História O homem mais forte do mundo - Os orgulhosos guerreiros de Elbaf, Dorry e Broggy

A cabeça do dinossauro sob efeito da gravidade começou a cair na direção dos quatro, o que fez Vivi e Carue travarem com medo.

Luffy: Vivi!

Rapidamente, e por instinto, o capitão pegou a azulada e a ruiva pela cintura colocando-as em seu ombro, e também dando um leve chute no pato despertando ele.

Eles estavam prestes a correr, desviando da cabeça morta, mas isso se provou desnecessário quando uma mão grande o suficiente para que o Merry coubesse na palma dela, agarrou a parte morta do dinossauro que estava caindo.

Isso pegou a todos desprevinidos, fazendo-o moreno parar e, com todos os outros, olhar para cima. A primeira coisa que eles veem são dois olhos gigantes, olhando diretamente para os quatro.

???: Gegyagyagyagya! Humanos? Já faz algum tempo!

O autor dessa fala era um homem de longa barba, ele tinha um capa azul nos ombros que se estendia por toda as suas costas, seu peito era deixado nú. Sua barriga era coberta por uma cinta de couro. Sua calça era verde, com pelos brancos nas pontos, e seus botas era escuras.

Na cabeça ele também utilizava um capacete com características de um modelo viking.

Vivi: Um gigante...

Ela fala abismada, ainda sendo carregada pelo do chapéu de palha.

Luffy deu um pequeno assobio impressionado.

...

No Merry, Usopp e Mikita tinham reações semelhantes ao dos seus amigos, enquanto estavam frente a frente com outro gigante.

Esse tinha um macacão vermelho com alças e botões de ouro, com forros de pele, uma tira de couro em torno de seu ombro direito e o outro como um cinto, calça amarela com listras pretas e forros de pele na parte inferior, sapatos amarelos e um capacete vermelho com dois chifres.
Ele também tinha uma barba loira em forma de lâmina e um machado, assim como um nariz que se assemelhava ao de um porco.

???: Gebabababababa! Humanos! Já faz muito tempo que eu não tenho convidados!

Ele ria alegre e empolgado, já os dois pequenos humanos a quem se referia não pareciam compartilhar desse sentimento.

Usopp: O que a gente faz?

Sussurrou para a loira, ele parecia assustado, mas não estava tremendo.

Mikita: Vai querer dizer não para ele?

Ela perguntou, mesmo já sabendo a resposta. Sem falhar com suas expectativas Usopp balançou a cabeça de um lado para o outro, mostrando que com certeza não.

No fim os dois seguiram o gigante, ou melhor, foram levados por ele até sua base.

...

Luffy: INCRÍVEL! Carne de dinossauro é muito bom!

O moreno exclama enquanto a carne do sauropodes praticamente derretia em sua boca. Nami e Vivi também comiam alegres, já Carue se contentou apenas com algumas sementes e alguns cereais que eles encontraram pela floresta.

O gigante que os havia convidado, Dorry, ria alegremente vendo as reações que ele já esperava.

Dorry: É, mas aquele seu almoço também não ficava nem um pouco para trás.

Ele ria alegre, conversando com o garoto como se casualmente, como se já se conhecessem a muito tempo. Se a azulada tivesse encontrado os dois hoje, não acreditaria que essa era a primeira vez que eles se encontravam. Isso com certeza com certeza demonstrava o quão absurdo era o carisma do moreno.

Luffy: Ainda bem que você disse isso, shishishi.

Sua voz ainda estava brincalhona, mas existia algo por baixo que fez a azulada e o pato ficarem tensos, enquanto Nami suspirava.

Nami: Para de ser besta.

Ela falou entre mordidas.

Dorry: E por que você diz isso?

Seu tom e seus olhos mostravam que aquela pergunta era um desafio. Vivi suou gelada com medo do que o garoto de cabelos escuros falaria em seguida. Esse apenas olhou para o gigante de capa azul com um sorriso.

Luffy: Por que se você falasse mal da comida do meu cozinheiro eu ia te surrar.

A princesa sentiu sua pressão despencar, Carue desmaiou outra vez e a ruiva apenas suspirou. O gigante e o humano se encaravam, o ar parecia tenso como se uma luta fosse começar a qualquer momento.

Dorry: Gegyagyagyagya! Você é divertido garoto.

Luffy: Shishishi. Valeu.

Tão rápido quanto veio, a seriedade da situação pareceu desaparecer e o clima voltou aquele modo casual.

Vivi suspirou aliviada, com dificuldade em acompanhar os eventos. Vendo que estava tudo bem ela decide fazer uma pergunta que está em sua mente desde o momento em que encontraram o gigante.

Vivi: Dorry-san, por que você está nessa ilha isolada? É bem raro encontrar um gigante nessa parte inicial da Grand Line. Tem alguma coisa nessa ilha?

Ouvindo sobre a curiosidade da garota Dorry sorri.

...

Mikita: 100 anos?!

A loira exclamou, ouvindo a história do gigante Broggy.

Usopp: Incrível!

Não haviam mais nenhum sinal de medo no narigudo, na verdade ele parecia brilhar de empolgação de maneira semelhante a seu capitão em várias situações.

Broggy: Gebabababababa! Eu sei que isso pode parecer incrível para vocês, mas nós gigantes vivemos três vezes mais. Cem anos não é nada.

Ele falava com um sorriso orgulhoso após tomar alguns barris de saquê que tinham no navio.

Mikita: Mas mesmo assim, 100 anos é bastante coisa. Por que fazem isso a tanto tempo?

O de nariz de porco esfrega o queixo pensativo, tentando se lembrar. Ele faz todo o esforço mental que consegue, mas no final dá de ombros.

Broggy: Não lembro mais o motivo. Gebabababababa!

Usopp ficava cada vez mais impressionado e Mikita entendia cada vez menos a situação.

...
Vivi: MAS POR QUÊ SE ODEIAM TANTO?

A princesa perguntou desesperada para o guerreiro. Todo esse conceito para ela era apenas loucura, não havia motivo para justificar tanto ódio, ou pelo menos o que ela pensava ser ódio.

Dorry no entanto apenas a olhou confuso.

Dorry: Eu não odeio ele. É meu melhor amigo.

Luffy tinha um sorriso maravilhado, Nami, por mais que entendesse o ponto de vista da azulada, já tinha passado tempo o suficiente com o moreno para entender os motivos dos gigantes. Entretanto para Vivi aquilo era tudo surreal e ilógico, mesmo considerando que ela estava numa ilha cheia de dinossauros.

Vivi: M-mas, por que?

Ela perguntou de maneira tão fraca que foi uma surpresa que Dorry ouviu.

Dorry: Ora simples. Somos orgulhosos guerreiros de Elbaf! Nós aceitamos esse desafio, e até que um vencedor seja escolhido, nenhum dos dois volta para casa!

Nesse momento o vulcão no centro da ilha entra em erupção, chamando atenção dos dois lados.

Dorry: Esse é o sinal!

Ele tinha um sorriso destemido no rosto. Em uma de suas mãos estava uma espada longa, e na outra um escudo redondo.

Dorry: E garotinha- ele falou para Vivi -se estiver se perguntando o motivo da nossa luta... eu me esqueci a muito tempo! Gegyagyagyagya!

No outro lado, Broggy estava com seu machado e escudo, idêntico ao de seu amigo, em mãos.

A loira não teve tanto problema em aceitar a situação quanto a azulada, mas ainda achava tudo aquilo um desperdício.

Mikita: 100 anos da vida deles, e eles não parecem se importar.

Ela dizia com uma mão na bochecha.

Usopp: É claro que não. Isso é uma batalha por algo mais importante que a vida deles- dizia enquanto olhava Broggy se levantando e marchando para mais uma luta. O gigante bloqueva a luz do sol, fazendo com que apenas sua silhueta pudesse ser vista. Para o narigudo, essa era como uma visão lendária- estão lutando por suas honras. É como se eles tivessem levantando uma bandeira que é mais importante para eles do que suas próprias vidas, e eles vão lutar com tudo para protege-la.

Com a situação sendo colocada dessa maneira, Mikita compreende melhor as coisas das maneiras que os guerreiros de Elbaf veem.

Mikita: Acho que eu entendi.

Ela fala levemente, mas seus olhos estavam fixados no confronto entre os gigantes.

Dorry: Yo Broggy. Eu conheci alguns humanos interessantes. Eles tinham uma comida boa.

Disse o de capa azul, descendo sua espada longa num corte diagonal, que foi parado pelo escudo do seu amigo. A força desse impacto foi tamanha que gerou uma onda de choque, causando uma ventania por toda a ilha. Tanto a espada quanto o escudo estavam cobertos por uma camada de tom metálico quando se atingiram, mas apenas os gigantes viram isso.

Broggy: Eu também. Eles tinham um bom saquê.

O de nariz de porco ria. Ele usou seu escudo, antes de madeira só que agora também tinha um tom metálico escuro, ele tenta socar o Dorry, que bloqueia com seu próprio escudo, que estava com a mesma aparência que o outro.

Com a outra mão Broggy usou seu machado para atacar a lateral de seu amigo, só que como se já tivesse previsto isso, o gigante da capa azul empurra ele para trás, e bloqueia o machado com sua espada. Os passos do gigante de menor estatura alertaram toda a vida selvagem da ilha, que podiam até estar acostumadas com os conflitos dos dois colossos, mas não quer dizer que eles ainda não eram alarmantes.

Os dois continuaram trocando golpes atrás de golpes, algumas vezes Luffy pensou que as armas deles tomavam um tom escuro, mas julgou como sendo apenas impressão sua. Porém uma coisa que ele jurava ter certeza, era que parecia como se os dois conseguiam prever os movimentos um do outro. Mesmo quando alguém dava um ataque rápido demais para ser defendido normalmente, era como se o outro já soubesse e estivesse pronto para defender. Até ataques surpresas pareciam ineficazes.

Mais uma vez a luta não teve um vencedor, só que nem Dorry e nem Broggy pareciam incomodados com isso.

Broggy: Ei Dorry.

Ele chama, deitado no chão suando e ofegante.

Dorry: Pode falar.

O da capa azul estava tão cansado quanto seu amigo.

Broggy: Quer um pouco de saquê também?

A resposta não levou nem um segundo para ser dada.

Dorry: Com certeza!

Os dois permanecem lá por mais alguns momentos. Usopp também estava deitado, mas era numa folha de uma árvore gigante contemplando o céu.

Usopp: É isso!

Seus olhos brilhavam com mais determinação do que nunca.

Mikita: É isso o que?

Ela se virou para olha-lo.

Usopp: Isso que eu quero ser. Um bravo guerreiro que carrega sua honra consigo, luta por ela e não tem medo de nada. Eu quero ser que nem os guerreiros de Elbaf!

Ele tinha um grande sorriso no rosto, alegre agora que seu sonho tinha uma visão mais concreta. Mikita também ficou contente que o narigudo conseguiu um objetivo sólido.

Como a luta havia terminado, os dois voltaram para suas bases, dessa vez Dorry levava alguns barris de saquê consigo.

Dorry: Gegyagyagyagya! Então as pessoas ao redor da ilha são seus companheiros?

Luffy: Você viu os outros durante a luta?

O moreno perguntou impressionado, ao mesmo tempo que achou um pouco estranho. Dorry com certeza estava dando tudo de si, então ele não deveria ter tido tempo de ficar olhando ao redor, prestando atenção em humanos pequenos.

Dorry: Não, não. Eu apenas senti a presença deles.

Essa resposta fez todos os quatro levantarem uma sobrancelha em dúvida.

Nami: Que?

O gigante percebeu que eles não entenderam, só que não parecia interessado em explicar, e eles não perguntaram mais sobre isso de sentir presenças.

Luffy: Aquela luta foi demais!- o capitão exclamou, ainda muito empolgado com o confronto entre os guerreiros- Vocês pareciam até que sabiam o que o outro ia fazer. Já devem ter até gravado completamente o estilo de luta um do outro.

Ele falava com um grande sorriso, sem perceber a surpresa no rosto do gigante. De fato, eles já lutaram tanto que conheciam seus estilos de luta melhor do que a palma de suas próprias mãos, só que não era isso que os permitia prever os seus movimentos. Era algo que não seria encontrado nessa primeira parte da Grand Line facilmente. Também era digno de nota que o garoto tivesse percebido isso, mesmo que ele não realmente entendesse o que era.

Dorry: Não é isso garoto.- essa fala surpreende o do chapéu de palha, que fica olhando o gigante, esperando ele explicar melhor- O que a gente tava fazendo era outra coisa.

Luffy: O que?

Pergunta o moreno empolgado, já criando expectativas de aprender tal técnica.

Dorry: Isso é algo que você pode aprender com o tempo, mas basicamente é uma habilidade não muito comum nessa parte do oceano.

Isso fez os olhos do garoto brilharem. Até a navegadora e a princesa pareciam curiosas, apesar de menos interessadas. E o pato não prestava a menor atenção.

Luffy: E como eu posso aprender isso?

O gigante apenas riu.

Dorry: Gegyagyagyagya! Não é algo que eu possa te ensinar. Se você for aprender, vai ser naturalmente.

Nenhum dos dois sabia que o garoto já estava a meio passo de despertar essa capacidade. Ainda faltava um pouco, mas ele estava chegando lá. Depois dessa conversa eles não tocaram mais nesse assunto.

Eles comiam e bebiam alegremente, esperando o momento em que o vulcão entraria em erupção novamente, e o duelo se iniciaria.

As vezes Dorry, e até Broggy, usavam seu poder para sentir o que acontecia na ilha, sentindo os companheiros de seus novos amigos andando por aí. A maioria parecia estar focado em lutar contra os dinossauros da ilha, tinha apenas um que parecia estar extrema empolgado, com outro objetivo em mente. Também tinha uns quatro que só estavam parados.

Se a comunicação entre os gigantes e os membros da tripulação tivesse sido um pouco melhor, eles saberiam que essas quatro pessoas não deveriam estar ali. Mas não era apenas culpa deles, esses quatro eram muito capazes de esconder suas intenções muito bem, graças a prática que anos como caçadores de recompensa e assassinos havia lhes dado. Suas intenções passaram despercebidas pelos gigantes, mesmo que suas vozes não fosse tão amigáveis.

...

Mr.3 estava confuso. Ele havia ido dar uma olhada em seus inimigos, só não viu Law e Sanji, averiguando a dita tripulação, e foi pego de surpresa pelo fato de que Mikita, ou como ele conhecia, Miss Valentine estava com eles, e parecia bem amigável. Ele era um homem esperto, então não demorou para entender o que se passava ali, incluindo o fato de que os superiores haviam omitido informações, muito possivelmente por causa de Miss Goldenweek. Ela era útil, só que se fosse dita para ir contra sua irmã mais velha, ela provavelmente trairia a organização, e isso tornava a missão um pouco mais difícil.

Eles também estavam indo contra um homem de 60.000.000 de berries, claro Mr.3 era confiante em si mesmo, mas considerando todas essas variáveis, a amizade deles com os gigantes incluso, as coisas ficavam um pouco complicadas.

Também era uma pena que esses dois gigantes, que tinham recompensas bem altas, estavam completamente fora do alcance para ele no momento. Talvez se ele tivesse algum tipo de veneno ou até algumas bombas ele poderia tentar armar para se capturar os dois, infelizmente ele não tinha nada disso e teria que abandonar essa ideia.

No momento ele já havia se reunido com seus outros colegas, e fez um relatório geral da situação, deixando propositalmente de fora a parte em que Mikita estava com os piratas. Mr.3 poderia até pensar que a situação não era a ideal, só que isso não era um problema para ele. Sendo o segundo membro mais engenhoso da Baroque Works, abaixo apenas do chefe, ele não teve problemas em pensar em um plano que ignoraria todas esses obstáculos. Eles só precisavam matar a princesa e não deixar, tudo que viesse a acontecer depois seria simples de se lidar para ele. E também, eles até podiam ter recompensas altas, mas quanto trabalho novatos que mal chegaram a Grand Line realmente poderiam dar?