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História O Hotel (Interativa) - O Estoque


Escrita por: Beladantas

Notas do Autor


Hello, esse capítulo vai ser no POV do Dylan, alguns personagens não apareceram aqui e confesso que fiquei um pouco insatisfeita com ele justamente por conta de não ter conseguido incluir mais pessoas... Mas, de qualquer maneira eu espero que vocês gostem e logo logo posto mais!
:3

Capítulo 4 - O Estoque


Capítulo Três.

 

 

 

            — Ouvi Sophie te chamando pelo seu apelido ontem... — Comentou Dylan, assim que ele e James ficaram sozinhos no mesmo cômodo. — Marshmallow... — Sorriu diabolicamente ao pronunciar o apelido. — Marshmallow... Gostei... Sabia que é um dos meus doces preferidos? — Comentou como quem não quer nada, mas sua voz transbordava maldade.

 

            — Bem, fazer o que... Sou irresistível mesmo... — Falou James, convencido. Sem se deixar se abalar pelo outro garoto. — Macio e doce...

 

            — Mas ainda assim, é um doce que se derrete fácil, e que, pode muito bem não agradar o paladar de outras pessoas... — Sugeriu. — Foi você que se nomeou assim? — Perguntou, um sorriso cínico dançando nos seus lábios.

 

            — Onde você quer chegar com isso? — Perguntou James. Não que estivesse se sentindo coagido, ameaçado ou algo do tipo, muito pelo contrário, ele realmente estava curioso sobre onde aquilo iria chegar.

 

            — Lugar nenhum, talvez... — Contraiu o canto do lábio inferior, antes de voltar a sustentar o mesmo sorrisinho estranho de alguns segundos atrás. — A propósito... Você tem um corpo bonito James, não devia desperdiça-lo com alguém que não te quer.

 

            — Mas o que...? — Dylan ouviu o outro garoto se questionar ao fundo, mas a este momento, já havia ido embora.

 

 

***

 

 

 

            — Oh mundo cruel! — Dylan falou, dramaticamente se jogando sobre a cama de Ally. Apesar da falta de recursos, o quarto da garota tinha sua personalidade. — Não há nada para fazer nesse fim de mundo! — Resmungou, virando de bruços para encarar a amiga.

 

            A menina sorriu, gentil. Logo sugerindo:

 

            — Bem, nós poderíamos chamar as outras garotas para conversar né? Eu vi algumas coisas lá na dispensa... A gente podia fazer alguns cupcakes e trazer aqui para o quarto. Como uma noite das garotas... Mas com você é claro.

 

            O menino deu alguns pulinhos, alegre com a possibilidade de fazer alguma coisa além de ficar trancado no quarto.

 

            — Okay, então vai na dispensa separando as coisas enquanto eu chamo as meninas...

 

            — Dylan! — A menina o repreendeu, revirando os olhos. — Eu não posso ir para lá sozinha! É escuro e cheio de aranhas! — Choramingou. — Vai você enquanto eu chamo as meninas. Você está sempre lá mesmo!

 

            Demorou alguns minutos antes que Dylan concordasse... Ele tinha bons motivos para não querer ir lá.

 

***

 

Desceu mais um lance de escadas, cansado. Se o primeiro andar do abrigo, já estava suficientemente abaixo da terra, as dispensas e o depósito estavam ainda mais profundos. E mesmo que inicialmente ele gostasse daquele lugar como refúgio para evitar Andrew, que na sua opinião era particularmente irritante, (o que é irônico, pois odeia sótãos... Que cá entre nós, não são muito diferentes dos porões...) nos últimos dias aquele lugar vinha lhe dando arrepios.

 

A questão era que, alguns dias atrás, ele descera ali pois era o encarregado de fazer a janta do dia. Odiava ter que cozinhar, e muitas vezes se queimava, além do mais, era um trabalho ingrato, ninguém nunca lhe agradecia quando fazia a comida, eles apenas reclamavam sobre como faltava sal ou como a comida parecia queimada... Mas, de qualquer forma, todos eles estavam lá em cima enquanto que ele procurava algo que prestasse. Percebera então, uma pequena porta que nunca tinha visto até então, ela ficava meio escondida e a luz escassa não chegava até lá.

Aproximou-se dela, curioso sobre o que ia encontrar lá, no entanto, antes que chegasse mais perto, um estrondo alto bateu sobre a porta do lado oposto. E ao fundo, pode-se ouvir a Sr.ª Turner gritar histérica, se silenciando por alguns momentos, para que logo depois, continuasse a falar, dessa vez mais baixo, quase como um sussurro, incompreensível para Dylan, cujo qual, assim que teve a oportunidade saiu correndo dali o mais rápido que pode.

A comida ficara horrível depois daquilo, lhe rendendo mais algumas críticas, e no dia seguinte, a velha ficou o encarando fixamente por horas até que começou a falar alguma ladainha sobre se identificar muito com ele e esperar poder confiar com Dylan no futuro.

Desde então, ele tem evitado o máximo possível a dispensa.

 

Andou pelos corredores de comida estocada, cauteloso sobre o que poderia encontrar. Os olhos assustados vagavam sem sucesso à procura da porta que vira outro dia. Pegou os ingredientes, mordendo os lábios e esperando que pudesse sair dali rápido. No entanto, o canto escuro lhe chamou a atenção novamente, o que será que havia lá? Perguntou-se. Aproximou se um pouco da porta, ela era menor do que uma porta normal e era feita de um tipo de madeira resistente, aproximou o ouvido da fechadura, tentando escutar alguma coisa e percebendo que, sobre ela, diversas trincas e cadeados estavam distribuídas. Ficou em silêncio por alguns segundos, tentando descobrir o que poderia estar lá dentro.

 

Tic. Tac. Tic. Tac.

O barulho do relógio de parede penetrava em sua mente o deixando nervoso e ansioso.

 

Tum. Tum. Tum.

 

Ouviu o silêncio e nada mais do que os próprios batimentos cardíacos

 

Clack. Clack.

 

Um estralo. Seguido de uma respiração ruidosa que não a sua. Seu corpo começou a transpirar ao sentir o ruído cortante sobre a superfície de madeira. Como se alguém a arranhasse por dentro.

 

Plaft.

 

A porta pela qual entrara fora aberta em um estrondo, o fazendo se ajeitar e voltar para perto das prateleiras com pressa, se escondendo para a pior das hipóteses.

 

A velha entrou com pressa, correndo até a portinha misteriosa entrando e trancando-a, rápido demais para que Dylan conseguisse ver o que tinha dentro ou para que ela o visse.

 

De qualquer maneira, ele pegou o resto das coisas que precisava e subiu as escadas correndo.

 

‘Okay... aquilo foi realmente assustador.” Pensou consigo mesmo.

 

 

***

 

 

 

            — Hm... — Laurel começou a falar. A boca cheia. — Nós temos que concordar que os cupcakes da Undyne ficaram deliciosamente bons

 

            Undyne sorriu, cínica.

 

            — Fala sério Laurel. Todo mundo aqui sabe que eu cozinho terrivelmente mal. Não tente ser gentil... Você não é muito boa com isso.

 

            A outra garota deu de ombros. Era verdade.

 

            — Nossa gente que mal humor... — Brincou Dylan. — Vamos fazer alguma coisa interessante... Falar mal de alguém...

 

            — Porque não está comendo Crystal? — Perguntou Tina, percebendo que a menina apenas tomava café.

 

            A garota mexeu no cabelo, desconfortável. — Não se preocupe comigo Tina, eu estou bem só com o café.

 

            — Mas você vai passar mal desse jeito! Você nunca come! — Repreendeu Alasca. — Vamos, dê pelo menos uma mordida!

 

            A menina pegou o bolinho com receio, dando uma mínima mordida.

 

            — Pronto... Vou comer...  — Choramingou, mesmo deixando o bolinho de lado alguns segundos depois.

           

            Dando-se por vencidas, elas começaram a conversar alegremente sobre tudo o que acontecia.

           

            — Gente... Vocês não acham estranho uma idosa salvar a gente de um apocalipse? — Perguntou Valentina, finalmente expondo aquilo que a preocupava. Seus olhos, fitavam diretamente Dylan, como se tivessem obstinados a retirar alguma informação de sua parte.

 

            — Sempre achei aquela velha um pouco bizarra... — Comentou Laurel, como se aquilo fosse explicação para tudo.

 

            — Bem pelo menos ela nos salvou não é mesmo? — Falou Undyne, Dylan se perguntou se ela estaria um pouco irritada... Mas não é como se ela não parecesse assim quase sempre...

           

            Alasca falou algo como ela parecer uma velhinha gentil, e enquanto isso, Dylan se remoía entre falar ou não o evento estranho que havia acontecido anteriormente com ele.

 

            Aquilo estava lhe dando nos nervos, mas ao mesmo tempo temia falar alguma coisa e algo ruim acontecer. A velha supostamente não deveria saber que ele vira tudo aquilo não é?

 

            — Bem... — Começou baixo, ainda incerto se deveria ou não contar, mas atenções se viraram para ele e se sentiu um pouco sem saída. — Esses dias eu estava lá em baixo e...



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