P.O.V Any
Chegamos na casa onde moraremos a partir de hoje. Um enorme caminhão trouxe nossos móveis e o resto de nossas coisas para a casa.
Era uma casa muito bonita por sinal e as casas eram umas muito próximas das outras.
Pai: Any você poderia me ajudar meu anjo?
Ele retira algumas diversas caixas da traseira do caminhão e eu me aproximo para pegar as mais leves.
Minha mãe havia destrancado a casa e já colocava algumas de nossas coisas lá dentro.
Mãe: Filha quando você estiver trazendo as porcelanas me avise para eu não acabar esbarrando em você.
Eu aceno e entro na casa com a caixa. Havia alguns retratos e álbuns dentro dela, eu a deixo no chão e começo a subir as escadas. No segundo andar haviam três portas, o quarto dos meus pais, o banheiro e...
Eu: Uou!
Meu quarto era maior que o que eu tinha no Brasil .E tinha uma janela que dava vista para a janela lateral da casa ao lado.
Pego meu celular e faço um vídeo para a Sina mostrando o quarto e contando a ela que a viagem foi ótima. E que eu ainda estava aborrecida de ter vindo embora.
Pai: Gostou do novo quarto?
Eu: Adorei.
Mãe: Sabemos que foi de repente Any, mas é uma ótima oportunidade para seu pai.
Eu: Eu sei mãe. Tá tudo bem. - digo com um meio sorriso.
No fim da tarde tudo já estava em seus devidos lugares. Subi para o meu quarto e resolvi tomar um bom banho. Coloco uma roupa confortável e desço para ver o que minha mãe havia preparado para nós comermos.
Eu: O que tem para o jantar?
Mãe: Acho que vou preparar um risoto.
Dou palminhas e pulinhos. Eu adorava o risoto da minha mãe.
Pai: Por que você não fica assim quando eu digo que vou preparar risoto?
Eu: Porque a mamãe cozinha melhor. Ela sorri. Meu pai finge limpar uma lágrima do olho.
Pai: Ainda vai implorar pelo meu risoto.
Eu o abraço e dou um beijo na sua bochecha. Meu pai era um homem alto, com cabelos pretos e levemente grisalhos.
Nós dois nos sentamos no sofá para assistir algum programa de dar preço as coisas enquanto minha mãe ficou na cozinha preparando o risoto.
Depois de um tempo, eu e meu pai entramos numa disputa acirrada para ver quem acertava mais o valor de cada item, então minha mãe gritou da cozinha.
Mãe: Anyy!!!
Eu: Oiii?
Ela aparece no balcão da cozinha com um pano de prato no ombro e uma colher de pau na mão.
Mãe: Está faltando corante. Franzo a testa.
Eu: E daí?
Mãe: E daí que não tem como dar cor a carne sem corante.
Eu: O que quer que eu faça? - pergunto sorrindo. - Que eu saía batendo de porta em porta para saber quem me daria um pouco de corante?
O rosto dela parece se iluminar e eu me arrependo de ter aberto a boca.
Mãe: Vá na casa aqui ao lado e peça, educadamente por favor, um pouco de corante.
Eu: De jeito nenhum. Não vou pagar esse mico.
Mãe: Vai lá Any ! É bom que você já começa a se socializar.
Eu: Eu nem sei quem mora lá...
Mãe: Luís quem é mesmo que mora aqui desse lado?
Pai: Acho que são uns tais de... Beauchamp .
Mãe: Você já sabe quem são Any, agora vai logo... Porque senão o risoto não fica bom.
Bufo de raiva. Eu sempre tinha que fazer alguma coisa que não queria. E meus pais eram sempre os responsáveis por isso. Mas só faço dessa vez por causa do risoto da minha mãe.
Vou para o meu quarto e pego meu agasalho. Estava bastante frio, e eu não me toquei de que estava com meu short curto do baby doll até pisar o pé fora de casa. O frio atingiu minhas coxas e eu me encolhi.
Andei apressadamente até a casa ao lado e bati na porta um tanto urgente. Esperei alguns segundos tremulantes e alguém atende.
Puta que pariu!
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