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História O Legado dos Shinigamis - Cinema e Jogos


Escrita por: Dani_M_2004

Capítulo 9 - Cinema e Jogos


Fanfic / Fanfiction O Legado dos Shinigamis - Cinema e Jogos

A sessão do cinema era às 17h, o que significava que acabariamos saindo um pouco mais tarde de lá. Fiona tinha comprado um conjunto de maquiagem para mim e pelo menos isso não era tão diferente das que eu tinha. Consegui improvisar algo bom e vesti minha roupa. Olhando no espelho do quarto, ajustei a jaqueta jeans. Tinha escolhido um vestido azul, curto e de alça, e um tênis que eles chamavam de All Star.

Certo! Acho que está até que legal, pensei.

Fiona estava sentada no sofá da sala lendo a Seireitei Communication — era como um jornal, ou uma revista, com as atualizações sobre o esquadrões e tudo dentro do Seireitei. Imaginei que a edição nova tivesse algo a ver comigo, porque ela a escondeu assim que me viu.

— Você está linda, querida — disse com um sorriso.

— Obrigada — mexi na borda da jaqueta, sem jeito. — Como você consegue essas coisas, dona Fiona? — apontei para a revista.

— Ah, eu tenho meus contatos — ela deu de ombros. — Divirta-se. E tenha cuidado!

— Vou ter! — mostrei o colar no pescoço.

Depositei um beijo na testa dela antes de sair. O ato deve ter a pego desprevenida porque a mulher corou e voltou a ler.

Eu não sei como alguém consegue ficar tão perdido, mas os garotos conseguiram. Era para nos encontrarmos na frente do cinema, mas chegando lá, eu só avistei Aiko, em sua jardineira branca com regata vermelha. Tentamos ligar para os dois algumas vezes, caindo na caixa postal em todas. Já estávamos desistindo, achando que eles não viriam, quando dois idiotas vieram correndo em nossa direção. Vieram tão rápido que acabaram nos ultrapassando e tiveram que dar meia volta.

— Chegamos! — Kota disse ofegante.

— Onde vocês tavam? — perguntou Aiko irritada.

— A... dois... quarteirões daqui... — Tatsuo estava ainda mais acabado.

Dois quarteirões?!

— Puta que pariu, vocês são muito burros... — apertei a ponta do nariz e respirei fundo.

— É, a gente sabe... — o menor parecia querer se jogar no chão e morrer ali mesmo.

Olhamos um para cara do outro. Então nós quatro começamos a gargalhar.

— Dá próxima vez, vamos todos juntos! — afirmou Kota.

— Vocês tem um ótimo senso de direção, não é? — A ruiva brincou.

— Ah, dá um desconto, vai. A gente estava apostando quem chegava primeiro — Tatsuo ainda estava com a mão na barriga.

— E, óbvio, que eu quem cheguei, né?

— O quê?! Nem ferrando!

E começaram a discutir mais uma vez.

Acabamos nos dividindo antes da sessão: Aiko e Kota foram comprar a pipoca, refrigerantes e doces; enquanto eu e Tatsuo fomos até o caixa comprar os ingressos. O garoto estava com um moletom azul escuro, calça preta e tênis.

— Achei que você fosse do tipo que usaria roupas mais formais — comentei.

— Bom, geralmente eu uso, por causa do meu pai — disse entregando o dinheiro para a moça do caixa. — Mas, como prometemos ser mais como nós mesmos, resolvi usar algo com que eu realmente me sinto confortável, e gosto.

— Eu gostei. O moletom lhe cai bem.

— Heh. Obrigado. Fiquei gatão, né?

— Não começa a se achar — revirei os olhos, rindo.

O filme que havíamos escolhido era algo com um cara de escudo que lutava contra um cara de armadura. Kota jurava que era bom, então acabei confiando. Ele prometeu me levar para o lado geek da força (o que quer que isso signifique). E, realmente, o filme não decepcionou. As lutas e os efeitos pareciam quase reais. Foi uma experiência maravilhosa estar diante de uma tela daquele tamanho e esperava poder fazer isso mais vezes com meus amigos. Pensei até que talvez, em um futuro ideal, eu poderia trazer meu pai.

Depois que a sessão acabou, Kota começou a explicar toda a história do universo em que o filme se passava. Eu ouvia com atenção, Tatsuo virava um pacote de batatas chips e Aiko andava dando pulinhos.

Ainda estava cedo, então os três me puxaram para um lugar chamado Play Land. Era como a "ilha" da diversão, pelo que entendi. E ele fazia jus ao nome, porque eu nunca me diverti tanto na vida. Jogamos vários jogos e eu consegui vários pontos em um que chamava Fruit Ninja. Tatsuo até conseguiu pegar um bichinho de pelúcia na garra e os três concordaram que deveria ficar comigo. Eu o guardei bem na bolsa. De alguma forma, eu sentia que era um dos vários simbolos da nossa amizade que ainda teríamos.

No final, acho que a montanha russa era minha favorita. Sentir o vento no rosto e o carrinho balançando despertava uma adrenalina que precisava.

Estávamos apenas andando pela rua e conversando. Eu já havia mandado uma mensagem para Fiona dizendo que estava bem e logo chegaria em casa. Kota andava na frente do grupo, de frente para nós e com os braços atrás da cabeça. Ele tagarelava sobre algumas histórias em quadrinhos. Foi repentino quando ele pareceu ser atingido nas costas por algo e caiu de joelhos no chão. Nós três paramos assustados. Uma garota atrás dele se fez visível.

— Então, era aqui que você estava o tempo todo? — ela tinha um sorriso sacana no rosto.

— Asami... — Kota tentou se levantar mas foi atingido de novo pela espada. Ela estava na bainha, então não o machucava pra valer.

A garota mudou sua atenção para nós. Eu estava hipnotizada por ela, sem saber porquê. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo. A coloração se destacava, era um azul escuro e os fios pareciam brilhar quando refletiam a luz da rua. Ela também tinha uma franjinha. A calça de moletom preta larga e a camisa azul escura de manga comprida a fazia parecer descolada.

Asami deu alguns passos em nossa direção, com uma expressão séria.

— Olha o que temos aqui...

— Deixa eles em paz, Asami! — Kota gritou ainda no chão. — São meus amigos.

Ela apenas o ignorou e, em questão de um piscar de olhos, a garota estava à minha frente. Seu rosto a poucos centímetros de distância do meu, os olhos azuis pareciam me analisar. Minhas bochechas esquentaram com a proximidade mas eu não me movi. Ela era alta, quase do tamanho de Tatsuo, por isso teve que se curvar um pouco para me encarar nos olhos, um das mãos dentro do bolso da calça.

Então ela sorriu, dessa vez de uma maneira fofa.

— Agora entendi porque você passa tanto tempo fora, Kotaro.

— O quê...? — só então ele entendeu o que a garota disse. — Ai! Isso não tem nada a ver! Nem todos pensam só no que você pensa!

— É, mas a Hiyori mandou ficar de olho em você — dizia sem tirar os olhos de mim. — Então acho que vou ter que ficar de olho nos seus amigos também.

— É, eu sei no que você vai ficar de olho, sua pervertida! — Kota se levantou.

— Te vejo depois — ela enfim desviou o olhar e se virou para ir embora.

Asami deu um salto e pisou na cabeça de Kota antes de sumir na noite.

— Quem era aquela que ficou secando a Sakura? — Aiko ergueu a sobrancelha.

— Aquela era a Asami — explicou passando a mão na cabeça. — Ela também é uma vaizard.



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