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História O Legado - Capítulo 25


Escrita por: LunaSelene

Notas do Autor


Obrigada pelos comentários. Fiz um esforcinho e to postando esse logo :)
Aproveitem!

Capítulo 25 - Capítulo 25


“Não é o peso da carga que o derruba. É o modo como você a carrega.”

C.S. Lewis

 

Se as coisas fossem mais simples Amélia teria caminhado até onde estava os Zabine na estação e teria lhes dito a verdade, ou teria aproveitado o momento em que Freya saiu com Zach para procurar a mulher dos doces e teria falado para Albus, Rose e Scorpius. Mas cada vez que ela estava prestes a falar algo parecia sufocá-la. Ela sentia medo, se Eliza estivesse certa Sofia não mediria esforços para apagar aquela macha que a existência dela representava.

Ela não sabia como os amigos reagiriam a saber a verdade. Freya, com certeza, teria um ataque, ela imaginava Anthony se afastando e dizendo que precisava de um tempo. Rose ficaria ao lado dela dando-lhe força e dizendo que tudo ficaria bem, Albus ficaria abrindo e fechando a boca sem conseguir encontrar as palavras corretas e depois iria abraçá-la e chutar Freya caso ela falasse algo maldoso. Amélia não sabia como Scorpius reagiria, ela poderia imaginá-lo indo até Freya para tentar acalmar as coisas e fazê-la ver que as coisas não eram tão estranhas e depois tentaria conciliar as coisas entre as duas, mas agora ela não sabia o que ele poderia fazer.

Por isso ela foi guardando o segredo de todos. Eles perguntaram, mas ela falou que não teve coragem de perguntar nada e de nem mexer nas coisas da própria mãe, que talvez fosse melhor esquecer aquele assunto por ora. Obviamente que para Amélia não existia isso de esquecer um assunto, a garota tinha quase uma compulsão e todos eles já tinham sofrido com aquele mal da menina, até mesmo Nicholas que mal a conhecia.

– Esquecer? – Nicholas perguntou. – Eu passei todo o feriado me remoendo para saber a verdade e você quer esquecer?

A menina deu de ombros.

– Você me fez esvaziar uma estante da biblioteca atrás de um livro por que Zach falou para você que a resposta para trabalho da Revolução dos Duendes estava lá, mesmo que nós tivéssemos um excelente livro em mãos. – Albus estava confuso. – Mas, quando é um assunto realmente importante, você quer esquecer?

– Só por um tempo. – Amélia só queria que eles esquecessem aquilo.

– Minha mãe sempre fala que não devemos fazer perguntas se não estamos preparados para as respostas. – Scorpius falou pegando um pedaço de pudim e colocando no seu prato. – Por falar nisso, vocês já conseguiram achar uma forma de começar aquele dever de Poções? Juro que já li dezenas de páginas e ainda não formei uma forma de fazer aquilo.

Amélia lançou um olhar agradecido para Scorpius, mas o garoto não viu. Ela não deveria ter ficado agradecida tão rápido.

Ela percebeu como estava ferrada quando Scorpius a esperava do lado de fora da aula de feitiços. Ele estava encostado na parede de forma displicente e arrancou alguns suspiros das corvinais que também saiam da sala. Amélia percebeu, não pela primeira vez, que toda aquela combinação de cabelo loiro e olhos azuis faziam de Scorpius um garoto muito bonito. O rosto não era mais tão rechonchudo e estava já abandonando os traços infantis. Ela parou de admirá-lo quando ele estendeu a mão pedindo que ela lhe entregasse sua mochila, algo que ele sempre fazia. Era um cavalheiro, como Astória o criou para ser, como o próprio tinha dito uma vez.

– Pensei em acompanhá-la até seu salão, Amy. – Scorpius falou fazendo a menina desconfiar.

– Hum…

– É um bom caminho até a torre, talvez você possa me contar quem é seu pai. –Ele falou como se não fosse nada de mais. A menina parou de andar o que fez com que Scorpius tivesse que se virar para olhá-la. – É um comensal foragido? Alguém do círculo interno do Lorde? Por isso sua mãe fugiu para o mundo trouxa? Por isso não quer nos contar?

A cada pergunta a menina dava passos vacilantes para trás. Ela olhos para os lados, mas o corredor estava vazio.

– Você acha mesmo que acreditaríamos naquela história de esquecer? Amélia Hall não esquece de nada, lembra? Você já aterrorizou cada um de nós, alguns de nós mais de uma vez porque você simplesmente não conseguia esquecer algo e tinha que solucionar, tinha que saber. E, por Merlin, Amélia, eu já cheguei bem perto de azará-la em um desses seus momentos louca atrás de respostas.

– Scorp…

– Okay, eu vou rir bastante se seu pai for um comensal. Por que isso, com certeza, iria ser um tipo de castigo divino, se você acredita nessas coisas.

– Eu…

– É tão ruim assim? – Ele perguntou preocupado.

– Pior. Muito pior.

– Por Merlin, seu pai é o próprio Voldermort? – Scorpius perguntou com falso choque colocando as mãos na boca. – Não, espera. Ele já tinha morrido…

Ele conseguiu fazer a menina sorrir.

– Vamos. – Ele estendeu a mão para ela que a segurou e eles foram caminhando em direção a torre. – Hoje, as 22 h, na cozinha. Nós quatro vamos conversar. Seja o que for podemos ajudar, Amélia.

Ele fez o que disse, a deixou na torre e depois voltou para as masmorras para se aprontar para o jantar. Albus o esperava no quarto.

– Então? – O moreno perguntou.

– Estávamos certos. – Scorpius falou tirando a gravata. – Muito sonserino da sua parte deixar isso por minha conta, Al.

– Amy ainda está cheia de toques com você. Ela teria nos enrolado, a Rose e a mim, mas claro que ela soltaria algo com você.

Scorpius deu um sorriso de reconhecimento ao menino.

 

Scorpius e Albus tiveram que andar um bom pedaço para se afastar do monitor da Lufa-Lufa que fazia as rondas, e chegaram alguns minutos depois do combinado já encontrando Rose e Amélia sentadas tomando algo em uma xícara fumegante e comendo biscoitos.

– Eu fico do outro lado do Castelo e cheguei primeiro. – Rose falou quando eles sentaram. – Como vocês sempre estão atrasados?

– Monitoria. – Scorpius falou como se isso explicasse e aproveitou para pegar um biscoito. – Bem, não temos a noite toda. Quem é seu pai, Amélia?

Scorpius recebeu um chute de Albus e Rose deu um tapa na sua mão fazendo com que ele derrubasse o biscoito.

– Eu… e-eu não posso dizer. – A morena tentava controlar as lágrimas.

– Nós podemos ajudar, Amy. – Rose segurou a mão dela a apertando levemente. – Nos deixe ajudar.

– Minha mãe escondeu isso por todo esse tempo por um motivo. Ela só queria me proteger.

– Não existe proteção na mentira. – Scorpius falou e depois se enconlheu. – Al, se você me chutar de novo eu vou te socar. Olha, é bem simples. Seu pai está vivo? Ele sabe de você?

– Sim e não.

– Então ela não mentiu só para você. – Scorpius falou com raiva. – Tem uma pessoa lá fora que não sabe que tem uma filha sensacional como você e ele tem que saber.

– Não! – Amélia começava a ficar tonta com tanta pressão. – Você não entende, nenhum de vocês entende.

– Estamos aqui, Amy. Estamos ouvindo. – Rose tentou acalmá-la.

– A família dele… eles… minha mãe é nascida trouxa. – Ela olhou para eles buscando ver se eles entendiam e pelo olhar que recebeu ela julgou que sim. – No dia que ela descobriu que estava me esperando uma pessoa lhe fez uma… uma visita… e-e ela fez minha mãe compreender q-que não era bem-vinda aquela família. – Amélia não conseguiu reprimir algumas lágrimas. – Então ela fugiu. Foi embora para longe, até que ele parou de procurá-la e ela nunca mais voltou para o nosso mundo. Tudo para me proteger.

– O que essa mulher pode ter feito que convenceu sua mãe? – Albus quis saber.

– Acho que a maldição cruciatus é bem convicente, Al.

Rose e Scorpius tiveram calafrios, eles ainda se lembravam de forma vívida a descrição de Hermione a cerca da maldição. A dor, a sensação na pele…

– Mas seu pai… – Scorpius tentou começar.

– Não importa. Ele tem filhos, bons filhos. Ele não precisa de mim.

– Você os conhece então? – Rose perguntou, mas pelo olhar de Amélia ela sabia que a menina não falaria mais nada.

Não saber quem era o pai de Amélia só fez com que eles ficassem mais curiosos. Eles começaram a bolar uma linha de investigação, sabiam que a pessoa vinha de uma família preconceituosa e que já tinha no mínimo dois filhos, Amélia os conhecia, então eles ainda deviam estar em Hogwarts. Scorpius temeu no início que seu pai pudesse ser o pai de Amélia. Mas quando perguntou para a menina ela deu uma estrondosa gargalhada e o abraçou, um toque que ele sentia falta, e disse que ele era hilário, mas negou. E no íntimo Scorpius sabia que não podia ser Draco, ele era muito apaixonado por Astória e começaram o envolvimento bem cedo depois da guerra e nunca mais se separaram. Depois, ele pensou, que a reação de Amélia tinha sido bem condizente com a situação. O sr. Potter e Weasley também foram tirados da equação, assim como boa parte das pessoas que eles conheciam. A lista acabou sendo formada de boa parte de pais de alunos da Sonserina e a ideia pareceu ser pior a cada minuto, quando pensaram que Amélia poderia ser irmã de Eric Nott um calafrio assustador passou pelos três e eles abandonaram a lista por tempo indeterminado.

Aquele assunto estava encerrado por ora.



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