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História O General capturado e o Rei Dragão. - O general capturado e os ministros da corte.


Escrita por: akirasam946

Notas do Autor


Olá, este capítulo é para os fortes, aviso que é denso, obscuro e mesmo assim interessante, leiam com o coração, sintam com a alma e se lembrem que o próximo capítulo está pronto e logo será postado...Boa leitura.

Capítulo 25 - O general capturado e os ministros da corte.


Fanfic / Fanfiction O General capturado e o Rei Dragão. - O general capturado e os ministros da corte.

O General capturado e o Rei Dragão.

 

Capítulo: O general capturado e os ministros da corte.

 

 

O ministro Maeda sorriu, ele sabia que Sasuke nunca permitiria que o menino sofresse e todo esse teatro era para isso, uma vez que Sasuke fosse torturado pelas leis do próprio rei e morresse depois disso por conta dos traumas sofridos o coração do rei seria danificado, mesmo que todos eles fossem presos sabia que a bruxa os libertaria tão logo pudesse roubar o corpo do rei enfraquecido e enlouquecido de raiva e dor pela morte de seu general valoroso. A morte dos ministros foi necessária para todo esse teatro, eles nunca concordariam com tal absurdo e por isso morreram, alguns outros e até alguns nobres foram assassinados porque eram médicos da corte e poderiam acabar ajudando o corpo de Sasuke a se recuperar, isso não devia acontecer é claro!

Com Hinata morta pela picada da cobra e Haruno adormecida por ter usado sua magia em Shisui não sobrava ninguém para salvar a rainha após sua tortura e diante de quem seria o torturador ele sabia que não havia meios de sobreviver.

-Vossa majestade aceita sofrer as vinte e cinco vergastadas no lugar do menino?

Sasuke suspirou tremendo, ele sabia que não tinha mais Qui suficiente para enfrentar nem mesmo dez vergastadas, mas confiava que seu rei regressaria a tempo de pelo menos salvar Boruto, se ele ficasse em seu lugar haveria uma chance boa do menino sobreviver, pois sua pena era grande, ele sabia que isso demoraria ao menos duas horas desde de a preparação dele até a leitura de sua pena e a realização de tal ato, devia ser o suficiente.

-Sim, eu aceito a punição do príncipe.

Maeda fingiu deliberar e enfim mandou levar Boruto de volta a um dos assentos próximo ao trono, ainda algemado e amordaçado, depois conversou com o torturador que devia aplicar os golpes e ele concordou com algo, dois guardas vieram buscar Sasuke e o levaram a uma sala interna onde lhe deram uma túnica fina de algodão branco e lhe tomaram as vestes reais e as sandálias.

-Vista isso e retorne conosco para a primeira punição.

Sasuke concordou, e lentamente despiu-se diante o olhar dos dois homens, sentiu-se constrangido com isso, mas agradeceu aos deuses por eles ao menos o manterem com alguma roupa, no tempo do usurpador as vestes dos condenados eram retiradas e eles eram levados nus ao seu destino, sendo amarrados ao tronco como Boruto estava ou então na viga onde breve ele mesmo estaria.

Uma vez que vestiu a túnica branca de mangas longas foi arrastado para o centro da sala oval, um servo lhe tirou o adorno dos cabelos e os deixou soltos nas costas, sua imagem parado ali em vestes brancas e cabelos soltos negros era impactante de tão belo e os ministros passaram a ter algum arrependimento tardio, mas o veneno dos seus corações falava mais alto.

Maeda se adiantou e leu o castigo em voz alta para todos ouvirem em sua voz lenta e pausada.

-Vossa rainha, o então general capturado Sasuke Uchiha foi condenado pelo crime de portar uma adaga quando era ainda um escravo, este crime lhe rende cinquenta golpes pelo corpo, ainda é condenado pelo crime de atentar contra sua própria vida e pagará com vinte golpes em seu corpo, ainda que fique claro que o nosso condenado tomou para si a punição do príncipe Boruto, alegando ser ele muito jovem para receber as vinte e cinco vergastadas de bambu como ficou afixada sua sentença, diante disso que comecem as punições.

Um homem levou Sasuke ao local onde Boruto estava anteriormente e ele foi colocado no mesmo modo, seu corpo levemente inclinado, mãos afixadas firmes e esticadas sem a menor possibilidade de se mover minimamente quando os golpes viessem, seus pés juntos também foram atados e mesmo sua cintura foi amarrada, a túnica leve mostrava os contornos de sua bela anatomia, mas escondia sua pele, seus cabelos se espalharam no chão.

O homem novamente manuseou a haste de bambu nas mãos testando sua flexibilidade e então esperou o aviso do ministro Maeda que antes de dar seu parecer se aproximou do general e lhe sussurrou no ouvido.

-Se o general gritar ou choramingar de dor darei nosso acordo como encerrado e no seu lugar o jovem Boruto levará o resto da punição.

Sasuke engoliu em seco, ele não podia gritar, mas como não gritar de dor? Ele viu muito isso nos tempos em que viveu ali, todos os dias servos e escravos eram domesticados desse modo terrível e todos gritavam de dor, como ele que se recuperava ainda manteria sua voz muda?

Maeda deu o sinal e o homem sorrindo deu a primeira vergastada que acertou as nádegas do general, seu corpo se tensionou todo de dor, ardia a pele onde o bambu se chocou numa velocidade assustadora, e logo veio outra, ainda pior, desta vez acertando suas pernas macias na altura próxima as nádegas, e outra e outra e outra, ele mantinha o máximo que conseguia seus olhos fechados ouvindo a contagem lenta das vergastadas e sentindo sua pele romper facilmente onde o bambu tocava brutalmente, um pouco de Qui ainda resistia nele e o usava tentando não gritar pela dor, sabia que isso estaria sendo horrível aos olhos de Boruto e não queria fazer isso ainda pior gritando, e nem poderia pois se isso acontecesse o jovenzinho iria ter essa dor para si, isso nunca!

-Cinco...Seis...Sete...

Sasuke mordia os lábios sentindo as lágrimas rolarem em sua face branca, suas mãos se forçando involuntárias para escapar, seus tornozelos também, todo seu corpo gritando mudo de dor.

-Oito...Nove...Dez...

O general via em sua mente pontos coloridos de dor que saltavam sem controle, seus dentes cerrados e seu corpo tenso, sabia que estava encharcado de suor e gotinhas de sangue, pois as via pingando no chão ao seu lado.

-Onze...Doze...Treze...

Boruto estava a ponto de perder a consciência, ele via seu segundo pai sofrendo em seu lugar, sentia cada golpe do maldito torturador como em si mesmo, ele jurou matar todos ali presentes por machucar seu pai, seu novo pai...Sua mãe rainha.

a contagem continuava mas agora o general não a ouvia, ele ouvia penas o som do bambu a romper sua pele.

-Dezoito...Dezenove...Vinte...

Essa contagem lenta era ainda mais agoniante e terrível.

Sasuke já nem conseguia mais expressar a dor que sentia, suas nádegas estavam muito provavelmente em carne viva, suas coxas do mesmo jeito, sentia o sangue molhar suas vestes antes brancas e então ouviu o som final.

-Vinte e cinco!

O último golpe foi o pior, longo, rápido e muito forte.

Um soldado o soltou nos pulsos e tornozelos e ele caiu nos braços do homem, sujando as vestes dele de sangue, suor cobria seu corpo todo de alto a baixo e ele tentou aplicar em si mesmo o máximo de Qui que conseguiu ou morreria no próximo castigo, porém quando era levantado ele ouvia a voz mais odiosa do mundo todo, a voz do Cão fiel.

Maeda estava falando e Sasuke queria muito prestar atenção mas tinha que manter sua mente firme em seu Qui, porém ele viu o homem em sua frente, o mesmo sorriso de sempre, frio, sombrio e macabro.

-Eu serei o torturador de agora em diante. Disse simples.

Sasuke como um condenado não podia falar, isso lhe renderia mais algumas vergastadas, por isso se manteve quieto, mas agora ele sabia que morreria, não havia chances para ele, com um olhar conseguiu ver Boruto antes de ser arrastado para a pilastra.

-Tirem as vestes dele! Vocês não seguem o código? Um condenado deve estar nu para que sua vergonha seja vista por todos! Gritou o Cão fiel, mas os ministros se sentiam tocados pelo comportamento do general que mesmo sofrendo vinte e cinco vergastadas de bambu não deu um único grito, muito embora suas vestes estivessem ensanguentadas agora.

-As roupas devem ser mantidas, o rei não ficará feliz em saber que todos nós vimos sua rainha nua. Disse Maeda e o Cão riu alto.

-E ele ficará feliz em saber que todos nós compactuamos com a tortura dele não é? Mas muito bem, que seja...Se enganem enquanto podem.

Um soldado ergueu as mãos do jovem general e as prendeu bem alto acima de sua cabeça em correntes na pilastra do centro da sala oval, seus pés também foram presos no chão, e seu corpo envolvido em cordas para ficar preso ereto na pilastra fina e feita somente com esse propósito macabro.

Sasuke sentia seu coração bombeando errático no peito, ele viu o maldito cão mostrar a madeira lisa, era mesmo de cerca de um metro e vinte porém larga, ele a untou com óleo e sorriu ao fazer isso.

-Estou sendo gentil meu caro Sasuke, não quero que farpas machuquem sua pele de porcelana...Ou talvez ela não seja mais uma pele tão bela devido as marcas que ficaram deste infortúnio castigo.

Sasuke estava agora diretamente a frente de Boruto e deixou lágrimas caírem, o pobre garoto assistiria tudo, assim como ele assistiu a morte do seu pai, o mundo era incrivelmente maldoso e o destino tinha um senso de humor macabro demais.

O Cão fiel estava agitado, espumando de contentamento, ele sentia muito prazer em machucar as pessoas, especialmente neste tipo de situação, ele amava as punições corporais, pois elas lhe davam um prazer erótico, pecaminoso, quando vivia no reino punia pelo menos uma vez ao dia alguém, amava os que choravam e imploravam e amava ver a dor em seus olhos, era de fato um sádico.

Maeda se adiantou pomposo e olhou para todos em seu teatro de manter a lei como devia ser, mas muitos estavam de olhos baixos, envergonhados em seus corações por terem ido tão longe e duvidando agora que o efeito do incenso estava mais brando de que pudessem se safar disso.

-Comece a punição!

-Um...Dois...

Sasuke tentou conter sua voz, mas gritou ao segundo golpe, a força do Cão não era pouca, ele batia com toda a força que tinha, adorando isso, era custoso a ele ouvir a voz do homem que estava encarregado de contar os golpes.

Desesperado Sasuke fechou os olhos, seus flancos doíam terrivelmente e ele então gritou de novo ao sentir a madeira bater em suas coxas na parte da frente e depois novamente na região das costelas.

-Três...quatro...

O som deste espetáculo macabro fazia Boruto se encolher horrorizado.

No meio da dor extrema Sasuke abriu os olhos e viu um vislumbre de luz caminhando em sua direção, subitamente toda dor cessou, ele sentiu braços quentes a toca-lo e se viu livre das cordas e correntes, não ouviu mais o som da contagem e nem sentiu as pancadas na pele.

-Pai? Papai??

Fugaku lhe sorria enquanto o puxava para seus braços tal qual ele fazia na infância feliz de Sasuke.

-Sim meu pequeno lindo, é o papai, vê? Não sente mais dor alguma não é?

Sasuke sorriu e se aconchegou nos braços do pai, contente.

-Não sinto nada...Eu morri?

Fugaku riu abertamente, a risada dele era contagiante e sempre bem vinda.

-Lógico que não! Ainda tem que viver bastante, acabou de se casar meu pequeno guerreiro! E vai mudar a vida deste reino, veja como tem coisas para fazer? Limpar essa sala horrível e deixar essas torturas no passado, derrubar essas leis atrasadas e estúpidas que apenas ferem as pessoas.

Sasuke estava sonolento mas sua mente estava ativa, ele se sentou e olhou em volta, ele estava na sala oval, via seu corpo de olhos fechados sendo golpeado pelo Cão impiedosamente enquanto um soldado contava de modo monótono indiferente a dor que causava no rapaz preso, via seu corpo ferido, suas vestes sujas de sangue, seus cabelos empapados de suor, mas também via os ministros virando o rosto diante dessa barbaridade e via Boruto soluçando no chão.

-Maldito Maeda, ele é o culpado por tudo isso papai...Mas se eu não morri sei que morrerei em breve, não serei capaz de suportar tantos golpes, isso irá destruir meu corpo.

Fugaku o abraçou apertado, tão real como antes.

-Você não morrerá, seu rei já está aqui no reino, ele está entrando no palácio agora, ele chegará a tempo, eu prometo.

-Hum...Já levei trinta golpes, quanto poderei suportar? Perguntou Sasuke sentido.

-Não seja assim meu menino...é forte demais para desistir, mantenha seu coração batendo firme no peito, seu corpo será curado.

Mas Sasuke estava bem ali, ele não sentia dor, não sentia medo e estava com seu pai, considerou ficar onde estava, parecia tão bom!

-Não quero voltar, eu estou com você...

Fugaku lhe acariciou a bochecha macia, lágrimas desciam de seu rosto belo, rosto que não tinha mudado nada.

-Bem, isso não é ainda possível meu amor...E você tem que voltar para aqueles que te amam. Quando você despertar lembre-se de mim, eu estou muito bem, avise seu irmão que eu o amo, assim como aprovo seu casamento com Shisui, que é um bom menino e avise sua mãe que sempre gostei de Eleonor, creio que ela merece a felicidade.

-Papai...Não me deixe sentir mais dor, eu não desejo voltar aquele corpo ferido.

-Se acalme meu querido, seu rei está aqui, agora durma.

Sasuke dormiu, sua alma embalada pela alma do pai, no plano físico sua cabeça pendeu mole, seus cabelos caiam na face, só se mantinha em pé porque estava firmemente atado a pilastra.

-Quarenta e dois...

Um dos ministros fez um sinal e o Cão parou cansado.

-Parece que o general desmaiou, seria prudente parar?

O Cão riu dessa fingida humanidade.

-Me parece apropriado que queira ver o condenado acordado, não é ministro? Mas creio que ele não aguenta mais manter a consciência...Joguem água nele, quem sabe assim ele desperta e eu me divirto mais?

Um soldado fez o que lhe era ordenado e correu buscar água para jogar em Sasuke, a contagem parou em quarenta e dois.

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Naruto estava no palácio, não haviam outros soldados da tribo do sul, se era um golpe onde estavam os homens armados, a guerra, a loucura?

Cercado de seus homens ele se encaminhou para dentro e foi detido por uma mulher vestida de cinza, uma noviça do templo.

-Meu rei, a Arquivista manda avisar que o seu filho e seu marido estão no salão oval, e que deve se apressar pois ela está mantendo o general vivo muito bem amparado por uma alma amiga, porém esse laço será rompido em breve, pois o mundo dos vivos e dos mortos é um território complexo, por favor se apresse meu senhor!

Naruto correu, não havia nada em sua mente além de Sasuke e Boruto, seus guardas e soldados seguiam armados e prontos para tudo, eles chegaram a porta do salão e ele se amaldiçoou, flechas foram lançadas contra eles, uma luta se estabeleceu pela fenda pequena acima da porta onde dois soldados atiravam contra eles e logo alguns soldados de vestes negras os cercaram por um breve momento, mas o rei os matou tão rápido quanto um raio.

-Arrombem a porta!!

Naruto ouvia uma contagem sinistra e ouvia o som de batidas que pareciam de madeira.

-Quarenta...Quarenta e um...

Seus homens se lançaram na porta, mas ela era feita para aguentar tudo, era impossível rompe-la.

-Quarenta e dois...

Ouve uma pausa e com os soldados de vestes negras mortos o rei subiu nos ombros de um dos seus soldados e olhou para dentro pela pequena fenda e seu sangue gelou, ele viu Sasuke amarrado em uma pilastra coberto de sangue, caiu dos ombros e gritou golpeando a porta sem conseguir passar.

Lá dentro o soldado vestido de negro pegou o balde, eles ouviam o som da porta sendo esmurrada e ouviam os gritos do rei, sabiam que ele estava ali, mas a porta era impossível de romper, poderiam torturar Sasuke até ele morrer e o rei não entraria ali.

-Onde está a maldita água? Gritou o Cão.

O soldado veio e jogou a água no general, seu corpo ferido sentiu a água fria e despertou, mas ele ainda sentia o corpo do pai junto ao seu.

-Quarenta e três...Quarenta e quatro...

Naruto gritava desesperado, seus soldados correram buscar outra forma de entrar e outros foram procurar algo para usar contra a porta pesada.

O soldado que esteve encarregado de buscar Haruno apareceu pálido.

-Onde está Haruno?? Gritou o rei desesperado.

-Meu rei...Ela não acorda, eu tentei de tudo, está em um coma, procurei os outros feiticeiros do reino, mas todos sumiram, até mesmo a senhorita Hinata.

-Cinquenta!

O Cão fiel sorriu olhando para Sasuke, ele estava desperto, mas tinha o semblante calmo agora, devia estar com tanta dor que não tinha mais voz para gritar.

-Não...Isso não, eu quero que grite meu belo Sasuke, o seu rei deve ouvir seus gritos. Disse o Cão se aproximando e tomando o rosto de Sasuke nas mãos enquanto o analisava.

Maeda observou o coração de Sasuke de perto, colocando sua mão no corpo ferido como era o costume, caso o condenado estivesse morrendo eles parariam o castigo, mas não era esse o caso ali, eles queriam que ele morresse.

-Continue a contar! O terceiro castigo deve começar agora! Gritou Maeda.

Fugaku já não conseguia se manter ali, seu espírito estava a muito longe do reino dos mortos, ele era puxado de volta, mas ainda segurava o filho tentando evitar que ele sentisse dor, no entanto um golpe forte acertou Sasuke e ele gritou de dor, o espírito se foi, a força da Arquivadora era enorme mas as leis dos mundos dos mortos e dos vivos também era, era o máximo de tempo que ela conseguiu.

Naruto gritou junto.

-Um...Dois...

A Arquivadora percebeu a quebra do elo e no mesmo momento sentiu que Naruto estava ali, ela surgiu no corredor, ela vinha com sua pose indescritível e todos se afastaram, ela usou um símbolo estranho na porta desenhado com carvão e mandou todos se afastarem...

-Três...Quatro...

Sasuke gritou novamente, o Cão estava delirando em prazer mórbido, seu corpo ardia em felicidade e suor.

-Cinco...Seis...

A explosão quebrou a porta em pedaços, soldados entraram no meio da fumaça, o então torturador pegou uma espada com a clara intenção de enfiar a lâmina no coração que ainda batia do general, mas assim que a ergueu sentiu uma espada transpassar seu corpo e se virou lentamente ainda com o fio da espada dentro do corpo, viu os olhos azuis do rei, queria gritar de ódio, ele nunca foi golpeado antes e desejava muito matar Sasuke, mas sentiu a vida lhe fugir e no mesmo momento soube para onde iria, ele podia sentir as criaturas do mal e da escuridão se arrastando loucas para pega-lo, ele soube neste último segundo de lucidez que sofreria todos os castigos que um dia usou aos seus condenados, sabia disso claro como o dia e o horror disso o assolou.

O rei arrancou a espada do corpo do maldito homem e o golpeou novamente, ele caiu morto no chão e seu sangue manchou o chão que até então só continha o sangue de Sasuke.

Num ato desesperado o rei gritava por ajuda entre seus soldados, ele tentava em vão romper as correntes sem ferir ainda mais seu marido.

-Sasu!! Ohhh Sasu...Aguente, eu vou solta-lo meu amor, eu vou cuidar de você, será rápido, eu tenho...Tenho que soltar essas correntes...

Sasuke sorriu para ele, se sentia bem agora, seu corpo nem podia mais sentir dor, e isso não devia ser bom, mas era isso, as cordas foram cortadas e logo a chave veio tirada de um ministro morto, o rei tremendo libertou Sasuke e ele caiu em seus braços, novamente como antes somente seu rosto se mantinha intacto.

-Boruto...Sussurrou Sasuke.

O rei olhou ao redor e viu um soldado a liberta-lo.

-Nosso filho está bem, apenas calma, vou leva-lo daqui...Preciso de um médico até que Haruno desperte...Um médico...Um médico!!! Gritou o rei desesperado.

Sasuke desejou ter forças para toca-lo, seu rei estava lindo em sua armadura dourada, tão radiante.

-Eu vi meu pai...Disse cada vez mais fraco.

-Oh amor, seu pai morreu há muito tempo, isso é a dor dos ferimentos que lhe toldou a visão, eu matei o homem que o feriu meu amor, eu o matei, mas estou arrependido eu desejaria faze-lo sofrer tudo que sofreu.

Sasuke negou.

-Abolir essas punições bárbaras...Para sempre...Promete?

Naruto chorava, a luta tinha acabado, todos os soldados estavam mortos, todos menos Maeda e alguns ministros.

-Sim...Vamos mudar essas leis juntos, mas agora eu quero que fique comigo meu amor. Mas pela primeira vez Naruto sabia que não podia ser sincero, ele antes de encerrar tudo isso daria a Maeda o que ele merecia, porém dizia a verdade, somente junto a Sasuke ele daria um fim nisso, os dois juntos.

-Hum...Estou com sono...

Naruto ainda gritava por um médico, mas não havia nenhum, todos foram assassinados, cada médico e curandeiro do palácio havia perecido...Esses eram os homens e mulheres assassinados e jogados nas valas a céu aberto.

O rei estava desolado e num canto remoendo sua alma negra a bruxa espreitava, seu corpo físico ainda longe, cavalgando devagar, ele tinha que estar de corpo presente para mudar. Ela ansiava pela morte de Sasuke como se anseia por água no deserto, mas ela não podia fazer mais nada além de torcer para que o jovem não fosse capaz de resistir aos danos, ele precisava sucumbir para ela viver.

A Arquivadora se adiantou e olhou o general o analisando.

-Pode salva-lo? Perguntou Naruto entre lágrimas.

-Não estudei magia para isso, nunca fiz nada que seja para curar, eu aprendi outras coisas, mas creio que posso parar o tempo em seu corpo, mas ele precisa dormir, ou ficará sentindo dor até que um médico seja trazido ou um mago, ou algo assim.

Naruto abraçou delicadamente o corpo ferido e sussurrou palavas doces a ele.

-Durma meu anjo, eu estarei aqui quando acordar, apenas durma, eu não vou abandona-lo, eu prometo.

Sasuke dormiu tão embalado nos braços do rei como esteve nos braços do seu pai, e a Arquivadora lançou um feitiço e o corpo do general brilhou por um momento e depois se acalmou, a respiração lenta e constante.

-Pronto, ele está tão ferido quanto antes, mas não morrerá, seu corpo está parado no tempo, os ferimentos não evoluem e nem saram, até que eu tire o feitiço ele permanecerá assim, mas não pode ser indefinidamente, minha magia tem um tempo delimitado, creio que no máximo duas horas, corra meu rei, mande todos os emissários possíveis, entre seu povo deve haver um curandeiro ilegal ou um mago que trabalhe clandestinamente, é sua única opção, pois demoraria muito para trazer alguém de outra cidade.

Naruto agradeceu e enfim se levantou com Sasuke em seus braços, ele o levaria para seus aposentos onde o banharia e o trocaria, mandou soldados ao reino, as ordens eram para achar médicos e curandeiros ou magos ilegais e trazerem eles ali.

No entanto havia algo que ele ainda precisa fazer...

O rei se voltou aos ministros e deu a última ordem de punições físicas que seu reino iria ter, após isso ele iria abolir cada castigo físico para sempre, mas por mais que ele amasse seu general, esses homens mereciam isso, eles eram maus, seus atos poderiam ter matado Boruto ou Sasuke, certamente esses homens mereciam sentir na pele a dor que eles ordenaram que seu amado sentisse.

Boruto finalmente livre das correntes correu até ele, em prantos, nem conseguia falar, mas seu olhar para Maeda era hostil, mesmo para uma criança e Naruto compreendeu.

-Assim que Sasuke estiver sendo tratado nós voltaremos aqui uma última vez, Maeda deve ser punido adequadamente e os outros também, após vou abolir isso para sempre, compreenda meu filho, este caminho é o errado, mas hoje eu serei assim, não posso suportar ver meu amado neste estado por culpa deles e não posso imaginar o que sentiu ao ver Sasuke sofrendo sem poder ajuda-lo, porém eu lhe peço que após isso não deixe o mal manchar seu coração, os esqueça definitivamente.

Boruto caminhou até Maeda e olhou em seus olhos.

-Eu não cometi crime algum, mas você sim, eu quero ver como se sente sendo o condenado, deve provar dos dois remédios não é mesmo Maeda? Vergastadas em sua pele nua e depois golpes de madeira...

Maeda tremeu.

-Eu...Vou...Assistir e te prometo que vou gostar. Disse Boruto e saiu.

A Arquivadora então voltou rapidamente ao templo para trazer Mikoto, Itachi e Shisui agora que sentia que tudo estava bem, porém ela parou por um momento, sentindo a bruxa, somente por um momento antes que a alma negra se dissipasse no ar.

Em poucos momentos a Arquivadora estava com eles, sua magia permitia a transposição da matéria e surgir e desaparecer era algo normal como respirar para ela, embora fosse bem controlado.

-Minha querida Mikoto...O assunto é delicado, vosso filho encontra-se muito ferido, eu usei um feitiço nele para parar o tempo em seu corpo que permite que ele não sinta dor alguma, mas sem médicos e nem magos não sabemos como trata-lo.

-Onde estão os médicos e curandeiros do reino? Os magos? Perguntou Itachi nervoso.

-Mortos, todos mortos, nós resta acreditar que entre o povo existam médicos ilegais que aprenderam na prática ou magos que não estudaram nas escolas mas sim com a vida, no entanto não sei se são capazes de lidar com isso.

Shisui se adiantou timidamente.

-Bem, eu não sou médico e nem curandeiro oficial e muito menos um mago, mesmo assim durante todo esse tempo em que fui escravo no reino eu tive muito tempo livre por ser muito inferior fisicamente que os outros e não ser capaz de realizar a maioria das tarefas, por isso após realizar o que eu conseguia...Bem, eu estudava medicina, fiz isso por anos e pratiquei nos escravos feridos as escondidas.

Itachi o olhou pasmo, ele nunca soube disso, embora é claro que já tinha sido ajudado pelo amante diversas vezes com remédios e unguentos, mas achava que o jovenzinho os tinha conseguido com outra pessoa.

Shisui o olhou temeroso.

-Bem, eu sentia dor e muito desconforto, no início buscava uma cura para mim mesmo e depois vi que haviam muitos escravos que eram chicoteados e torturados e largados para morrer, eu os ajudava...Isso era errado e se eu fosse pego seria condenado, não podia contar a vocês para não os colocar no meio do meu erro.

Mikoto o abraçou e Itachi também.

-Pode ajudar meu pequeno Sasuke querido?

Shisui concordou.

-S-sim...Mas preciso de ervas e materiais para fazer os remédios, a senhora arquivadora pode me ajudar por favor?

A mulher sorriu para o pequeno com grande coração e lhe beijou a testa num gesto de carinho maternal que ela nem sabia que tinha até aquele momento.

-Eu posso conseguir tudo que precisar, só me diga o que e eu trarei.

-Certo...Leve-me até ele e me ajude a ter todos esses ingredientes...Ele disse pegando uma folha  e escrevendo o nome de muitas plantas nele e alguns óleos.

-Que assim seja. Disse a arquivadora do templo.


Notas Finais


Ok, eu esqueci de avisar que era bom ter lenços de papel a mão para enxugar as lágrimas...Ohh que dramático!!
Brincadeira, eu sei nem foi tudo isso...Porém confesso que eu sofri escrevendo, devo ser muito sensível. Mas comentem por favor e agradeço aos favoritos que tem lentamente surgido e aos comentários de todos. Beijos.


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