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História O Legado dos Shinigamis - Parque de Diversões


Escrita por: Dani_M_2004

Notas do Autor


Para compensar o capítulo passado, que foi um depressão, esse aqui tem alguns momentos fofos

Capítulo 15 - Parque de Diversões


Fanfic / Fanfiction O Legado dos Shinigamis - Parque de Diversões

    Luzes roxas, vermelhas e azuis iluminavam o céu estrelado. As luzes neon atraíam pessoas de todo o canto da cidade, desde as que preferiam o conforto do carrossel até aquelas que gostavam da adrenalina da montanha russa. O barulho de tantas pessoas em um mesmo lugar tornava difícil escutar alguém que estava ao seu lado. Os seis adolescentes estavam olhando para o lugar perplexos.

Entretanto, o que era para ser um dia de diversão para os amigos, era uma noite indiferente para Kota. O garoto tinha seus olhos iluminados pelas luzes do parque, um olhar perdido na multidão. A lembrança da conversa de mais cedo ainda estava fresca em sua mente.

— Uou! Mal posso esperar para andar naquele Barco Pirata! — disse Aiko, animada.

— Eu também! Podemos ir juntos — Tatsuo tinha um sorriso no rosto.

— Espera, gente. Não é melhor ficarmos juntos? — Asami indagou e franziu as sobrancelhas.

— Talvez seja melhor assim, Asami... — disse Sakura em um tom tão baixo e desanimado que pareceu quase um sussurro.

Ela e Kota travaram olhares.

— Vamos na montanha-russa, então? — a azulada virou para a menor.

— Claro, eu vou adorar — tentou sorrir, mas não chegou a seus olhos.

Assim, as duplas se separaram. Tatsuo e Aiko indo ao Barco Pirata, enquanto Asami e Sakura caminharam em direção à montanha-russa. A garota então se aproximou de Kota.

— Nós dois, hum? — Hana revirou os olhos. — Justamente a dupla ideal.

— Não enche, tá? Você acha que eu não queria estar com eles? — bufou.

— E por que não vai?

— É complicado!

— Certo, senhor complicado. Enquanto você decide o que fazer, quer me acompanhar até a Roda Gigante.

— O quê...?

— Ah, pelo amor de Deus. Eu não vou deixar você ficar depressivo aqui desse jeito! — a quincy o puxou pelo pulso.

E ele foi, mesmo relutante. Porém na fila para o brinquedo, a cenas da escola voltaram de novo.

Sakura tinha estado estranha a manhã inteira, então não foi surpresa quando a garota o puxou no intervalo para uma sala vazia, para conversarem. Mesmo sabendo de seu passado agora, ela sabia que não tinha o direito de expor para os outros sem a autorização do próprio.

Havia irritação em seus olhos e ela acertou um soco no braço de Kota.

— Au! O que eu fiz agora?

— Você fez a Fiona chorar!

— O quê...?

— Eu não terminei! — cruzou os braços. — Olha, não vou dizer que eu te entendo, porque eu nunca passei por uma situação parecida. Mas sabe quem entende? Fiona! E eu sei que você está sofrendo, mas ela também está. Você, como filho dela, deveria estar do lado dela nesse momento. E tratar ela daquele jeito não ajuda em muita coisa!

— Sakura... — ele balançou a cabeça. — Escuta, você caiu de paraquedas em toda essa confusão. Eu sinto muito por isso. Mas, infelizmente, as coisas não são tão simples.

— O que não é simples, Kota? Você voltar para casa?

— Esqueceu que eu preciso controlar o hollow que está dentro de mim?

— Até onde eu sei você poderia muito bem fazer isso com os vaizards e ainda voltar para casa e passar um tempo com sua mãe. Não use isso como desculpa — Sakura suspirou. — Por que você não vê isso?

— E por que você não para de cuidar da minha vida?! — gritou.

A garota deu um passo para trás, assustada com a alteração repentina do amigo. Lágrimas brotaram em seus olhos e Kota se arrependeu das palavras no mesmo momento.

— Sakura... eu não quis...

— Eu só queria te ajudar, Kota. Porque vocês dois são pessoas muito importantes para mim, e quero vê-los felizes — disse pegando sua bolsa de cima da mesa. — Mas, se você não quer ajuda, me desculpa por me meter na sua vida assim.

Sakura abriu a porta e saiu da sala correndo. Aiko e Tatsuo colocaram a cabeça para dentro da sala e lançaram um olhar questionando o que acontecera. Kota suspirou, sabendo que já era hora de contar sobre sua história para os amigos.

— Kota? — estalou os dedos na frente do rosto do garoto. — Você está começando a me preocupar.

Eles já estavam dentro de uma cabine na Roda Gigante. Do alto, era possível ter uma visão linda da cidade.

— Só estou pensando em como eu sempre estrago tudo — ele colocou os braços sobre a barra de proteção e abaixou a cabeça.

— Ainda sobre a discussão que teve com a Sakura?

Assentiu.

— Eu consegui afastar até os únicos amigos que eu fiz — soluçou.

— Espera aí, Kota. Tenha calma. Até parece que eles vão te deixar assim tão fácil.

Kota ergueu a cabeça e encarou a garota nos olhos.

— Eu tô sonhando ou você está sendo legal comigo?

— Cala a boca e escuta, tá bem, cabeça de alga? — deu um soquinho no ombro do garoto.

Ele assentiu de novo.

— Seus amigos te amam, Kota. Sei disso porque convivo com o idiota do meu irmão — revirou os olhos. — Ele sempre está comentando algo sobre você, ou sobre as meninas. E sempre que algo o lembra de você, ele faz questão de ficar comentando.

— Sério? Eu não sabia disso...

— Claro que não sabia, você não mora na mesma casa que ele, cabeção.

— É... isso é justo.

A felicidade de saber que seus amigos se importavam com ele não durou, infelizmente.

— Mas isso não muda o fato de eu ser um covarde. Eu não tenho coragem nem mesmo de encarar minha mãe nos olhos depois de todos esses anos. Eu a machuquei tanto... — suspirou e abaixou a cabeça de novo. — Eu sou um fracasso.

— Um fracasso? Hum, não. Um idiota? Sim.

— Valeu o incentivo, você é ótima nisso! — sua voz saiu abafada.

— Eu estou falando sério, Kota — realmente, agora, não havia mais aquele tom debochado quando falava. Ele se endireitou para ouví-la. — Você cometeu muitos erros, assim como todo mundo já cometeu nessa vida. Mas, escuta, você é forte por ter passado por tudo isso e, ainda sim, se mantido de pé. Mesmo que aos trancos e barrancos. Eu mesmo não conseguiria — Hana colocou sua mão no ombro dele. — É por isso que eu sei que você é capaz de consertar seus erros e passar por mais esse momento difícil. Até porque você não está sozinho — ela corou. — Quero dizer, eu definitivamente não tô falando de mim. Eu falo do meu irmão idiota e de suas amigas maravilhosas, incluindo a Asami.

— Heh. Claro, você não está inclusa, então? — um pequeno sorriso surgiu nos lábios dele.

— Claro que não, idiota — ela riu. — Mas Asami parecia muito preocupada com você hoje, viu? Ela parece mesmo se importar com você.

— É, eu sei. Também me preocupo com ela... — Kota respirou fundo e encarou Hana nos olhos. — Obrigado, Hana. Pelas palavras, por tudo. Eu precisava dessa conversa. Você é até legal quando não está me irritando.

— Eu sei — piscou. — Você pode me agradecer fazendo as pazes com seus amigos. Aliás, com a Sakura. Porque a Aiko e Tatsuo não ficaram irritados com você. Isso é só coisa da sua cabeça.

— Pode deixar — disse sorrindo. — Ah, e sobre o que disse de você não suportaria situações como a minha... Sim, você conseguiria aguentar, Hana. Você é mais forte do que pensa, sei disso desde quando te vi pela primeira vez.

— Ah — as bochechas da garota estavam vermelhas. — Obrigada, Kota...

— Olha, você me chamou pelo nome!

— Não começa, bob esponja!

Ele riu e ela cruzou os braços. Hana nunca admitiria em voz alta, mas estava feliz por Kota voltar a seu estado de espírito normal. Ela preferia o garoto a irritando àquele Kota depressivo e sem brilho. Porque o brilho em seus olhos era lindo. Mas isso ela também jamais diria.

Depois de cerca de uma hora, o grupo se encontrou novamente na frente de uma barraca de algodão doce. As tentativas de Asami para animar Sakura não pareciam ter funcionado. Ela continuava com uma expressão triste. Tatsuo e Aiko voltaram com narizes pintados de vermelho e alguns balões. Kota acabou sentindo um arrepio. Ele odiava palhaços e tudo que fosse relacionado a eles.

Ao ver que o garoto queria conversar com os amigos, Asami resolveu agir.

— Ei, Hana — chamou. — Que tal a gente pegar uns cachorros-quentes para todo mundo?

Hana assentiu e seguiu a amiga para a barraca próxima.

— Sakura... sabe, eu... — disse coçando a nuca. A menor o encarou mas não disse nada. — Eu não devia ter gritado. Fui um idiota total. Me desculpa por ter te feito chorar... — suspirou. — É que... quando se trata da minha família, o assunto é sensível para mim.

A expressão de Sakura se amenizou.

— Me desculpe por te pressionado também, eu não deveria...

— Não, tá tudo bem. Eu me irritei porque você estava certa. Eu deveria voltar para casa... Só não tenho a coragem ainda — balançou a cabeça. — Mas eu vou tentar o meu melhor, eu prometo. Porque isso faz parte da minha parte da promessa de sermos nós mesmo. Quero ser o melhor filho que eu puder...

— Nós vamos te ajudar, Kota. Não vai se livrar de nós tão fácil — sorriu Sakura.

— Nem de nós! — Asami chegou por trás e deu um tapa na nuca do amigo. Ela sorriu e eles trocaram olhares de entendimento.

— Tem certeza? Sou bem difícil de aguentar, eu pularia fora enquanto... — Sakura socou o braço do garoto. — Au! Era brincadeira. Eu não sobreviveria um dia sem você, capitã.

— Futura capitã — ela brincou e os dois se abraçaram.

— Abraço em grupo! — Tatsuo gritou.

— Ah, mas nem pense... — Hana foi arrastada pelo irmão.

Asami ficou de fora, dando tapinhas nas costas de Kota, até ser puxada por Sakura.

— Qual é, pessoal! Vamos aproveitar o resto da noite, olha o tamanho desse parque! — gritou Kota. — Quem conseguir me derrubar no tanque de água ganha um algodão doce!

— Você vai dar uma recompensa por se ferrar? — Aiko franziu as sobrancelhas.

— Desde quando entrar na água é se ferrar? Só vejo vantagens!



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