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História O Hóspede (Reescrevendo) - Colecionadores de Decepções


Escrita por: BieberCaramelo

Notas do Autor


Oi, meninas! <3
Seguinte: teremos duas músicas temas hoje. A primeira é Take Me to Church a pedido de uma leitora e a segunda é Jar of Hearts. A primeira música poderá ser ouvida na primeira parte do capítulo e a segunda, eu aconselho que leiam quando a Lizzie, a Jazzy, a Pattie e o Justin estiverem passeando por Stratford em diante (depois das primeiras reticências), pois é de suma importância e tem muito a ver com o que será dito.
Boa leitura e enjoy it! ;)

Capítulo 47 - Colecionadores de Decepções


Fanfic / Fanfiction O Hóspede (Reescrevendo) - Colecionadores de Decepções

- Eu ainda não acredito que você me largou aqui. Eu estou aqui, completamente entediada e sozinha, enquanto você está aí no Canadá, se divertindo adoidado. Isso não é justo, Elizabeth Wright. – Deborah quase gritava do outro lado do telefone, enquanto eu apenas segurava minha risada para não deixá-la ainda mais enfurecida. – Logan ainda não voltou da viagem e minha única companhia é um cachorro. Minha vida é uma maravilha!

Rolei os olhos com seu drama e encostei a lateral de meu corpo à parede.

- Pare de reclamar, Deborah Moore. Depois de amanhã eu já estarei de volta.

- Eu sei, mas... – parei de prestar atenção no que ela falava e andei pelo corredor à procura do local de onde aquele som vinha.

Atravessei o corredor e parei em frente à uma porta, abrindo-a lentamente. Olhei em volta e fiquei surpresa ao ver a enorme sala de jogos daquela casa. Havia fliperamas, mesa de sinuca, pebolim e até uma cesta de basquete. Meus olhos pararam na mesa de Ping Pong de onde vinha o som da bolinha quicando de um lado para o outro. Justin e Jazmyn jogavam e riam um do outro, o que me fez sorrir.

- Depois eu te ligo, Debbie. – avisei antes de mandar beijo e desligar.

Coloquei meu celular no bolso da calça e sorrateiramente, adentrei a sala de jogos. Meu plano de não ser notada infelizmente não deu certo, já que assim que fechei a porta, os irmãos pararam de jogar e me olharam. Sorri tímida e me aproximei.

- Ah, olá, Lizzie! – Jazmyn disse num tom alegre – Quer jogar com a gente? Quero dizer, quer jogar comigo? Já que o Justin está perdendo... Você pode entrar no lugar dele na próxima rodada.

- Estou perdendo porra nenhuma, Jazzy! – protestou Justin do outro lado da mesa – Deixa de ser mentirosa, garotinha.

- Bom, eu não sei jogar Ping Pong muito bem, mas posso tentar. – dei de ombros.

- Ótimo! Você é a próxima! – ela disse animada e eu assenti, sorrindo.

Encostei-me à parede mais próxima e cruzei os braços enquanto esperava a rodada acabar. No fim, Justin acabou ganhando e fez uma dancinha idiota de comemoração enquanto Jazzy lhe mostrava o dedo do meio. Ela veio até mim e me entregou a raquete.

- Boa sorte com aquele dali. É difícil ganhar daquele idiota. – a maneira a qual ela se referiu ao irmão me fez rir e eu me aproximei da mesa, ficando do lado oposto a Justin, que me encarava e sorria superior do outro lado, jogando a bolinha na mesa e em seguida a pegando.

 - Só tente não chorar muito quando perder, Elizabeth. – seu tom debochado me fez sorrir de canto de forma desafiadora. Acabei me lembrando do dia em que jogamos dominó e eu ganhei, tendo o prazer de jogar em sua cara que eu era a vitoriosa.

- Você está muito confiante, huh? Se eu fosse você, não teria tanta certeza da vitória. Você sabe... tudo pode acontecer. – posicionei-me e estiquei a raquete, preparando-me para quando Justin jogasse a bolinha.

- Eu sei que vou ganhar, afinal, você mesma disse que não sabia jogar. O que mais eu posso esperar de uma futura perdedora? – ele sorriu desafiador e eu arqueei a sobrancelha.

- Você está falando demais. Pare de falar e comece a agir, Justin Bieber.

Ele riu nasalado e então, soltou a bolinha sobre a mesa e lançou-a em minha direção com a ajuda da raquete. Começamos a jogar e em meio a olhares desafiadores que trocávamos, ouvi Jazmyn avisar que ia fazer uma pipoca e trazer refrigerante. Apenas assenti e continuei a jogar, sendo vítima dos sorrisos debochados e olhares intimidadores que Justin lançava sobre mim.

- Ah, qual é, Bieber? É só isso que sabe fazer? Pensei que era melhor do que isso. – provoquei, batendo na bolinha e a lançando em sua direção.

- Por acaso está subestimando minhas habilidades, Wright? – ele riu – Porque se eu me lembro bem, anteontem você não estava me subestimando enquanto eu entrava e saia de você naquela cabana.

Admito que suas palavras me pegaram desprevenida, mas continuei a prestar a atenção na bolinha, entrando ao mesmo tempo em seu jogo psicológico que ele acabara de começar. Era assim que ele queria jogar? Certo, eu posso fazer isso também.

- Vai apelar para a noite na cabana, então? – ri debochada – Pelo visto, você tem que tocar nesse assunto para dar uma erguida no seu ego, não é? O seu ego está tão ferido assim?

- Pode chamar de ego se quiser, mas para mim, não passam apenas de fatos. Lembro-me bem de seus gemidos e de sua expressão de prazer debaixo de mim. Eu devo ter te dado a melhor noite da sua vida, huh? Mas não se preocupe, foi a melhor noite para mim também.

Suas frases anteriores foram totalmente ignoradas diante de sua última declaração, que foi capaz de arrepiar todos os pelos de meu corpo. Foi a melhor noite de sua vida? Como assim eu acabara de ouvir aquilo vindo da boca de Justin, o homem que consegue qualquer mulher que quiser?

- Melhor noite? Wow! – zombei, escondendo a minha surpresa por trás de minha zombaria. – Pelo visto, você já não fazia sexo há um bom tempo, não é? Para dizer isso...

- Não. – ele disse rapidamente, o que me fez olhá-lo enquanto ainda jogávamos. – Digo isso porque é a verdade. De todas as mulheres com quem já transei, você com certeza, foi a melhor delas.

Engoli em seco. – M-Mas... Eu era apenas uma virgem que não sabia o que fazer, como pode ter tanta certeza no que diz?

- Porque com você foi diferente. Com você não foi apenas sexo, foi... – sem que eu esperasse, ele lançou a bola em minha direção com tanta rapidez e força que fui incapaz de segurá-la, e isso consequentemente, acabou lhe trazendo a vitória.

Suas palavras ainda ecoavam em minha mente e eu não conseguia fazer outra coisa a não ser encarar Justin que me olhava com seu sorriso vitorioso nos lábios. Ele ergueu os braços em comemoração e colocou a raquete sobre a mesa, logo se aproximando de mim do outro lado.

- Parece que eu ganhei, huh? – ele cruzou os braços e me encarou com a sobrancelha erguida. – Uma pequena dica: nunca deixe o seu adversário distrair você.

Franzi a testa e coloquei minha raquete sobre a mesa.

- Então, você estava apenas me distraindo para ganhar? – senti a raiva ir dominando minhas veias aos poucos e de repente, pareceu que todo o meu sangue subiu até meu rosto. Eu tinha a certeza de que estava vermelha naquele momento. – Eu não acredito que você disse tudo aquilo só para me distrair! Justin Bieber, você é um cretino! Você é um filho da...

Fui interrompida com seus lábios se chocando contra os meus. Ainda cheia de raiva, espalmei minhas mãos em seu peito e tentei empurrá-lo. Quanto mais eu tentava afastá-lo de mim, mais ele fazia pressão com seus lábios sobre os meus.

- Me solta. – consegui pronunciar com dificuldade quando nossos lábios se afastaram por um instante.

Ignorando completamente meu pedido, ele voltou a me beijar com precisão. Suas mãos seguraram meus pulsos e seu corpo se inclinou de tal maneira sobre o meu que eu acabei deitada sobre a mesa de Ping Pong. Meus antebraços ficaram estendidos sobre a mesa com suas mãos os segurando firmes enquanto sua boca começava a se movimentar sobre a minha. Soltei um gemido de reprovação antes de acabar me rendendo e Justin sorriu antes de soltar meus pulsos. No mesmo instante em que fui liberta, levei meus braços ao seu pescoço e o envolvi, puxando seu corpo para mim. Seu corpo ficou praticamente sobre o meu em cima da mesa e eu abri minhas pernas, envolvendo seus quadris com as mesmas.

Uma de suas mãos foi ao meu cabelo e o acariciou enquanto a outra apertava minha cintura. Suguei seu lábio inferior e assim que Justin entreabriu os lábios, eu aprofundei o beijo, tocando a sua língua com a minha. Ele soltou um gemido baixo e rouco contra meus lábios e mordeu meu lábio inferior, puxando-o para si, logo voltando a me beijar. Suas mãos apertaram minha cintura com força e Justin, brutalmente, puxou meu corpo mais para baixo, fazendo-o com que seu membro se chocasse com minha intimidade, e gemêssemos juntos. Separamos nossos lábios e ele levou sua boca até minha orelha, mordendo o lóbulo, antes de sussurrar:

- Eu quero fazer sexo com você de novo.

Mordi meu lábio inferior ao sentir seus lábios tocando meu pescoço em uma pequena carícia antes de me beijarem. Ele distribuiu leves beijos em meu pescoço e eu levei minha mão ao seu cabelo, puxando alguns fios do mesmo.

- Agora. – completou antes de beijar meus lábios novamente.

Ergui meu tronco e abracei o corpo de Justin, beijando-o da mesma forma que ele me beijava, com intensidade. Ele subiu suas mãos por dentro da minha camisa e tocou minhas costas, fazendo-me arrepiar, enquanto sua boca ainda devorava a minha. Levei minhas mãos até a barra de sua camisa e a ergui um pouco, adentrando a mesma, e arranhando levemente as covinhas no final de suas costas. Senti sua pele se arrepiar contra meus dedos e Justin grunhiu baixo contra minha boca. Sua mão subiu ainda mais, levando consigo a minha camisa, que já estava um pouco acima do umbigo.

- Isso, agora tira a camisa dela. – ouvi uma voz dizer e me assustei, separando-me de Justin. Desequilibrei-me de tal forma que se Justin não tivesse me segurado pela cintura, eu teria ido ao chão.

Procurei de onde tinha vindo a voz e encontrei Jazmyn encostada à porta fechada, com um ponte de pipoca na mão e mastigando enquanto nos observava como se estivesse assistindo ao melhor filme de todos os tempos. Justin e eu ficamos encarando-a e ela fez uma carinha triste, enquanto levava outra pipoca à boca.

- Ah, por que pararam? Agora é que estava ficando bom! – ela protestou e eu senti meu rosto queimar em vergonha, abaixando minha camisa.

- Não enche, Jazmyn. – Justin bufou e revirou os olhos, soltando minha cintura. Desci da mesa e ajeitei meus óculos que estavam um pouco tortos.

- Como você entrou sem que ouvíssemos? – perguntei admirada.

- Jazmyn sempre foi assim. – Justin respondeu, cruzando os braços, e olhando com uma expressão de reprovação para a irmã. – Ela sempre foi de entrar de mansinho nos lugares sem que ninguém percebesse.

Jazzy riu e se desencostou da parede, aproximando-se de nós.

- Não vou nem contar sobre a vez em que te peguei aos amassos com a Karen no sofá. Foi a cena mais nojenta de toda a minha vida! Imagine só, eu, uma menina em seus plenos quinze anos, pegando o irmão de dezenove anos com uma garota no sofá de casa! Acho que não dormi por umas duas noites seguidas. – olhei para Justin enquanto ela contava sobre a visão horrível que teve e ele apenas levantava os ombros, como se não tivesse nenhuma culpa naquilo. – Mas enfim, vocês têm sorte por ser eu quem estava observando tudo. Já pensou se fosse a mamãe ou o papai? Não quero nem imaginar o sermão que eles iam te dar! Até porque, eu já desconfiava desde o início que vocês tinham algo, mas eles? Eles nem suspeitam de nada.

- Nós não temos nada. – falei prontamente, recebendo imediatamente um olhar de Justin. Ignorei seu olhar e continuei a encarar Jazzy. – Nós somos só amigos.

- Só amigos? – assenti e ela riu. – Sei... Conte-me outra, porque essa não colou, minha querida Lizzie.

Fiquei em silêncio e senti que Justin também ficou sem jeito.

- Enfim, quem ganhou no Ping Pong? – ela mudou de assunto e eu agradeci mentalmente por isso.

- O Justin. – respondi com desgosto.

- Não acredito! Como você pôde deixar o idiota do meu irmão ganhar, cara?! Agora ele vai ficar se gabando até o fim do século. – ela rolou os olhos e eu ri fraco. – Quero que você jogue comigo agora, e como sou uma boa pessoa, espero sinceramente que você ganhe de mim. Não se preocupe, não sou uma má perdedora como o meu irmão. Sei aceitar quando perco. – Jazzy tagarelava como sempre enquanto nos aproximávamos da mesinha novamente. Ela praticamente jogou o pote de pipoca em Justin e pegou a raquete, preparando-se para jogar, assim como eu.

O jogo se resumiu a basicamente o Justin tentando me distrair novamente com piadinhas, conversinhas exalando teor sexual e tentativas falhas de beijar alguma parte de meu corpo enquanto eu me desvencilhava dele. Ele, definitivamente, estava disposto a me ver perder de novo e dessa vez, para sua irmã, fazendo com que meu orgulho descesse ralo abaixo. Entretanto, o que aconteceu, foi que ganhei mesmo em meio às suas provocações. Ergui meus braços em comemoração e ri da expressão de frustração estampada no rosto de Justin.

- É, querido Bieber, parece que não foi dessa vez. – levei uma pipoca à boca. – E ah, lembre-me de nunca mais cair nas suas distrações, porque com certeza, não cometerei o mesmo erro de novo.

Ele balançou a cabeça e riu, dando-me um rápido selinho.

- Vocês são tão lindinhos juntos. Quando vão namorar? – Jazmyn perguntou com uma vozinha fofa e eu senti-me corar.

Encarei Justin e ele coçava a nuca, visivelmente sem jeito. Como ele ficou em silêncio, também preferi ficar calada, deixando Jazzy com sua expressão de interrogação acompanhada de um sorriso malicioso.

(...)

- Pelo amor de Deus, vamos embora. Não aguento mais entrar em lojas de roupas femininas, e vocês estão jogando todas as sacolas para cima de mim. – ouvi Justin reclamar enquanto sua mãe, Jazmyn, ele e eu caminhávamos pelo calçadão coberto de neve.

Depois do almoço, Pattie me convidou para passearmos por Stratford e fazermos algumas compras. Eu até tentei negar, mas ela e Jazmyn insistiram tanto que eu acabei aceitando seu convite. Nisso elas eram muito parecidas: eram insistentes e não aceitavam um ‘’não’’ como resposta. E acabou sobrando para o pobre do Justin, que como ele mesmo havia dito, ficou encarregado de carregar as sacolas... Sinônimo de burro de carga.

Soltei uma risada e repentinamente, Pattie parou de andar do meu lado. Justin que estava atrás dela, foi obrigado a parar também, quase deixando algumas caixas de sapato e sacolas de roupas caírem ao chão.

- Será que você poderia parar de reclamar, meu filho? Eu sou sua mãe e você tem a obrigação de me ajudar quando eu precisar, e nesse caso, eu precisava de ajuda para carregar as compras. – a expressão séria de Pattie era tão intensa que até eu fiquei um pouco amedrontada com os olhares que eram lançados para Justin. – Não é só porque você já é um homem de vinte e três anos que não pode ajudar a sua mãe, e... – o pequeno discurso de Pattie foi interrompido com um grito histérico de Jazmyn.

- Janette!

- Jazmyn!

As duas se abraçaram e eu fiquei observando aquela cena sem saber quem era aquela moça bem vestida e de cabelo preto bem comprido. Quando ela se separou de Jazmyn e me olhou é que eu pude ver a intensidade de seus olhos verdes. Ela era muito bonita e a sua beleza fez-me encolher um pouco. Ajeitei meus óculos e passei a mão nas pontas de meu cabelo.

- Ahn, quem é ela? – a morena perguntou enquanto me olhava.

- Essa é Lizzie. – Jazzy disse sorrindo. – Lizzie, essa é Janette, uma amiga minha.

Estranhei o fato de Jazmyn ser amiga de uma mulher que aparentava ser mais velha do que ela. A tal Janette devia ter por volta de uns vinte e três a vinte e cinco anos. Apenas sorri e cumprimentei a moça com um aceno. Ela fez o mesmo em um movimento breve e assim que seus olhos caíram em Justin que estava ao meu lado, quase coberto de sacolas, um sorriso apareceu em seus lábios cobertos por um batom vermelho.

- Justin? – ela perguntou e ele inclinou sua cabeça, aparecendo em meio às sacolas de sapatos.

- Ah, oi, Janette. Quanto tempo. – ele riu fraco e eu até me assustei quando a mulher deu um salto e abraçou Justin, fazendo com que tudo caísse ao chão. Justin fez uma expressão de surpresa enquanto ria e retribuía o abraço da morena.

- Caramba, como você está diferente! – ela o olhou de cima a baixo assim que se afastaram. – Está ainda mais sexy desde a última vez em que te vi.

Eu tinha me abaixado para pegar as sacolas até ouvir aquela frase, e ergui meu olhar, vendo que a tal Janette olhava maliciosa para Bieber. Franzi a testa e me levantei, podendo ver uma Jazmyn que intercalava seu olhar entre mim e Janette, esperando alguma reação de minha parte, mas eu nada fiz. Apenas fiquei em silêncio.

- Ahn, obrigado. – Justin agradeceu, visivelmente sem graça. – E você está ainda mais bonita.

Okay, se até aquele momento, eu não me importava, agora eu passei a me importar. Ainda mais bonita? Sério mesmo, Bieber?

- É, digamos que os anos me fizeram bem. Eu cresci e deixei de ser aquela menina bobinha que era zoada por quase toda a classe. – ela riu fraco, mas com uma pontinha de desgosto. – Mas enfim, como tem passado? Já faz muito tempo que não nos vemos e eu senti a sua falta. Senti falta do meu ex-namorado.

Ex-namorado? Outch! Essa, com certeza, me pegou desprevenida.

- Ahn, com licença. – intrometi-me na conversa. – Vou ali tomar um café. – avisei e lancei um olhar para Jazmyn para que ela entendesse que estava tudo bem e me apressei em sair dali.

- Eu vou com você, querida! – ouvi a voz de Pattie e logo, ela estava andando ao meu lado, em direção ao Starbucks mais próximo.

Pedi um café simples e me sentei a uma mesa próxima à porta. Encarei o copo de café e o rodei entre meus dedos, soltando um suspiro.

- Eles namoraram no ensino médio, e foi algo rápido. Eles ficaram juntos mais pelo fato de Janette ser muito excluída na escola, ser muito rejeitada. Justin, por outro lado, era bem conhecido e era amigo de todos. Então, depois que eles começaram a namorar, ela parou de ser maltratada e isso fez bem para Justin, já que ele havia sido um caminho para acabar com toda a humilhação que a garota passava. Depois de alguns meses, eles terminaram e então, não se falaram mais. – enquanto Pattie contava a ‘’história’’, eu ficava em silêncio, bebericando meu café vez ou outra. – Posso te contar uma coisa? – assenti – Eu não gosto dela. Não sei, mas eu sinto como se meu filho tivesse sido usado para ajudá-la e em seguida, era como se ele não servisse mais para nada e ela o largasse. Eu nunca gostei dela, mas depois que comecei a pensar que ela pode tê-lo usado, ela simplesmente não me desce. Ainda mais depois que eu vi o estado em que Justin ficou depois do término... E agora, ela aparece como se não tivesse acontecido nada. Janette pode ter esquecido, mas eu não esqueci.

- O... O Justin gostava mesmo dela, não é? – verbalizar aquela pergunta fazia com que meu coração doesse por um instante. Imaginar Justin sofrendo por causa de uma mulher era algo que eu nunca imaginaria, mas agora que existia essa possibilidade... Era como se eu sentisse a sua dor. Era como se eu sofresse junto a ele.

Pattie suspirou, olhando para seu copo de café. – Infelizmente. Mas agradeço aos céus por ele ter superado e esquecido essa mulher. Ela nunca valeu à pena.

(...)

Sentei-me na cama e encarei minhas mãos, ainda pensando no que Pattie havia me contado. Então, Justin já havia passado por uma decepção amorosa assim como tinha acontecido comigo? Por que ele nunca me contou? Com certeza ele não queria tocar naquele assunto, e eu até o entendo, mas... Por que não me contou? Eu podia ajudá-lo de alguma forma, não sei. Ou talvez, ele nem fazia questão de ser ajudado em relação a isso. Fazia parte do seu passado e eu entendo que ele queira deixar para trás. Meus pensamentos foram interrompidos com batidas à porta. Levantei meu rosto e vi a cabeça de Justin para dentro do quarto. Sorri de canto e ele sorriu de volta.

- Eu posso entrar? – perguntou e eu assenti, ajeitando-me na cama.

Ele fechou a porta atrás de si e se aproximou, com as mãos nos bolsos da calça.

- Por que saiu daquele jeito naquela hora em que encontramos com Janette?

Depois do café que tomei com Pattie, nós voltamos para o local onde Justin e Jazmyn se encontravam, e dessa vez, eles já estavam sozinhos. Entramos no carro e viemos para casa em silêncio. Até mesmo Jazzy estava calada, parecendo perceber a tensão presente no ar. Pattie estava calada por não querer tocar no assunto já que não gostava da ex-namorada de seu filho. E Justin estava dirigindo, mas parecia totalmente alheio a qualquer coisa a seu redor. Eu percebi que o encontro com sua ex tinha mexido de certa forma com ele.

- Eu... Eu só quis tomar um café. – dei de ombros.

Justin se sentou ao meu lado e me encarou. É claro que ele não acreditou nem um pouco no que falei, mas continuei com meu dilema de não lhe contar a verdade sobre o ocorrido de uma hora atrás. Eu não ia contar a ele que a presença de Janette me incomodou, até porque não temos nada. Justin e eu somos apenas amigos, então, eu não tenho o direito de ficar incomodada com algo que a seu ver era totalmente banal.

- Você pode me contar sobre a Janette? Sua mãe me contou algumas coisas, mas eu queria ouvir de você. – olhei-o nos olhos e ele suspirou.

- E o que ela te contou? – perguntou.

- Que vocês namoraram e que ela não gostava da Janette, porque de certa forma, ela te usou para deixar de ser rejeitada na escola e...

- Dona Pattie está certa. – ele me interrompeu. – Janette e eu namoramos quando tínhamos dezesseis anos e bem, ela era como você... Mas um pouquinho pior. – arregalei meus olhos e empurrei seu ombro. Justin riu e me olhou. – Estou falando sério, não fique chateada. Janette também tinha esse jeito nerd, era bem desleixada para se arrumar e essas coisas todas, mas ao mesmo tempo, ela era muito excluída na escola e muito rejeitada por todos. Sempre ficava sentada no canto, totalmente isolada, e aquilo de certa forma me chamou a atenção. Eu fiquei curioso para saber mais a respeito dela e assim, eu me aproximei e começamos a conversar. Com o tempo, começamos a namorar e bem, como eu era bem conhecido na escola... As pessoas começaram a vê-la com outros olhos e já não a humilhavam mais. Eu não era nem um popular, mas ainda assim, tinha ‘’faminha’’. Então, meses depois, quando ela já era bem conhecida também, já tinha muitos amigos e todos a tratavam bem, nós terminamos. Em meio a uma briga, ela alegou que não estava mais dando certo e que éramos completamente diferentes e um monte de baboseiras... E o foda é que eu realmente estava gamado nela. Ela era... Não sei... A menina perfeita aos meus olhos. E depois do término, eu fiquei arrasado, e minha mãe ficou com ainda mais ódio da Janette, por ver o meu estado. Mas está tudo bem, eu superei e estou aqui, não estou?

Olhei-o nos olhos e suspirei.

- E quando você começou a ficar com um monte de menininhas por aí? – perguntei num tom humorado e ele riu. – Foi depois disso?

- Ahn, sim... Depois que eu me recuperei do furacão Janette, eu pus na minha cabeça que ia ficar com o máximo de mulheres que eu conseguisse, só para recuperar o tempo que eu perdi ficando com ela.

- E depois dela vieram quantas? – perguntei um pouco receosa. Ao mesmo tempo em que eu queria saber do número, eu não queria. Eu estava numa espécie de batalha interna.

- Acho melhor eu começar pelas que vieram antes dela, não acha? – arregalei os olhos e ele riu. – Eu comecei a namorar com catorze anos. Eu tive três namoradas desde os catorze até os meus dezesseis, que foi quando conheci Janette. Depois dela, veio a Gwen, a Ashley, a Katherine, a Taylor, a...

- Okay, okay! Já entendi!

Ele riu. – Enfim, eu cheguei à faculdade e veio a Karen aos dezenove anos, aquela que a Jazmyn citou mais cedo...

Assenti e fiz um gesto para que ele prosseguisse.

- Então, vieram mais algumas depois da Karen até eu começar a arrastar asinha para a Olivia, mas hoje eu vejo que eu não gostava realmente da Olivia, eu sempre gostei dela como melhor amiga. E como o idiota que sou, acabei confundindo o meu afeto com algo mais e no dia em que ela terminou comigo é que ela abriu meus olhos para o que eu realmente sentia. – falou pensativo. – E até hoje eu ainda não aceito o fato da Olivia ter terminado comigo. Quero dizer, nem Janette terminou comigo! Na época, nós dois decidimos terminar. Ela tinha os motivos dela e eu tinha os meus, então a iniciativa partiu dos dois, mas com a Olivia... Eu não pensava em terminar tão cedo.

Ao ouvi-lo dizer aquilo, eu engoli em seco e abaixei meu olhar até minhas mãos entrelaçadas em meu colo. Então quer dizer que se Olivia não tivesse tomado a iniciativa, com certeza, Justin ainda estaria com ela... E isso era outro fato que também me incomodava, mas obviamente, eu não me pronunciaria sobre isso.

- Mas enfim, agora você sabe sobre a minha única decepção amorosa que eu tratei de esconder e trancar a setes chaves durante todos esses anos. Sinta-se honrada, Elizabeth Wright, pois só quem sabe disso é minha mãe, e agora você.

- Não contarei a ninguém. Fique tranquilo. – assegurei.

- Eu sei que não vai. – ele sorriu – Parece que nós dois colecionamos decepções. Chego até a pensar que finalmente achei a peça que faltava do quebra-cabeça.

Olhei-o em silêncio, vendo seus olhos me encararem profundamente.

- E essa peça é você.


Notas Finais


>> https://www.youtube.com/watch?v=ZkS_V_v7yRo (Take Me to Church) ;
>> https://www.youtube.com/watch?v=8v_4O44sfjM (Jar of Hearts) ;
Bom, eu peguei esse feriado para postar para vcs e espero que tenham gostado. Não está tendo muita pegação porque esses capítulos são muito importantes para a fic e bem, eu estava pensando em escrever uma fic (uma espécie de história anterior ao O Hóspede), contando sobre a vida do Justin, da Lizzie e do Henry para vcs entenderem como eles eram na adolescência e tudo o que se passa até chegar ao O Hóspede. Nessa fic (que não vai ser agora, mas mais adiante), vcs entenderiam toda essa história da Janette com o Justin, do Henry com os pais dele e porque ele foi tão afetado com isso, e da adolescência da Lizzie no ensino médio e sua relação com o pai. Espero a opinião de vcs sobre essa futura fic, okay? E bem, em relação a esse capítulo, o que acharam? Tivemos uma rápida pegação de Jizzie bem no início e depois, revelações e fortes emoções, huehue. Vou tentar postar mais uns 2 capítulos para vcs nesse feriado, okay? Não prometo nada, mas vou tentar!
Aqui está o meu twitter: https://twitter.com/BieberCaramelo ;
Tenham um ótimo final de domingo e um ótimo carnaval! (que eu não gosto nem um pouco, mas serve para não ter aula, rsrs). Amo vcs! <333 Obrigada pelos comentários e favoritos. Vcs são demais!
Beijos e até o próximo capítulo! :*
FUI! =D


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