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História O jardim inglês. - Hipnose.


Escrita por: akirasam946

Notas do Autor


Será que lembrar do passado ajuda ou piora a situação? Depende do que você se lembra não é mesmo.
Boa leitura!

Capítulo 7 - Hipnose.


Fanfic / Fanfiction O jardim inglês. - Hipnose.

   Lucas não sabia o que avaliar desse beijo, era bom e o deixava quente, e Peter lhe disse que aquele beijo simbolizava carinho, o que ele realmente queria? Pensava nisso enquanto olhava o homem que dirigia o carro, calmamente, a procura de uma vaga, a princípio tinha aceitado o convite para tomar sorvete somente para sair um pouco, e ver como se sentia ao lado desse estranho bonito e enigmático, e também porque pretendia pegar alguns livros na biblioteca, e agora estava indo ver um psicanalista da polícia, velho amigo de Peter e que trabalhou em seu caso junto com o detetive Farrel, outro homem misterioso...

-Acha mesmo que é uma boa ideia? Perguntou Lucas, começando a ficar nervoso.

-Donald é um profissional diferente, ele tem métodos não muito ortodoxos para trabalhar, e isso pode ser a chave para seus pesadelos, ele me ajudou muito quando eu era criança, sempre tinha pesadelos recorrentes e com o tratamento e algum tempo eu melhorei, pode ser que ele possa te ajudar com os seus pesadelos também.

-Certo, se isso me ajudar eu concordo, gostaria de ter uma noite inteira de sono, sem acordar gritando ou com medo.

-Faz tempo que tem esses pesadelos? Perguntou Peter finalmente estacionando o carro e desligando o motor.

-Desde de os doze anos, quando comecei a morar com sua mãe, logo depois que eu voltei daquele estranho lugar, mas no começo eram poucos e poucas vezes no mês, agora eles acontecem toda a noite, e ficam cada vez mais reais, é como estar de volta aquele lugar, é como voltar no tempo, e eu odeio isso...Eu odeio não ter escolha, ser fraco e ficar com medo o tempo todo. Respondeu Lucas, com a voz um pouco alterada e olhos levemente cheios de lágrimas, que ele mantinha sob controle com muito custo.

-Venha, quando eu liguei ele falou que podíamos aparecer agora a tarde, ele tinha um horário vago, o que é uma grande sorte. Falou Peter e estendeu a mão para que Lucas saísse do carro, ele sempre se sentia confortado com essa cortesia que vinha do mais velho, com essa atenção que ele nunca teve em lugar algum, exceto talvez por Haru, que sempre foi gentil.

O prédio era grande e de uma beleza clássica e levemente decadente, lembrava muito as construções da década de vinte, sua pintura desbotada no hall de entrada contribuía para essa imagem, mas tinha um certo charme. Caminharam tranquilos em direção aos elevadores e Lucas se sentiu preocupado com a aparência desse velho museu que subia e descia com rangidos assustadores, e sem perceber acabou segurando a manga da camisa de Peter, enquanto seus olhos observavam o elevador velho a sua frente.

-Não gosta de elevadores?

-Só os que tem mais de cinquenta anos e rangem desse jeito...Respondeu assustado o jovem, isso divertiu o mais velho que sorriu, aproveitando na brecha do outro para abraça-lo antes de entrarem no velho elevador, que realmente rangia e chiava, mas que os levou tranquilamente até o trigésimo segundo andar, de onde foram a sala 612, na porta uma plaquinha de madeira polida com o nome Dr. Donald psicoterapeuta, em letras douradas, e logo abaixo uma folha de papel simples onde se lia em caneta mesmo: Favor bater e aguardar.

Peter bateu e eles aguardaram e logo a porta se abriu, revelando um homem ruivo, de rosto redondo com algumas sardas, usando óculos de aro preto, encimado no nariz como se estivesse lendo algo importante naquele mesmo momento, assim que o homem viu os dois, um sorriso brotou em seus lábios e ele abriu a porta totalmente.

-Peter, a quanto tempo? Você era um frangote a última vez que eu o vi, mas um frangote bonito o bastante para sair com minha secretária e me custar muita dor de cabeça.

-Desculpe doutor, eu era meio adolescente ainda, estava aprendendo...Desculpe sobre aquilo, mas se for levar a sério ela era mais velha e com certeza se aproveitou de mim. Falou Peter rindo, ao que o doutor também riu.

-É um ponto de vista com certeza, mas agora me diga, em que posso ajuda-lo?

Peter puxou Lucas pela mão e o colocou na frente do médico.

-Este é Lucas, ele foi adotado pela minha mãe a alguns anos, e é um dos meninos das experiências de meu pai, acho que na verdade com o cúmplice de meu pai, mas o fato é que ele tem pesadelos horríveis, e está fazendo um tratamento com o senhor Edwards, o duque, noivo de minha mãe, o problema é que não está funcionando, e eu gostaria de saber se é possível trata-lo com hipnose.

-Sabe que não costumo me meter no tratamento de outros colegas...Mas conheço o duque, não pessoalmente, afinal não sou de sua classe social, e francamente não gosto dos métodos dele, li alguns artigos e teses desse homem, eu o acho um tanto arrogante, sorte sua, atenderei seu amigo.

O doutor abriu espaço para entrarem e os mandou sentar em poltronas confortáveis, e logo iniciou uma conversa com Lucas, se mostrando tranquilo, não focando no assunto principal, o que relaxou o rapaz.

-Muito bem, seu nome é Lucas não é? Gosta de viver na mansão?

-Gosto, ultimamente estou vivendo num chalé pertinho da mansão, eu sou jardineiro lá.

O médico sorriu, e pegou um relógio de pulso o rodando nas mãos, distraído.

-Quais as suas cores favoritas de rosas?

-Hum...Eu gosto de rosas amarelas, brancas e cor de rosas. Respondeu Lucas, agora observando o relógio que rodava nas mãos do médico, de forma quase hipnótica.

-Você consegue lembrar de uma rosa agora? De sua textura leve...Sinta as pétalas nas mãos, inspire e expire...Perceba seus dedos tocando a rosa...Continue inspirando e expirando...É possível sentir a mão, o braço, os ombros, e a respiração subindo e descendo...Isso é reconfortante, é bom, te deixa mais calmo, te leva a ter uma sensação de paz e tranquilidade...Por isso inspire e expire calmamente...Sinta sua pele, seu rosto, sinta o ar a sua volta, o perfume da rosa...

Lucas ouvia o que o médico dizia, observava o relógio que rodava sempre da mesma forma nos dedos do homem, ouvia as palavras com tranquilidade cada vez maior, respirava calmamente, lembrando da linda rosa em suas mãos.

-Inspire e expire calmamente, lembre de algo feliz, um dia feliz, algo bom e mantenha essa alegria internamente, enquanto inspira e expira...

Com um leve toque no ombro do pequeno rapaz o médico o fez cair em seus braços, deixando o corpo leve e solto em seus braços, e ele o levantou e deitou num sofá macio parecido com um divã que ficava num cantinho da sala, quase escondido, Peter olhava espantado para tudo, percebeu que o médico tentava hipnotizar o rapaz, mas se perdeu na voz macia e então lá estava Lucas, adormecido.

-Ele está bem? Perguntou Peter se aproximando e notando o rosto belo relaxado, a forma como aquele semblante adormecido o tocava era única, não conseguia descrever, mas sentia uma incrível vontade de protege-lo.

-Sim, ele está, agora vou começar, pode sentar aqui perto e se quiser pegue a mão dele, eu percebi como se olham...São namorados?

-E-eu o conheci a pouco...Mas eu...Não sei explicar, quero cuidar dele. Respondeu verdadeiramente sem graça.

-Eu posso entender, Lucas passa mesmo essa sensação de ser desprotegido, de precisar de alguém para cuidar dele, provavelmente ele nem percebe o quanto isso é forte, e como deve chamar atenção, ele é extremamente sexy por ser tão inocente, e eu acho que deve cuidar dele, antes que outra pessoa o faça,  mas agora eu vou começar...

O médico se colocou ao lado de Lucas e começou a falar calmamente com ele.

-Lucas, está me ouvindo?

-Hum...Sim, estou...

-Quero que volte ao lugar onde esteve preso, quando era criança, pode fazer isso?

-Posso...Mas não quero...Não quero voltar lá...Choramingou se mexendo no sofá, e Peter pegou em sua mão gelada, o que o fez parar de choramingar.

-Está tudo bem, você está seguro, só quero que me diga o que vê ao seu redor, lembre-se isso é somente uma recordação, nada e nem ninguém podem toca-lo realmente.

-Certo...Eu vejo uma sala branca, móveis de metal, gente de jaleco branco, cheiro de alcool, frio...Está frio...Dor...Uma injeção que dói e queima...Ele me olha...Sempre sorrindo...

-Quem te olha Lucas?

-O duque me olha...Ele aplica uma injeção e sorri, ele gosta de me ver sofrendo, ele é mal...

-O duque? Tem certeza que é ele? O que mais ele faz?

-E-ele...Começou e logo parou, deixando uma lágrima descer em sua face, e logo os dedos de Peter a limparam suavemente.

-Lucas, ele não pode te ferir, é uma lembrança...me conte...

-O duque é mal...Ele me machuca...Ele machuca todos nós...Dessa última vez doeu muito, e ele ficou bravo comigo porque...Porque eu tentei muito fugir dele, eu não quero as mãos dele no meu corpo, eu o odeio...

-O que ele quer, além de machucar você?

-Ele quer que eu sinta prazer com ele, que eu peça por mais...Mas eu nunca sinto prazer, eu sinto dor e nojo dele...

-Quando você saiu de lá, lembrava-se do duque?

-Não...Eu lembrava de pedaços de coisas, de ter sido machucado, mas não do duque...

-Pense, o duque fez hipnose em você? Aplicou algo diferente?

O semblante de Lucas se contorceu, era evidente que ele tentava romper um bloqueio.

-Sim, ele fez hipnose em mim, e me deu uma injeção que não ardia como as outras, eu desmaiei e acordei com minha mãe, mas logo fui vendido para a Lady Mary, e depois eu vi o duque de novo, mas ele está diferente agora...

-Como assim diferente?

-Ele é mais gentil e não me machuca, mas eu tenho medo dele mesmo assim...

O médico pensou um pouco e começou uma série de palavras de conforto e tranquilidade, até que por fim chamou Lucas e ele se sentou levando as mãos a cabeça, levemente tonto.

-Lucas, pode me dar o remédio que toma para os pesadelos? Quero ver o que é.

Lucas se levantou, sempre com Peter por perto e pegou em sua mochila um vidro com capsulas e entregou ao médico, que leu a formula e ficou pensativo por um instante.

-Propranolol...Interessante.

-O que é interessante doutor? Perguntou Lucas.

-Parece que o duque não quer te fazer lembrar, mas ele quer apagar uma memória específica, o ato de se lembrar da dor e dos abusos são só meios de te fazer esquecer de algo a mais, algo mais traumático ainda, que pode ser a chave de seu sequestro e das experiências a que foi submetido.

O médico olhou para os dois a sua frente e tomou uma decisão importante.

-Certo, falem com o detetive Farrel, contem o que aconteceu, e você meu caro Lucas, pare de tomar isso, e fique longe do duque, não podemos provar isso com base em uma sessão de hipnose, e existe a possibilidade também de que o método do duque crie a ilusão de que o abusador é ele, quando na verdade pode ser alguém totalmente diferente, acredito que precisaremos de mais sessões para chegar a verdade, se você concordar é claro.

-E-eu não posso pagar doutor. Respondeu simples o jovem rapaz.

-Eu posso, não se preocupe com isso. Falou Peter, acariciando os dedos que ele ainda segurava nos seus, de forma displicente, quase casual.

Lucas mordeu os lábios levemente, com um pouco de receio, mas acabou concordando.

A volta para a casa foi tranquila, eles passaram na biblioteca e pegaram os livros, na manhã seguinte Lucas pretendia voltar a faculdade, muito embora tivesse um certo receio com os primeiros dias após ficar doente, ele sentia os olhares em sua direção e isso o constrangia muito, algumas vezes ainda pedia para ficar em casa por mais dois ou três dias após a febre, só para se sentir mais seguro, mas dessa vez precisava voltar logo, e também o duque lhe deu um atestado mais curto.

Já na propriedade de Lady Mary, Peter se perguntava o que sentia, olhava distraído para a figura pequena sentado ao seu lado, seus lindos cabelos macios caindo nos olhos, as bochechas coradas pelo pouco sol que tomou na cidade, a boca tão tentadora que ele adorou provar, e descendo o olhar percebeu as mãos finas e delicadas, onde se via um curativo no dedo, provavelmente espinhos de rosas.

-Sabe, eu sonhei com você antes de conhece-lo, em meus sonhos eu achava que você era uma fada, pois eu só via seus cabelos dourados entre as flores, levei ao susto ao te ver de verdade no jardim da minha mãe.

Lucas sorriu de forma tímida, uma fada...Vejam só que coisa!

-Obrigado...obrigado por hoje, por tudo, ninguém nunca se importou tanto comigo na minha vida, é claro que Lady cuida de mim, mas...Ela nunca me levou assim em lugar algum, e eu gostei, e gostei do beijo...Falou e abriu a porta do carro, correndo pelo gramado até se perder de vista, deixando Peter com um enorme sorriso no rosto.

Ele estacionou o carro e desceu, entrando em casa, logo encontrando sua mãe ao telefone, e ela fez um sinal para ele se sentar ali perto, quando por fim desligou o telefone um sorriso triunfante estava estampado em seu rosto belo.

-Filho eu vou te apresentar uma linda moça, é sobrinha de minha amiga, não aceito não como resposta, e nem aceito qualquer desculpa, por isso seu compromisso para sábado é um jantar no Lincol Palace, um belo e romântico restaurante que adoro frequentar, já fiz suas reservas, por isso amanhã após o seu trabalho iremos as compras, precisa de um terno novo.

Peter nem se deu ao luxo de discutir, sabia que isso aconteceria assim que colocou os pés na casa, só não esperava que seria tão rápido, mas enfim um jantar era algo até agradável, ele faria o papel de bom ouvinte e depois levaria a moça para a casa, e fim de papo, diria a mãe que não eram compatíveis e ela provavelmente procuraria outra, o que lhe daria mais tempo.

-Certo, irei com prazer, mas amanhã quando estivermos nas compras levarei Lucas conosco, ele precisa muito de roupas, alias minha Lady porque não compra roupas para ele? Já viu o estado de suas roupas? Hoje nós fomos tomar um sorvete no centro e ele me disse que nunca saíram juntos para um passeio...Quando eu era pequeno você me levava a todos os lugares, porque nunca levou ele?

Lady Mary suspirou e se acomodou perto do filho, o olhando com certa curiosidade.

-Lucas é adorável, mas ele não é meu filho, nunca substituí você, e só de pensar em levar ele a algum lugar eu me lembrava de você meu querido, talvez eu tenha sido um tanto fria com o pequeno, mas é porque eu sofri muito quando você partiu, não queria me apegar demais e sofrer de novo.

-Desculpe mãe, eu precisava ir...Mas o Lucas também sofreu, talvez mais que eu...Porque o mantem como um empregado?

-Ele não é meu empregado, eu o adotei, ele tem inclusive alguns bens em seu nome, claro que ele não sabe disso, eu quero que ele seja independente e trabalhar é uma boa forma, não acha meu querido?

Peter suspirou, entendia o ponto de vista da mãe, mas mesmo assim achava este ponto de vista um pouco frio demais com o jovem.

-O detetive Farrel informou que meu pai fugiu da cadeia, e avisou que é melhor Lucas ficar na casa grande, ele tem homens nos arredores, e seria bom contratar mais seguranças, pode convencer Lucas a voltar? Sinceramente aquele chalé é muito pequeno, e sem conforto algum...Mãe ele nem tem uma comoda, suas poucas roupas estão numa caixa de papelão no chão, você tem tanto, entendo seu ponto de vista, mas isso chega a ser humilhante.

Lady Mary abaixou a cabeça levemente envergonhada, tinha deixado o pequeno ir morar no chalé, pois foi um pedido dele, mas é claro que podia ter reformado o imóvel, dado conforto, o fato é que não se preocupou como deveria, ela tentava não se apegar muito ao jovem, mas é claro que o filho tinha razão, comprar Lucas a tinha deixado sem coração? Ela o tratava mesmo como um empregado? E a resposta mais clara é que ela o tratava bem pior que um empregado, ela sabia que ele nunca negava nada, cuidava do jardim em dias de chuva e sol, nunca pedia nada, e mesmo sem gostar do duque deixava ele fazer seus tratamentos malucos com ele.

-Claro meu filho, eu vou lhe dizer que farei uma reforma no chalé, ele vai voltar para cá enquanto a reforma é realizada, assim não se sentirá constrangido, ele tem muita resistência em viver aqui, acho que de certa forma se sente inferior, e a culpa é minha. Quanto a fuga, eu já sabia, a polícia me ligou avisando...

-Eu estou de volta, e vou te ajudar a consertar as coisas, está bem? Te amo minha Lady...Respondeu sorrindo e dando um beijo na testa da mãe.

-Mãe, a moça é bonita pelo menos?

-Ela é linda, ficará encantado querido...

“Já estou encantado, e não é por uma linda moça, mas por um lindo rapaz que mais parece uma fadinha...” Pensou o moreno e subiu para seu quarto, iria tomar um banho e buscar Lucas para jantar em sua companhia.

Depois de um cochilo e um belo banho, vestiu uma roupa mais casual e desceu, encontrando sua mãe maravilhosamente linda.

-Nossa, onde vai minha rainha?

-A um jantar com amigos do duque...Não me espere querido, teremos um baile depois e eu adoro dançar, peça a empregada para fazer seu jantar e convide Lucas, assim não fica sozinho.

-Certo, eu convido...Divirta-se.

-Sempre. Ela respondeu e Peter saiu de casa, indo até o jardim, e chegando ao chalé, bateu levemente na porta e logo a porta abriu, revelando o loiro de cabelos molhados e perfumado do banho recente.

-Hum, eu perdi a visão de seu banho...Que pena...Resmungou Peter, o que foi capaz de deixar o rosto jovem corado até as orelhas.

-Realmente eu preciso de uma porta, mas entre...Falou Lucas, dando espaço, e sentindo seus pelos se arrepiarem com o leve aroma amadeirado que sentiu do homem forte ao passar por ele, tocando levemente em seu ombro.

-Um chá? Estou fazendo um pouco e algumas torradas.

-Deixe o chá, quero que jante comigo, Lady vai sair com o duque, ficaremos sozinhos, e eu estou morrendo de fome. Falou Peter, se aproximando do menor com cautela calculada e sorrindo ao ver ele se afastar minimamente, abaixando os olhos, deve ter notado algo na frase, como por exemplo a palavra fome...

-A-acho que...Que ficarei com as torradas...Os olhos estavam meio perdidos, as mãos tocaram seu peito o afastando leves.

-Porque? Tem medo de mim?

-Não! Quase gritou e ficou envergonhado, abaixando o tom de voz a um mero sussurro.

-Você me deixa nervoso. Respondeu Lucas por fim.

-Você me deixa mais nervoso ainda, esse seu olhar, esse jeitinho tímido...Garoto eu fico louco na hora, e preciso muito fazer algo ou perderei a pouca razão que ainda tenho...

Dizendo isso Peter ergueu o queixo de Lucas e deu um beijo cheio de desejo, enlaçou sua cintura o puxando para perto, colando seus corpos, e depois de soltar seus lábios desceu até seu pescoço, enfiando o nariz na concavidade, aspirando seu doce aroma e quase o jogando na cama, mas se controlou e se afastou um pouco, ofegante, só para sorrir ao ver o outro de olhos fechados, corpo largado de encontro ao seu, entregue a sensação...Tão puro...Tão perfeito...Passou os dedos pela face corada e macia e suspirou.

-Lucas, confie em mim, venha jantar em minha companhia.

-Vou...Respondeu ainda nos braços dele, sorrindo.

 


Notas Finais


Me digam se tá ficando bom.


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