História O garoto humano e A princesa vampira - Prólogo

Na maior parte do tempo o mundo é um lugar opressivo. Cheio de corrupção, pecado, malícia, ódio e, principalmente tristeza. Todos esses sentimentos e essas coisas se ligam, ou seja, uma é “necessária” para a outra se manter. E é assim que o mundo em que nós vivemos hoje funciona.

Cada parte, cada pedacinho minúsculo de nossa triste e miserável vida se transforma em dor e sofrimento por causa dessa triste realidade. Uma realidade da qual todos nós, por mais que não percebamos, tentamos fugir. E para fugir há sempre milhares de caminhos, sejam eles obscuros ou não, dos quais temos sempre à nossa disposição. Um deles, por exemplo, é tentar esquecer de tudo e de todos se refugiando em outros mundos, e por outros mundos eu quero dizer realmente outros mundos.

Como em uma longa história que é cheia de mistérios, aventura, drama e, o que não pode faltar, um toque de romance, que foi contada a mim e por mim há muito tempo atrás, quando ainda havia tanta dor e tanto ódio em não apenas um só mundo, mas como em todos, essa história é a que vou lhes contar. Espero que fiquem bem atentos aos detalhes, pois assim como tudo o que disse anteriormente, tudo o que estou lhes dizendo agora e o que irei dizer mais para frente será de extrema importância para o que irá acontecer no final, que é, e será só o começo.

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Tudo começou quando duas crianças foram concebidas ao mesmo tempo. Dois lindos bebês, uma menina e um menino, que nasceram no mesmo ano, mês, dia e hora. Mas, uma coisa era curiosa de se observar: os bebês não eram de uma mesma mãe. Cada bebê tinha sua mãe e, além disso, eles eram de mundos distintos. Um dos bebês nascera no “mundo humano” (conhecido como Terra), e o outro bebê no “mundo dos vampiros” (conhecido como Segunda dimensão da Terra).

Anos se passaram após o nascimento dos dois bebês. Enquanto a menina crescia sendo ensinada a ser uma princesa, para se tornar a futura rainha de uma linhagem de grande importância para o maior de todos os reinos de seu mundo, o menino fazia o mesmo, só que sendo ensinado de uma forma drasticamente diferente da que a menina era. Ao menino eram ensinadas coisas normais para uma criança comum (isso na visão do mundo em que ele vivia), já a menina coisas como seus deveres e responsabilidades com o seu povo, etiqueta, etc.

E quanto mais o tempo passava, mais a vida dos dois (para cada um) se tornava chata, entediante, a mesma coisa de sempre, sem sal e vazia. O vazio que cada um dos dois sentia era tanto que chegou uma hora que eles já não aguentavam mais. E foi aí que o destino começou a brincar com eles ainda mais. O murmuro dos dois se sincronizou. A alma deles foi entrelaçada com um fio vermelho, assim como a cor do sangue. E esse fio a cada dia que se passava menor ficava, encurtando assim a distância que entre eles havia.