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História O Lado Escuro da Lua - Sterek - Raiva e Tensão


Escrita por: TR1BR1D29

Notas do Autor


OIIIII MINHA GENTE, TO VIVO <33333.

Desculpem sumir assim. Minha aulas presenciais voltaram e eu comecei a fazer dois cursos durante a semana. Estou atolado de matérias e com pouco tempo para escrever, mas jamais irei abandonar vocês <3.

Fiquei muito chateado com a quantidade de comentários no capítulo passado ☹️. Poxa, minha gente, eu pensei que finalmente vocês iriam começar a comentarem mais e coloquei bastante expectativa nisso, e acabei me frustando MUITO. Quero, mais uma vez, pedir para que vocês comecem a comentar mais gente. Sabe, é tão legal expressar o que você sentiu no capítulo nos comentários. A emoção vivida pode ser convertida em palavras e se tornar algo extremamente incrível. Comentem mais galera, por favor 🥺. Realizem a vontade desse pobre autor 🙏🏾.

Bom, no capítulo de hoje temos um pouco de como está a situação de Derek e em como eles irão escapar das Irmãs 💕.

A partir deste capítulo, uma nova fase começa na história e o desenvolvimento de Sterek, juntamente com a explicação da profecia, vão ser bem trabalhados. Espero que gostem ❤️.

Façam uma ótima leitura ❤️🥰!

Capítulo 15 - Raiva e Tensão


Derek tentava ao máximo ignorar a sensação de cansaço que se apossara de seu corpo devido a grande concentração de acônito banhado nas cordas que o prendiam, enquanto forçava as mesmas e as correntes prendendo seus pulsos. Os gritos de Stiles se tornavam gradativamente mais altos ao longo dos segundos, e isso era torturantemente doloroso de se ouvir.

Não fazia ideia do que estava acontecendo com o castanho e porquê de repente sua audição havia voltado ao normal, já que aquele bruxo dissera que havia um feitiço bloqueador em volta da sala. Os murmúrios das bruxas se tornavam mais altos e constantes, dando a entender que era essa a causa da dor de Stiles.

Derek não iria permitir que algo a mais de ruim acontecesse ao Stilinski. Ele não merecia aquilo. Ninguém merecia passar por algo assim.

Decidido a não desistir, Derek puxou uma grande lufada de ar e voltou a forçar seu corpo para frente, tentando arrancar as cordas de si. O acônito impedia que sua garras se retraíssem para fora e sua força não estava cem por cento. Num último impulso, o Hale usou até o último resquício de força que tinha em seu corpo, e em um alto e poderoso rosnado, as cordas finalmente se quebraram, caindo de seu corpo.

Derek deixou suas costas pender contra o encosto da cadeira e precisou de alguns segundos para que sua respiração voltasse a se estabilizar. Com o ar recuperado, o lobo forçou o metal em seus pulsos, e facilmente eles se quebraram, deixando-o completamente livre.

Sem pestanejar, Derek se levantou abruptamente da cadeira e correu em direção a porta da sala, abrindo-a e dando de cara com um extenso corredor, iluminado pelos lustres pendurados ao teto, dando um contraste brilhoso as paredes prateadas de um poderoso metal.

Os gritos de Stiles de tornaram ainda mais altos e Derek não pensou duas vezes antes de começar a correr em direção a eles. Seu coração palpitava com o medo crescente em suas veias, rezando para que conseguisse salvar o castanho antes que fosse tarde demais.

Ao chegar no final daquele extenso corredor, Derek avistou uma porta de ferro exatamente igual a aquelas de calabouços em filmes. O som de várias vozes estava concentrado do outro lado, e a voz do Stiles havia enfraquecido consideravelmente. Derek se desesperou.

Tentou abrir a porta, mas falhou miseravelmente. Se afastou um pouco e pegou impulso, batendo seu ombro violentamente contra o ferro repetidas vezes. Nada aconteceu. Frustado, Derek se afastou outra vez e chutou a porta com toda sua força, mas sem resultados.

— Eu lido com isso. – o Hale se virou abruptamente para atrás, assustado ao ouvir a voz rouca de um Parrish coberto por chamas.

— Parrish? O que faz aqui? – perguntou franzindo as sobrancelhas, sem entender como Jordan havia chegado ali.

— Longa história. – a voz afobada de Lydia surgiu atrás do agente.

— Lydia? Onde estão os outros? E como acharam esse lugar? – Derek disparou um pergunta atrás da outra, completamente confuso.

— Eu explico tudo depois. Estamos só eu e Parrish. – Lydia respondeu aflita, carregando uma sensação ruim dentro de si.

— Se afastem! – pediu o cão do inferno, ficando a poucos metros de distância da grande porta.

— Precisamos tirar Stiles dali! Ele não tem muito tempo. – mesmo que odiasse se mostrar vulnerável na frente das pessoas, Derek não se importou em parecer desesperado.

— Eu sei. Eu sinto isso. – a banshee engoliu em seco, encolhendo seu corpo.

— Do que está falando, Lydia? – a voz de Derek soara baixa, quase como um sussurro.

— As visões, Derek. Estão se realizando. – a ruiva respondeu amedrontada, o medo rastejando em sua pele como uma cobra sufocando sua presa.

Derek arregalou os olhos imediatamente. Stiles iria morrer? Não! É claro que não! Derek não permitiria que algo a mais acontecesse ao castanho! Daria a própria vida se fosse preciso!

— Isso não vai acontecer! Stiles não vai morrer! – fechou os punhos com raiva, deixando-a que preenchesse o lugar onde o medo residia.

— Vamos salvá-lo, Derek! Nada vai acontecer com ele! – Lydia se pegou agarrada a aquilo, repetindo a frase em sua mente como um mantra.

— Preparem-se! – Parrish exclamou autoritário, estendendo suas mãos para frente, fazendo duas ondas de fogo irem de encontro com o ferro.

Derek e Lydia se entreolharam brevemente antes de entrarem em posição de ataque, prontos para lutarem com quem quer que estivesse através daquela porta.

O fogo de um cão do inferno é tão intenso, que quase nada resiste ao seu calor. E aquela porta não era uma exceção. As chamas eram tão intensas que foram preciso somente alguns segundos antes do ferro derreter, finalmente dando passagem para os três sobrenaturais.

Jordan foi o primeiro a adentrar na sala. O ambiente era como uma cela antiga, sem qualquer janela ou entrada de ar. Mas, o que lhe chamou a atenção foi a deplorável cena em que se encontravam. Derek e Lydia passaram pela porta determinados, parando somente ao deparar-se naquela situação.

— Oh meu Deus! – Lydia cobriu a boca com a mão, chocada.

Não havia com quem lutar.

As irmãs e o homem de antes – o qual Derek adoraria rasgar a garganta com seus dentes – estavam estirados ao chão estáticos. Estavam mortos. No canto de seus olhos haviam um rastro de sangue, juntamente com suas bocas.

— Stiles! – Derek não tardou em se abaixar em direção ao castanho, seu coração mais que acelerado naquela altura.

Stiles continuava deitado no chão, desacordado. Seus pulsos permaneciam presos sobre as correntes enfeitiçadas e sua pele estava pálida – principalmente a região de seu rosto, estando com os mesmos rastros de sangue dos outros mortos.

— Mas que merda aconteceu aqui? – Parrish murmurou a si mesmo, deixando que finalmente as chamas em volta de seu corpo se apagarem.

— Ele está bem? – Lydia perguntou preocupada a Derek, estática em seu lugar. O medo estava a lhe consumindo.

— Eu não sei. – Derek respondeu aflito, puxando as duas correntes dos pulsos do menor, arrebentando-as. – Stiles! Stiles, acorda! Stiles!

Nenhum dos chamados surtiu efeito. Aquilo preocupou Derek, Lydia e Parrish ainda mais.

— Ele está… ? – Jordan foi cuidadoso em seu tom.

Não! – Derek gritou, se negando a acreditar que aquele hipótese fosse real. – Stiles! Stiles, acorda, por favor! – soou desesperado, dando tapas leves contra a bochecha do garoto.

— Parrish. – Lydia o chamou, seu olhar fixado com o do cão do inferno. – Você a sente? A profecia?

— Que merda vocês estão falando? – o Hale perguntou já irritado com todo aquele suspense.

— Sinto. – Parrish afirmou com convicção, ignorando o apelo de Derek. – Ela é real, Lydia. É o Stiles.

Com aquela frase dita, Derek iria perguntar, ou melhor, gritar outra vez para que dissessem do que estavam falando, quando Stiles se levantou bruscamente, puxando o ar para dentro de seus pulmões com extrema força.

— Stiles! – Derek suspirou aliviado, colocando suas mãos nas bochechas do menor, levando a atenção do mesmo para si. – Você está bem? O que aconteceu?

— Derek! – Stiles sequer se importou se levaria um soco do moreno depois, apenas o abraçou com força. Muita força. – Você está vivo! Graças a Deus!

— É claro que eu estou vivo, Stiles. – revirou os olhos, esboçando um pequeno sorriso antes de retribuir o abraço do castanho.

— O que aconteceu, aqui? – Parrish perguntou depois de alguns segundos, inseguro em quebrar o clima entre os dois lobos.

— Parrish? – Stiles se afastou dos braços de Derek, imediatamente sentido falta de seu calor. – Lydia? O que fazem aqui? – franziu as sobrancelhas, encarando a amiga.

— Banshee. Cão do inferno. Visões. – apontou Lydia, rindo fraco antes de voltar a ter a expressão séria. – Sentimos que estava em perigo.

— É, eu também pensei que estava. – o primordial soltou uma risada amarga, se estremecendo subitamente ao recordar-se da dor que sentia minutos atrás.

— O que houve aqui, Stiles? O que estavam fazendo com você? – Derek indagou preocupado, sendo o mais ameno possível.

— E como eles… Você sabe. – Parrish usou um tom de voz compreensivo, indicando os corpos falecidos no chão.

— Eu… Eu não sei. – Stiles suspirou, mordendo o lábio inferior. – Em um momento eu estava sendo torturado, e no outro eles simplesmente começaram a gritar e… – travou, sentindo seu peito pesar.

Embora merecessem, Stiles não queria matar ninguém. A história estava se repetindo outra vez. A culpa começava a queimar parte por parte de seu corpo.

— A profecia. – Lydia murmurou baixo, seu olhar vago em qualquer lugar daquela sala.

— O que? Como vocês…

— Nós a vimos, Stiles. A sentimos. – Jordan o interrompeu, cruzando o olhar com o jovem e o lobo Hale. – Ela é real.

— Essa é a última vez que eu vou perguntar. – Derek rosnou entredentes, cansado de estar no escuro. – Do que diabos vocês estão falando?

— Meu pai mentiu para mim. – Stiles respondeu com o tom embargado, embora seus sentidos químicos irradiassem mágoa e raiva.


* * *


— Encontram Derek e Stiles. Lydia acabou de mandar mensagem. – Scott disse aliviado olhando a tela do celular, relaxando os músculos quase que instantaneamente.

Estavam todos reunidos na sala de estar da casa dos McCall's a pedido do xerife, que os pediu para encontrá-lo lá. Fazia poucos minutos que tinham saído da clínica de Deaton sem respostas. O sol já havia se posto e a noite chegara quase por inteira.

— Derek? O que ele estava fazendo com Stiles? – Isaac murmurou confuso.

— Eu não faço a menor ideia. – o Alpha suspirou, respirando fundo.

— Pelo menos não vamos precisar voltar até a floresta e procurá-los feito idiotas. – Malia comentou, revirando os olhos.

— Você é sempre tão otimista, Malia. – Theo exclamou sorrindo sarcástico.

— Já deviam estar acostumados. – Kira proferiu como se aquilo fosse óbvio, soltando um risinho.

— Procurar como humana é péssimo. – bufou. – Na forma de coiote seria bem mais produtivo.

— Então por que não o fez? – rebateu Theo, mantendo-se ao lado de Liam.

— Não queria deixar a Kira sozinha. Gosto da companhia dela. – respondeu dando de ombros, não percebendo o impacto daquele frase.

A kitsune prendeu a respiração brevemente, encolhendo os ombros enquanto sentia suas bochechas queimarem.

— Okay… Isso foi extremamente revelador. – Isaac tinha um sorriso malicioso estampado em seus lábios.

— O que? – Malia o olhou sem entender do que se tratava.

— Nada. Não é nada. – Scott tapou a boca do beta, impedindo-o de envergonhar Kira com sua falta de filtro.

— Espera, como Lydia sabia que Derek também tinha sumido? – Liam arqueou as sobrancelhas. – Ela sequer atendeu o celular.

— Não fazemos ideia. – Kira comprimiu os lábios.

! – Scott reclamou de repente, retirando sua mão da boca do loiro ao sentir uma mordida.

— Isso foi por me interromper. – o Lahey tinha um sorriso vitorioso em sua face

— Precisava me morder? – o moreno esboçou um pequeno beicinho.

— Não. Mas, eu queria sentir sua mão me pressionando de outro jeito.

Scott corou tão forte que seu rosto estava digno de competir com um pimentão.

— Cara. – Theo fez uma careta engraçada, grunhindo descontente.

— Por que você é assim? – Liam perguntou incrédulo, olhando para Isaac com os olhos um pouco arregalados.

— Ele é lerdo. Preciso ser bem específico para ele saber o que quero.

— Podemos voltar ao assunto principal? – Scott murmurou completamente envergonhado, evitando olhar nos olhos do loiro.

É a Lydia. – Isaac deu de ombros, apoiando o ombro direito no bíceps de Scott, que corou levemente. – Não precisamos saber de mais nada.

— Será que ela previu o que estava acontecendo com ele? – Malia franziu o cenho, pensativa.

— Provavelmente. – Theo concordou.

— Isso explica porque ela soube ir até onde os eles estavam sendo mantidos presos. – Kira argumentou ao lado da coiote.

— Parrish também estava com ela. – Scott exclamou, atraindo a atenção dos amigos. – O que foi?

— Parrish e Lydia? Juntos? – Theo ergueu uma das sobrancelhas, fechando a expressão aliviada aos poucos.

— Por que isso está parecendo que está longe de acabar? – Liam massagem a testa, fechando os olhos.

— Ainda não entendi. – disse o moreno, perdido com as reações dos amigos.

— Francamente, McCall. – Malia gargalhou fraco.

— É sério? – Kira o olhou descrente.

— Eu disse que ele era lerdo. – Isaac exclamou com obviedade.

— O que? – Scott encolheu os ombros em seu lugar.

— Parrish e Lydia acharam Derek e Stiles. Juntos. Dois precursores da morte. – Theo gesticulou com as mãos.

— Oh! – o Alpha arregalou os olhos, finalmente se dando conta do que estava bem a sua frente.

— As vezes sua lerdeza é impressionante. – comentou Liam, rindo fraco.

— Não podem me culpar por isso. – o moreno se justificou. – Tem coisas demais na minha cabeça.

— Eu adoraria poder tirar todas e substituir por apenas uma. – Isaac murmurou malicioso, olhando nos olhos do menor.

Scott corou fortemente mais uma vez naquela noite.

— Você não cansa de ser tão atirando? – Theo arqueou as sobrancelhas, achando a situação muito cômica.

— Essa é uma das minhas melhores qualidades. – Isaac deu de ombros, não se importando com os olhares em si, menos o de McCall, claro.

— Deveria rever isso aí. – rebateu Liam, segurando a risada.

A conversa fora interrompida quando um Deaton, Peter e John adentraram a residência com expressões nada felizes.

— Eles já chegaram? – Peter foi o primeiro a se pronunciar, sem carregar o ar arrogante de sempre.

— Estão a caminho. – respondeu Scott, analisando-os.

— Por que estão com essas caras? – Isaac questionou ao ver como os três adultos pareciam tensos.

— E o que ele faz aqui? – Liam apontou para Deaton, que comprimiu os lábios.

— Temos um problema em mãos. – disse o druida, fitando-os com seriedade.

— Mais um? – Malia arqueou as sobrancelhas, bufando em seguida.

— Malia! – Kira a repreendeu, dando um leve empurrão do ombro da coiote.

— Desta vez, não é só Stiles que corre perigo. – John murmurou com pesar, fechando os olhos.

— Do que o senhor está falando, xerife? – Scott perguntou preocupado, alternando o olhar entre os três mais velhos.

— De uma coisa que pensei que nunca precisaria mencionar outra vez. – respondeu enigmático, massageando a testa com um pouco de força.

— Será que você pode parar com esse drama de filme e nos contar de uma vez o que está acontecendo? – Isaac não se preocupou em usar um tom educado, estava farto daquele suspense.

— Isaac! Não pode falar assim com as pessoas! – Scott o repreendeu, lançando um olhar mortal para o beta.

— Esse suspense chato de filme já está batido. – deu de ombros, não se deixando abater pelos olhares feios dos outros presentes.

— Eles chegaram. – Peter avisou, escutando o carro de Parrish parar e o cheiro de Derek invadir suas narinas.

Isso foi o suficiente para deixar todos tensos, embora estivessem aliviados em ver os amigos em segurança. Ou quase isso.

Logo, alguns passos foram ouvidos do lado de fora da residência e a porta da frente fora aberta, revelando Derek, Lydia, Jordan e um Stiles emanando os piores dos sentimentos. Mágoa e Raiva.

— Stiles! Graças a Deus! – Scott foi o primeiro a correr até o melhor amigo, abraçando-o com força.

— O que faz aqui? – Derek perguntou a Peter, estranhando o fato do tio estar ali.

— Estava ajudando a te procurar.

— E desde quando se importa comigo? – o Hale mais novo rebateu, erguendo uma sobrancelha.

— Não seja um mal agradecido, sobrinho. – Peter revirou os olhos, camuflando o alívio em ver o sobrinho bem.

— Como sabia onde encontrá-los? – Malia perguntou a Lydia, estava de braços cruzados.

— Tive uma visão. E simplesmente meu corpo começou a seguir por um caminho que eu sabia que iria achar Stiles. – explicou Lydia, mordendo o lábio inferior em seguida.

— E Parrish? – Theo encarou o cão do inferno.

— Cérbero tomou controle sobre meu corpo e me levou até eles. – Jordan comprimiu os lábios, indeciso sobre contar o resto ou não. – Descobrimos uma coisa.

— Stiles? O que foi? – Scott perguntou ao se afastar do castanho, esse que ao menos retribuiu o abraço do moreno.

Stiles não respondeu. Sua expressão era de pura chateação, e seus olhos estavam fixos em John. O xerife engoliu em seco, nunca tinha visto esse olhar no filho antes.

— Você mentiu. – acusou, sua voz saindo baixa e um tanto sombria.

— Stiles… Me deixe explicar, por favor. – John tinha o olhar suplicante, enquanto se aproximava lentamente do filho.

— Por quê não me contou antes? – os olhos de Stiles lacrimejaram, as lágrimas se acumulado no canto de seus olhos.

— Eu tive medo. – admitiu, soltando um suspiro pesado. – Medo desse olhar que você está agora.

— Deveria ter me contado antes! – a voz do castanho subiu algumas oitavas.

— Stiles, se acalme. – Scott pediu, sentindo-se cada vez mais perdido com aquela conversa, assim como o restante do pack.

— Não! Não peça para me acalmar, Scott! – gritou. – Você mentiu pra mim esses anos todos! Eu tive que ser torturado para descobrir essa maldita verdade!

— Stiles…

— Não! – o interrompeu, aproximando-se com passos duros. – Nada do que disser agora vai fazer eu me acalmar!

— Stiles, o que está acontecendo? Do que você está falando? – Isaac quem perguntou, assustado com as reações do, até então, Stilinski.

— Ele não é meu pai! – tinha tanta dor em sua voz, que praticamente todos conseguiram a sentir. – O homem que a vida inteira eu pensei ser meu pai, não é!

— O que? – Scott arregalou ligeiramente os olhos, completamente espantado com a revelação. – Isso é verdade?

— Eu não sei. Isso é verdade, pai? Eu ainda posso te chamar assim? – Stiles murmurou sarcástico a John, a essa altura as lágrimas banhavam sua face.

— Stiles, por favor, não faz assim… – John também tinha lágrimas em seus olhos, a culpa corroía seu peito.

— Responda a maldita pergunta! – Stiles exigiu abrindo os braços, exaltado.

— Sim, eu não sou seu pai biológico. – finalmente aquelas palavras saíram da boca do xerife, tornando toda situação ainda mais dolorosa para Stiles.

O castanho ofegou, e sequer deu conta que havia começado a soluçar. Todo o pack assistia a cena com os corações apertados em ver o amigo daquela maneira. A dor emanando dele era sufocante.

— Stiles… – Derek o chamou, ainda chocado e um tanto abatido por tudo que estava ocorrendo, mas não podia deixar que o castanho sofresse assim.

Stiles deu um passo para trás no momento em que Derek deu um para frente. Não confiava em seus sentimentos agora e tinha medo de ferir alguém pela raiva.

— Durante minha vida toda, eu sempre pensei que poderia contar com você. – iniciou, sua voz saindo baixa e embargada. – Pensei que seria para sempre nós dois depois da morte da mamãe. Tem ideia de como eu estou me sentindo?

— Me perdoe. Por favor, filho, me perdoe. – John implorou, a dor em seu peito sendo cada vez mais difícil de se lidar. Estava se segurando para não ir até seu filho e o abraçar.

— Eu matei alguém hoje. – Stiles confessou, a culpa nítida em sua voz.

Scott arregalou os olhos, assustado com a confissão. Mas, ele tinha toda certeza daquele mundo que Stiles, seu melhor amigo, não queria o fazer.

— Aquelas bruxas morreram e eu sequer sei como eu as fiz morrerem. – uma risada amarga escapou de seus lábios.

— Stiles, está tudo bem. – Theo se pronunciou, compadecido com a dor do amigo. – Nenhum de nós acredita que você fez isso porque quis.

— Não, Theo. Não está tudo bem. – negou, as lágrimas voltando a escorrer por suas bochechas. – Nada vai ficar bem de novo.

Com passos ligeiros, Stiles deu as costas para todos dentro sala e saiu pela porta da frente. Rapidamente, Derek, John e Scott, juntamente do restante da alcatéia, seguiram-o para fora.

— Stiles, espera! – Scott correu até ele. Não deixaria que o melhor amigo fizesse alguma estupidez. Ele precisava de apoio, e era isso que McCall o daria.

— Me deixe em paz, Scott. – pediu, o cansaço exposto em seu tom.

— Stiles, vamos resolver isso de uma vez, okay? – John ergueu as mãos ao alto, andando cautelosamente até o primordial.

— Não há nada a resolver. Eu não sou mais seu filho e há uma profecia dizendo que eu sou o anti-cristo do mundo sobrenatural. Está tudo mais que resolvido.

— De que profecia está falando? – Scott franziu o cenho, confuso com a frase dita pelo outro.

— Agora não, Scott. – Derek interviu, já estava sendo doloroso o bastante para Stiles falar sobre tudo aquilo.

— Volta lá para dentro, descanse um pouco. Amanhã podemos conversar melhor. – John usou um tom carinhoso, não querendo forçar o menor a nada.

— EU NÃO QUERO DESCANSAR! – gritou alto, assustando a todos ali com o tom que sua voz saiu.

Era um tom rouco e muito zangado. Parecia ter vindo de seu próprio lobo. Um rosnado estrondoso e potente roncou do peito do castanho.

— Me deixem em paz! – exigiu, antes de virar as costas a eles e retirar sua camisa, jogando-a ao chão em seguida.

Curvou seu corpo para frente e, em poucos segundos, uma camada grossa de pelos negros se sobressaiu em sua pele, espalhando-se por todo seu corpo. Logo, um grande lobo negro surgiu.

— Oh meu Deus! Stiles! – Scott deu um passo para trás, intrigado com o tamanho e aparência do amigo.

— Ele é…

Enorme. – Isaac completou a frase de Liam, tão surpreso quanto o outro beta. Nunca havia passado por sua cabeça que Stiles poderia ser tão… Majestoso em sua forma bestial.

— Stiles, não faça isso. – Derek suplicou, sentindo seu lobo choramingar por dentro com as emoções ruins do grande lobo.

O lobo encarou o Hale mais novo por poucos segundos, antes de finalmente sair correndo pelas ruas escuras de Beacon Hills. Ele precisava relaxar, e estar em sua forma lupina o ajudaria.


Notas Finais


E então?? O que estão achando?? Me digam aí, por favor 🥺.

Stiles está muito magoado com tudo o que descobriu, e sinceramente eu entendo ele. Espero que nosso pequeno fique bem logo, ainda tem muito chão pela frente, hehe.

Mais uma vez, COMENTEM BASTANTE pessoal! Quero uma meta de, pelo menos, dez comentários para o próximo capítulo ❤️🥰!

Até a próxima atualização amores ❤️🥰!


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