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História O Lado Bom De Um Lobo - Chapeuzinho Vermelho (Em Construção) - Revelações › Parte 1


Escrita por: Kali911

Notas do Autor


✧༺♥༻✧

Capítulo 4 - Revelações › Parte 1


Fanfic / Fanfiction O Lado Bom De Um Lobo - Chapeuzinho Vermelho (Em Construção) - Revelações › Parte 1

P O V ' S   A N N E 

 

Eu acordo com a luz do sol fraca batendo em meu rosto pela janela do quarto, eu me sento na cama e olho para o meu lado percebendo que Derik não está mais aqui... Mas quem está atrás de mim? Eu me esqueci de perguntar a Derik sobre isso, eu preciso saber mais do que tudo, o que está acontecendo especificamente. Eu me levanto e olho para a roupa que estou a vestir, espero que a mãe de Derik não fique brava por eu estar usando suas roupas apensar de ficar um pouquinho grande em mim, eu olho ao redor vendo o quarto e só agora parei pra pensar que essa pode ser a casa dele já que está um pouco destruída, mas se aqui trás lembranças ruins porque ficaria aqui? Eu vejo um retrato em cima do criado-mudo e pego. Hmm... Tem uma mulher com cabelo curto cor de mel, parece ser sua mãe, e há um lobo grande de cor cinza escuro ao seu lado, será que... De repente, ouso passos e coloco o retrato no mesmo lugar me virando em direção a porta, depois alguém à abre...

—Ah, você já acordou. – Ele parece desconfiado.

—S-sim. – Eu estou suando, espero que ele não perceba. Porquê ele iria esconder isso de mim...

—Bom já que acordou, vamos indo. – Ele se vira indo em direção para a saída, mas antes olha de canto o retrato que está no criado-mudo.

—Já? – Pergunto saindo do quarto e fechando a porta, depois o sigo até a saída da casa colocando minhas botas.

—Sim, a viagem vai ser longa e ainda mais com toda essa neve, temos que começar o mais rápido possível.

—Vamos a pé?

—Não, quer dizer, só eu vou.

—Como? – Não entendo...

—Você subir em mim de novo. – Acabo me engasgando com o que ele disse e depois rindo nervosamente.

—Ah... Tem certeza? Mas você não está numa condição boa Derik. – Digo preocupada me aproximando mais dele com um olhar triste.

—Sim, não se preocupe Annie, aliás, eu estou bem melhor agora porque você me ajudou e muito. Antes de irmos, vamos ter que esconder esse lugar. – Eu solto um pequeno sorriso.

—Está bem, quer que eu te ajude? Ou espero lá fora?

—Espere lá fora. Se alguma coisa acontecer, grite.

 Ele entra na casa enquanto eu vou para o lado de fora com um pouco de frio. Depois de um tempinho ele sai derramando gasolina até a porta de fora logo soltando o galão, ele entra na casa novamente e trás uma caixa de fósforos e pede pra eu acender e jogar no rastro de gasolina. Eu jogo e vejo o o fogo se alastrando pela casa, depois o Derik pede para eu me afastar e subir nele. Perdida em meus pensamento eu lembro da caixinha de música até que sinto algo meio pesado no bolso do vestido... Anh? Não lembro de ter colocado aqui. Derik...

—Pronto, agora podemos ir. – Olho para ele enquanto a sua casa pega fogo atrás, o vento frio batendo contra ele fazendo seus pelos se mexerem... Ele é muito lindo.

—Está tudo bem pra você?

—Não precisa se preocupar comigo, já estou acostumado com a dor.

Eu mostra um olhar de confiança, mas eu consigo ver que ele está cansado, isso me deixa triste... Ele respira fundo e depois olha para o horizonte observando as grandes árvores cobertas de neve. Ele vem para perto de mim e se agacha para eu poder subir nele.

—Agora suba com cuidado, estamos ficando sem tempo. – Ele está mais estranho do que o normal.

—O-ok. – Eu subo nele que logo se levanta devagar. Ele é meio alto, oh céus...

—Está com medo?

—Não estou... – Ele fica me encarando. —Está bem! Eu admito, talvez eu tenha um pouco de medo de altura. – Eu viro o rosto escondendo minha vergonha.

—Não precisa ter medo, não vou deixar você cair Anne. – Eu faço carinho nele, você faz eu me sentir segura Derik...

Ele começa a caminhar e depois a correr cada vez mais rápido contra o vento frio, sentir o ar bater em meu rosto faz eu ter arrepios... É realmente incrível! Eu quero viver assim, livre. Eu abraço o Derik, seu cheiro é como um doce meio amargo, nunca senti nada igual a isso. Fomos indo o mais rápido possível até que eu tive uma brilhante ideia, eu tento ficar em pé nele abrindo os braços sentindo o vento frio, fecho meus olhos e inspiro fundo quase caindo de cima dele...

—Ei! Não faça isso Anne! – Ele grita comigo pedindo para eu me sentar.

—Porquê se preocupas tanto Derik? – Sem dar ouvidos a ele ainda continuo tentando ficar de pé, não sei porque estou a fazer isso exatamente...

—Anne...! – De repente tudo ficou em câmera lenta, sentindo meu coração doer profundamente. Então sinto uma bala perfurar meu ombro fazendo eu cair violentamente no chão...

Sinto um zumbido forte no meu ouvido e o mundo girar. Derik para de correr caindo e embolando no chão, mas logo se levanta e vem em minha direção gritando pelo meu nome até que eu ouso mais tiros. Derik tenta me puxar para longe me arrastando pelo capuz, mas eles estão muito perto até que um deles mira em Derik, seus olhos mostrava medo então eu me levantei devagar e meio com dificuldade, então gritei pra ele não fazer isso. Lágrimas escorrem lentamente pelas minhas bochechas quentes enquanto minha cabeça doía, ele percebeu que eu estava assustada e parou por um instante, mas Derik evitou o olhar cruel do homem e me colocou em suas costas e correu com todas as suas forças, eles começaram a atirar e atirar sem parar... Eu estava ficando sem ar e estava sangrando muito deixando um pequeno rastro no chão e sujando um pouco o Derik com meu sangue, tentei pressionar o ferimento mas, dói muito! Então o homem com uma barba rústica mandou eles pararem de atirar e ficou encarando eu e o Derik sumir na névoa. Derik continua à correr sem parar, eu estou com tanto frio e com medo... Minha visão está à ficar embaçada e eu começo a sentir fortes tonturas, meu corpo está mole, eu não consigo mais me segurar em Derik...

—Anne!? Anne! Não durma...! – Essas foram as únicas palavras que eu consegui, logo depois, tudo começa a ficar escuro...

⊱  H O R A S   D E P O I S . . .  ⊰

Eu acordo com uma dor de cabeça muito forte. Eu toco meu ombro que está enfaixado sentindo uma leve dor, eu me sento na cama tocando minha cabeça que parece que irá explodir a qualquer momento, olho para meu corpo que está meio pálido... Eu estou usando uma camiseta branca, uma calça justa e meias para deixar meus pés aquecidos, depois olho ao meu redor analisando o local em que estou... Onde eu estou? Eu tento me levantar da cama, mas meu corpo dói, eu tampo minha boca segurando o meu gemido de dor e quando tento ver o ferimento da bala eu acabo lembrando da cena, eu não sabia que eles iriam atirar em nós, na verdade eu foi tudo tão rápido... Eu só devia ter escutado o Derik. Lágrimas começaram a escorrer em meu rosto fazendo eu soluçar repetidamente, depois de alguns segundos eu escuto passos fortes e a porta é aberta bruscamente quebrando a maçaneta...

—Anne!... – Ele encosta sua cabeça em meu colo. —Nunca mais faça isso, eu pensei que fosse perder você! – Sua voz fica tremula, então eu toco sua cabeça suavemente e depois ele se levanta então eu o abraço firmemente.

—Me desculpa... Eu queria ver você sorrir mais uma vez. – A gente se olha fixamente.

—Não... Isso tudo foi minha culpa desde do início! Eu devia...!  – Eu coloco meu dedo indicador entre seus lábios...

—Sshh... O pior já passou. – Depois percebo que ele está machucado também, começo à acariciar suas orelhas. Então começo a chorar novamente. Não foi sua culpa...

Não sei por quanto tempo fiquei abraçando ele, só não queria que ele me visse a chorar, mas só sabia que tudo havia ficado calmo e que ele está a salvo. Mas esse pesadelo ainda não acabou... Depois de alguns minutos ele se afasta e começa a lamber meu rosto, limpando as minhas lágrimas.

—Desculpe, acho que vou lá fora ver como a Tryca está e dizer que quebrei a porta do quarto sem querer. – Ele sai do quarto de cabeça baixa.

Mas quem é Tryca? Eu me levanto com cuidado da cama e me apoio nos móveis e vou andando até a porta, logo em seguida eu saio e me seguro no corrimão de vidro. De repente a porta de entrada se abre, Derik e uma garota de cabelo longo e castanho claro entra, ela tem um rabinho fofo de cervo. Eu me abaixo devagar para escutar sem que eles me vejam...

—... Você deveria contar a ela sobre o Caçador. – Eu escuto a conversa atentamente.

—Você enlouqueceu? Eu não posso contar a ela sobre ele ainda. – Derik parece agitado.

—Você deve contar! E se ele à encontrar sem você por perto? Ele poderia usa-la e... – Ele à interrompe.

—Eu sei! Eu sei... E eu pensando que ele já tinha sumido da minha vida.

—Então, o que você vai fazer?

—Eu não sei, mas vamos ficar aqui por enquanto até eu pensar em algo.

—Você sabe que eles vão te achar, você não pode se esconder para sempre, você estaria colocando a sua e a dela em risco, vocês tem que ir para bem longe daqui até você conseguir ter forças o suficiente para derrota-lo de uma vez por todas, entendes? – ...!

—Sim, eu vou falar com ela. –  Ir para longe...

—Está bem, eu vou preparar o café da manhã, vocês devem estar morrendo de fome... –  Ela vai em direção a cozinha e ele vem em direção ao quarto onde eu estava.

Eu me levanto com cuidado e vou andando rápido até a cama sem fazer muito barulho, eu ouso seus passos se aproximando de mim, vou até a janela e vejo que eu estou em uma vila, como aqui tem vários quartos eu suponho que seja um hotel...

—Anne, precisamos conversar. –  Eu contínuo a observar a paisagem lá fora.

—Eu sei... Se não formos para bem longe daqui eles iram seguir nossos rastros e nos achar logo logo. –  Eu me viro em sua direção que estava a me olhar triste.

—Sim, você deve ter escutado toda a conversa... Vou te deixar em um local seguro que a Tryca me falou enquanto eu vou atrás do Caçador matar ele, depois eu mando um recado pra você que tudo isso acabou, se eu continuar vivo até lá. Aí eu irei embora.

—Ir embora? –  Ele sobe na poltrona e se senta em frente a cama.

—Não é nada pessoal, você vai ficar bem no final disso tudo eu te garanto. –  Talvez ele tenha razão...

—Então... Quem é o Caçador?

—Caçador? – Ele se faz de doido.

—Sim, o Caçador que vocês tanto falaram lá em baixo.

—Ah, é alguém muito egoísta que tem ódio por Lobos.

—Você não é totalmente Lobo, certo? – Quando falo isso, ele fica surpreso e com raiva ao mesmo tempo.

—Você mexeu nas minhas coisas?...

—Não, eu juro! Eu só vi o retrato... –  Eu parei de falar quando percebi que só estava piorando as coisas.

—... Você é mesmo uma intrometida. – Ele se desce da poltrona e vem em minha direção lentamente.

—Derik... –  Ele me interrompeu derrubando um pequeno criado-mudo que tinha um vaso com rosas em cima que estava do meu lado, fazendo barulho o suficiente para todos escutarem.

Ele saiu do quarto com passos firmes. Eu não deveria tocar nesse assunto tão delicado... Com raiva, eu choro em silêncio colocando minhas mãos sobre meu rosto o cobrindo. Eu enxugo minhas lágrimas e tento fazer a melhor cara possível, então vou até a porta, eu olho pros lados e vejo que não tem ninguém por aqui, acho que eles devem estar na cozinha. Eu desço as escadas e quando vou pisar em uns dos degraus eu acabo pisando em falso e caindo...! Puta que pariu, meu pé! Eu seguro meu gemido de dor e me levanto para ir embora, se eu sumir ninguém precisará correr atrás do outro como cão e gato. Eu me levanto com esforço e decido ir até a porta, abro e saio. Havia várias pessoas caminhando com sacolas de compras e outras coisas, eu vou andando com frio devagarinho para longe, as pessoas olham meio torto para mim, mas eu ignoro e tento andar rápido na neve para bem longe daqui. Eu caminho até chegar em um poço de água congelada e começo a chorar... Sou tão inútil! Derik me salvou duas vezes e eu só trouxe mais problemas para sua vida e agora mais pessoas estão se envolvendo nisso...

—Eu quero sumir... –  De repente alguém me pega pelo braço segurando-o com força...!

—Seu desejo é uma ordem. –  Eu olho para o garoto estranho de cabelos grisalhos e olhos verdes com orelhas de Lobo.

Permaneço em silêncio e tento me soltar, mas ele aperta cada vez mais, isso dói muito! Ele coloca um pano em minha boca me deixando tonta, eu tento tirar, mas meu corpo estava ficando sem forças...

—Shh... Bons sonhos Chapeuzinho Vermelho. –  Sinto ele me carregar em seus braços e quando ele ia correr para longe eu vejo Derik entre as pessoas que estavam assustadas olhando para ele e correndo para longe, ele está procurando por mim sem se preocupar com os outros ao redor, mas por quê? Ele está se mostrando as pessoas, isso é ruim, todos estão olhando para ele assustados e gritando. Ele me disse uma vez que isso é por causa do Caçador, qualquer pessoa que encontrar um Lobo e não falar diretamente a ele irá morrer.

—... Anne!! –  Eu tento esticar minha mão até ele, mas é inútil.

—.Derik... –  Falo baixinho, então ele vê o garoto que estava me segurando.

—... Seu desgraçado!! –  Ele corre em nossa direção, mas o garoto corre entrando em becos na vila para fugir do Derik, eu tento ficar acordada, mas eu acabo fechando meus olhos, estou com tanto sono...

~ Fim Do Capítulo 3 ✧ Parte 1 ~



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