História O Imperfeito pode virar perfeito - Sequestro

“Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: para viver eu precisava perde-lo.”

- Tati Bernardi.

Fazia exatamente cinco minutos que Elena estava se olhando no espelho. A palavra casamento, vinha a cada segundo na cabeça da morena. Ela iria se casar com seu amor, o amor da sua vida, era o amor pra sua vida, isso era surreal. Ao mesmo tempo que estava tensa, estava feliz, só não acreditava que aquilo estava acontecendo com ela. Alisou o vestido branco, sem paciência, "quando  poderia ir a igreja?" pensava.

Damon por outro lado estava feliz e tranquilo, " céus, poderia enfim ser feliz?" o moreno pensava, ao terminar de se arrumar, colocando o terno preto. Logo tratou de ir se olhar no espelho, Theo estava ao seu lado com seu pequeno terno, a pequena Kate estava se arrumando com a avó, mãe de Elena. O casal de morenos ia casar na igreja e depois no cartório.

- Lena?- Ela virou olhando Caroline.

- Sim?

- Okay! - A loira respirou fundo com os olhos lacrimejados, seus hormônios estavam a flor da pele.- O carro está a sua espera. Seu pai já está lá.- Elena assentiu.

- Me deseje sorte.

- Sabe que não precisa.- Riram.

- Menos Caroline, bem menos.- A morena falou rindo abraçando a loira.

Caroline ajudou a loira a ir ao carro e a morena olhou para o motorista que já estava dirigindo. Quem era? Achava que quem ia leva-la era Stefan, ela não conhecia o moreno que estava ali.

- Como vai, Gilbert?

- Quem é você?- Ela perguntou, tentando não transparecer o medo.

- Meu nome é Cade, senhorita.- Elena confirmou, olhando para o lado direito do carro.

- E... para onde estamos indo?

- Esperta você.

-Am?

- Vim a mando de Sybil.

- QUEM?- A morena gritou, desesperada.

- Sybil, oras, ou seu querido noivo não tocou no nome da ex? Nem tão ex, para falar a verdade.- O moreno ironizou, fazendo uma manobra radical.- Parece que já deram pela sua falta, querida.

- Por que tá fazendo isso?

- Porque ela é a mulher da minha vida.

- Isso é loucura.- Elena respondeu, revirando os olhos.

- Sim, é. Mas é o que ela quer. Aperte o cinto, vamos ter que correr. Sybil quer a princesinha Salvatore sem nenhum arranhão.- O moreno começou a correr, e Elena colocou o cinto, depois de muito virarem de um lado para outro, devido a velocidade.

- Você parece um robô, chega a ser nojento e tóxico.- Falou quando a velocidade foi diminuída.

O amor era algo cego, será que Cade não via? Aquilo era uma loucura! Estava sendo feito de robô por uma mulher louca! Elena sabia que quando as pessoas se apaixonam ficam cegas, mas não achava que poderia chegar aquele ponto. Para ela, o amor verdadeiro era simples, que não doía e nem machucava. Mas, aquele amor que o motorista falava era tóxico.

- Meça suas palavras, antes de falar, você não sabe como eu sou quando não estou calmo.- Elena respirou fundo, fechando os olhos.- Acorda, chegamos, bela adormecida.- A morena nem havia percebido, mas tinha dormido.

Cade a tirou do carro, a puxando, e Elena percebeu que estavam muito afastados da cidade.

- Onde estamos?- A morena perguntou.

- Em um lugar que ninguém irá lhe encontrar.- Os olhos de Elena lacrimejaram.- SYBIL! SYBIL!- Cade gritava, animado, puxando a morena para entrar na casa de praia.

Ele só queria que a tal mulher o amasse, Elena sentiu pena do grandão. Ao entrarem, a morena percebeu que era uma casa bem arrumada, com móveis caros. Se espantou ao escutar uma rizada alta.

- Se espantou, querida?- A última palavra foi dita em tom irônico. Elena pode vê uma mulher de aproximadamente trinta anos ou mais, morena, bem vestida, era bonita.- Não sei como Damon pode trocar a mim, por você.- A morena ainda estava calada, observando tudo.- Pode ir Cade, obrigada, pelo favor.- Falou dando um selinho no moreno que sorriu e saiu.

- Cuidado, Sybil.- Disse Cade antes de fechar a porta.- A princesinha Salvatore não é muito fácil de ser intimidada.

- Não a chame de Salvatore! Ela ainda não casou! Mas não fique preocupado, querido, sabe que sempre tomo cuidado.- Piscou para o grandão, segundos antes dele fechar a porta. - Vem aqui.- Puxou Elena, que estava encolhida, caída no chão.

Foi naquele momento que a morena percebeu as cordas em seus pulsos, prendendo suas mãos.

- Por que tá fazendo isso?- Elena sibilou.

- Porque se o Damon não é meu, não será de mais ninguém!

- Você tá louca, garota.

- De amor? Talvez.

- Isso não é amor.

- Cala a merda da boca!

- Só estou dizendo a verdade, querida. Eu sei que dói, mas todo mundo precisa ouvir a verdade, quando está errado.

- MERDA! CALA A PORRA DA BOCA!- Falou pegando uma arma.

- Solte isso, Sybil.- Elena disse séria.

- Com medo, queridinha?- Perguntou, apontando a arma para a morena.

Damon, por outro lado, estava desesperado, há exatas duas horas Elena estava desaparecida, a polícia tentava achar um lugar onde Elena poderia estar, mas não havia nenhum que alguém pudesse lembrar. Não quando os dois sabiam que não tinha porque ela fugir, justo no dia do casamento.

- Damon!- O moreno que estava sentado na cadeira do escritório olhou a irmã.

- Sim?

- Estava procurando alguma pista no seu quarto e caiu essa carta. Desculpe lhe entregar agora, sei que não gosta de falar sobre o seu pai, só que achei que pudesse ter alguma pista, não sei.- Rebekah falou.- Você me falou que ele lhe deixou várias cartas, com conselhos.

- Obrigado, Bekah.- Damon achava que já tinha lido, por isso achou que não que era importante, colocando a carta em cima da mesa ao seu lado.

- Disponha.- Deu um pequeno sorriso, indo abraçar o irmã.

- Damon, acredite, iremos achar a Lena. E ficará tudo bem! - Ele assentiu, começando a desabar.

- Ela é tudo que tenho, Bekah, eu não sei o que faria sem ela.- A loira foi abraça-lo.

- A polícia já foi avisada, logo a encontraremos.- Tentou o acalmar.

- Filho?- Lily entrou no escritório.- Meu amor, ficará tudo bem.- Foi abraça-lo.

- Mãe, olhe isso.- Mostrou a carta.- Sei que não tem nada de importante, nem quero me iludir que possa ter, mas Rebekah acha que pode ter.- A irmã de Damon saiu de fininho.

- Tudo bem.- Abriu o envelope, com apenas o nome do moreno, escrito atrás. O moreno ainda se perguntava como ele foi parar ali.- 

‘Você aprende tudo rápido, Damon. Quero lhe contar minhas mais importantes lições, que aprendi há pouco tempo. Então vamos lá...

1.A vida dá lições que só se dão uma vez.

Por isso você fique atento, não vou ser bobo ao escrever que são lições de vida ou morte. Mas algumas são de muita importância. Algumas você aprende sozinho, ninguém ensina.

2. Você deve sempre tentar de novo!

Acredito que essa lição você conhece de perto, pois sempre foi um garoto que lutava até conseguir o que queria e saiba que, mesmo participando indiretamente disso, me orgulho muito do homem que vem se tornando. A direção da sua escola me encontrou outro dia na rua e me contou como você evoluiu. Nem sempre conseguimos ter sucesso de primeira, por isso continue tentando! Você é muito esperto e sei que, se o fizer, irá longe!

3.A amizade é um amor que nunca morre.

Lembra da garota Gilbert? Ela ama você. Isso é amizade, saber dos erros do outro e mesmo assim o amá-lo. Está claro como água nos olhos dela. Ela é uma garota maravilhosa, filho, cuide bem dela. Acredito que as mulheres, como ela, são os presentes mais raros de se encontrar. Eu entendo que você tem muitas amigas mulheres, e eu não conheço todas, muito menos o seu coração, você deve amar outros amigos, também. Mas, pelo que sinto, quando vejo você ao lado dela, algo me diz que você também a ama, e não só, como amigo.

Se não for nada além de amizade, tudo bem, mas procure ser gentil. Com ela e com todas as mulheres. Mulheres, são pessoas que os homens devem valorizar sempre, pois foi uma delas que lhes deu a vida.

4. Nem toda amizade é sem interesse, a maioria é com interesse por mais benéfica que seja.

Essa lição, de certo modo, aprendi com meu pai. E com o decorrer da vida pude de certa forma, conserva-la e aperfeiçoa-la. Existem dois tipos de amizade vou lhe dá exemplos.

A. A amizade que tem como interesse o amor que quer cada dia mais lhe conquistar. Onde o que mais importa são os momentos e os conselhos com o outro.

B. E a amizade que tem como interesse você, aquela amizade que é ruim, em que a pessoa se diz apaixonada, mas está completamente enganada, pois não lhe conhece por completo. Se apaixonou apenas pelo seu exterior. A pessoa quer apenas curar uma ferida e para isso lhe causa tristeza. Finge está apaixonado(a), mas é tóxico(a) com você. Ou que quer apenas se divertir as suas custas.

5. Os erros de uns, são lições para outros.

Essa é a ultima lição, por hoje, acho que ela é mais adequada para mim, entretanto, tudo bem. Aprendi tanta coisa ao perceber que perdi a dádiva que era te conhecer. Acredito que quando chegar a hora, você será um pai excelente. Assim como, que quanto mais erramos, mais aprendemos. Então pense no lado positivo, quando sentir que errou, você aprende mais a cada dia.

Boa sorte na vida, filho. Eu te amo. Sinto muito por não ter sido um bom pai, para você.

Giuseppe Salvatore.'  Cada lição está marcada.- Damon assentiu.

- Mãe?- Damon lembrou que junto com a carta de lições que o pai tinha entregue veio um cubo, com vários devaneios do pai, por isso achava que não era nada demais.

Todas as cartas do pai estavam dentro de um origami, em forma de cubo. Mais uma peça de Giuseppe, o homem que depois de morto começou a fazer bem ao filho, ao aconselha-lo como jamais o fez. Damon riu.

Ele considerava ser os devaneios de Giuseppe, para ele, devido seu nome atrás, que ocasionalmente ele não viu/ não teve tempo de ler e por estar dentro do cubo não jogou fora, apenas guardou com as outras lições. Talvez aquele cubo fosse o mais próximo que pudesse estar, do pai.

- Oi.

- O que você achava da Sybil?

- Você sabe que nunca fui com a cara dela.

- Obrigado.- Damon sorriu a beijando, estava declarado para ele, acharia Elena. Foi até a sala onde estava os conhecidos mais próximos.- Stefan!- O loiro olhou o moreno, com Kate no colo.- Uhum, pode vir aqui um segundo?- Trocou olhares com Rebekah, que pegou Kate no colo do noivo.-  Tem o número da casa da Sybil?- O cunhado confirmou.

- Aqui.- Mostrou, ao abrir a tela do celular, em Contatos e pesquisar a letra inicial do nome, da mulher.- O que aconteceu, Damon?

- Acho que sei onde Elena pode estar.- Damon falou ligando para a casa de Sybil.

- Sim?- Uma voz tranquila, falou.

- Aqui é Damon Salvatore, você sabe onde se encontra a Sybil?

- Ela foi para casa de praia.

- Obrigado.- O dono dos olhos azuis falou desligando a chamada.- Já sei onde Elena pode está.- O moreno falou avisando os policiais.