Sábado, 07h30min AM
POV Emma
- Bom dia! – um Rupert todo sorridente estava em minha porta.
- Eu te amo, mas o que faz aqui em um tremendo sábado tão cedo?
- O teste do seu penteado é agora de manhã.
- Ah, meu Deus! – Fiz cara de espanto – Esqueci completamente.
- Vá tomar banho e se arrume logo, pois tem um cappuccino e um belo pedaço de bolo de chocolate te esperando. – Ele me mostrou a pequena sacola que carregava.
- Você é maravilhoso – dei um beijo em sua bochecha – Sente-se, eu já volto – me referi ao sofá e segui para meu banho.
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POV Evanna
- Oi, tudo bem? – cumprimentei Rupert quando entrei no apartamento.
- Tudo e você?
- Já estive melhor. – tentei sorrir – O que faz aqui neste horário?
- Tenho acompanhar Emma ao cabelereiro.
- Boa sorte. – rimos
- Você não tinha que estar na faculdade?
- Tive que vim para resolver certas coisas.
- Entendo.
- Bem, a única coisa que eu quero agora é a minha cama, passei a noite toda estudando – o abracei – Foi um prazer te ver de novo, até mais.
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POV Rupert
09h00min
- Pronto – disse o cabelereiro quando virou a cadeira de Emma para frente do espelho.
A expressão dela de espanto foi ótima. O penteado deixava o cabelo para o alto e com alguns fios arrepiados.
- Ficou ótimo não ficou querida? – o homem que fez aquele estrago incentivou – Vou assim que sua sogra pediu, segui tudo que ela disse.
- Ah, claro, ficou lindo – ela tentava dar um sorriso, mas tudo que conseguiu foi meio sorriso. – O que você acha Rupert? – ela me olhava com um olhar desesperador, eu queria rir daquela situação, porém sou o padrinho dela, tenho fazer tudo perfeito.
- Você está linda.
- Sério? – ela ainda questionava.
- Você não está como é linda independente do penteado.
- Obrigada – ela se virou envergonhada para o espelho para dar uma ultima conferida e se adaptar ao cabelo.
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10h00min
- Vem – Emma me empurrava para dentro de uma loja de lingerie.
- Emma, eu estou bem aqui do lado de fora.
- Você vai me ajudar, ah se vai! – continuava me empurrando – Com quantas mulheres você já transou?
- Ah, Emma, não faz pergunta difícil. – bufei.
- Viu? Tem alguém melhor que você quando o assunto é lingerie? Já deve ter visto umas 500.
- Tá, te ajudo.
- Maravilha! – ela se animou e me levou até um sofá em frente a um provador. – Sente-se, enquanto procuro algumas para vestir.
Enquanto isso olho ao meu redor observando Emma achar algo para se vestir, percebo que ela pega uma peça vermelha, ah, vermelho não! Para mim a lingerie vermelha é a mais sexy, meu Deus, como se controlar ao ver minha melhor amiga (e affair) vestindo isso? Ainda mais porque ela é a Emma, e a Emma tem um corpo lindo.
- Já volto – disse ela entrando no provador com três roupas intimas: uma azul, preta e vermelha.
Espero impacientemente, querendo afastar da minha mente a imagem da minha amiga sendo sexy.
- E então, o que acha? – ela saiu do provador e assim ocorreu meu primeiro ataque cardíaco.
- Acho que... Érh – engoli a saliva – Tá fofa. – foi à primeira coisa que passou pela minha cabeça.
- Argh, droga, não quero parecer fofa – ela voltou para o provador fechando a cortina com raiva.
Tem como essa mulher parar de ser tão perfeita?
POV EVANNA
10h30min
- Droga, quem é agora? – li no retrovisor, era uma chamada de “Matthew”. Ele?
- Alô?
- Oi, Evanna, como vai? – ele falou animado.
- Sério isso? – suspirei.
- Eu te acordei?
- Bem, sim.
- Por isso do seu mau humor?
- Vamos logo ao ponto! – me enfureci – O que quer?
- Quer vim jantar aqui hoje à noite?
- Como? Matthew não estamos em uma boa...
- Eu sei, mas vamos conversar e ver que estamos é perdendo tempo com esse desentendimento.
- Que você provocou.
- Olha, não quero brigar.
- Poderia ter feito as coisas certas antes, então.
- Ok, você vem ou não?
- Não. – fui curta e grossa.
- Por favor, só te peço para conversar, apenas isso?
- Só conversar?
- Sim, eu juro.
- Sendo assim, eu vou.
- Ótimo, peço ao meu chofer que te busque as 21h00min, sim?
- Fechado.
- Obrigado por aceitar.
- Tchau – desliguei e voltei ao meu sono sagrado.
POV Rupert
- E essa? – ela fazia poses trajando um conjunto preto e rendado.
- Tá ok.
- Ok? Só? Rupert! Cadê o animo? Sei que não é só isso.
- Está legal. – encolhi os ombros.
- Tá, já entendi – ela passou a mão pelos cabelos – Minha ultima salvação é a vermelha – ela se virou e voltou ao provador.
Merda, a vermelha não! Porque estou sentindo calor e minhas mãos estão suando? Se na imaginação essa mulher já tem efeito sobre mim, imagina na Ca... Ai, não, tenho que esquecer isso, ela está noiva e infelizmente não é de mim.
- Essa é a ultima que escolhi e não pode ser que eu não esteja... – ela apareceu na minha frente lindamente.
- Maravilhosa. – falei com a boca aberta.
- Eu ia falar que eu estou bem vestindo isso, mas se você acha que estou maravilhosa, quem sou eu para discordar?
- Você jura que não é modelo?
- Para, por favor – ela tinha ficado vermelha – Você acha que o Joshua vai gostar? – e com essa pergunta me fez ir do céu ao inferno.
- Creio que sim – dei um sorriso vacilante, porém ela nem percebeu.
- Vai ser essa, só vou me trocar. – e assim uma das coisas mais bonitas que já vi saiu do meu campo de visão.
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POV Evanna
21h05min PM
Cheguei ao apartamento de Matthew e dei de cara com dois homens bem vestidos com terno conversando com ele que logo me deu uma olhada e veio ao meu encontro.
- Você está linda – ele me dá um beijo na bochecha.
- O que?
- Ah, querida, quantas vezes tenho que te dizer que você é linda? Tem que aceitar isso – ele ri e os outros homens o acompanham.
Mas que palhaçada é essa? Estão zombando de mim? Quem é essa gente? Não era um jantar a dois?
- Senhor Matthew, o jantar irá ser servido. – avisou a cozinheira.
- Obrigado, Madalena. – dito isso, ela se retirou e seguimos até a mesa.
Matthew se sentou ao meu lado e as vezes me lançando sorrisos, isso está muito estranho para meu gosto.
- Percebo que está administrando a empresa de forma correta, senhor Matthew. – um dos homens de cabelo grisalho elogiou.
- Obrigado, fico feliz em ouvir isto do senhor.
- Com esse desempenho chegara rápido ao nosso patamar. – o outro homem falou.
- Ficaria lisonjeado.
Eu engulo a entrada (uma simples salada) como se fosse a pior coisa do mundo, não consigo me concentrar em comer sem saber o que está acontecendo, algo me dizia que para eu estar ali coisa boa não era.
- Sua namorada é incrivelmente encantadora – o homem que tinha acabado de falar, se prontificou novamente. – Já pensam no casamento e é bom pensar também em herdeiros.
Nesta hora, estava bebericando da água na taça e cuspi logo que ouvi isso, Matthew chocado pela minha atitude, explicou para os dois que eu tinha aceitado a ideia ainda, entretanto eu logo ia aceitar. Que? Quem é ele para mandar em mim?
- Matthew, foi uma atitude incrível ter mostrado sua namorada e claro, futura esposa, você está crescendo e a maturidade vem junto. – o grisalhou não parava de elogiar.
- Ah, claro, Matthew sempre foi super responsável – agora que eu tinha entendido o seu proposito com esse jantar – Como, por exemplo, ter se esquecido do meu aniversário, ou de ter falado que “sim, vou viajar com você” e de repente não se lembrava de que um dia falou isso, esquisito não? Bem, como posso me esquecer? Uma bela traição, uma mulher atendeu o celular dele um dia desses e nem se preocupou em me dar uma explicação, uau, lembrei uma boa: “eu mudei por você” – ri falsamente – Nossa, Matthew como mente bem.
- Evanna, isto são questões nossas, intimas. – ele falou envergonhado.
- É verdade, bom, tenho uma situação não tão intima assim, hum... Deixa-me ver – me fiz de pensativa – Quem desviou dinheiro da empresa para gastar na boate do Daniel? Sim, Matthew! E não foi pouco – eu estava me divertindo – Parabéns, grande mentiroso.
- Quem te contou isso? – ele ficou vermelho de raiva.
- Então, quer dizer que realmente aconteceu?
- EU VOU MATAR O RUPERT! – ele braveou.
- Vai nada , ele é um amor diferente de você – me levantei – Acho que já vou , foi ótimo conhecer os senhores – me direcionei aos dois senhores na mesa – Até nunca mais Matthew, aquilo que você chamava de namoro acabou e presumo que não seja só o namoro que vai acabar hoje – sorrio – Tchau e uma ótima noite, benzinho – saio do apartamento, estalando os saltos vermelhos pelo piso de madeira até bater a porta me sentindo completamente plena.
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