1. Spirit Fanfics >
  2. O Legado >
  3. Capítulo 10

História O Legado - Capítulo 10


Escrita por: LunaSelene

Notas do Autor


Olá, gatinhos. Eu demorei pois estava um pouco confusa sobre esse capítulo ainda, em dúvida quanto algumas partes e sábado foi meu aniversário e passei o dia morgando :)
Mas ele chegou e espero que vocês gostem...
Capítulo feito com todo o amor para MidriaB, aalissonaargent e allanahelen (vocês são incríveis)
Também assisti Animais Fantásticos na sexta e pelos deuses, que filme é aquele? Vocês já assistiram? Só digo que já quero o segundo.
Vou parar de enrolar, vão lá e aproveitem a leitura ;***

Capítulo 10 - Capítulo 10


Quero amigos, não admiradores. Pessoas que me respeitem pelo caráter e pelo que faço, não pelo sorriso encantador. O círculo ao meu redor seria bem menor, mas o que importa, desde que fosse composto por gente sincera?

O Diário de Anne Frank

 

Os feriados vieram tão rápidos quanto se foram. Em um momento pareciam que ainda podiam ouvir os gritos dos alunos da Grifinória pela vitória no jogo e no momento seguinte os alunos estavam voltando das férias de fim de ano.

Albus não foi para casa, ao contrário os outros. Ele se sentiu desanimado com a perspectiva de ficar no Castelo sem os amigos, mas a outra opção seria ir para casa e encarar os pais. Quando pensou nisso a ideia de passar o feriado trancado no dormitório não pareceu tão ruim, mas então ele soube que James também ficaria.

James… Eles ainda não estavam se falando muito, se cumprimentavam no corredor e trocavam algumas palavras desde o jogo, mas eles sabiam que ainda tinha um muro entre os dois. Era sempre estranho quando eles se viam.

Quando eles estavam saindo da arquibancada os jogadores se encaminhavam para os vestiários, mas James viu de longe seu irmão e resolveu esperá-lo. O mais velhos dos Potter sorriu ao vê-lo em companhias tão peculiares, a mistura ali era visível não só para ele.

– Irmão. – Albus falou quando se aproximou, ele queria permanecer sério, pois ainda estava chateado. Mas o sorriso de James derrubou algumas barreiras. – Parabéns pelo jogo.

James se aproximou e abraçou Albus com força o erguendo um pouco do chão. Era algo que ele sempre fazia quando eles passavam algumas horas longe um do outro, Albus vinha correndo e James o abraçava e o erguia.

– Eu vi você na arquibancada da Lufa-Lufa. – James sorriu. – Vocês… – Ele se corrigiu olhando para os outros que estavam logo atrás de Albus.

– Rose – Scorpius falou. – Tudo culpa da Rose.

A menina deu de ombros e foi abraçar o primo sorrindo feliz.

– Quem são seus amigos, irmãozinho? – James perguntou.

– Ah, Freya Zabine, Steph Morgan, Zach Miller e Thomas Agnelli. – Albus falou rapidamente apontando para cada um.

James olhou para cada um deles os avaliando, Freya sustentou seu olhar com o típico orgulho sonserino e lhe deu um sorriso. Steph estava corada, algo comum para James. Zach lhe deu um curto sorriso e o cumprimentou com a cabeça. Thomas parecia deslocado, como se quisesse estar em qualquer outro lugar que não ali.

– Boa jogada aquela com o Damien, Potter. – Freya falou. – Algum desavisado poderia jurar que vocês o derrubaram de propósito.

James deu um sorriso amarelo.

– Claro que não. Isso poderia causar uma expulsão do jogo e várias detenções… – James parecia desconfortável perante o olhar da garota.

– Você tem razão. – Ela olhou para Albus que estava olhando para os próprios pés. – Porque vocês se arriscariam a fazer algo tão perigoso sem qualquer motivo, não é?

James também olhou para Albus.

– Tirando o fato, é claro, que o Flint é um babaca. Você quer dizer? – James perguntou mais descontraído.

O que quer que a menina fosse falar se perdeu quando os jogadores saíram animados. Os irmãos se despediram e eles foram em direção oposta.

Thomas mudou de direção na primeira oportunidade não se despedindo de ninguém em particular, apenas dando um adeus vazio. Albus pareceu mais relaxado longe do lufano, mas os outros não pareceram se incomodar.

No Natal o Castelo estava estranhamente silencioso, poucas pessoas caminhando pelos corredores o que dava um bom ar de liberdade. Albus estava andando pelo corredor próximo a torre da Corvinal, na verdade ele estava perdido. Ele saíra explorando o Castelo sem se importar em que direção seguir, sabia que aquele corredor daria para a Corvinal por que já tinha visto aquela armadura estranha antes quando andava com Amélia.

Ele tentava refazer seus passos para poder voltar a entrada do Castelo, mas sem ter noção de qual corredor deveria virar. Mas não estava com medo ou assustado, em seu rosto tinha um grande sorriso de diversão. A situação mudou rapidamente.

– Perdido, Al?

Albus se virou rapidamente tomado pelo susto, sua mão indo rapidamente ao bolso da calça em busca da varinha. Mas seu corpo relaxou quando notou a loira parada a sua frente de forma displicente.

– Vic. – Albus falou em um suspiro. – Você me assustou.

A loira se aproximou sorrindo. Victorie tinha uma beleza clássica, cabelos loiros abaixo dos ombros como Fleur, olhos azuis e um lindo rosto. Sua pele tinha um tom pálido com bochechas coradas. Ela vestia um vestido justo na cintura com botas e o cachecol azul de sua casa.

– Você não estava tentando entrar no Salão da Corvinal de novo, estava? – Ela perguntou.

Ela se referia a uma vez em que ele e Scorpius decidiram que seria divertido tentar entrar lá. Amélia já tinha contado toda a história da “porta que falava” e que ninguém conseguia entrar lá, por que devia ser um verdadeiro corvinal para isso. Amélia não era arrogante, na maior parte do tempo, mas aquele ar superior estava presente em cada palavra quando ela falava sobre sua casa. Então eles botaram na cabeça que poderiam conseguir entrar.

No fim eles foram mais pela diversão do que por orgulho ferido, mas quando estavam no topo da torre o monitor os tinha pego. Eles pensaram que estavam em apuros, mas Andrew apenas sorriu e disse que eles não eram os primeiros. Eles viram a águia fazer a mesma pergunta que fizera as eles e Andrew parar para pensar e então dizer a resposta e entrar no Salão. O monitor ainda lhes deu um sorriso e uma piscadela

– Como não pensamos nisso? – Scorpius quis saber.

Albus apenas balançou a cabeça de um lado para o outro em negação.

– Não, eu estava andando e acabei me perdendo. – Eles respondeu a ela.

A garota sorria quando o abraçou pelos ombros.

– Vamos para o Salão Principal, é quase hora do almoço. É uma boa caminhada, você vai poder me dizer como foram essas últimas semanas, faz um tempo que não nos encontramos.

– Você sempre parecia ocupada quando eu tinha tempo livre. – Albus disse com um muxoxo.

– São os N.I.E.M.s, eles estão acabando com todos nós. – Ela falou se desculpando. – Você pode começar me dizendo se já está falando com James normalmente.

Albus revirou seus olhos. Victorie era a apaziguadora da família, sempre que algum deles brigava ela ia lá e tinha uma de suas conversas e os fazia perceber que estavam sendo bobos. Talvez por ser uma das mais velhas junto de Teddy e Molly ela tomava para si o papel de ajudar os mais novos. Mas mesmo ela teve que confessar que também ficaria irritada com James.

Pior para Albus era que Vic nunca desistia de nada.

Ele gostou daquele Natal, tinha recebido bons presentes e Fred e Molly também ficaram na escola e na ceia eles se sentaram todos juntos e foi bom passar aquele dia com uma parte de sua família. Não tinha o cheiro de biscoitos de chocolate de sua avó Molly ou a torta de morangos silvestres da horta ou o abraço de Gina quando deu meia-noite.

Mas teve Fred fazendo piadas, James o ajudando a fazer pássaros de papel como eles costumavam fazer quando eram mais novos, teve os breves sorrisos de Molly e o abraço caloroso de Victorie que tinha cheiro de morango com alguma flor.

Mas o melhor daquela noite foi quando James o acompanhou até as masmorras e lhe deu o seu presente. Era um livro grosso que falava sobre a magia na América no século XIX.

– Uau! Onde você o encontrou? Procurei esse livro por meses.

– Tive ajuda. – James falou. – Feliz Natal, irmãozinho.

– Obrigada, irmão.

Albus o abraçou rapidamente e depois voltou a encarar o livro em suas mãos. Ele parecia bem velho e a capa tinha algumas ranhuras, mas era um livro muito raro. Ele se surpreendeu quando James o abraçou novamente.

– Você é meu irmão, Al. Sempre vai ser, mesmo quando não tivermos ninguém teremos um ao outro, lembra? – James falava tudo rapidamente com medo que Albus o afastasse. – Sei que fui muito idiota no início das aulas, me perdoe por isso. Mas eu estou aqui, Al. Eu sempre estarei aqui.

Ele soltou Albus devagar, o mais novo tinha os olhos brilhando pelas lágrimas que ele não permitira que caísse.

– Obrigada pelo livro, irmão. A caminhada para a torre é longa, você não vai querer pegar uma detenção no feriado.

Ele não esperou que James dissesse algo mais, deu as costas e entrou no Salão da Sonserina. James ficou parado olhando para a porta que acabava de fechar. Ele já tinha conquistado muita coisa em pouco tempo, sabia disso. Albus não era alguém que perdoava facilmente, um dos motivos pelo qual James tinha dito que ele iria para a Sonserina. Ele já tinha falado tudo que podia, pedia perdão sempre que tinha oportunidade, pediu ajuda a Hermione e Fleur para conseguir o livro que sabia que Albus queria. Agora ele teria que demonstrar para Albus que o que aconteceu no início das aulas nunca mais voltaria a acontecer. Há muito tempo eles tinham feito uma promessa um ao outro, James quebrara essa promessa e Albus não confiava nele como confiava antes. Então ele faria tudo que pudesse para mostrar ao seu pequeno irmão que nunca o abandonaria novamente.

 

Na véspera de ano novo eles receberam um embrulho muito grande. As corujas deixaram na frente de Fred, mas no cartão vinha dizendo que era para “Weasley e Potter”. Quando eles abriram viram que era o Incrível Super Foguete Montável Weasley. Foi lançado na loja de logros há pouco mais de um ano e era como o nome dizia incrível.

Eles passaram alguns minutos o montando e Molly o guardou, porque não confiava em James e Fred para ter algo explosivo na grifinória, Victorie não subiria com aquilo para a Corvinal e Albus era só um garotinho, o que gerou uma careta de desgosto no mais novo.

Quando deu o dia e a hora exatas eles chamaram os alunos que tinham ficado no castelo e foram para os jardins, viram que alguns professores os acompanhavam. Quando Fred acionou o foguete se ouviu uma forte explosão seguida de outras mais fracas e o céu de Hogwarts se iluminou em diversas cores. Todos sorriam, alguns batiam palmas e Victorie girava pelo campo verde enquanto um dragão dançava acima deles.

A menina loira saiu puxando Molly e Albus que estavam mais próximos e os arrastou para que eles rodopiassem com ela, logo James e Fred também estavam lá e eles sorriam e se abraçaram até cair. As luzes pareciam não ter fim sempre se transformando em algo. Do dragão passou para um leão que parecia rugir para a lua e se tornou uma fênix que alçava um magnífico voo. Eles ficaram lá deitados no chão aproveitando o momento.

 

Para Scorpius as coisas foram um pouco diferente. Indo desde o momento em que ele deixou a plataforma.

Ele ficou em uma cabine com com Rose, Amélia e Freya. Enquanto os três conversavam Freya estava entretida lendo um livro, Scorpius não acreditou muito que ela estava lendo de verdade, ele achava que era apenas um motivo para não ter que conversar com as outras duas.

Rose pareceu notar isso também.

Do pouco que notou ele não achava que os Zabine eram preconceituosos. Freya era calada no geral, falava com poucas pessoas e nos últimos meses se aproximou muito de Scorpius e Albus. Ela não rechaçava um ou babava pelo outro, ela os tratava como pessoas normais, era só Scorp e Al para Freya. Anthony não gostava de pessoas, era o que Freya havia dito uma vez. Ele apenas as aturava em determinadas situações, tinha conversas agradáveis com Molly, mas sempre sobre algo da escola ou sobre o futuro acadêmico. Scorpius já o tinha visto conversando com pessoas de outras casas, estava sempre sério e as vezes tinha um olhar distante.

E mesmo vindo de uma família com valores puristas os Zabine não eram encarados ou apontados, talvez se devesse ao papel escondido que a família teve na guerra. Sophia, mãe de Blaise, apoiava o Lorde das Trevas, mas nunca teve a marca. Pelo menos é o que diziam.

De qualquer forma Scorpius achava isso uma injustiça, mas ficava feliz por Freya querer sentar ao seu lado, mesmo que isso a afastasse das colegas de quarto.

– São todas umas tontas. Tão chatas e infantis. – Ela dissera uma noite quando três meninas passaram por eles e olharam para Freya virando o rosto em seguida.

Quando chegaram a plataforma Freya se encontrou com o irmão mais velho que lhe tomou o malão gentilmente de suas mãos. Só havia carinho nos olhos de Anthony quando ele encarava Freya.

A menina deu um tchau apressado e saiu seguindo o irmão. Amélia se despediu dos dois antes de começar a correr em busca da mãe. Rose e Scorpius ficaram parados lado a lado fora do trem olhando em volta procurando seus pais. Rose avistou Hermione e levantou a mão para chamar a atenção de sua mãe que a viu e veio caminhando rapidamente na direção dos dois.

Scorpius começou a suar e fingiu que ainda procurava os pais.

– Scorp, seu pai está ali. – Rose falou apontando.

Scorpius olhou na direção que ela apontava e viu Draco parado de forma elegante com suas vestes negras. Os dois se encararam por um breve momento e um sorriso sutil apareceu no rosto do mais velho.

Scorpius deu um tchau sem jeito para Rose e saiu antes que Hermione se aproximasse mais. Ele chegou perto de seu pai e o cumprimentou, mas foi recepcionado com um abraço saudoso o que o surpreendeu. Draco não era tão afetivo longe dos muros de casa.

– Estava com saudades, filho.

– Eu também, papai.

Draco bagunçou seus cabelos ainda sorrindo. Ele se abaixou para pegar o malão e quando ergueu a cabeça notou que a pequena ruiva que estava do lado de Scorpius caminhava apressada em direção dos dois. Draco percebeu que Scorpius parecia nervoso e mexia a cabeça em negação.

– Scorp, você saiu muito rápido. – Rose falou brigando.

Draco olhava aquela interessante interação com curiosidade e resolveu chamar a atenção para si.

A menina ainda reclamava dizendo que o menino loiro não se despediu de forma apropriada e que isso era muito feio. Draco pigarreou e a menina parou de falar.

Rose ficou bastante vermelha.

– Ah, desculpe sr. Malfoy. Que falta de educação. – Lançou um olhar feio para Scorpius como se aquilo tivesse sido culpa dele. – Sou Rose Weasley.

Ela falou estendendo a mão que foi pega por Draco. Ele notou que a menina era um pouco parecida com Hermione naquela idade, ou poderia achar isso apenas por saber quem era a mãe dela.

– É um prazer conhecê-la, srta. Weasley. – Draco falou com cortesia. – Desculpe o mal jeito, mas nós temos que ir para casa. Astória ficará preocupada com a demora.

– Não, tudo bem. – A menina ainda estava envergonhada. – Só vim deixar o presente de Scorpius, ele saiu tão rápido…

A menina estendeu o embrulho que segurava para o loiro que o pegou inseguro.

– Mas…

– Eu vou viajar e não acho que vou conseguir mandar a tempo o seu. Pedi para minha mãe trazer, espero que goste.

– Obrigada, Rose.

– Sr. Malfoy, não deixe que ele abra antes do tempo. Por favor.

A menina pediu sem jeito. Mas Draco abriu um sorriso divertido.

– Pode deixar, srta. Weasley. Farei isso, nem que eu tenha que lançar feitiços sobre o embrulho.

A menina sorriu e pareceu mais relaxada.

Antes que os Malfoy fossem embora Scorpius tomou coragem e abraçou Rose rapidamente.

– Sentirei saudades, Rose.

– Eu também, Scorp.

Rose voltou para perto da mãe que observava tudo de longe. Mãe e filha deram as mãos e saíram para o mundo trouxa.

 

Assim que passou do hall de entrada da mansão Scorpius foi agarrando por braços finos e sentiu o perfume característico de Astória. Ela apertava o menino com força e distribuía beijos por todo o rosto pálido.

– Mamãe! Mamãe!

Astória se separou dele alguns centímetros, mas colocou suas mãos em cada lado do rosto dele e ficaram se encarando. O verde no azul por alguns minutos até ela se sentir satisfeita e se afastar.

– Estava com saudades, querido.

– Eu também.

Draco que tinha parado para observar deu alguns passou e deu um beijo casto na testa da esposa.

Scorpius foi correndo para o seu quarto. Ele passou algum tempo parado embaixo da porta observando todas as nuances do cômodo. Sentia falta do quarto, do silêncio, de tudo ali. Ele avançou rapidamente e pulou na cama como quando era menor.

Astória chamou Scorpius para lanchar no meio da tarde, Draco ainda estava em casa e ainda tinha aquele estranho ar alegre.

– Você foi bem sucinto nas suas cartas, Scorpius. – Astória falou enquanto tomava um gole de chá.

Scorpius temia que seus pais quisessem saber mais detalhes da sua estádia em Hogwarts motivo pelo qual o loiro pensou em ficar no castelo, mas sua mãe insistiu que ele voltasse para o feriado, dizendo que estava com muita saudade. Uma chantagem barata na opinião do menino.

– Não há muito o que contar… – Scorpius falou enquanto esmagava um biscoito com a ponta dos dedos. Ele não conseguia mentir para os pais, o que era terrível na opinião dele.

Astória e Draco trocaram um olhar cheio de significado fazendo Scorpius se encolher na cadeira. O menino estava se sentindo examinado sob o olhar de Astória.

Ele agradeceu quando Nory apareceu tirando assim a atenção dos dois de cima dele. O elfo deu uma carta a Draco que rapidamente rompeu o lacre e a leu. A expressão dele se modificou de concentrado para irritado.

– Querido, algum problema? – Astória perguntou preocupada.

– Meus pais passarão o feriado aqui… na mansão.

– Mas mamãe disse que eles não viriam para cá. – Scorpius falou olhando para Astória. – Você disse que eles não viriam.

– Eles disseram que não… – Astória começou a falar.

– Meu pai falou que encontrou com um amigo e que mudou de ideia preferindo passar o feriado aqui conosco. “É tempo de estar com a família e quero dar uma olhada no meu neto”, foi o que ele disse.

A xícara de Scorpius foi parar no chão.

– Scorp…

– Ele disse que amigo ele encontrou? – Scorpius perguntou.

– Sebastian Nott. – Draco respondeu.

– Merda! – O menino falou sem se conter.

– Scorpius! – Astória o advertiu. – O que andam ensinando naquela escola?

– Filho… – Draco falou chamando a atenção de Scorpius para si e disse gentilmente. – Há algo que você queira nos contar?

Eric Nott estava no 2º ano em Hogwarts. Era um garoto magricela, com cabelos castanhos e grandes olhos verdes. Ele não fez parte ativamente daqueles que atormentaram Scorpius e Albus no início do semestre, mas também não se mostrou favorável ao lado deles. Ele não estava nenhum pouco favorável e Scorpius poderia usar muitos palavrões para descrever o menino que ele já tinha aprendido a detestar.

Scorpius encarou os pais que esperavam que ele começasse a falar. Então ele falou sobre tudo, desde o início. Falou sobre a cabine e de como Albus e Rose foram gentis, de como ele gostou quando Amélia falou com ele como se ele fosse só um garoto comum. Sobre a seleção e sobre Albus que ficara verde ao sentar na mesa das serpentes, falou sobre Molly, que era uma Weasley sangue quente, mas que era educada e gentil e que os ajudou a perceber que não poderiam ficar de cabeças baixas em um ninho cheio de serpentes. Contou das brincadeiras, que não eram brincadeiras e da vingança, de como ele odiou Hogwarts naquela primeira semana e como gostaria de ter ido embora.

Falou dos meses seguintes, de como era bom ter amigos e que agora já estava se aproximando de outras pessoas também, por causa de Rose e Amélia que insistiam em trazer seus amigos quando os quatro iam se reunir.

Contou aos pais sobre os olhares das pessoas, sobre as piadas e o tratamento hostil que recebia de alguns alunos. Comentou de forma leve como eles ainda ficavam surpresos quando viam Rose ou Albus caminhando ao seu lado.

Em nenhum momento Astória ou Draco o interromperam. Astória agarrava seu colar com força e Draco mantia uma expressão dura. Quando Scorpius parou de falar seus pais ainda se mantiveram em silêncio durante um tempo.

– Ninguém conseguiu ligar as travessuras com vocês? – Draco perguntou com um pequeno sorriso em seu rosto.

Scorpius teve que reprimir o seu depois do olhar que Astória lançou ao marido.

– Não. Zach nos ajudou, ele é amigo da Amélia da Corvinal. É bem inteligente e detalhou bem essa parte do plano. Rose disse que Fred e James vivem tramando coisas contra os primos nas férias e que Albus também se envolvia e que era realmente bom nisso. Quando a professora entrou Albus conseguiu mentir na cara dura.

– E você blefar muito bem. – Astória falou. – Onde já se viu… eu jamais deixaria você chegar perto daqueles livros de maldição.

Scorpius se sentia mais relaxado.

– Você se portou bem, Scorp. – Draco falou. – Deveria ter agido antes, eu acho. Mas cada um tem seu tempo.

– Nós só o fizemos por causa de Molly. – Scorpius confessou envergonhado.

– Não, você fez por você e por Albus, assim como ele fez. Molly apenas abriu seus olhos. – Astória falou. – Bem, estou orgulhosa de vocês. O menino Potter parece ser um bom garoto.

Esse foi o gatilho para Scorpius começar a falar sobre os amigos. Detalhou como Albus era tratado na escola, como ele se sentia incomodado, falou sobre James e que Albus ficara magoado com a atitude dele. Disse também que ele era mais inteligente do que demonstrava e que achava que ele se barrava para as pessoas o esquecerem e pararem de compará-lo ao pai.

Falou sobre Rose, como achava a inteligência dela extraordinária e que ela deveria estar com Amélia na Corvinal. Mas em seguida falou que talvez o lugar dela fosse a Grifinória mesmo porque a menina tinha uma impetuosidade invejável, comentou que ela tinha uma certa arrogância, mas que nunca a tinha usado para ser melhor que ninguém.

Quanto a Amélia ele se sentiu um pouco temeroso, mas o sorriso da mãe o deixou tranquilo novamente. Falou sobre como Amélia era inteligente, tão inteligente quanto Rose. Mas que ela tinha algo de diferente, como se toda informação fosse válida e comentou que a menina sempre estava com um livro em mãos, para qualquer lugar que fosse. E que os olhos dela pareciam brilhar enquanto lia e nesse momento ele falou em como ela parecia genuinamente feliz na viagem de barco até as margens da escola e como o sorriso dela pareceu contagiar a todos.

Falou sobre Zach e Emílio, que cada vez mais estavam se aproximando, falou sobre Steph que era uma menina insegura, mas que parecia ser divertida quando conseguia esquecer seus sobrenomes e que detestava Zara Portman, que não lhe passava nenhum pouco de confiança. Falou sobre Thomas, o descreveu como um garoto silencioso, mas que sabia fazer comentários oportunos, mas que não gostava dele e que isso o entristecia, porque ele o achava bem legal.

– Um conjunto interessante de amigos, filho. – Draco falou.

– Os Zabine são bem mais legais do que eu achava. Freya com certeza é uma garota sensacional, de opinião forte e respostas ácidas. Anthony está sempre na dele, mas sempre conversa com a gente quando tem tempo, mas ele não parece gostar de nada.

– Blaise era assim também. – Draco comentou. – Ele era idiota com todo mundo, independente de sangue ou classe social.

Draco começou a falar sobre seu tempo em Hogwarts, sobre alguns colegas. Astória fazia alguns comentários engraçados, sempre que Draco mencionava Theodore Nott que ela detestava ou Pansy Parkinson, que era até hoje uma amiga de Dafne, mas que Astória queria bem longe deles.

A tarde passou rapidamente, assim como os dois dias seguintes e logo a véspera de Natal chegou e com ela a perspectiva da visita dos Srs. Malfoy. O jantar teve que ser atrasado 1 hora para poderem aguardar a chegada deles. Scorpius estava sentado na sala ouvindo sua mãe tocar piano.

A chegada de Lucius e Narcisa foi feita de forma silenciosa. Eles se cumprimentaram brevemente, com poucos toques e palavras. As malas sendo levadas até uma ala da mansão. O jantar foi permeado de tensão, todos esperavam alguém fazer o primeiro movimento, Astória se mantinha em sua típica pose de Sra. Malfoy que ela geralmente adotava quando os pais do marido vinham para fazer alguma visita.

Narcisa fazia alguns comentários sobre a nova decoração do salão de recepção, primeiro dizia palavras gentis e depois falava sobre o que Astória poderia ter feito que faria o trabalho ser melhor. Astória apenas sorria e concordava, mas Scorpius conseguia reparar que sua mãe apertava os talheres com mais força depois de comentários assim.

Quando já chegavam a sobremesa Scorpius teve a vaga esperança de terem talvez um Natal normal. Mas seu pensamento foi interrompido pela voz grave de Lucius.

– Tive um encontro agradável com Sebastian. – Ele falou sem muito interesse.

– Encontrei Theo há uns meses. Parecia bem, espero que o sr. Nott também esteja. – Draco disse.

– Ah sim. Ele está em plena saúde. –Lucius ainda mantinha a voz impassível.

– Que bom. – Astória falou.

Narcisa olhou para ela e pigarreou. Astória sabia o que aquilo significava “na conversa dos maridos as esposas devem permanecer caladas”. Uma coisa que Astória jamais faria e caso Draco tivesse vindo alguma vez com uma ideia absurda daquela ele teria provado de todo o seu estoque de maldições.

– Ele me veio com notícias um tanto preocupantes sobre Scorpius. – Lucius chegou aonde queria.

Scorpius levantou a cabeça e encontrou os olhos de Astória. Ela não sorria, mas seus olhos demonstravam gentileza.

– Mesmo? – Draco perguntou querendo ver até onde o pai iria com aquilo.

– Ele me relatou sobre algumas amizades desqualificadas que Scorpius está tendo esse ano. Algo que muito me desagradou. – Lucius falou e seus lábios se tornaram uma linha fina de contrariedade.

O que me desagrada é você falando de mim como se eu não estivesse aqui. Scorpius pensou e bateu o talher no pires com mais força do que deveria chamando a atenção dos outros para si.

– Como quem? – Draco perguntou com falso interesse e Lucius percebeu que seu filho não estava nem aí para o que quer que ele fosse falar.

– Potter, Weasley e uma menina trouxa, por Merlim. – Falou batendo a mão na mesa fazendo um barulho que fez Scorpius pular na cadeira.

– Harry Potter é um Chefe dos Aurores e Gina Potter uma importante jornalista no Profeta Diário. Ronald Weasley trabalha em uma loja cuja fama está alcançando nível internacional e Hermione Granger, bem… esse nome fala por si mesma. Daqui a alguns anos pode ser cogitada a Ministra da Magia. – Astória falou para o grande desgosto dos sogros. – Quanto a Amélia Hall teremos que saber mais dela, obviamente. Uma família trouxa ao que parece, Scorpius teceu bastante elogios para ela. Uma menina muito inteligente, não é filho?

– Sim, mamãe. – Scorpius respondeu com falsa segurança. – Uma típica corvinal.

Lucius parecia conter a fúria.

– Então vocês sabiam de toda essa palhaçada? – Ele perguntou aos berros.

– Papai, não há motivo para se exaltar. Scorpius…

– Scorpius desmanchará qualquer relação que ele tenha com esses sujos imediatamente. Isso é uma ordem.

Astória ficou ultrajada com a fala do sogro e fez que ia se erguer, mas Draco colocou a mão sobre a dela.

– Scorpius, querido. – Astória falou gentilmente. – Suba para o seu quarto, por favor.

– Ele ficará aqui até assumir o compromisso de zelar pela honra da família. – Lucius voltou a gritar.

Scorpius se levantou para sair, quando Lucius também se ergueu.

– Não dê mais um passo, garoto. – Falou exaltado.

– Você não dá ordens ao meu filho. – Astória falou com os rosto em fúria. – Scorpius, suba. Agora!

O menino não esperou uma segunda ordem. Caminhou o mais rápido que pode sem ser deselegante. Na escada ainda pode ouvir as vozes exaltadas dos pais e avós.

Alguns minutos depois que ele subiu Astória entrou no quarto e se sentou na cama ao lado de Scorpius.

– Eles foram embora? – Scorpius perguntou. – Me diga que eles foram embora, por favor.

Mas pelo sorriso triste que Astória lhe deu ele sabia que não.

– Vou pedir que seu café seja servido aqui amanhã e não precisa descer para as refeições também. – Ela falou triste. – Nem mesmo para a ceia se não quiser.

Ele sabia que Astória apenas não queria botá-lo em frente ao avó e vê-lo passar pelo que seu pai deve ter passado por toda a infância e adolescência. Mas ele sabia também que aquilo entristecia Astória e ele não queria deixá-la triste.

– Eles ainda estão brigando?

– Acho que sim. – Astória falou. – Seu pai não queria que eu me exaltasse e pediu que eu viesse ver como você estava.

– Estou bem. – Ele falou simplesmente.

– Meu amor, pode falar comigo. – Enquanto falava ela passava as mãos no cabelo dele.

– Você quer que eu me afaste deles? – Scorpius temia a resposta.

Astória se surpreendeu com a pergunta e fez que não com a cabeça enfaticamente.

– É claro que não, meu anjo. Amigos são como tesouros, Scorp. Quando você os encontra você deve protegê-los, guardá-los e amá-los, pois são preciosos demais. – Astória falava calmamente.

– Obrigada, mamãe.

 

Os dias que se seguiram foram terríveis e Scorpius se perguntava se não teria sido melhor pedir permissão da diretora para voltar ao Castelo. Mas a perspectiva de deixar os pais sozinhos com os avós não era muito animadora.

Logo ele descobriu o que era o presente de Rose e aquilo lhe acendeu uma chama de alegria em meio a toda a nuvem pesada que parecia pairar sobre a mansão. Ela já tinha comentado com ele sobre os diários de Hermione Granger e ele falou que gostaria de lê-los, mas nunca imaginou que teria mesmo a chance de fazê-lo.

 

Caro Scorpius,

Rose me falou sobre o seu interesse sobre a nossa história e devo dizer que sempre fico feliz quando vejo jovens como você se interessando pelo passado. A única forma de não cometermos os mesmos erros é aprendendo com o que se passou, confesso que fiquei um pouco reticente em deixar esse diário em suas mãos. Desvendar a história é algo perigoso e deve ser feito com cautela, só concordei com o pedido de Rose quando ela disse que você já tinha tido acesso a outros livros detalhando a Segunda Guerra e queria uma nova visão.

De imediato peço desculpas pelo que vai ler, esse é o relato de uma jovem com o coração em pedaços depois de uma guerra que cobrou um preço alto demais. Todos nós perdemos, Scorpius. E me refiro a todos mesmo, de todos os lados.

Eu não estava nos meus melhores dias quando comecei a escrever, queria algo que aliviasse um pouco o tormento das memórias, algo que ajudasse a superar a dor da perda. Naquele momento saber de nossa vitória foi um pequeno alívio, como um suspiro depois de passar muito tempo com o ar preso. E quando tudo pareceu esfriar nos demos conta do que perdemos, de quem perdemos e que tínhamos nos perdido também e demorou um tempo para nos reencontrar.

Quero apenas prepará-lo para o que vai encontrar aqui. Peço também que meu olhar não influencie o seu, lembre-se que eu era uma garota em sofrimento pelas perdas de uma guerra e que as pessoas mudam com o tempo e com o amor.

Quero também que peça permissão dos seus pais para que leia. Não gostaria que o fizesse sem o consentimento deles. Rose falou que você é um bom garoto e vou confiar que você fará o que estou tão gentilmente pedindo.

Com carinho,

Hermione Granger.

 

Scorpius tinha pedido a permissão e sempre lia longe dos olhos dos avós. No começo Hermione falava sobre a morte de Albus Dumbledore, o homem que foi homenageado por Harry Potter quando Albus nasceu. Scorpius já tinha lido sobre Dumbledore, muitos o consideravam o maior mago do último século.

Ela relatava como se sentiu perdida naqueles meses, com medo da perseguição e como foi doloroso dar adeus aos pais para se juntar a Harry. Os relatos se seguiam, falava sobre as constantes mudanças de esconderijo, sobre se sentir perdida, sozinha e triste.

Até que ele chegou a noite em que eles tinham sido pegos e levados até a mansão Malfoy, ate a casa dele.

Scorpius estancou naquela parte. Eles tinham estado ali, Harry, Ron e Hermione tinham estado ali. Ele sentia medo do que encontraria nas páginas seguintes. Hermione conseguia descrever com detalhes a mansão, ele notou que ela deveria ter observado tudo com atenção procurando algum meio de fugirem.

Ele sabia onde ficava o lugar onde ela tinha sido mantida e foi caminhando até lá. Seus passos eram curtos e pesados, suas mãos tremiam levemente.

Ele chegou ao cômodo, ele não parecia com o que ela tinha descrito e ele reparou que eles tinham feito modificações naquele cômodo ou talvez ele tivesse errado de lugar também.

– Foi aqui.

Scorpius se virou e encarou o pai.

– Potter e Weasley foram levados as masmorras e Granger permaneceu aqui com Bellatrix. – Draco falou sério.

– E onde você ficou enquanto ela era torturara por sua tia? – Scorpius perguntou sem dó.

Ele já tinha lido muitos livros sobre a guerra. Havia visto relatos de sobreviventes nos jornais, mas aquilo era diferente. Hermione parecia transcrever cada sentimento, cada dor. Ela passou para as páginas amareladas a sensação da cruciatos no corpo, como a garganta parecia em chamas por causa dos gritos e todo o seu corpo parecia estar sendo cortado.

Mas o pior foi saber que Draco tinha ficado parado lá sem fazer nada, apenas assistindo enquanto uma garota que ele conhecia desde os 11 anos era alvo de uma tortura monstruosa.

– Eram tempos perigosos, Scorpius. – Draco tentou explicar e seus olhos passavam dor. Mas Scorpius também estava sofrendo. – Você não…

– Não me diga que eu não entendo. Não me diga isso novamente. – Scorpius caminhava pela sala. – Era algo simples, pai. Você pegava sua varinha e salvava uma pessoa inocente.

– Filho… – Draco não sabia o que falar para Scorpius.

– Você não fez nada, pai. Nada!

Draco segurou Scorpius e se abaixou para ficar da altura do menino.

– Você não tem a menor ideia do que foi viver a minha vida. Viver preso aqui dentro com aquele monstro e meu pai, tudo que eu tive que fazer. – Draco baixou a cabeça. – Tudo que eu fiz foi por nossa família, fiz o que eu pude, Scorpius, para ficar vivo, para proteger meus pais. Você nunca entenderá, pois eu jamais deixarei você passar por algo remotamente parecido com aquele inferno.

Draco soltou Scorpius e se afastou.

– A vida tem nuances de cinza, filho. – Draco falou. – Talvez quando você for mais velho você compreenda isso.

– Harry se sacrificou. –Scorpius não queria comparar os dois, mas foi inevitável.

– Sim, ele era todo um grifinório. Eu era muito sonserino para me sacrificar por pessoas que não conhecia. Meu trabalho era proteger nossa família, obedecer meu pai e seguir ordens que não nos traria problemas. Isso é algo que grifinórios nunca fariam. Você verá isso convivendo com a jovem Weasley, a impetuosidade mora naquela torre.

Scorpius teve que sorrir.

– Você não os entregou. – Scorpius falou em um sussurro.

– O que?

– Ela fala aqui que tinha certeza que você os reconheceu, mas que não os entregou. Disse que você baixou a varinha quando estava mirando em Dumbledore. Porque, papai?

– Matar não é tão fácil quanto creem os inocentes. Seja direta ou indiretamente. Eu queria poder e glória, mas inconscientemente acho que queria que Potter vencesse e acabasse logo com aquela merda de guerra.

Scorpius olhou com o olhos arregalados para o pai antes de sorri.

– Não diga a sua mãe que eu disse essa palavra. – Scorpius assentiu. – Vou deixar você continuar a sua leitura.

– Pai. – Scorpius chamou e correu em direção a Draco o abraçando fortemente. – Desculpa por julgá-lo, eu amo você.

– Eu também amo você, Scorp.

Scorpius riu.

– O que?

– Eles me chamam de Scorp também. É estranho, mas legal. Faz eu me sentir em casa, sabe?

– Sim, eu sei.

 

Seus avós continuaram na mansão por toda a semana e o feriado de Scorpius não parecia ter previsão de melhora, mas como tudo pode piorar ele soube que eles dariam um baile de ano novo e que ele teria que ir. Astória veio lhe dizer isso com uma careta, ele percebeu que ela mesma não queria participar daquele circo e ele sabia o motivo daquilo. Aproximá-lo de puros sangues respeitáveis.

As coisas melhoraram um pouco quando ele recebeu uma coruja que vinha trazendo uma mensagem de Freya.

 

Espero que seu feriado esteja tão bom quanto o meu (espero que tenha percebido a ironia). Soube do seu incrível baile (olhos revirando) e que teremos que ir. Embora talvez eu esteja com saudade do seu humor sem graça eu vou detestar ter que aturar aquela gente por toda a noite, espero sua ajuda para que minha noite não seja tão miserável.

O presente foi atrasado. Mande o meu pela mesma coruja.

Freya Zabine

 

De tantas coisas ruins ter a companhia de Freya e Anthony seria um alívio, poderia ajudar a passar por aquele tormento em forma de baile. Agora ele teria que pensar em algo para mandar para a garota, ele até poderia se sentir culpado se não soubesse que o presente dele também foi mais cortesia do que o sentimento puro de presenteá-lo. Freya era uma boa garota e bastante legal, mas era muito esquisita também.

 


Notas Finais


Maior capítulo até agora, acho. Eu tinha mais coisas para botar nele, mas tava ficando muito grande e não sei se vocês gostariam. Se eu continuasse daria mais de 10 mil palavas, então resolvi parar ali.

Vamos ao capítulo em si.
O que acharam de James? Temos Victorie nesse capítulo, lembro que ela é mencionada em Relíquias, então parti do ponto que ela está sem seu último ano, okay?
Vocês estão amando Astória? Ela ganhou meu coração nesse capítulo, muito amor por ela.
O que acham do Scorpius está lendo sobre a guerra sob a perspectiva da Hermione? Deve ser um baque saber das coisas assim... Fiquei com pouco de dó do Draco e vocês?
Me digam o que acharam ;**


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...