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História O General capturado e o Rei Dragão. - O clã secreto nas terras nevadas.


Escrita por: akirasam946

Notas do Autor


O clã secreto chega as terras nevadas, são dez soldados incluindo um general, mas entre eles existem pessoas boas que vão ser de grande ajuda. Espero que estejam gostando. Boa leitura.

Capítulo 50 - O clã secreto nas terras nevadas.


Fanfic / Fanfiction O General capturado e o Rei Dragão. - O clã secreto nas terras nevadas.

O General capturado e o Rei Dragão.

 

Capítulo: O clã secreto nas terras nevadas.

 

A mestra do templo da memória ouvia o assunto muito importante que seu pequeno discípulo lhe dizia enquanto ela mesma comia seu dejejum junto com sua amada em uma ampla sala, parecia interessante como uma criança pequena era as vezes tão formal, o seu pequeno discípulo havia solicitado pelos meios oficiais essa reunião e solicitado com grande urgência como se fosse um caso de vida ou morte.

Ela ouviu todo o relato o mais calma possível, tentando manter sua pose de arquivadora, mas no fundo apesar de todos os dons do menino ele era inerentemente somente um menino pequeno de pouco mais de seis anos e teve um terrível pesadelo, somente isso.

-Minha mestra a senhora acha que meus pais correm perigo? Que meu pai Sasu tem que se esconder ou algo assim? E Shisui e Orochimaru também? Mas tadinho do senhor Orochimaru, ele acabou de ser inocentado e está em liberdade a somente uma noite, como posso contar isso a ele?

Eleonor suspirou e Mikoto lhe sorriu a encorajando a responder.

-Quando despertou viu símbolos pelo chão?

O menino pensou um pouco avaliando a pergunta.

-Não mestra...

Ela sorriu.

-Haviam ervas queimando para abrir a passagem entre o mundo dos vivos e dos mortos?

-Não mestra...

-Minhas acólitas te ajudaram a conjurar feitiços? Ou você conjurou feitiços sozinho como quando buscou a alma de Hinata?

-Não mestra, não haviam acólitas lá, nem eu mesmo fiz feitiço algum...

Ela então o chamou para pertinho dela e o abraçou carinhosamente dando tapinhas em suas costas tensas.

-Foi um pesadelo meu querido, só isso...É impossível sair do corpo deste modo, alma livre sem nenhum feitiço, sem ter um simbolo de proteção no chão, sem ervas que abrem a sua segunda visão e sem ter um contra feitiço para acorda-lo, entendeu agora?

Mitsuki corado se soltou e olhou fixamente nos olhos tenazes da sua mestra, ele então sorriu e relaxou finalmente, esse assunto o tinha assustado muito.

-Então foi só um pesadelo? Só isso?

A mestra concordou sorrindo.

-Graças aos deuses...Ele disse se sentando e pedindo com os olhos para pegar um pãozinho quente que prontamente Mikoto lhe entregou e também o serviu de chá quentinho.

-Querido, está muito feliz em ter uma família, isto pode lhe assustar e ter medo de perder o que conquistou, por isso tem pesadelos, é natural, vai passar com o tempo. Disse Mikoto sempre tão gentil.

-Eu não gosto de pesadelos...Disse Suki fazendo um bico adorável.

Mikoto sorriu e afagou sua pequena cabeça de cabelos prateados.

-Toda criança tem pesadelos, é natural que muita coisa nos assuste quando somos pequenos, tanto Sasuke quanto Shisui tinham muitos pesadelos quando pequenos, somente Itachi nunca os teve.

Eleonor avaliou a informação e aguardou Mitsuki ir embora na companhia de duas acólitas para as aulas da manhã com Itachi e depois retornou o assunto com sua amada enquanto as duas iam aos campos de flores colher as dálias negras para o remédio que pretendiam usar na população para refrear um pequeno surto de doença de pele, inofensivo, mas irritante que havia tomado o reino todo, graças aos esforços de Shisui eles agora tinham a cura e podiam sanar o problema que as vezes evoluía para uma gripe persistente, embora não mortal.

Elas já caminhavam para o vale quando Eleonor decidiu sanar suas dúvidas.

-Me disse a pouco que não somente Sasuke como Shisui tinham pesadelos quando pequenos, isso foi antes ou depois do que ouve neste reino?

Mikoto olhou a amada pelo canto dos olhos, devia ser uma pergunta séria, uma vez que a sua amada nunca mexia neste assunto dolorido sem ter uma boa razão para isso.

-Me perdoe se pergunto sobre isso, mas estou cuidando dos pesadelos de vosso filho como bem sabe e fiquei intrigada com essa nova revelação.

Mikoto não ficou magoada, mexer no passado era doloroso, mas era inevitável que as vezes falasse dele.

-Bem, eu tinha me esquecido até hoje, talvez tudo que passei me fizesse esquecer de coisas mais triviais de nossas vidas, em cativeiro neste reino tudo era assustador, mas Sasuke nas raras vezes que dormia no mesmo teto que eu e Shisui tinha pesadelos, assim como o próprio Shisui, eram pesadelos intensos que os fazia suar frio, mas nunca necessariamente eu perguntei sobre o que era, afinal eles sofreram tanto, porque intensificar isso com perguntas para as quais eu conhecia a resposta?

Eleonor compreendeu, mas isso era preocupante e ela revelou todo o assunto que havia tratado com o rei e com o filho de Mikoto no dia em questão, os sonhos, o medo de serem abduções do povo do clã secreto e até mesmo do pequeno cristal vivo que podia ver os sonhos do general e que ela agora mantinha a contra parte junto de si o tempo todo.

Mikoto se surpreendeu com isso, mas entendia o medo do rei em desejar descobrir melhor sobre os pesadelos de Sasuke, o amor sempre é cuidadoso.

-Neste dia eu estava com Shisui não é? Foi quando descobrimos o valor da dália negra na cura...Entendo, por isso não sabia sobre os pesadelos de meu filho, eu não sabia que eles tinham voltado.

-Bem, e o cristal, surgiu algum sonho?

Eleonor negou.

-Nada, nestes últimos dias vosso filho tem dormido bem, talvez seja apenas preocupação exagerada.

-Certamente é...Respondeu Mikoto e as duas rumaram ao vale colher as dálias negras.

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Nesta manhã após o desjejum o rei e sua rainha saíram para cavalgar levando junto alguns soldados, após isso o rei faria uma breve visita a cultivadores locais que viviam a beira da montanha e o general iria visitar o mosteiro em fase de reformas para ver os monges e conversar com eles, desejava a ajuda deles para formalizar uma visita a vila dos esquecidos e começar um plano de restauração e integração da vila a cidade, contava com a ajuda dos monges para isso.

Quanto a Hinata e Haruno elas estavam realmente felizes, ambas agora partilhavam um dos quartos grandes dentro do palácio mas pretendiam ver algumas das residencias oficiais do palácio, pretendiam ter uma casa juntas.

-A gente podia escolher uma casa perto da casa da senhora Mikoto, seria bom ter amigos por perto.

Haruno sorriu da ingenuidade da sua amada.

-Querida, ficaríamos perto somente de Shisui e Itachi que vivem lá agora, certamente que não ficou sabendo dado tudo que passou, mas a senhora Mikoto mora agora no templo da memória junto com a arquivadora, ao que tudo indica a mestra Eleonor deve formalizar a união das duas no final deste ano.

Hinata a olhou perplexa.

-Oh o relacionamento delas progrediu muito enquanto eu estava em coma!

Haruno riu.

-Verdade...Muita coisa aconteceu, mas agora tem tempo para se inteirar de tudo minha amada, mas eu tenho alguns planos em mente, assim que suas forças se restabelecerem poderemos fazer uma bela viajem, gostaria de regressar a minha terra natal, o vale das cerejeiras e com sua companhia regressar ao castelo que um dia habitei com minha família, devo levar a urna que serviu para guardar os restos mortais de minha mãe ao túmulo do meu pai, assim eu sentirei que eles estão juntos finalmente.

Hinata sentiu os olhos marejados, ela conhecia toda a história de Haruno e se sentiu tocada ao saber que seria ela a ajudar a amada a enfrentar essa história de perda, que estariam juntas naquelas terras lindas que um dia foram dos pais de Haruno.

-Pretende assumir o posto de Regente finalmente?

Haruno a olhou perplexa.

-Como sabe disso?

A mulher jovem lhe sorriu, seu semblante já tinha a cor de antigamente, só estava ainda muito magra, mas se recuperava bem.

-O rei um dia falou sobre isso com você e eu ouvi, ele desejava que você assumisse como regente, uma vez que é a herdeira do trono das terras das cerejeiras, seu poder naquelas terras só seria inferior ao do Rei Dragão, é uma grande dádiva, nunca entendi porque recusou, mas hoje eu sei.

Haruno se levantou de onde estava e abraçou Hinata, o amor que sentia por essa mulher era extraordinário, ela nunca pensou em amar, achou que esse sentimento não pudesse nascer em seu coração após presenciar o que se passou com seu pai e sua mãe em sua infância, mas parece que o tempo cura as feridas e ela agora se via apaixonada além de todas as expectativas e sabia que podia enfrentar o seu passado e ser a regente de suas terras.

-Se estiver comigo eu sei que consigo.

Hinata a abraçou.

-Serei sua para sempre...Respondeu sorrindo.

Haruno lhe tocou a face com os dedos longos, em sua mão calejada de tanto mexer com artefatos mágicos pesados e estranhos, aquelas mãos já foram queimadas por magia, pelo fogo do seu caldeirão, por ervas e por toda sorte de situações, mas eram mesmo assim mãos suaves e amorosas.

Havia ainda mais um motivo para voltar as terras de sua família, procurar ervas que pudessem acabar de vez com o veneno que ainda estava no sangue de Hinata, mesmo com o esforço do médico que a tratou primeiro e do seu próprio a bruxa usou um veneno muito forte, capaz de perdurar por anos maltratando uma pessoa, por isso Hinata ainda estava tão fraca.

-Seremos juntas grandes regentes, pretendo extinguir o ato de concubinato no meu reino, pretendo libertar os escravos e ajudar o Rei e a Rainha a unificar os nossos povos, trabalharemos por um reino justo e bom onde todos possam viver em paz.

Hinata concordou.

-Mas minha amada, porque então estamos vendo uma casa aqui?

Haruno sorriu.

-Porque ainda não podemos ir, fiz uma análise do seu corpo e de sua cura e sei que por pelo menos seis meses ainda não pode viajar e não deve ter emoções fortes, pretendo ter um tempo de qualidade aqui, depois temos que ter uma casa para voltar, quero passar todos os invernos aqui, adoro a neve...

Hinata sorriu feliz, elas teriam uma casa juntas, seriam uma família e isso enchia o coração da antiga serva e concubina de felicidade.

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Orochimaru despertou com o cheiro bom de algo cozinhando, se sentou ligeiramente confuso, onde estava mesmo?

Vagamente se lembrou de que eles estavam livres, realmente livres e que após soltarem um balão na festa ambos resolveram ir até uma casa no centro da cidade, uma que pertencia a Maeda e que provavelmente ainda estava desocupada e para alegria deles realmente estava.

A chave estava dentro da caixinha que Maeda recebeu do rei e por isso eles puderam entrar, estavam esgotados e por isso dormiram assim que conseguiram trocar os lenções empoeirados da cama por outros limpos de uma arca.

-Bom dia meu querido, como se sente hoje?

Orochimaru sorriu ao ver o seu amado na porta, ele parecia bem, altivo, forte como sempre e lindo usando somente uma túnica branca, provavelmente a mesma da noite anterior, o presente que lhes foi dado ainda no palácio, a parte de cima num azul claro estava dobrado sobre uma cadeira de madeira escura perto da cama.

-Me sinto livre...e sinto cheiro de comida...Mas como? Ainda havia comida boa nesta casa?

Maeda ajudou Orochimaru a se levantar muito gentilmente e o conduziu a um comodo da casa que parecia um banheiro simples, sobre uma pequena mesinha havia uma bacia com água fresca onde folhas de madressilva foram jogadas na água para perfuma-la, também havia uma toalha sobre um banquinho e uma túnica enrolada na cor caramelo suave.

-Não temos água ainda, eu busquei essa na praça no poço central, mas assim que eu informar que a casa está habitada de novo teremos água novamente, essa casa tem uma pequena banheira e é agradável, será muito bom por enquanto, eu achei essas roupas no armário, deviam ser de um servo, devem servir para você por hoje, depois sairemos para comprar roupas melhores e também comida.

Orochimaru estava pasmo em como o seu amado pensou em tudo enquanto ele ainda dormia.

-Fez tudo isso sozinho?

Maeda sorriu.

-Acordei cedo e em todo caso a praça fica pertinho, a maioria das pessoas que ainda não tem água encanada em suas casas busca no poço da praça, foi simples...Quando eu voltava tive a grata surpresa de descobrir que os meus vizinhos estão felizes em nos ver aqui, eles aceitaram a palavra do rei, não teremos problemas, um deles nos deu um ensopado e um pouco de pão, acendi o fogo e o estou aquecendo, deve servir como nosso desjejum de hoje.

Para Orochimaru isso era o paraíso, ele estava muito feliz, lavou-se com a água perfumada de madressilva e após tomou a sopa com satisfação, depois se colocou a limpar a casa enquanto Maeda saía para arrumar algumas das coisas em relação ao dinheiro, a tarde pretendiam alugar cavalos e ir ver o estado da casinha no campo a que desejavam reformar e onde desejavam viver de agora em diante.

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Obito treinava seu batalhão com grande entusiasmo nos campos abertos a frente dos portões das terras nevadas, todos estavam obedientes e felizes, o dia estava belo e sereno, parecia que a calma havia se infiltrado nas campinas que verdejavam nesta primavera.

O som das espadas riscava o ar, gritos de comando e de ataque se ouviam a todo instante, mas era um treino agradável embora vigoroso, todos estavam bem amparados usando roupas de couro e tecidos grossos e as espadas eram as que se usa em treinos, sem corte afiado, um ou outro hematoma, um ou outro corte, mas nada sério.

O general Obito tinha uma grande visão tática e agora reunia seus soldados, homens e mulheres e lhe ensinava táticas de defesa e ataque que ele conheceu com alguns povos do deserto de quando ainda vivia por lá junto com Sasuke e os outros soldados.

Eles não notaram em absoluto as pessoas que passavam em grupos de dois ou três pelas campinas, carregando fardos cheios de legumes ou frutas em seus cavalos negros de crinas lustrosas, se tivessem prestado atenção teriam notado que esses cavalos eram da tribo dos povos livres, pequenas nações que não pertencem ao reino por ficarem mais distantes, mas que usam roupas muito coloridas, arranjos de flores nos cabelos e que não portam espadas afiadas por baixo da roupa.

Aqueles grupos pequenos pareciam ser de comerciantes que estavam indo a cidade vender suas mercadorias, mas eram pessoas mais altas que o povo livre e usavam vestes escuras, do cinza chumbo ao negro profundo com capuzes cobrindo seus rostos e capas que desciam até os joelhos, o clima ameno não era favorável para tanta roupa, mas os soldados não notaram.

Assim que os soldados do clã secreto entraram no pátio do palácio, passando calmamente pelos guardas das torres eles rumaram a uma praça no centro da cidade, libertaram a carga de frutas e legumes os deixando no chão escondidos entre as barracas dos feirantes e tirando as capas pesadas se coloram em um local mais escondido para deliberar posições.

O general Ueda os fez olhar para pequenos dispositivos e pegar um para cada soldados.

-Estes dispositivos indicam o paradeiro dos garotos que viemos buscar, como se passaram muitos anos desde que os pegamos para realizar o exame que precisou sua utilidade eles devem ser adultos agora, embora jovens, a julgar pelo grau alto de pureza do sangue Uchiha será fácil captura-los, pois eles não devem ter grande força física. Vou dividi-los em grupos, são três pessoas a serem capturadas nesta primeira fase, outro grupo virá comigo, iremos capturar e depois matar um híbrido, para este temos um dispositivo próprio que ficará comigo.

Justus ficou espantado, não eram apenas dois humanos?

-Senhor? Porque devemos pegar três humanos, não eram apenas dois?

-Nosso líder não quer correr riscos, ele precisa de um herdeiro, após tantos séculos seu corpo não pode mais continuar, ele é o mais velho dos capelanos e suas forças decaem rápido, precisa de um herdeiro para aprender com ele as leis do nosso povo e fazer o juramento de salvar toda a nossa gente, por isso ele me deu o nome e o sangue de três humanos, são os três de sangue mais puro, busquem eles e os tragam vivos e bem.

Todos concordaram.

Elise e dois outros soldados rumaram a um ponto ali perto, notadamente o humano de nome Orochimaru se encontrava perto, aparentemente morava no centro da cidade.

Stefan e outro soldado foram designados a ir buscar Sasuke Uchiha, eles não tinham conhecimento de que este humano era agora a rainha do reino das terras nevadas, embora soubessem que a bruxa morreu não tinham um relatório formal informando tudo que havia se passado, para eles este humano era somente um humano comum, podendo ser um escravo como era quando criança.

Justus seguiu o seu general para capturar e matar a criança Hibrido de nome Mitsuki.

Dois outros soldados seguiram para buscar o humano Shisui e um dos soldados ficou ali para dar suporte a qualquer um caso surgisse algum problema, ele também devia informar se algo suspeito ocorresse, como serem achados ou algo assim.

Estes soldados e seu general não sabiam que Justus, Stefan e Elise eram pátrias, não sabiam que eles se rebelariam no momento oportuno e que isso podia mudar a história do seu povo.

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Muito longe dali, além das montanhas nevadas Darius notou uma movimentação incomum dentro das dependências dos módulos, ele que já vivera tanto, mais que qualquer um dos outros capelanos sabia que algo estava errado.

Boa parte de seu povo parecia agitada, assustados de um modo estranho, foi quando ele ouviu o som de tiros de alerta e correu buscando sua espada bifurcada dentro do armário de liga metálica de sua terra natal, retirou sua espada e saiu e o que viu o encheu de ódio irracional e embora ele tivesse o ímpeto de se atirar a luta feroz que acontecia entre seu próprio povo ele apenas resolveu fugir para um complexo mais seguro e lacrar todo o modulo onde estava seu povo, pátrias e capelanos estariam confinados ali enquanto ele achava um meio de parar o conflito.

Após selar todo o ambiente ele ligou as câmeras de segurança e seus cabelos se arrepiaram ao notar a líder do motim, era a Dra. Petty!

Com raiva borbulhando ele ligou o som das caixas e falou com ela.

-Renda-se pátria, eu lacrei o complexo de nosso ambiente, estão presos.

Ela se voltou ao líder seguindo o som de onde vinha a voz e respondeu.

-Não. Nó vencemos, nosso povo está esgotado além da conta, merecem ter comida, ter um lar longe deste inferno gelado que nos consome a três mil anos, nosso povo está perdido, não teremos descendentes mais, veja o exemplo de Eloi e Lara!

Darius tremeu, a uma década mais ou menos Eloi e Lara informarão o nascimento de um bebê capelano natural, sem qualquer interferência genética, mas o impacto disso durou pouco, na verdade durou apenas dez minutos, tempo em que o bebezinho viveu neste mundo, realmente algo neste mundo os consome rapidamente, após isso nenhum outro bebê nasceu.

-Não importa quem venceu, meus soldados estão morrendo de fome, mas os seus também estão. Rendam-se enquanto estou sendo generoso.

Ela gritou bem alto.

-Nunca! Não vou mais matar em seu nome, não deixarei que outro líder sanguinário tome posse neste reino, para que seu filho nasça é preciso que um humano morra no parto, um dos três que mandou raptar de suas famílias, um dos que pretende abusar para deixar nele sua marca. Eu não farei parte disso!

Darius bufou irritado, quem era ela para julga-lo?

Seu dedo doía no botão, ele todo tremia, era a mais pura raiva capelana.

-Maldita...Eu estou vivo a mil e trezentos anos, eu estou vivo desde que essa região se tornou tão inóspita a nossa sobrevivência, eu estou vivo para resgatar a esperança de nosso povo, assim como meu pai e o pai dele antes de mim e cada um deles viveu mil anos!! Eu sinto dor todos os dias para continuar respirando e resgatar nosso modo de vida, como ousa falar comigo assim??

A médica suavizou sua voz, ela sabia muito bem como o corpo do líder lidava com a medicação, era quase impossível imaginar que ainda estivesse vivo, como ela o tratou desde que o seu pai a liberou para começar a trabalhar, assim como todos em sua família ela serviu ao líder, aumentou sua expectativa de vida, alimentou suas células todos os dias com injeções de uma matéria quase extinta, o que sobrou do motor que os trouxe até aquele planeta, ela era em parte responsável também.

-Meu líder, desde que nossa nave caiu neste mundo, três gerações de sua família lutaram para manter nosso estilo de vida neste mundo, assim como você seus antepassados conseguiram com a tecnologia antiga manter a chama da vida mais tempo do que qualquer um do seu povo, mas nunca conseguiram chegar perto de salvar a todos nós...Porque a única resposta é simples, precisamos dos humanos.

 


Notas Finais


Bem, a coisa está feia, os soldados estão prontos e dentro dos muros do palácio, a líder dos pátrias está presa no complexo dos módulos e o líder Darius está solto. Como isso vai se desenrolar??
Espero que estejam ansiosos. Beijos de Akira.


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