História O homem mais forte do mundo - O Comandante da segunda divisão do Imperador Barba Branca

Os passos de Miss All Sunday enquanto andava para reportar o andamento da movimentação dos millions e billions, eram praticamente inotáveis. Tanto por reflexo e costume da vida que tem levado pelos últimos vinte anos e também como maneira de se precaver contra seu "parceiro".
 

Seu rosto parecia tranquilo e ela carregava aquele leve sorriso enigmático, porém por dentro estava tensa. Interagir com aquele homem era no mínimo, difícil. Ele não tinha interesses nas mesmas coisas que outros teriam e parecia sempre pronto a esfaqueâ-la quando ela piscava. O sentimento que tinha era como se ele propositalmente a deixasse na beirada do abismo, se ela lhe fosse útil ele não a tiraria de lá, mas também não empurraria, agora se ela fosse inútil...
 

Ignorando todos esses pensamentos, porque mostrar qualquer sinal de fraqueza na frente dele pode lhe causar a morte, ela entra para fazer seu reporte.
 

Só que ela foi pega de surpresa pelo que o shichibukai fazia. Sempre que o via ele, ou estava fumando charuto, ou lendo algum jornal, ou revisando e aperfeiçoando o plano. Nesse momento no entanto ele tinha um den den mushi na mão e um olhar sombrio no rosto.
 

Crocodile: Yo, Nico Robin...
 

Ele deu uma ênfase quando falou o verdadeiro nome da mulher, a irritando e a deixando ainda mais tensa do que antes.
 

Crocodile: Sabe, Nico Robin...- Ele com certeza estava repetindo seu nome apenas para irritá-la, pensou a morena consigo mesmo. - Eu acabei de receber uma ligação interessante da marinha. Parece que os pirralhos de chapéu de palha não só estão vivos, como mataram o Rei de Drum, e agora estão aqui em Alabasta.
 

Miss All Sunday, ou Nico Robin, sentiu como se tivesse perdido todo chão. Ela tinha ficado pálida e suado gelado, mas assim que percebeu seu estado tentou retomar a postura, esse era um dos momentos em que não deveria mostrar medo.
 

Nico Robin: Entendo. Me desculpe então, pelo visto eu cometi um erro.
 

Ela parecia estar falando isso com tranquilidade, mas falhou completamente mascarar o nervosismo no fundo de sua garganta. E Crocodile não falhou em perceber.
 

Crocodile: Eu não gosto de pessoas que mintam, ou falhem comigo. Mas você ainda tem utilidade, não é Nico Robin?
 

Ele perguntou, olhando diretamente para ela, enquanto carregava um sorriso de escárnio no rosto.
 

Naquele segundo ela tinha certeza, e o do gancho também não fez nenhuma questão de esconder, que se ela permanecesse ao lado dele seu destino já estava selado. Não importa se ajudasse ele, o que desde o começo não tinha nenhuma intenção de fazer, ou não. Ele iria entregá-la pro inferno, para as mesmas pessoas que tiraram tudo que tinha. Mas isso ainda não era algo que poderia permitir.
 

Crocodile se levanta e sai da sala passando por ela.
 

Crocodile: Não precisa ficar tão tensa, você ainda não é inútil.
 

Foi a última coisa que disse antes de sair. E o significado era bem claro, no momento em que ela perdesse a utilidade pro objetivo dele, seria o fim. Se viraria mercadoria dele ou seria entregue ao Governo Mundial, não fazia diferença. Enquanto permanecesse com Crocodile suas opções tinham acabado. Mas ainda existia um outro lado no qual ela podia apostar. 
 

...
 

Bartolomeo: Aquilo é preocupante.
 

O que ele observava era uma frota inteira de navios, todos carregando a mesma bandeira da Baroque Works.
 

Luffy, Ucy, Zoro, Bonney, Sanji e Law observam eles indiferentes enquanto o resto do bando tem expressões mais pesadas. Carue especialmente está tremendo de nervosismo.
 

Chopper: Vivi, alguma chance do exército de Alabasta ser capaz de lidar com todas aquelas pessoas?
 

Perguntou a pequena rena visivelmente preocupado. Os navios se estendiam até chegar num ponto em que eles simplesmente não conseguiam mais ver, mas sabiam que estavam lá.
 

Vivi: Se fosse antes seria uma coisa, porém agora com toda a revolução e... bem a maioria das forças está do lado dos rebeldes.
 

Disse apertando seu braço esquerdo com sua mão direita. Aquilo tudo eram apenas forças estacionados esperando a ordem de Crocodile, mas para ela era um lembrete de quão perto o país estava perto de cair nas mãos dele.
 

Luffy: A gente vai conseguir.
 

De repente o do chapéu de palha estava ao seu lado, seu olhar não tinha nada que não fosse determinação enquanto encarava o horizonte. A um segundo ela estava quase tendo um leve ataque pânico, porém foi necessário apenas ele chegar ao seu lado e Vivi se sentia melhor. Com Luffy, a azulada sentia que poderia enfrentar toda essa frota e ficaria tudo bem.
 

Law: Veiam aqui! Já está pronto!
 

Ouvindo o chamado do cirugião todo o bando se reuniu em um formato circular. Eles tinham seus braços, asa e patas estendidas para o centro, com um lenço enrolado em volta deles.
 

Marianne: Que esperto!
 

A pequena artista elogiou.
 

Nami: Chega a ser surpreendente que foi ideia do Zoro.
 

Brinca a ruiva com um pequeno sorriso no rosto.
 

Zoro: EI!
 

Reclama o esverdeado.
 

Bonney: Mesmo assim é uma ótima ideia.
 

Law acena com a cabeça concordando.
 

Law: Sim- ele desfaz levemente o lenço, mostrando um X marcado com caneta preta- Desse jeito eles não vão saber qual a verdadeira marca e podem até se entregar.
 

Luffy: Shishishi, basicamente, é um símbolo da nossa amizade!
 

O moreno não falhou em notar o quanto essas palavras acalmaram a azulada.
 

...
 

A primeira parada que a tripulação deveria fazer era em Nanohana. Uma cidade portuária e de grande comércio que seria o ponto de parada para eles reabasteceram antes de seguirem para a base dos revolucionarios, Yuba.
 

Vivi: Além dos suprimentos, vamos precisar de roupas específicas pro deserto.
 

A princesa enumerava exatamente quais eram suas prioridades.
 

Nami: Pode deixar as compras comigo.
 

Ela falou com suas pupilas virando berries.
 

Bonney: Já vi ela trabalhando, é assustador e eficaz.
 

Se a navegadora não fosse sua melhor amiga, a rosada sentiria penas das pessoas extorquidas por ela.
 

Marianne: Eu acho que posso ajudar também.
 

Disse a de cachinhos mostrando um pincel, claramente pronta para usar seus poderes, que deveriam vir a acalhar em situações como essa.
 

Nami: Ótima ideia Mari-chan!- Alguns membros do bando tinham começado a chama-la de maneira similar a que Luffy fazia, a garota gostava, mas também a envergonhava um pouco.- Vamos rou- digo, pegar o máximo que conseguirmos.
 

Ela tinha um grande sorriso no rosto. Coletivamente, todos os comerciantes da cidade sentiram um calafrio, sem saber o porque.
 

Sanji: Então eu vou com vocês para protege-las!
 

Era uma coisa boa para o loiro que Luffy já tinha um controle melhor sobre o lado selvagem que a Neko Neko no Mi do tigre dos dentes de sabre, porque se fosse antes ele poderia ter começado uma briga com o cozinheiro. O fato de que Bonney chutou a cara dele também ajudava um pouco.
 

Bonney: Você vai atrás da comida. Elas sabem se cuidar sozinhas.
 

Sendo posto num trabalho que envolveria cozinhar ele decidiu não reclamar. Ele também aproveitaria para comprar alguns cigarros, seria a primeira vez que provaria um nativo da Grand Line e estava curiosa pra saber como os de Alabasta seriam.
 

Ucy: Grrrrrr.
 

Por mais que entendessem as intenções do tigre, dois membros em específico eram capazes de compreende-lo perfeitamente.
 

Chopper: O Ucy tá perguntando aonde ele pode comer?
 

Um era a pequena rena e o outro seria o capitão, ambos graças a suas zoans.
 

Luffy: Não faço ideia amigão, mas eu também tô com uma fome.
 

Do seu estômago saí um grande ronco, parecia mais um rugido. Pelo menos eles ainda não tinham descido do navio, ou teriam assustado várias pessoas passando.
 

Sanji: Hmmmm, eu até queria preparar alguma coisa pra vocês, mas não tenho certeza se é uma boa ideia usar recursos agora que estamos pra seguir viagem pelo deserto.
 

O loiro apontou esfregando o queixo pensativo. Como cozinheiro ele realmente queria satisfazer a fome do capitão e do tigre, mas ele também tinha que pensar em todo o bando, e eles tinham bastante gente pra atravessar pelos longos campos de areia de Alabasta.
 

Zoro: Por que ele só não vai pra cidade comer alguma coisa?
 

Sugere o esverdeado como se fosse muito simples.
 

Bartolomeo: Boa ideia Zoro-san!
 

Acrescentou o outro esverdeado com um grande sorriso no rosto.
 

Tirando o próprio moreno, todos olharam para os dois como se fossem idiotas.
 

Marianne: Eu acho que mandar alguém com uma recompensa tão alta, quando a gente tá tentando entrar no país escondido, não é uma ideia muito boa.
 

Apontou a artista enquanto tomava uma xícara de chá.
 

Bepo: Eu acho que ela tem razão.
 

Até os membros mais novos do bando pareciam ter o mínimo de noção comparado aos dois.
 

Luffy: Ora, é só eu não ser visto.
 

Disse com um grande sorriso no rosto. Parecia ter gostado da ideia de ir para um restaurante comer comida típica de Alabasta.
 

Nami: Não, você não vai virar um tigre dos dentes de sabres pra entrar na cidade.
 

Foi a primeira coisa que a ruiva pensou que passou pela cabeça do moreno.
 

Luffy: Shishishi, nem tinha pensado nisso, mas seria legal.
 

Nami bateu a palma da mão no rosto e suspirou se arrependendo de ter dado ideia.
 

No fim foi decidido que Nami, Marianne e Bonney iriam comprar roupas. As três tinham recompensas por suas cabeças, mas com os poderes da de cachinhos era fácil impedir as pessoas de reconhece-las. Ela também fez isso com Luffy, que iria pra um restaurante comer. Ele tinha prometido não entrar em confusão, e o resto ficaria no navio até eles voltarem.
 

Enquanto as garotas iriam fazer sua parte sem grandes complicações, Luffy...
 

Não seria difícil pro do chapéu de palha encontrar um restaurante, ele tinha um olfato aguçadíssimo antes e depois de pegar uma zoan carnívora era provável que seu nariz superasse o de Ucy. Falando no felino, ele deveria levar comida o suficiente pra ele também.
 

Existiam alguns lugares que pareciam promissores, mas tinha um em específico que o moreno simplesmente não podia ignorar. O cheiro parecia atraí-lo, era quase bom demais pra ser verdade.
 

Ele para de frente para loja, parecia como se comida tivesse acabado de ser cozinhada. Dando leves tapas no seu estômago e lambendo os beiços ele entra.
 

Porém, assim como a tripulação mais temia, era como se o capitão fosse uma pequena bola magnética de caos, que atraí ainda mais caos. 
 

Ao invés de um ambiente com pessoas conversando e comendo amigavelmente, o que acontecia era que todos estavam tensos enquanto quatro homens com roupa de capitães da marinha cercavam um outro homem.
 

Luffy sentiu que um desses quatro era vagamente familiar, mas não conseguia se lembrar da onde. Pelo menos conseguia dizer que esse cara parecia bem irritado. Um segundo era mais alto que esse primeiro, só que não usava camisa, seus dois punhos também tinham uma coloração avermelhada vibrante, com ondas de calor saindo deles ao mesmo tempo em que tinha um barulho de "kachi kachi".

        O terceiro era alguém com aparência mais normal, ele tinha uma de suas mãos ameaçando encostar em seu porrete, só que sua expressão era claramente tensa. O quarto, e último capitão da marinha, era um homem que parecia estar nos seus quarenta anos. Seu cabelo era escuro e liso, penteado para trás, seus olhos eram azuis. Ele tinha uma altura parecida com a de Sanji, um corpo não tão musculoso quanto os outros três, porém não parecia perder em nada de força.

Por baixo de seu casaco que mostrava seu posto de capitão ele tinha uma camisa azul celeste, sua calça era azul escura e suas botas, muito bem limpas, eram cinzas. Ele tinha duas pistolas, uma em cada lado de sua cintura, mas o coldre parecia estar em tão bom estado que elas não deviam ser usadas com frequência. O mais curiosos era que, por mais que ele mantivesse uma expressão séria, lágrimas não paravam de cair de seus olhos.
 

Por ter prometido não se envolver em problemas o moreno ia apenas virar para o outro lado e sair da loja como se não tivesse visto nada. Isso pelo menos até ele ver quem era o homem cercado pelos marinheiros.
 

Ele era alto, não tanto quanto o cara com punhos vermelhos, e musculoso. Seus cabelos eram negros e tinham algumas sardinhas no seu rosto, lhe dando uma aparência um pouco mais infantil. Na sua cabeça carregava um chapéu laranja com dois rostos azuis, um com uma expressão triste e outra alegre, além de um colar de bolhas que ficava acima da borda. Duas longas tiras laterais laranjas pendia os lados do chapéu e se conectam em um grande medalhão do crânio de um touro com borlas de laranja.

         Ele usava botas pretas, shorts na altura do joelho pretos com um cinto laranja cravejado de ilhós, e uma bolsa azul com cinto de segurança em torno de sua perna esquerda. Também tinha um segundo cinto, mais curto que o outro, com um grande "A" na fivela de prata sobre seu quadril direito. No lado esquerdo de seu quadril tinha um punhal pendurado e uma espada curta pendurada em uma bainha escura. Ele tinha um short escuro com uma bolsa azul amarrada no lado esquerdo e botas também escuras.

           Em sua braço esquerdo tinha um log pose e uma pulseira vermelha e branca listrada em torno de seu pulso, um protetor de cotovelo laranja, e uma tatuagem "ASCE" com o S cruzado em por um X. Ele também carregava uma mochila que estava pendurada em seu ombro direito.
 

As pessoas ao redor pareciam estar falando alguma coisa sobre ele ser um membro de renome da tripulação do Barba Branca, pareciam assustadas. Já o homem em questão, mesmo cercado por quatro capitães, carregava um sorriso simpático no rosto, como se estivesse tentando sair da situação na base da conversa.
 

Nada disso importava para o moreno enquanto ele agarrava o pedaço de pano pintado por Marianne e jogava no chão. Ele sabia que a única razão que o sardento não tinha o reconhecido era por aquilo.
 

Luffy: ACE!
 

Seu grito chama a atenção de todo restaurante, as pessoas, Ace e os capitães. Quando vê aquele rosto sorridente, ao mesmo tempo que mais experiente, o sorriso no rosto do de sardas se ampliou ficando verdadeiramente feliz.
 

Ace: LUFFY!
 

Ignorando completamente os quatro que o cercavam, ele pula e fica de frente ao do chapéu de palha.
 

Gapa: Isso... com certeza não é uma surpresa agradável...
 

Uma gota de suor escorria pela testa do líder da operação. Primeiro eles encontram o comandante da segunda divisão de um Yonkou, depois o seu alvo, e os dois pareciam ter uma relação próxima. As implicações disso poderiam ser pensadas sobre, depois. Agora eles tinham um verdadeiro prato cheio em mãos.
 

E claro que o Smoker não seria de grande ajuda agora, ele já tinha ameaçado engajar em batalha com o Punhos de Fogo. 
 

Gapa: "Mas esse imbecil realmente se acha páreo pro comandante de um Yonkou? Então ele deveria ser a porra de um Vice-Almirante, não a merda de um Capitão do East Blue."
 

O fumacento parecia pronto pra engajar em batalha, os outros dois estavam mais incertos, não pareciam compartilhar da auto-confiança do seu companheiro.
 

Ace: Recebeu a minha notícia em Drum?
 

Perguntou sorridente para o mais novo.
 

Luffy: Sim, mas ia acabar vindo pra cá de qualquer jeito, então a gente ia encontrar uma hora ou outra.
 

O moreno carregava um sorriso tão grande quanto Ace.
 

Ace: Ah é? E o que que tu veio fazer aqui?
 

Luffy: Shishishi, não posso te falar agora.
 

Ouvindo isso o comandante da segunda divisão apenas riu.
 

Smoker: Portgas D. Ace e Monkey D. Luffy. Qual a relação de vocês?
 

Era impressionante o quanto ele não parecia afetado mesmo em frente da pessoa que já lhe deu uma surra e de alguém que teve reconhecimento de um imperador. Ou talvez fosse apenas falsa confiança.
 

Ace: Hein? Ah, esse aqui é meu irmãozinho.
 

Falou com um grande sorriso no rosto dando alguns tapinhas nas costas do moreno.