História O glamour das rosas vermelhas - Capítulo Único

Sempre ouvi certos sussuros aos meus ouvidos. Era estranho. Acontecia sempre que ia no jardim de minha casa.

Eu me sentia dentro do meu próprio mundo com as pessoas que eu amo, com aquilo que eu gosto e até mesmo com a minha comida favorita. Mas apesar de sentir tantas emoções, também pude perceber que o nosso mundo não é perfeito. E a sua injustiça é aquilo que cria e evolui a nossa raça, aquilo que faz o trêm andar.

"O que Deus nos garante nessa vida?" - perguntava diante daquela bela vista de equitares e mais equitares de flores.

Lentamente começei por ouvir o som do vento que batia forte contra mim. Logo após isso, as flores ficavam mais belas. Era uma 'perfeição mesmo perfeita.'

E sob aquele ambiente muito bem conservado, as belas flores diziam ao meu ouvido: 

"O glamour das rosas vermelhas, nas quais as suas colorações das flores imaculadas possuem os desejos e as incorpora em sua devota adoração ardente. Dentre o inesquecível encarnado abrasador habita o intenso sentimento de submissão, acompanhados com a bela e afogueada paixão carnal.

 

Em terras vermelhas, a igualdade e a vitória dos corações dão o juízo final ao nervosismo humano. O sentimento pelo qual o ‘ardente fogo que arde sem se ver’ estimula a vida inerte em nossos colorados corpos vívidos e o sangue de algum salvador que possuiu esta terra.

 

Perante aos diurnos raios solares e o queimante amor no coração dos apaixonados, nasce a formosa juventude mundana, aquela pela qual o mundo batalha para conseguir, aquela pela qual o sangue no chão se espalha, aquela na qual a humanidade acaba por perder em seu destino.

 

O proibido sentimento e a presente glória cotidiana do entusiasmo atestam os corações da romântica e banida flor desabrochada que rebenta. Dentre o bem-estar ao censurado desejo de vida, o ser humano usufrui dos sentimentos para a própria contentação, deixando para trás a grande parede que se abre em suas costas.

 

A grande cobiçada soberania está imersa nesta grande e devasta terra, onde o poder e a conquista perante ao medo e desinquietação não servem de nada. O grande paradoxo da impaciência preenche a vazia lacuna nos corações das desamparadas e errantes criaturas que pairam nesta terra.

 

A competida e intencional vontade da queda é coberta pela grande e temerosa persistência humana, aquilo pelo qual até os deuses temem, a confiança dos perdedores, dentre os disputados vívidos sentidos da vitória.

 

Os sentimentos, todos reunidos e ofegantes por devoção, juntam-se em um ser, aquele que é a sua representatividade superior e responsável pela construção universal daquilo que se compreende como paixão, vida, felicidade e confiança; que contra o grande mal que atormenta a todos, permanecem intactos sob o glamour das rosas vermelhas."

"Ah, que belo..." - apenas pensei, com lágrimas a jorrarem pelos olhos. E aquela água derivada das lágrimas ajudaria no nascimento de novas flores, novos sentimentos que possam ser livres.

Foi naquele momento que percebi o quão profundo e intenso eram os sentimentos das Rosas Vermelhas.