História O Internato Riverhill - Mentiras

— Quem tirou essa foto? — conseguiu dizer, quase que num sussurro.

— Você quer dizer essas fotos? — perguntou Rebecca, passando o dedo na tela do celular e mostrando diversas outras fotos das duas se beijando na arquibancada.

  Arrancou o celular da mão de Ellie, que estava totalmente paralisada, e continuou, segurando-a pelo queixo:

— Essa sua carinha inocente nunca me enganou, sabia? E não é que você é mesmo uma putinha? — deu risada, debochada — Me diga... você costuma se jogar pras namoradas alheias sempre?

A mais nova começava a sentir falta de ar e o coração quase saía pela boca, mas tentou se manter firme perante a loira.

— Eu não... — começou, tentando não gaguejar — Jessica não me disse que era sua namorada, eu...

Rebecca agora a segurou pelos cabelos, fazendo-a encará-la. Os olhos castanhos da mais velha fulminavam os olhos verdes assustados de Ellie.

— Você gosta de ser a putinha das mais velhas então? — disse, enfiando uma das mãos por baixo da saia de Ellie e tocando-a por cima da calcinha — Nossa, como é pequena... sabe, eu gostaria de experimentar uma virgem. Ou será que Jessica já a fodeu? 

— Me larga... — esbravejou Ellie, tentando se desvincilhar.

Isso só fez com que Rebecca a segurasse ainda mais forte.

— Se eu ver você conversando com ela mais uma vez, ou olhando pra ela, ou se contar o que aconteceu aqui hoje, vou fazer com que essas fotos cheguem aos seus pais e à diretora. — disse, tirando a mão e empurrando sua cabeça contra a parede — Ah... e também te darei o que você merece. — riu, maliciosa, e então saiu do quarto batendo a porta atrás de si. 

Ellie conseguiu apenas deslizar pela parede até que sentasse no chão. Levou as mãos ao rosto e chorou. Estava completamente fodida. O relógio marcava 19:59.

Jessica estava no vestiário terminando de se trocar após o treino. Seu cabelo estava preso e a raiz molhada de suor. Imaginou que Ellie já a estaria esperando e então saiu com pressa para fora, se assustando um pouco com a mudança de temperatura.  Ela parou na porta mas haviam várias meninas saindo da quadra e ela não conseguia encontrar a garota. Olhou para todas as direções, imaginando se Ellie teria se esquecido ou apenas se atrasado. Colocou as mãos nos bolsos da jaqueta e aguardou. 

— Esperando alguém?

Jessica virou o rosto e viu Rebecca. "Puta merda."

— Rebecca? 

— O que foi? Parece assustada. — disse a loira, dissimulada.

— Não foi nada, eu só... estava distraída.

Jessica não conseguia acreditar que Rebecca arruinaria seus planos com Ellie. Não queria nem imaginar se a mais nova chegasse bem naquele momento.

— Distraída, então? — perguntou, chegando mais perto. Seu rosto tomou uma expressão de segredo. — Você não imagina o que eu vi agora há pouco.

— O que você viu? — questionou, com certa indiferença. Se sentia nervosa.

— Sua colega de quarto... Ellie. Parece que gostou do que viu no banheiro aquela vez e resolveu fazer igual. Com uma garota do primeiro ano, me parece. — Rebecca tinha um riso malicioso nos lábios.

— O quê? Ellie? — perguntou Jessica, incrédula. Como seria possível? Simplesmente não conseguia imaginar Ellie fazendo tal coisa. Não sabia se sentia raiva, decepção ou ciúmes, ou os três.

— O que foi Jess? Você parece... perturbada. — falou Becca, com uma expressão falsa de dúvida.

— Nada. Eu só não sabia que ela...

— ...era lésbica? — riu a outra — Esse Internato é cheio de surpresas, não é? Vamos?

— Vamos onde? — questionou.

— Para o meu quarto, boba. Antes que a songa monga volte da biblioteca.

— Mas eu disse que tinha que... — ia dizendo Jessica, mas a decepção a dominou — ah, foda-se. Vamos.

Rebecca seguiu o caminho inteiro até o quarto tagarelando enquanto segurava seu braço, mas Jessica não ouvia uma sequer palavra. Por que Ellie havia sido tão mesquinha? Aliás, por que ela estava se importando tanto com isso? Por que se sentia tão afetada e de certa forma traída, trocada? A garota não devia nada a ela, e vice-versa. Não havia nada entre as duas. Mas ainda assim...

A loira fechou a porta e a trancou quando entraram. Jessica decidiu que esqueceria suas decepções, nem que fosse por um momento. Rebecca imediatamente passou os braços pelos ombros da morena e a beijou. As duas começaram a despir suas roupas enquanto se dirigiam até a cama, onde Jessica a deitou e se posicionou por cima, já tirando o sutiã da outra.

— Nossa, você está com pressa. — disse Rebecca, ofegante entre os beijos.

Jessica então começou a beijar e a chupar com força o pescoço da outra, deixando marcas vermelhas em sua pele.

— Pare, não me deixe marcas! — exclamou Becca, girando o pescoço para se desvincilhar.

— Cale a boca. — respondeu, ficando sobre os joelhos na cama e abaixando a saia de Rebecca.

A loira sorriu maliciosamente. Gostava de como Jessica às vezes era bruta na cama com ela. Jessica então voltou a beijá-la com voracidade enquanto a acariciava por cima da calcinha, mas não demorou até abaixá-la também e jogá-la no chão do quarto, penetrando dois dedos em seguida.

— Ah... — gemeu Rebecca ao senti-la entrar com força.

Rebecca ainda não estava muito molhada, mas Jessica não se importou. Começou a penetrá-la fundo e com força, num vai e vem firme e intenso, arrancando gemidos de dor e de prazer da outra. 

— Isso, isso... — gemia Rebecca.

Jessica então começou a penetrar rápido e ainda mais forte, sem perder o ritmo. Rebecca agora estava mais molhada, mas começava a sentir dor com a violência da outra. 

— Ah... Jessica... está me machucando... — gemeu, mas a outra não parou — Caralho... 

— Cala a boca, vadia. — disse, ofegante.

Rebecca sentia dor mas o prazer falava mais alto. Não conseguia negar o quanto gostava de ser tratada daquela forma na cama, e Jessica sabia bem disso. Não demorou até que gozasse nos dedos da outra, gemendo como uma gatinha manhosa. Jessica não deu tempo para que descansasse. Deitou de lado e de costas para Rebecca.

— Me come. Agora. — ordenou.

Rebecca sorriu e se posicionou deitando por trás da morena, abaixando sua calça e calcinha. Passou os dedos pela sua boceta por trás e suspirou ao ver como ela estava molhada. Começou então a penetrá-la, começando de forma moderada. Passou o outro braço por baixo do corpo de Jessica e levou dois dedos até sua boca, e Jessica começou a chupá-los enquanto Rebecca começava a fodê-la mais fundo.

— Mais forte... — gemeu.

Rebecca sorriu e obedeceu. Tinha dedos habilidosos, isso Jessica não conseguia negar. Se passaram dez minutos com Jessica gemendo e Rebecca a fodendo por trás até que gozasse.

O tempo havia passado rápido, então as duas colocaram as roupas de volta antes que a colega de quarto de Rebecca voltasse.

— Eu estava com saudades disso... — disse Rebecca, beijando-a e sentindo a maciez de sua língua.

— Eu também. — respondeu — Mas é melhor eu ir agora.

— Tudo bem, Jess. — sorriu — Até amanhã.

Se beijaram pela última vez e Jessica saiu, indo em direção ao seu bloco. Se sentia estranha por não saber o que falar quando chegasse ao quarto. Quando abriu a porta Ellie já estava de pijama, deitada de costas na cama. Ela não reagiu ao ouvir sua entrada.

— Ellie? — chamou Jessica, cautelosa.

A outra virou o rosto de leve.

— Jessica, me desculpe. Meus pais me ligaram e... eu não pude ir.

Jessica se sentiu ainda mais decepcionada ao ver que Ellie mentia para ela, mas não ousou demonstrar.

— Ah, sim. Tudo bem.

Quando a hora de dormir chegou, cada uma permaneceu em sua cama, mas ambas compartilhavam do mesmo sentimento: tristeza.