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História O guerreiro e o Herói - O herói e o prazer


Escrita por: Kori

Capítulo 23 - O herói e o prazer


Ele havia dito sim.

E desde que entrou em seu quarto, não conseguia parar de andar de um lado para o outro, checando as horas, o hálito e os cabelos. Midoriya parou e suspirou, dizendo para si mesmo que estava tudo bem. Mas, no minuto seguinte, recordou-se de alguns detalhes importantes que não poderia deixar passar.

Estava completamente desprevenido, sem camisinha e duvidava que Katsuki possuía um pacote nos bolsos de sua calça. Izuku olhou as horas, eram nove e vinte, combinou com ele após todos irem dormir. Levando em conta que alguns garotos gostavam de ficar até tarde jogando na sala, era possível que eles fossem dormir por volta da meia noite. Com isso, teria tempo de ir até a farmácia e comprar...

Midoriya sussurrava tudo enquanto pegava a mochila e colocava a carteira dentro. Ele desceu as escadas e saiu antes que fosse notado. Havia uma farmácia não muito distante dali e Midoriya fez o trajeto o mais rápido que pode. Retornou igualmente rápido, ao abrir a porta acabou encontrando alguns colegas na sala, como havia previsto, Mineta e Sero jogavam, enquanto Momo e Uraraka liam uma revista. Ao lado delas estava Katsuki, que parecia entediado.

— Deku-kun, onde você foi? — Asui veio da cozinha, com uma taça com sorvete.

— Eu fui ali no... ali, eu fui pegar uma coisa. Não demorei nem um minuto. — Ele foi caminhando até a porta e Mineta o chamou.

— Estamos fazendo um torneio, você quer participar? Vamos virar a noite toda acordados, aproveitar que amanhã é sábado.

— Vão, é? — Ele não pode evitar o tom desanimado na pergunta. Seu olhar direcionou para Katsuki, que sorriu de volta, levantando-se do sofá.

Ele acabou participando do torneio de jogos e até mesmo Katsuki jogou algumas vezes, apensar de ele não parecer interessado. Aos poucos, cada um foi se despedindo e desejando boa noite para os colegas e se recolhendo em seus quartos.

Sentado no sofá, perto de Katsuki, Izuku notou que ele o olhava as vezes, até as mãos se tocaram por baixo da almofada. Era uma sensação quente que preenchia seu peito, Midoriya não conseguia evitar não sorrir de forma boba. Seu rosto esquentou também, mas não o afastou. Era bom sentir-se daquela forma, ser desejado, provocar aquela reação nele.

Riu, abaixando a cabeça e arregalando os olhos em seguida quando a mão de Katsuki subiu sobre sua coxa, onde a mochila descansava. Mineta e Sero estavam sentados no chão, ainda jogando. Midoriya o encarou surpreso e apontou para os rapazes, como se quisesse dizer que não era hora nem lugar. Contudo, parecia que Katsuki estava se divertindo com aquela situação.

— Você vai jogar de novo? — Sero virou-se, oferecendo o controla para Midoriya que recusou o convite. — Ah! Katuski, eu vou demorar para ir dormir, então se quiser, você pode ir na frente.

Aizawa havia orientado os alunos a dividirem os dias para que Katsuki dormisse no quarto de cada um, assim não sobrecarregava Midoriya, já que ele foi a primeira pessoa a quem o sensei pediu ajuda. Os rapazes acabaram criando uma espécie de quadro onde eles compartilhavam essa tarefa. Katsuki não se mostrou ofendido por ainda ser vigiado, Izuku não sabia ao certo se aquilo o incomodava.

— Vou dormir no quarto de Izuku hoje. — Ele falou, causando em Midoriya um nó em sua garganta. Contudo, não houve nenhuma reação dos garotos, eles estavam concentrados no jogo e o máximo que disseram foi um “valeu”.

Katsuki piscou para Izuku e moveu a cabeça na direção das escadas.

Sua mão tremeu com o toque da mão dele e então deixaram a sala juntos. Midoriya sentia o coração acelerado conforme cruzava o corredor, havia soltado a mão de Katsuki mas sentia falta dela. Porém, também pareceu preocupado caso alguém aparecesse ali de repente.

Assim que abriu a porta, eles entraram e a fecharam em seguida. O beijo partiu dele, e foi como se soltar das amarras que a timidez o prendia. Saltou nos braços de Katsuki e o beijou intensamente. Durante aquele pequeno trajeto, ele raciocinou vários passos e palavras que diria. Mas nenhuma foi executada, beijou-o unicamente porque seu desejo era maior.

Katsuki levou as mãos a sua cintura e o acariciou, apertando-o em seguida para trazê-lo mais próximo. Izuku suspirou, sentindo a língua de Katsuki explorar sua boca, o beijo tornou-se mais urgente à medida que eles andavam pelo quarto em busca da cama. Com um gemido baixo, Izuku puxou a camiseta que ele vestia e retirou, sentando-se na cama em seguida. Seu corpo vibrava com o toque das mãos quentes de Katsuki, era muito mais gostoso na companhia de alguém. Apensar da timidez e de não ter tido ainda a oportunidade de namorar alguém, Izuku não era uma pessoa ignorante quando o assunto era sexo.

Tirando as aulas de educação sexual que a escola promovia, ele mesmo havia feito pesquisas sobre o assunto. O que era perfeitamente natural, segundo Midnight, que havia ministrado as aulas no semestre passado.

Foi a partir das suas pesquisas pessoais que ele começou a conhecer melhor o seu corpo, quais os pontos de prazer e como lidar com o fato de que sentia atração sexual por homens. Não era exatamente um problema admitir isso, mas sentia-se um pouco mais confiante e seguro, como naquele momento.

Katsuki removeu a própria camiseta, apressado para retirar os restantes da roupa, enquanto Midoriya buscava a mochila que havia deixado cair no chão do quarto quando entrou. Ele pegou o pacote de camisinha e depois foi até a gaveta do guarda-roupa, onde havia guardado alguns outros itens.

— O que você tem aí? — Katsuki perguntou, abraçando-o pela cintura e beijando seu pescoço. A ereção era mais do que sentida contra suas nádegas e aquilo causou um arrepio pelo corpo do herói. Ele o virou e pressionou seu corpo contra o guarda-roupa. — Eu não sei como vocês fazem sexo nesse mundo, mas precisa de mais de uma pessoa para dar certo. — Ele sorriu.

— Eu só vim pegar isso aqui. — Izuku mostrou o lubrificante e a cartela de camisinha. — Agora eu fiquei curioso para saber como vocês fazem isso no seu mundo. Será que existe algum tipo de proteção? — Sem perceber, ele começou a murmurar e só depois ouviu uma risada baixa. — Me desculpe, pareço um idiota sempre que faço isso.

— Não te acho idiota. — Katsuki falou, acariciando o rosto dele. — É um pouco estranho, mas não me incomoda. Então, você quer saber como a gente faz sexo no meu mundo? — O sorriso dele tornou-se mais atrevido. — Você torna as coisas mais interessante sabe? — Ele foi falando enquanto voltava a beijá-lo nos lábios, deslizando a mão por sobre os músculos de seu abdome.

Izuku foi levado até a cama, seduzido pela voz de Katsuki que falava tudo o que ele desejava fazer naquela noite. Embora não fosse possível realizar todos seus desejos, primeiro que não poderia fazê-lo gemer alto e implorar. Precisavam ser silenciosos. A princípio, Midoriya pensou que fosse uma ótima ideia, porque ele se sentia um pouco envergonhado pelos gemidos, mas conforme foi sentindo seu corpo reagir as carícias de Katsuki, ele entendeu que os gemidos eram necessários. Principalmente quando seu membro foi tocado com a ponta da língua do guerreiro, sendo sugado em seguida com avidez. Izuku trincou os dentes e apertou as mãos nos lençóis, seus pés curvaram por sobre a cama e ele arfou com os movimentos que Katsuki fazia com sua boca, engolindo-o completamente. O líquido seminal escorreu pela boca dele, enquanto sorria abertamente, dizendo o quanto ele era gostoso. Aquelas palavras foram um incentivo a mais e Midoriya estava em seu limite quando gozou. Katsuki não se importou, ele continuou resvalando a língua pela extensão do pênis, e lambendo tudo até a entrada.

As pernas de Izuku estavam dobradas e foram erguidas ainda mais quando Katsuki ajoelhou na cama e roçou o membro endurecido. O ar parecia faltar, mas a excitação aumentava. Midoriya esticou a mão para pegar o lubrificante e reuniu a força que tinha para conseguir falar. Era engraçado como alguém tão forte como ele, detentor de um poder incrível, estava completamente entregue e frágil.

— Isso vai ajudar. — Falou, explicando em seguida, sem exagerar nos detalhes como costumava fazer, além do mais, não era hora para fazer uma lista de infecções sexualmente transmissíveis. Não que ele tivesse alguma, ou que Katsuki também tivesse.

— Está tudo bem? Você ficou estranho.

— Desculpe, eu estava pensando alto. — Midoriya piscou e depois se sentou na cama. — Eu posso colocar, se você quiser.

— Tudo bem. — Katsuki sentou-se também. Midoriya pegou o pacote de camisinha.

— Precisa estimular bem antes para, sabe, colocar.

— Você parece saber mais do que eu sobre esse assunto. — Katsuki piscou e mordeu o lábio inferior quando seu membro foi estimulado. Midoriya movia a mão devagar no começo, mas a respiração afetada de Katsuki o fez acelerar. Aquilo o acendeu novamente, eles se beijaram novamente, as bocas abertas para que as línguas se movessem com a velocidade exigida no momentos, era excitante ouvir a respiração sexy de Katsuki.

Midoriya o desejava ainda mais naquele momento e não esperava que fosse justamente naquela noite que o pai de Katsuki acordasse do coma.

Quando ouviu as batidas na porta, ele mal pode pensar numa desculpa sobre o que estava acontecendo ali dentro. Ainda no corredor, a voz do sensei os alertou de que havia notícias do hospital.

Katsuki se levantou da cama e vestiu as roupas ansioso, ele olhou para Midoriya, como se pedisse desculpas pelo momento. Mas não havia motivos para se desculpar, afinal de contas, ele esperava por aquele momento, não era?

Assim que ele se vestiu, foi atrás de Aizawa. Midoriya ainda ficou no quarto, precisava se recompor de minutos atrás. Logo que ele desceu até a sala, encontrou os colegas reunidos e a novidade foi esclarecida. O pai de Katsuki despertou e já havia aberto um portal ao qual Kirishima, Mina e Bakugou haviam passado, mas estavam ainda sob observação na enfermaria para saber se eles estavam bem.

Midoriya ficou feliz com a notícia, olhou para Katsuki que parecia igualmente feliz. Entretanto, seu coração insistia em não comemorar. A despedida estava se aproximando.


Notas Finais


Vocês estão bem aí? kkk


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