1. Spirit Fanfics >
  2. O Incrível Mundo de Gumball (e Marshall) >
  3. O Segredo

História O Incrível Mundo de Gumball (e Marshall) - O Segredo


Escrita por: FamiMarmota

Notas do Autor


MUCHO LOKA EU, POSTANDO SEM A BEATERIZU LER
Maaas quando ela betar bonitinho, eu edito, então considerem os erros como beijinhos
Isso tudo porque prometi a mim mesma que ia postar nos dias 15 e 30
BEA, NÃO MIN MATA

Revisão já feita, 23 de março, mas a betagem já tinha saído (como sempre, muito pontual) ~

Buenas lecturas genthi

Capítulo 7 - O Segredo


- Deixa eu ver também! - Leonard sussurrou enquanto tentava empurrar Marshall.

Estavam os dois prensados contra a porta do salão onde Gumball e Fionna estavam conversando. Assim que o príncipe a levou para lá, o Lord Monochrome apareceu subitamente e, bem, acabou por tirar toda a - pouca - atenção que Cake tinha.

“Depois a Fionna me conta! Somos amigas, sempre contamos nossos segredos uma para a outra”, a gata afirmou enquanto ia em direção ao jardim do castelo, onde seu namorado a esperava.

- Você é muito novo para ficar se metendo em assuntos de adulto - Marshall sussurrou de volta, ainda tentando olhar qualquer coisa através do buraco da fechadura.

- E você é muito velho pra ficar agindo como um adolescente retardado - Leonard rebateu.

- Vai se ferrar, pirralho.

Marshall estava de saco cheio daquele garoto, mas tinha de admitir que ele era bom com respostas rápidas. Se não fosse tão mesquinho…

- Acho que o Gumball parou de falar - Marshall constatou, afastando-se da porta e puxando Leonard junto consigo para longe dali.

- Conseguiu ouvir alguma coisa?

- Não, mas acho que sei como descobrir alguma coisa.

- Eu também.

Os dois voltaram, em silêncio, para o salão principal, onde pretendiam esperar pelo anfitrião. Ficaram ambos se encarando, cada qual submerso em seus pensamentos secretamente consoantes.

Ao retornar, Gumball pôs fim àquele silêncio e, em seu lugar, brotaram risinhos falsos.

- Perdoem-me o inconveniente - começou - questões de trabalho, sabem como é.

Sim, eles sabiam muito bem como eram as questões de trabalho de Gumball e por isso tinham certeza de que ele estava mentindo.

- Tudo bem, eu entendo que você tem que trabalhar muito - Leonard disse e, pela primeira vez, Marshall pôde perceber uma brecha de sinceridade na voz do garoto.

- Seu Reino é sua prioridade, sabemos disso - Marshall também se pronunciou, surpreendendo Leo.

Ambos compartilhavam de um mesmo sentimento indefinido a respeito do príncipe. Sentiam saudade dele mesmo quando estava presente, era como se ele nunca estivesse 100% lá nos momentos em que estavam fisicamente juntos. Marshall até conseguiu passar boas horas com Gumball meses atrás, mas mesmo assim eles foram levados a se distanciar fisicamente em decorrência da distância emocional.

Leonard tivera a mesma sorte: apesar de serem parentes - e de amar e admirar seu primo como se fosse um pai - nunca sentiu como se estivessem juntos. Era tudo sempre muito frio, muito quieto. Gumball até tentava aproximar-se levando-o a lugares diferentes do reino e contando histórias, mas tudo era sobre o povo doce.

“E ali está a área comercial, onde o povo doce…”, Gumball falava demais daqueles docinhos. Até mesmo um passeio no Lord ficava uma chatice quando o guia era um viciado em trabalho.

A família do pequeno Leonard era meio conturbada. Não conhecera a mãe e o pai era um bobão que guardava segredos. Inventava histórias malucas para suprir o fato de que, além de sozinho, era um governante fracassado que vivia às custas de seu sobrinho.

Leonard não gostava muito de falar sobre isso.

°

A noite chegara devagar, o clima no castelo não estava bom e Fionna, que saíra ainda pela tarde, não abriu a boca sequer para se despedir.

- Vocês dois estão bem? - perguntou Gumball durante o jantar.

- Sim - responderam uníssonos.

Pensamento compartilhado é algo comum a pessoas que passam por momentos igualmente estressantes.  Aquele segredinho de Gumball estava cutucando feridas cujas existências Marshall e Leonard tentavam ignorar.

Leonard terminou sua refeição, pediu por licença e se retirou, alegando estar muito cansado.  Marshall, já acostumado a passar por aqueles momentos de silêncio, permaneceu apreciando a comida. Os cozinheiros eram espetaculares, lembraria-se de  parabenizá-los mais tarde.

- Como vai com Leonard? - perguntou o monarca na tentativa de quebrar o gelo depois de muito tempo.

- Tudo bem, ele é um garoto esperto.

Um ponto para Marshall: mostrou-se maduro ao falar a qualidade mesmo que só visse defeitos. Além disso, manteve para si xingamentos como “irritante” e “manipulador”.

Gumball concordou com o ponto de Marshall e, por um momento, cogitou deixá-lo dormir consigo aquela noite, contudo:

- Primo... - Leonard reapareceu no salão.

O pequeno estava adoravelmente fofo. Ele estava usando um pijama com capuz e orelhinhas de gato, tinha as costas cobertas por uma manta e segurava um ursinho que Marshall reconheceu como sendo Hambo, sua pelúcia.

- Eu não consigo dormir… - pronunciou-se o pequeno, manhoso.

Seus cabelos estavam bagunçados e seus olhinhos estavam inchados, realmente não conseguira dormir: muitos pensamentos para uma criança. Contudo, esperto como era, encontrou um jeito de tirar proveito daquilo e pensou que, se fosse muito fofo, Gumball sentiria dó e passaria a noite consigo.

- O que está fazendo com o Hambo? - Marshall perguntou com raiva, antes que Gumball pudesse dizer qualquer coisa. - Quem te deu permissão para mexer nas minhas coisas?

- Esse é meu! Não é só você quem pode ter um bichinho para abraçar quando tem sonhos ruins, sabia? - respondeu com mágoa na voz.

Lembra-se do ponto que Marshall havia ganho? Acabou de perder: a pelúcia era mesmo de Leonard e, como se não bastasse aquela gafe das feias, a carinha que o pequeno fez era de derreter o coração.

- Marshall malvado… - Leonard disse, ganhando vantagem naquela briga.

O vampiro ficou sem ação e sentiu o olhar de repreensão de Gumball cair sobre si. “Pirralho manipulador… Não é só você que tem essa arma”, pensou quando entendeu o joguinho.

- Desculpe-me, pequeno - Marshall aproximou-se e Leo deus alguns passos para trás. - Eu tenho um igualzinho a esse, eu ganhei quando estava sentindo mais falta de uma família, então ele se tornou muito importante para mim.

“Maldito”, Leonard pensou, percebendo que seu plano não daria totalmente certo.

O problema daquela brincadeirinha de sentimentos - que não deu em nada - é que existia um fundo de verdades maior que eles podiam imaginar.

Leo estava com seu ursinho em mãos naquele momento não porque sabia que Marshall tinha um igual e gostaria de fazer raiva. Foi um presente que sua mãe deixara antes de decidir simplesmente desaparecer. O pequeno não gostava muito de lembrar daquilo, andava com ele por costume. Contudo, toda aquela interação negativa com Marshall o deixara inseguro a ponto de precisar do ursinho para conseguir dormir - e nem isso funcionou.

Quanto a Marshall, sua história é levemente mais complexa e envolve uma Rainha Gelada tentando agradar uma criança perdida num período pós-guerra. Finda a Guerra dos Cogumelos, a Sally andava pela parte não devastada da Terra quando se deparou com o pequeno Marshall, de quem cuidou como um filho - na medida em que isso foi possível. O menino, por vezes, chorava de saudade da mãe e, um dia, Sally encontrou, jogado no chão, o ursinho que Marshall chamaria de Hambo e amaria pelo resto de sua existência.

Essas não são as histórias mais fofas sobre bichinhos de pelúcia.

Fofo mesmo foi o que Marshall depois de se desculpar com Leonard. Claro que foi só para ‘fazer média’: O vampiro segurou o pequeno no colo, sussurrou um “é melhor ficar quietinho” e levou-o até o quarto. Príncipe Gumball seguiu, curioso, e viu quando Marshall deitou Leo na cama e o cobriu.

Pode ir príncipe Gumball, eu cuido das coisas por aqui. Feche a porta quando sair.

O vampiro era mesmo frio e calculista, ele sabia que Gumball ficaria incomodado por ter sido chamado daquela forma e por ter sido posto de lado e, por isso, permaneceria por perto para ver o que aconteceria. Então, ciúmes no mais alto grau: Marshall cantou para o pequeno dormir.

Ao final da cañção, Leo parecia desacordado e Gumball com certeza ainda estava ouvindo tudo atrás da porta semi-aberta. Marshall bem sabia disso e contou para si pelos 100 pontos extras. Ele conhecia um sentimento que o pequeno Leonard não manipulava tão bem.

Por enquanto.



 


Notas Finais


Vibe meio tensa, mas O LEO É MUITO FOFINHOO SIIIM

Marmota manda kissus


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...