História Garoto Problema - O órfão

Podemos começar o capítulo, contando sobre a vida complicada que Jungkook teve até seus dezoito anos.

Mais posso de garantir, não foi uma vida fácil.

Quando o jovem menino veio ao mundo, foi deixado em frente à um orfanato. Não sabiam quem foi a mãe desnaturada que fez uma crueldade dessa, mais ele não era o único a passar por isso.

Várias crianças vieram parar no orfanato dessa maneira.

Lá dentro, o menino cresceu, rodeado de amigos, padre e freiras. Teve uma educação boa. Era um dos muitos ômegas que vivia ali.

Aos seus doze anos de idade, teve seu primeiro cio. Não foi doloroso, porque foi dopado. Seus outros cios não ocorreram por tomar sopressores.

Quando chegou aos quinze, teve a ideia de sair dali. Tinha dois jeitos de sair do orfanato: a primeira, sendo adotado. Mais bem, nunca ninguém o quis adotar. Era um ômega saudável e de uma beleza maravilhosa, mais sua personalidade não era muito boa de se lidar. O segundo jeito: esperando completar dezoito anos, que era a idade que eles davam liberdade para saírem e nunca mais voltar.

Mais ainda tinha quinze anos, demoraria demais, e ele não estava com paciência.

Mais se enganou achando que nas ruas se daria bem. Jungkook já passou fome e frio. Para poder comer, aprendeu a roubar. E seu cio? Foi sofredor a cada mês. Precisava se esconder para fugir dos alfas pervertidos que tinham por aí.

Viveu quase um ano e meio assim, e quando ele pensou que era o fim, sua vida mudou.

Em uma noite, uma mulher o achou. Seu coração se doeu ao ver o estado em que o ômega estava. Mais mesmo não o conhecendo, o levou para sua casa e passou a cuidar do mesmo. O deu um lar para morar e comida para comer.

E agora com dezoito anos, Jungkook já estava crescido e era um ômega magnífico. Mais sua frieza é personalidade complicada afastava os alfas de si.

•

Era de manhãzinha e Jungkook já estava levantado, encostado em frente ao portão que dava acesso para a entrada da vizinhança a onde morava.

Tinha ouvido, quase por querer, uma conversa de sua vizinha, e soube que de manhãzinha um homem do supermercado trariam as compras da mesma.

Mais o que Jungkook tinha haver com sua vizinha? Não era sobre a vizinha, e sim sobre o que haveria no meio das compras.

Quando a caminhonete parou em frente à humilde vizinhança, Jungkook já tratou de desencostar da parece e disfarçadamente andar até a caminhonete.

Um homem saiu da mesma e abriu a parte de trás do carro, puxando o caixote cheio de alimentos. Dava para ver na cara do mesmo que aquilo estava pesado, era a chance que o garoto tanto precisava.

— Quer ajuda, moço? — Pediu com sua cara mais inocente possível. O homem sorriu e assentiu de bom agrado, pobre homem, nem imaginando quais eram as verdadeiras intenções do garoto a sua frente.

Jungkook então levou o primeiro caixote para dentro da vizinhança, mais mudou seu trajeto da casa da mulher, para os fundos, a onde sem que ninguém veja, começou a revirar no meio dos alimentos. Por sua sorte conseguiu encontrar três caixas de leite o que já o era suficiente. Ele deixa as caixinhas escondidas e devolve o caixote em frente à casa de segundo ele, a velha chata da sua vizinha.

O menor sobe para sua casa, e felizmente sua tia estava a dormir ainda. Pega uma bolsa de alça e desce novamente. Depois de colocar as caixas de leite dentro da mesma, saiu pras ruas a procura de mais uma vítima: o dono do supermercadinho.

Não era algo certo a se fazer, ele sabia disso. Mais aonde iria achar dinheiro para comprar o leite?

Depois de duas horas já estava satisfeito, tinha conseguido 12 litros de leite, mais do que da última vez, mesmo que de modo errado, roubando.

Não era uma coisa que o menor se orgulhava, mais so em ver o olhar das crianças brilharem ao ver o leite, já tirava todo o seu arrependimento.

No antigo orfanato que viveu por anos, aparecia por lá quase todos os dias, trazendo leite, alimentos, que praticamente roubava de pessoas a sua volta para dar para as pequenas crianças.

Depois de passar por lá, e escapar das milhares de perguntas do padre sobre de onde ele arranjou tanto leite, o menor voltou para sua casa.

Porque roubas, Jungkook?

Jungkook morava em uma humilde vizinhança. Uma das casas simples e pequena que tinha por ali. Ele é sua "tia".

O ômega trata a mulher que o tirou das ruas como sua tia. Viraram inseparáveis.

Não viviam uma vida chique, mais o amor entre eles era a coisa mais chique que tinham.

Adriana Scott, e uma mulher de quarenta e seis anos e alfa. Não é coreana, é sim, americana. Vive na Coreia a anos e ilegalmente. Sim, seu visto para permanecer tinha inspirado.

Ela veio para a Coreia a trabalho, mais as coisas não saíram como o planejado. Seu visto era legal atraves de seu trabalho. Sem o trabalho perderia seu visto. E para não voltar para Nova York, tomou a decisão de permanecer no país ilegalmente.

Ela sabia que poderia ser um crime, e tinha chances de ser presa ou ser deportada para Nova York. Mais Jungkook se tornou sua única preocupação depois que o conheceu.

Jungkook sabia dessa história e queria fazer o impossível para a ajudar.

Se ela encontrasse outro emprego na área que ela cursa, tinha chances de permanecer na Coreia e sem se preocupar com visto.

•

Jungook se sentiu ser seguido no caminho para a casa, e quando percebeu, olhando discretamente, era um cãozinho que o seguia.

— Oh! Oi amiguinho! — Se agachou e pegou o animal, o colocando em seu colo.

~ Au Au!

— Você tá fedido, toma banho não? — Por mais da reclamação, estava com um lindo sorriso no rosto. Quem passava pensava que o garoto era louco por estar falando com um cachorro. Amava cachorros, e não ligava para o que os outros pensavam.

~ Au Au!

— Não? Oh tadinho.. — O menor tirou sua blusa e enrolou no pequeno animal, logo retornando para sua casa.

— Você não tem casa, né? Também te abandonaram? — Comentou, fazendo carinho no cachorrinho. — Eu vou cuidar de você! Me diz, você quer ser meu filhote? — Segurou o pequeno animal em sua frente.

~ Au Au!

— A moleque! Você quer né...

Quando o menor chegou novamente na vila, já notou o tumulto na casa da vizinha, e pode ouvir a velha reclamando que não trouxeram o leite. Jungkook disfarçou e subiu rapidamente para sua casa.

— Tia? Dona Adri? — Colocou só a cabeça para dentro e olhou pelos lados, nem sinal da mulher. Deu de ombros e entrou junto com o animal. — Tá com fome, bebê? — Olhou para o cachorro que estava em seus braços.

~ Au Au!

Jungkook colocou o animal no chão e procurou no meio das louças, e no armário ate achar um pratinho, depois pegou o leite na geladeira e colocou para o animal tomar.

O cachorrinho tomava como se fosse o final do mundo, o que fez o garoto o olhar com um olhar triste. O menor estava agachado em frente ao animal, concentrado em ver o pobre bichinho se alimentar com tanta devoção, que nem percebeu a mulher parada em frente à porta do quarto dela.

— Que cachorro e esse meu filho? — A mulher perguntou, conforme adentrava a cozinha.

— Ah.. Eu achei na rua. Posso ficar? — Jungkook ficou de pé, olhando com aquele seu olhar que provavelmente teria efeito a mulher a sua frente.

— Jungkook...

— Por favor tia, você tinha que ver o olhar dele quando eu dei o leite, ele tava faminto. Ele tá fedido, e um cachorro de rua, ele não merecia passar por isso, ainda é novinho.

A mulher suspirou.

— Eu não consigo dizer não para você. — Ela reclamou sorrindo e Jungkook logo se alegrou. — Eu deixo, mais você fica responsável por ele.

— Oba! Você realmente e a melhor tia, madrinha, mãe de todos os tempos! — A abraça apertado, complemente empolgado.