gritar para que eles parassem com aquilo. Porém seu desespero realmente aumentou quando viu o garoto que segurava o taco de basebol levantar o objeto ao ar, pronto para acertar-lhe.

Todavia graças ao bom universo, uma luz forte quase cegou os garotos da rua escura, fazendo-os instintivamente colocarem as mãos nos olhos, tentando protegê-los da luz forte do farol que estava extremamente próximo. O carro buzinou diversas vezes, hora ou outra arrastando o pneu no chão para tentar dar medo aos cinco rapazes presentes ali.

E felizmente aquilo funcionou, principalmente pelo fato de que não conseguiam enxergar quem estava dentro do carro. Foi questão de um minuto para que os cinco saíssem correndo dali, sumindo pelo mesmo beco do qual saíram, completamente amedrontados que talvez pudesse ser algum policial a paisana ou algo do tipo.

Então os faróis do carro diminuíram a intensidade do seu brilho, logo tornando-se suportáveis a olhos comuns. Jungkook tirou as mãos do próprio rosto para ver quem estava no carro e, no exato momento, pôde ver a pessoa sair pela porta do veículo. Então o coração de Jungkook bateu mil vezes mais rápido ao ver que era Jimin ali.

— Jungkook! Meu Deus, você está bem? — perguntou extremamente preocupado enquanto corria em direção ao amigo.

Abaixou-se ao lado do menino e então segurou seus ombros, erguendo o tronco alheio e então visualizando o rosto machucado do garoto. Os lábios dele estavam levemente cortados, as bochechas machucadas e seus olhos completamente vermelhos, provavelmente um deles ficaria roxo no dia seguinte.

Jimin estava com realmente muita raiva agora, sua vontade era de ir atrás dos cinco culpados daquilo e esquartejar todos eles por terem feito aquilo com o pobre Jeon. Não sabia o motivo deles terem feito aquilo, mas Jimin conhecia Jungkook o bastante para saber que ele não despertaria a irritação daqueles marginais, já que nunca se metia em encrencas. A não ser a de ter se tornado um prostituto.

— Vem cá, eu acho você. — disse terno enquanto ajudava o Jeon a se levantar.

O mais novo sentia seu corpo inteiro arder e doer intensamente, caminhar havia se tornado extremamente doloroso e se sentia realmente muito mal. Principalmente pelo fato de que a culpa de tudo aquilo era de si próprio.

Jimin o conduziu até dentro do seu próprio carro, ajudando o garoto a colocar seu cinto de segurança e então dando a volta no carro, para logo sentar no banco do motorista e ligar o carro para poder dar finalmente a partida e sair dali.

— Eu vou te levar ao hospital. — o Park falou preocupado.

— Não Jimin, só me leva pra casa, por favor. — Jungkook pediu baixinho, enquanto controlava-se para não chorar.

— Jungkook, pelo amor de Deus, você está todo machucado!

— Não foi nada demais Jimin, é sério! Se você me levar para o hospital, eu realmente nunca mais vou falar com você. Eu só quero ir para a casa e dormir, por favor… — implorou extremamente triste com toda a situação.

Jimin bufou, mas por fim deu-se por vencido. Estava realmente muito preocupado com Jungkook, mas se ele achava que ficaria melhor se fosse para casa, então deixaria por aí mesmo.

O mais novo permitiu-se olhar pela janela do carro esportivo do mais baixo, visualizando a rua escura do lado de fora, enquanto a janela aberta trazia para o seu rosto machucado um pouco do vento da noite, que até amenizava um pouco da sua dor. O clima estava agradável e tinha tudo para ser uma noite perfeita, se aquilo obviamente não tivesse acontecido. Sentia suas mãos tremerem apenas ao lembrar dos golpes daqueles monstros sendo despejados em si, sentindo cada parte do seu corpo latejar com aquilo. E o pior é que se sentia culpado por tudo aquilo. Se não tivesse começado com aquela mentira idiota, não teria apanhado na rua.

Era tudo culpa sua, realmente havia se tornado um ser nojento, mesmo que fosse tudo uma grande mentira. Talvez realmente merecesse a surra que levou, talvez merecesse até coisa pior. Estava verdadeiramente se sentindo um completo lixo com toda aquela situação.

Assim que chegaram até a casa de Jungkook, notaram que todas as luzes já estavam apagadas, denunciando que todos já estavam dormindo. O mais novo sentiu-se aliviado, afinal não teria que explicar para ninguém onde estava e porque estava com cara de choro e completamente machucado.

— Jungkook... — Jimin chamou em um tom baixo, fazendo com que o maior o olhasse. — Por que você estava andando sozinho na rua?

Os olhos de Jungkook caíram novamente e então ele engoliu em seco, tentando se concentrar para que não chorasse.

— Eu... Eu... — Tentou achar palavras, porém sua garganta estava dolorida demais para sequer tentar falar algo sem chorar. — Yoongi me deixou há algumas quadras antes da minha casa e aqueles garotos surgiram do beco.

— Por que Yoongi não o largou frente a sua casa? — perguntou ficando irritado. — Aquele canalha sabe que esse bairro é perigoso, como ele pôde te deixar sozinho a essa hora da madrugada?

— Ele estava bravo por que eu não quis transar com ele… — falou cabisbaixo, enquanto fungava baixinho.

— Por que você não quis? — perguntou confuso. — Esse não é o seu trabalho?

Jungkook controlou a expressão de choro que se apossou de seu rosto. Não queria mais que as pessoas pensassem aquilo a respeito de si, não queria mais ser o garoto prostituto da escola. Mesmo que tivesse fama e amigos, nada daquilo valia a pena quando se embolava em um monte de mentiras e era espancado por isso.

— Eu só… Eu só não quis e… — o Jeon parou de falar e então soluçou baixo, sentindo chorar. — Se eu tivesse aceitado transar com ele, eu não teria apanhado na rua. Eu apanhei porque eu sou um prostituto, Jimin.

— Você não é um prostituto. — Disse.

Os olhos de Jungkook se arregalaram, fazendo-o olhar para Jimin com uma cara de espanto. Como sabia? Quer dizer, ele não tinha como saber da verdade, não é? Ninguém além de Namjoon e do próprio Jeon sabiam sobre a verdade, e tinha a máxima certeza de que Namjoon não contaria sobre aquilo para Jimin.

— P-porque diz isso? — perguntou com a voz falha. — Você sabe de toda a "fama" que eu ganhei nesse meio tempo, como pode acreditar que não sou o que todos pensam que sou?

Jimin olhou para a janela do carro e soltou um suspiro longo. Estava cansado de toda aquela situação, porém não poderia se zangar com o menor e nem contraria-lo.

— Esquece. Você tem razão, é um prostituto. Quem sou eu para dizer o contrário? — disse e então voltou seu olhar para o maior. — Você quer companhia hoje a noite?

— Não, eu estou bem. — Jungkook disse abrindo a porta do carro. — Obrigado pela carona Jimin, você me ajudou bastante hoje. — Disse sorrindo minimamente.

— Não há de quê… Se cuida, JK. Toma um banho e faz uns curativos, já que você não quer ir ao hospital. — Retribuiu o sorriso e então observou Jungkook assentir e logo fechar a porta do carro, então o Park arrancou o carro e foi para a sua própria casa.

Jungkook observou o carro sumir em meio a rua e então entrou para dentro de casa. Suas pernas doíam a cada passo que dava e sua cabeça latejava, completamente dolorida por tudo o que havia acontecido. Abriu a porta da casa silenciosamente com a sua chave e então entrou pé por pé, esperando não ser notado.

— Onde estava? — Ouviu a voz feminina parecendo estar um pouco brava se levantar.

Jungkook olhou assustado para a figura materna que acabara de ligar as luzes, observando o estado de seu filho.

— Ah meu Deus, o que aconteceu? — Perguntou notando os olhos inchados de chorar no rosto do filho, vendo-o todo machucado.

— Não houve nada mãe, não precisa se preocupar, eu só sai com uns amigos. — Disse caminhando até a escada que levava ao seu quarto.

— Só saiu com uns amigos? Pelo amor de Deus, Jungkook! Você está todo machucado! — falou preocupada, logo se aproximando do filho. — Quem fez isso com você.

— Uns garotos que me pegaram desprevenido no beco. — contou a verdade.

A mulher suspirou e então pôs as próprias mãos na cabeça, tentando se controlar diante a tudo aquilo. Estava com raiva do que havia acontecido com o filho, porém também estava com muita raiva do próprio filho.

— Eu não acreditei quando a Senhora Min me contou, mas agora vendo o seu estado eu sou obrigada a acreditar. — A mulher disse e então Jungkook arregalou seus olhos, sem entender o que sua mãe queria dizer.

— O que a mãe do Yoongi te disse? — perguntou sentindo sua barriga gelar.

— Que você está vendendo seu corpo para os seus colegas de classe. — disse e então abaixou a cabeça, demonstrando a tamanha decepção que estava sentindo. — Por que está fazendo isso, Jungkook? Nós podemos não ser ricos, mas tudo o que você quer nós damos o nosso melhor para te dar. Por que tem que estar fazendo essas coisas sujas em troca de dinheiro? — A mulher perguntou já começando a chorar. — Olha pra você, Jungkook! É óbvio que você apanhou por causa dessas coisas!

Mais um drama. Jungkook não aguentaria mais um drama daqueles naquela única noite. Caminhou até a sua mãe e tocou em seu ombro.

— Deixa eu tentar explicar…

— Explicar? Não tem o que explicar! — disse tirando as mãos do filho de seu ombro. — Olha pra você, olha o horário que chegou em casa! É óbvio que estava com mais um de seus clientes. Todos estão comentando sobre você, Jungkook. Como você acha que eu me sinto?

— Mãe, é sério, não é isso o que você pensa. — tentou se explicar, porém a mulher não lhe dava ouvidos.

— Jungkook, eu te amo com todo o meu coração. Mas desse jeito não dá, é impossível. — disse colocando as mãos em sua testa.  — Nós temos que nos mudar.

— O quê? Você está maluca? — perguntou com sua voz mais alterada.

— Não se dirija a mim como "você", eu sou sua mãe! — disse brava. — Nós vamos nos mudar, eu não vou suportar toda a cidade sabendo que você é um puto.

— Não use essa palavra, pelo amor de Deus. — implorou, completamente melancólico enquanto sentia novamente a vontade de chorar voltar.

— Só vá para o seu quarto, amanhã eu já estarei procurando por imóveis para comprar ou alugar em outra cidade. — disse abaixando o tom de sua voz. — o kit de primeiros socorros está no banheiro, Jungkook. Cuide de si mesmo.

Jungkook subiu sem pestanejar, batendo a porta do quarto com força e se permitindo chorar mais uma vez. Deitou-se em sua cama e se encolheu, deixando todas as suas mágoas em seu travesseiro, logo pegando em um sono profundo.

 

 

 

 

 

O despertador tocava freneticamente, fazendo Jungkook acordar do sono sem sonhos. Bateu com a mão no aparelho, fazendo-o parar de tocar. Sentou-se na cama e coçou os olhos de maneira infantil, cansado e sem nenhuma vontade de ir para a escola. Mas assim que coçou aquela região, já pode a sentir arder.

Levantou-se e foi em direção ao banheiro, logo escovando seus dentes e tomando um banho. Observou como o seu rosto estava machucado e então tratou de passar algumas pomadas e colocar um band-aid em um corte que havia na região da bochecha, logo disfarçando todos os roxos com maquiagem. Colocou a roupa para ir para a escola e pegou a sua mochila, ainda estava um pouco cedo, porém Jungkook não ficaria sequer mais um segundo dentro de sua casa com a sua mãe.

Saiu pela porta e decidiu que não pegaria ônibus, iria a pé e como estava bem cedo isso não fazia muita diferença. Caminhou em passos lentos, enquanto aproveitava o momento para refletir um pouco sobre o último mês, sobre até onde suas mentiras o levaram e como acabou pior do que estava antes.

Jungkook descobriu definitivamente o preço da fama. Queria se tornar alguém conhecido, queria que todos lembrassem do seu rosto e soubessem o seu nome, não importando o que precisava fazer para conseguir isso. Acontece que a mentira tem perna curta e o Jeon sentiu extremamente isso em sua pele.

Não queria mais mentir, não queria mais ter aquela imagem, não queria que pensassem mais aquilo a seu respeito e não queria, principalmente ter que se mudar. Queria se formar em sua escola, queria ficar ao lado de Taehyung e os outros garotos. Queria também poder olhar para o rosto de Jimin como olhava em todas as manhãs.

Talvez não admitisse para si mesmo, porém gostava de Jimin. Sempre gostou, na realidade, desde quando eram crianças e o Jeon o salvou de um bando de valentões. Pensando agora, Jimin tinha realmente se redimido em relação a aquilo, agora salvando o seu antigo salvador de ser espancado. Jungkook sempre admirou muito o rapaz de madeixas ruivas pelo seu incrível carisma e sua excelentíssima aparência. Jimin era perfeito da cabeça aos pés.

Jungkook não queria acabar com a vida naquela cidade, deixar suas lembranças morrerem e não queria se adaptar a um novo lugar, com novas pessoas e novos costumes. Ele apenas queria voltar a sua pacata vida onde falar com Taehyung e admirar Jimin de longe era o seu maior passatempo.

Porém naquele momento era como se todos tivessem virado as costas para si, esquecido do garoto gentil e tímido que ele era. Suas notas na escola também haviam baixado depois de todos aqueles boatos e isso definitivamente não era bom, principalmente pelo fato de que a faculdade na qual o garoto queria ingressar era extremamente rígida em relação às notas passadas.

Continuou caminhando em linha reta, conseguindo depois de certo tempo enfim chegar em sua escola. Já haviam bastante estudantes ali e a caminhada havia o feito chegar no exato horário de bater.

Jungkook não olhou muito para os lados, não queria acabar tombando com Yoongi ou com seus amigos. Estava cansado demais de tudo aquilo e queria apenas assistir a aula em paz e depois voltar para casa para lamentar mais um pouco do quanto a sua vida estava insignificante naquele momento.

Entrou na escola e logo procurou por sua primeira sala de aula do dia, entrando no local assim que este foi encontrado e então cumprimentando o professor e começando a fazer o que todos os jovens vão para a escola fazer: conversar.

 

 

 

Assim que a hora do intervalo se fez presente, Jungkook esperou um pouco o movimento dos corredores passar para por fim sair. Foi caminhando lentamente até a cantina, notando então no meio do caminho Yoongi e seu grupinho lhe encarando de longe.

Não iria até eles e também sabia que eles não viriam até si, porém mesmo assim decidiu encarar Yoongi um pouco, sentindo um sentimento de raiva pela noite anterior passar pelo seu corpo. Entrou na cantina e pegou um pouco do mingau que estava sendo servido.

Tudo bem que Yoongi não tinha realmente culpa do garoto ter apanhado, ele não tinha como adivinhar que aquilo aconteceria. Todavia, sabia que havia sido a mãe de Yoongi a ligar para a sua e contar sobre tudo que acontecia com o Jeon na escola. E se a Senhora Min sabia, era porque Yoongi havia contado tudo.

Sentou-se em uma mesa vazia e começou a comer, notando Taehyung entrar pela porta logo em seguida. Taehyung olhou para Jungkook e então soltou um suspiro, logo se aproximando.

— Está tudo bem? — Taehyung perguntou. — Eu ouvi sobre o que aconteceu…

Jungkook suspirou e então olhou no rosto do amigo, sorrindo fraco para ele logo em seguida. Estranhou o fato dele ter se aproximado depois de tanto tempo, mas logo pôde entender ao ouvir que ele já sabia que Jungkook havia apanhado. Realmente as fofocas se espalhavam muito rápido.

— Está tudo bem. — afirmou.

— Jungkook… — disse e então sentou-se ao lado do mais novo. — …Eu queria me desculpar.

— Desculpar pelo quê? — Jungkook perguntou um pouco confuso.

— Por ter te abandonado. Como seu amigo, eu deveria ter ficado do seu lado mesmo você fazendo… Essas coisas. — gesticulou com as mãos. — Eu só fiquei terrivelmente triste pelo modo como você havia me tratado naquele dia, você sabe como eu sou orgulhoso.

— Não precisa se desculpar, Tae. — sorriu. — Eu entendo. E a culpa é minha. — disse por fim. — Eu não deveria ter começado com tudo isso.

— Sobre o ocorrido de ontem… Você foi ao médico? — perguntou.

— Não, mas está tudo bem. Foram só alguns arranhões e alguns roxos na minha pele, não tenho dor de fratura e nenhum corte foi profundo. Eu já limpei tudo, então não tem necessidade de ir ao médico. — disse sorrindo. — Aliás, onde está Hoseok?

— Está com Jimin, eles disseram que tinham uma coisa para fazer e que precisavam estar a sós.

— Hmm… Suspeito. — Jungkook disse com um sorriso malicioso nos lábios.

Taehyung riu e então bateu fraco no ombro do amigo.

— Não fale besteiras! — disse ainda rindo.

Jungkook riu junto e então sentiu seu bolso vibrar. Estranhou, pois fazia algum tempo que ninguém lhe enviava uma mensagem de texto. Taehyung também sentiu seu bolso vibrar e logo ambos pegaram os seus celulares.

"Contato Desconhecido"

Jungkook abriu a mensagem e então viu se tratar de um vídeo. Taehyung viu a mesma coisa e então se entreolharam, logo analisando em volta e vendo que praticamente todos os outros estudantes dentro da cantina também pegarem seus celulares.

Jungkook abriu o vídeo e então se surpreendeu.

"Diga"

"Diga?"

"Realmente acha que pode me bater?"

"Por que inventou aquelas mentiras? Eu posso pelo menos entender por que caralhos a escola inteira acha que eu sou um prostituto agora?"

"Eu não sabia que iriam gravar, me desculpe... "

"Te desculpar o caralho! Só vá lá e desminta tudo, antes que isso pare nos ouvidos dos professores e, consequentemente, nos ouvidos dos meus pais"

"Eu realmente não posso fazer isso. Eu estava brigando com Seokjin... Ele descobriu que eu acabei pegando uma DST."

"E o que isso tem a ver comigo?"

"Eu não sabia em quem jogar a culpa pela doença, eu disse para ele que você me obrigou a fazer sexo, se não você iria dizer para os meus pais e os pais de Jin sobre o nosso relacionamento... E ainda me cobrou após o feito, eu realmente disse que você era um garoto de programa."

 

Os olhos de Jungkook se arregalaram ao ver ele mesmo e Namjoon, conversando no banheiro no primeiro dia em que descobriu sobre o boato. Como haviam gravado aquilo? E quem havia gravado aquilo?

Taehyung olhou surpreso para Jungkook e então deixou sua boca semiaberta.

— Jungkook, o que é isso? — perguntou, completamente incrédulo. — Então tudo aquilo era uma mentira? Você estava tentando proteger o Namjoon?

Palavras não conseguiam mais sair da boca do Jeon, estava totalmente perplexo com aquilo. Olhou em volta e então notou que todos estavam olhando para si, assim como no primeiro dia em que descobriu sobre os boatos. Agora, porém, os cochichos eram diferentes; a escola havia finalmente descoberto que Jungkook não era um prostituto.

— Q-quem gravou isso? — Jungkook perguntou.

Taehyung ainda estava chocado, porém decidiu parar um pouco para pensar e então chegou em sua conclusão. Lembrou-se da primeira garota que Jungkook havia “transado” depois de Namjoon e então entrou em um consenso.

— Aquela gordinha!

Jungkook lembrou-se então da garota que havia dito que era fujoshi e que estava espiando os dois naquele dia. O garoto se levantou da cadeira e saiu rapidamente da cantina, olhando em volta em busca da menina daquele dia. 

Todos os olhares estavam concentrados em Jungkook e o garoto nem sequer estava prestando tanta atenção nisso. Depois de certo tempo de procura, finalmente viu a garota sentada em um banco e então andou rapidamente até ela.

— Foi você quem gravou? — perguntou rapidamente, fazendo menina se assustar um pouco por não tê-lo notado ali anteriormente.

— O quê? — ela perguntou.

— O vídeo meu e de Namjoon conversando no banheiro, está circulando por toda a escola. — disse um pouco ofegante devido a caminhada rápida que havia feito para chegar até ali.

A menina suspirou e então olhou em volta, sentindo um pouco de vergonha. Não sabia o que faria sobre aquilo, todavia agora que todos tinham descoberto que todo o caso de Jungkook era mentira, poderia finalmente abrir o bico.

— Eu não deveria te contar… — disse baixo. — Mas eu menti para você.

— Mentiu? O que quer dizer com isso? — perguntou sem entender.

— Eu não espiei vocês dois no banheiro aquele dia. — disse. — Jimin espiou. — Confessou e então os olhos de Jungkook se arregalaram mais ainda. — Ele seguiu vocês e espionou. Ele me pediu depois para que fizesse aquele pedido a você, talvez para ter certeza de que você era ou não um verdadeiro prostituto de mentiras. — completou. 

— E-então você quer dizer que foi ele quem gravou? — perguntou ainda sem acreditar em tudo aquilo. — Eu… Eu tenho que ir. Obrigada. — disse fazendo uma breve reverência.

Saiu de perto da menina e então começou a correr pela escola, tinha que achar Jimin.

 


Notas Finais


Eu disse no capítulo anterior que esse aqui ia ser o último, porém eu fiz um cocôzinho no meu arquivo que tinha a fic pronta e tive que reescrever tudo de novo :'D Dividi novamente e agora a fic terá mais um capítulo.

Agora sim: O PRÓXIMO É O ÚLTIMO.

e tem lemon. cof cof cof.

Espero que tenham gostado, favoritem e comentem <3 amo vocês e seus pais, mandem um beijo pra eles por mim.


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