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História O Grande Desafio de Kim Taehyung - Alucinação


Escrita por: YoominDu

Capítulo 22 - Alucinação


Fanfic / Fanfiction O Grande Desafio de Kim Taehyung - Alucinação

P.O.V.: S/N


Eu corro. Assim que saio do saguão eu corro o mais rápido que podia, os saltos me machucaram e quando um deles quebrou eu cai de joelhos e com as mãos nas pedras soltas da estrada e me cortei, mas a dor não me incomodava.

Arranquei meus sapatos e joguei eles na beira da estrada e continuei  correr sem sapatos. Meu joelho sangrava, minhas mãos também e meus pés a cada passo corrido conseguia mais feridas e sangue perdido.

As lágrimas corriam sem controle e minha respiração não permitia que eu corresse tão rápido. Já era tarde, a noite estrelada, e meu coração doía. Acabo caindo novamente de joelhos no chão e o choro toma conta.

Não posso aceitar aquela pedido. Não posso viver com ele. Não quero ter o destino igual de minha mãe... não posso.

Me levanto assim que escuto carros atrás de mim e me escondo na floresta, passou vários carros que deduzi ser os amigos de Tae indo embora. Aí no meio da mata seguro o choro e tento respirar melhor. Preciso ir embora, estava tarde.

Continuo a andar e andar... chego no asfalto e ando já sem forças até que um jeep parou e me ofereceu carona. Era um senhor de uns 60 anos e eu aceitei.

Senhor- Me chamo Matthew. E você jovem?

S/N - S/N.

Ele me entrega lenços umedecidos e vejo alguns brinquedos de Criança no chão do carro.

Matthew- Desculpe a bagunça, meu neto é pequeno ainda. Mas limpe essas feridas. Tenho soro fisiológico e água oxigenada por aqui... -ele mexia atrás do banco e então me entregou dois frascos.

S/N - Obrigada.

Matthew - Eu sei que não é da minha conta... mas o que uma jovem tão linda está fazendo toda machucanda andando sozinha no meio da noite? É perigos nessa região minha filha.

S/N - Eu... recusei um pedido de casamento do homem que amo.

O senhor acena com a cabeça entendo e então liga o carro voltando a estrada.

Matthew - Eu vou te levar ao hospital tratar seus machucados tá minha filha.

S/N - Não precisa.

Matthew - Seus pés estão em ferida viva menina. Acha que não notei. Sem discussão. Vamos pra lá e depois se prefere posso pedir um taxi pra te levar pra casa.

S/N - Eu... agradeço.

Matthew - Eu sou um velho, e em meus 82 anos de vida só amei duas mulheres. Uma era minha mãe e outra a mãe de meu único filho. Ela morreu logo depois que ele nasceu por conta de um câncer...

S/N - Sinto muito por sua perda.

Matthew - quando minha mulher morreu eu escolhi ficar sozinho. Passei cinquenta anos sozinhos, e sabe de uma coisa, nunca me arrependo dessa escolha, pois minha mulher sempre esteve comigo.

Ele me entrega a carteira e havia uma foto dos dois juntos e atrás uma somente dela.

S/N - Ela era linda.

Matthew - Eu não sei porque você recusou o pedido desse rapaz... mas posso dizer que um dia você irá se sentar e se arrepender disso.

S/N - Eu sei.

Matthew - Me permita a intromissão... mas por que fez isso?

S/N - Por que acho que seríamos iguais meus pais... e minha mãe teve uma morte triste com meu pai.

Ele discorda e troca a faixa na pista.

Matthew - Ninguém é igual a ninguém. Como pode afirmar que serão iguais ao que seus pais foram?

S/N - Ele se parece com meu pai de certa forma... e eu sempre fui como minha mãe.

Matthew- Parecer é diferente de igual.

Ele me olha sorrindo e depois entra em outra avenida, Mais a frente avisto o hospital. 

Matthew - Entendo que esteja com medo. É normal. Mas não fuja por conta disso. Você realmente irá se arrepender minha filha.

Fico em silêncio. Sabia que era verdade. Mas... nesses últimos dias não parei de pensar sobre minha mãe e como ela foi infeliz com meu pai.

O carro para na entrada do hospital e ele desce pra me ajudar a descer do outro lado. Me leva até lá dentro me dando apoio e quando o médico assume ele acena pra mim indo embroa com um sorriso. Eu aceno de volta pra ele como despedida.


André - Olhe pra cima, deixe-me analisar seus olhos... ok, agora abra a boca... ok. Você andou demais garota. O que te trouxe aqui?

S/N -Longa história. 

André- Você caminhou por horas. Seus pés estão em ferida viva, não sei como aguentou a dor sem desmaios...

S/N -Um senhor me deu carona no meio do caminho.

André- Isso pode ter ajudado. Mas nesse último trecho foi complicado pelo jeito... você chegou aqui a pé cheia de sangue nas mãos e pernas... acharam que tinha sofrido um acidente.

Minha cabeça para por um momento...

S/N -Não... eu não cheguei sozinha... O senhor que me deu carona me levou até aqui de carro... ele me ajudou a descer e andamos até aqui dentro. Estive apoiada nele.

André - Olha S/N... eu sei que a caminhada noturna deve ter afetado um pouco suas lembranças. Mas você chegou sozinha. Foi vista pelo guarda de longe que há havia emitido um alerta. Ele até ofereceu pra te ajudar e você recusou.

S/N - Doutor... eu... eu não tô maluca. O senhor Matthew me levou até aqui.

André- Matthew?

Vejo o medico recuar dois passos.

S/N - Sim. Matthew, ele tinha um jeep azul escuro e havia brinquedos espalhados pelo carro dele... senhor simpático.

O médico puxou o celular do bolso e mostrou uma fotografia de Matthew. 

André - É ele?

S/N- Sim. Exatamente. Eu não estou maluca.

André- o Senhor Matthew morreu a sete anos num acidente aqui perto... ele estava com o neto pequeno no jeep quando um caminhão perdeu controle e foi pra cima dele.

Minha cabeça entrou em pane de vez... eu tenho certeza que ganhei carona dele.

André - Ele tentou desviar e não conseguiu, então usou o corpo de escudo pro neto... ele era pai do dono desse hospital que o fez em homenagem ao Senhor Matthew. Sinto muito S/N mas terei que interna-lá, imagino que esteja esteja tendo alucinações.

Ele saiu da sala e a enfermeira entrou para terminar os curativos.

O medo que eu tinha, ele pode se tornar real. 

Enfermeira- Você tem algum número para contato? Precisamos avisar sua família que ficará internada aqui.



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