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História O Legado dos Shinigamis - Um pirata me chama para uma conversa


Escrita por: Dani_M_2004

Notas do Autor


Bom dia, boa tarde, boa noite. Desculpem a demora para postar capítulo, estou com um pequeno bloqueio criativo e minha cabeça não anda muito boa.

Capítulo 31 - Um pirata me chama para uma conversa


Fanfic / Fanfiction O Legado dos Shinigamis - Um pirata me chama para uma conversa

Coloquei os pés no deque esperando cheiro de peixe e frutos do mar e fui surpreendida. Para um navio pirata, ele estava até limpo demais. Quando nos aproximamos do navio, o homem abaixou a rampa para que subissemos à bordo. Meus pais se juntaram a nós antes que me desse conta, as espadas na cintura prontas para serem usadas. Kota puxava a manga da minha camisa, atônito.

— É um... um navio... pirata... — dizia tentando memorizar cada pedacinho do convés.

O homem que havia me chamado pelo nome se aproximou. Ele era da mesma altura do meu pai, mas tinha mais músculos. O cabelo dele era branco e cortado em estilo militar, a barba tinha a mesma cor e era rala e desalinhada. O único olho que podiamos ver, o esquerdo, era verde, o outro era coberto por um tapa olho de couro. O sobretudo preto o deixava com um tom ainda mais misterioso, e em sua cintura havia uma zanpakuto de cabo verde-água.

Atrás dele, um garoto que deduzi ser seu filho, pois era quase uma cópia do homem, mas da nossa idade aparentemente.

— Você! — disse Aiko.

— Hã... oi — ele sorriu tímido.

Virei-me para a ruiva.

— Conhece ele? — questionei intrigada.

— Ah, a gente se esbarrou um dia — ela balançou a mão. — Ele disse que estava te procurando, mas não achei que era importante. Você já tinha muita coisa na cabeça.

— Ai a Aiko se livrou dele — comentou Asami.

— Não foi assim! — protestou Aiko, corada.

O pai do garoto riu, uma risada até que contagiante.

— Vejo que já conheceram meu filho, Yoshiro — apresentou.

Respirei fundo e dei um passo à frente, ainda com um pingo de hesitação. Notei pelo canto de olho que a mão do meu pai foi automaticamente para o cabo de sua zanpakuto.

— Você disse que estava me procurando — disse, séria.

Ele me analisou com cuidado. Um toque de nostalgia em seu olho.

— Bom, a última vez que te vi, você era uma recém-nascida — disse ele com um sorriso triste.

— Você conhecia meus pais? — meus ombros relaxaram.

— Eu era amigo do seus pais. Claro, antes... de toda essa tragédia — suspirou e colocou as mãos na cintura. — Meu nome é Hiroshi Yamaguchi, eu sou o capitão da Sereia Negra — ele bateu o pé no chão, como se para enfatizar seu ponto. — Seus pais eram pessoas muito boas, especiais eu diria. Céus, você é a cara dele!

— Eu... notei isso — disse, sentindo uma tristeza momentânea. — Pelas fotos.

— Ainda não explica o que você quer com a Sakura de tão urgente — Fiona estava de braços cruzados, expressão séria.

Modo mãe protetora ativado, eu acho.

— Claro, que indelicadeza a minha. Por favor, me sigam.

Hiroshi nos guiou até a cabine do capitão. Era grande, mas estávamos em grande número também, então ficamos perto uns dos outros. Meu pai estava tenso e o capitão pareceu perceber.

— Acalme-se, capitão — disse Hiroshi para meu pai. — Você não relaxa nunca?

— Não quando se trata da minha filha — respondeu friamente.

— É bom saber que a garota está em boas mãos — assentiu ao se sentar.

Eu tomei o banco à frente do homem.

— Se você era próximo dos meus pais, onde esteve esse tempo todo?

— Mesmo sendo um shinigami, o mar sempre me atraiu bem mais, Sakura — Hiroshi brincava com um compasso. — A última vez que vi seus pais foi três dias depois do seu nascimento. Depois disso, eu voltei para o mar. Yoshiro já tinha um ano, eu queria que ele crescesse na água.

— Por que voltou agora? Por que me procurar agora?

— Você é cheia de perguntas, não é? Sua mãe era assim — ele riu. — Passei mais tempo do que deveria no oceano dessa vez. Perdi completamente a noção de tempo enquanto criava meu filho. Com essas minhas viagens, eu ajudei sua mãe com a pesquisa dela.

— Então você sabia da pesquisa?

— Qualquer marinheiro que tenha bom senso sabe que há muito mais no mar do que ele nos mostra.

Um lampejo de culpa passou pelo seu rosto.

— Eu achei que quando eu voltasse, eles já teriam conseguido alcançar o objetivo deles. Mas então... eu soube o que havia acontecido. Eu lamento, criança.

Sua voz era baixa, quase como um sussurro. Hiroshi não conseguia me encarar nos olhos.

— Eu também — sussurrei.

— Quando descobri que você havia sobrevivido ao ataque, comecei a te procurar por todos o cantos. Até descobrir que você tinha sido adotada pelo capitão Kuchiki — Hiroshi lançou um olhar rápido na direção do meu pai. — Até mandei Yoshi atrás de você.

— Hiroshi, eu... eu preciso que você seja sincero comigo — supliquei. — Você sabe se alguma parte da pesquisa dos meus pais sobreviveu?

Ele franziu as sobrancelhas.

— Espera, então você ainda não a encontrou? — perguntou.

— Encontrou... encontrar o quê?

— A cópia digital da pesquisa, oras! — bufou ele. — Acha mesmo que eles deixaram apenas no papel? Claro que não, eles salvaram tudo e esconderam pela casa, por precaução.

De repente, algo fazia muito mais sentido. Fotos e vídeos não seriam guardados sob o assoalho.

— O pen-drive! — eu e Fiona dissemos juntas.

— A pesquisa sobreviveu! — levantei-me eufórica, um sorriso enorme que não contive. — O sacrifício deles não foi em vão!

Era um alívio tão grande saber que o trabalho que lhes custaram a vida ainda estava intacto. E, ainda mais importante, podia ajudar a salvar vidas. Tínhamos a pesquisa, e com isso, conhecíamos os inimigos. Conhecíamos seus pontos fracos, seu estilo de luta, todos os tipos de hollows marinhos que existiam. Kota estava ao meu lado, então foi ele quem eu abracei. Ele riu e me segurou em seus braços.

Com o contato, eu senti meu pingente sendo pressionado contra minha pele e me lembrei de mais um dúvida que eu tinha.

— Hiroshi — eu não sentia que tinha que chamá-lo pelo sobrenome. — por que o desenho na sua vela é igual ao meu colar?

Ele me encarou surpreso com a pergunta. Mas não foi ele quem me respondeu. Fiona colocou a mão no meu ombro e eu me virei para ela.

— O colar era da sua mãe, querida — disse com uma voz suave.

— Foi um presente meu para ela, na verdade — comentou Hiroshi.

— O que... mas por que estava com você, mãe?

— Byakuya me entregou.

— Eu dei o colar para Fiona, assim ela lhe entregaria caso um dia você precisasse — completou meu pai. — Eu sabia que a Fiona seria a primeira pessoa que você procuraria em um situação urgente.

Segurei o pingente com força. Uma parte da minha mãe biológica estava comigo todo esse tempo e eu nem percebera.

Ele piscou um pouco antes de sentirmos pressões espirituais avassaladoras. O ar na cabine ficou rarefeito e eu cairia no chão se meu pai não me segurasse. O resto se apoiou nas paredes, até que a sensação passou.

Os adultos saíram primeiro, e embora eles disseram que era para ficarmos dentro da cabine do capitão, nós os seguimos mesmo assim. A última coisa que eu queria era ficar parada enquanto eles se arriscavam lá fora. Minha ansiedade não permitiria. Eu já estava em minhas roupas de shinigami.

Chegamos ao cais alguns segundos depois dos três. Eles estavam parados encarando duas figuras que surgiram a alguns metros. Ambas as pessoas estavam molhadas como se tivessem acabado de sair da água, e talvez esse fosse o caso. Mas, mesmo assim, ainda mantinham uma pose de superioridade.

O homem tinha olhos tão amarelos que quase brilhavam e um sorriso de desprezo. Seus cabelos roxos eram normais até certo ponto, depois eles se dividiam em vários tentáculos da mesma cor. Ele tinha ombreiras brancas que pareciam serem feitas de ossos. Não, não ossos. Casca de hollow. Ele estava descalço, os dois estavam, e usava apenas uma calça verde de moletom apertada no tornozelo. Uma espada em sua cintura e um buraco em seu peito.

A mulher tinha cabelos azuis ondulados e usava uma máscara branca que cobria seus olhos e nariz. A máscara era pontuda no centro, como a ponta de um peixe-espada. Parecia que uma faixa cobria metade do seu torso, mas não o buraco que tinha no centro de seu peito. Seus olhos roxos nos analisava com cuidado, a mão no cabo de sua espada que parecia mais uma espada de esgrima.

— Então, — disse o hollow polvo. — quem vai ser o primeiro a ser esmagado?



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