História O lugar onde eu pertenço - O grito

Black Star, Tsubaki, Kid, Liz e sua irmã Patty andavam pelas ruas da cidade, para as suas casas, Kid e as irmãs se separariam de Black e Tsubaki na rua seguinte,  mas o grupo não percebeu o perigo que estava à sua volta. O lugar estava estranhamente vazio para aquele horário. Kid olhou para a lua e começou a admirar a paisagem ao seu redor. Ficou intrigado quando viu Shibusen coberta com um escudo verde:

– Meu pai não me disse nada sobre teste de escudo ou algo assim, deveríamos ver se tem algum problema. Talvez seja alguma coisa relacionada com a reunião, não sei – Kid comentou para  o resto do grupo. 

– Então vamos todo mundo. Estou curioso para saber o assunto da reunião. Talvez seja uma demanda de missões. E se for, quero pegar primeiro – Black Star falou ansioso.  Já estava convencido dessa ideia, mas um grito de repente ecoou na rua, fazendo-o mudar de ideia.

– Faz já um tempo que não entramos em ação! Vamos Tsubaki, vamos salvar o meu futuro fã – o azulado disse dando grandes gargalhadas.

– Isso não é nada bom.

– Ele é muito convencido – Liz reclamou.

– Por que a gente não se divide? –Tsubaki sugeriu percebendo a preocupação de Kid.

– É melhor ficarmos juntos e irmos para a origem do grito, depois vamos para Shibusen – Todos concordaram, pois sabiam que os professores deveriam estar ainda na escola. 

Todos se prepararam e estavam alerta  para o que der e o que vier. Dirigiam-se  para o suposto lugar e encontraram pessoas  vestidas  de branco e  máscara de gás. No meio deles, o grupo de Kilik que estavam com dificuldades. Black Star e seus amigos correram o mais rápido possível para socorrê-los. Ox, Harvar, Kim, Jacqueline, Kilik, Thunder e Fire estavam com aparência bem esgotada.  

– Com problemas? – Kid perguntou, pronto para a luta.

– Poderia nos ajudar? – Ox mostrava cansaço.

Não tiveram muito tempo para perguntar quem seriam aqueles caras estranhos, já que eles foram em cima dos garotos. Começaram a se defender, mas não importava quantos agressores eles derrotavam, sempre davam um jeito de recuperar e voltavam. Então, uma neblina surgiu, ficando cada vez mais densa. Kid sentiu uma dormência em seu corpo...

– Não respirem! – Kid gritou percebendo que não era uma neblina comum. 

 Porém, já era tarde demais. Logo sentiram o efeito. Kilik e Jacqueline desmaiaram, começando a virar o rumo das coisas... Depois de alguns minutos, ninguém do grupo podia mais resistir. 

– Vamos logo, não temos muito tempo – Um dos homens de máscara de gás se aproximou e pegou Kilik desacordado. Enquanto um de seus subordinados estava montando um equipamento, que colocou no chão, então apareceu um portal. O rapaz que estava com Killik caminhou para o objeto.  

– Solta ele! – Black Star tentou gritar, mas saiu apenas como um pequeno sussurro. Não queria ficar apenas observando. No entanto, de jeito algum conseguia se levantar. Os homens não pareciam se importar, jogou Kilik dentro do portal e o homem complementou:

– Esse já foi, tragam os próximos.

Black Star ficou frustrado por não conseguir ajudar seu amigo. Então, teve uma ideia...

– Você não é homem, não? Além de estarem em  maior número, vocês usaram trapaça para tentar apanhar um bando de pirralho... com certeza não é.

– Calado, pirralho. Quer ser o engraçadinho?! – Um dos subordinados chutou o abdômen do garoto – Você será o próximo.

Já  pegando-o, Black juntou o resto da força que tinha e começou a se debater tentando ganhar algum tempo. Fez o que pôde, mas não sobrava muito tempo para o efeito da neblina  enfraquecê-lo, até que tudo parecia perdido para eles.Quase sendo arremessado para o portal desconhecido, uma sombra apareceu no nevoeiro:

– Olha que encontrei.

Aquela voz fez que houvesse uma luz no fim do túnel. Era um dos professores da turma deles, o professor Stain andando tranquilamente com o cigarro aceso. Girando o parafuso de sua cabeça,  perguntou...

– O que vocês estão fazendo com meus alunos? – O professor apareceu calmamente pela neblina, antes dos invasores pensarem em reagir. Ele foi na investida parecendo animado pela luta, e em alguns minutos, tinha conseguido derrotar dezenas dos suspeitos daquela confusão, mas eles não recuaram.

– Bom... eu já estava ficando preocupado por não ter mais cobaias.

Os invasores sentiram uma aura obscura, mas mesmo assim foram com tudo. Stain não hesitou e deu um soco energizado que arremessou todos para trás. Depois de muita insistência dos intrusos, vendo que não poderiam derrotar Stain,  o líder ordenou para recuar.

– Está todo mundo bem? – Stain perguntou, analisando os homens brancos que estavam fugindo, tentando entender o que estava acontecendo.

– Sim, mas eles levaram Kilik, não podemos deixar eles fugirem! – Kim pedia desesperada.

– Isso é um problema, mas preciso ter calma e examinar vocês, principalmente aquela garota que está tendo um cochilo – Stain apontou  para Jacqueline.

– Professor, o senhor não deveria estar em Shibusen?

– Sim, mas eu tinha coisas melhores para fazer do que ficar em uma reunião chata, então inventei uma desculpa – o professor falou cínico.

Depois de ter examinado, concluiu que era um tipo de sedativo dependendo da quantidade. Stein teria que ficar com eles até o efeito acabar. Ele estava preocupado com a escola daquele jeito. Então, Liz perguntou:

– Por que Shibusen está com escudo? E por que o senhor não foi prejudicado pela névoa?

– Não sei de nada sobre Shibusen, mas não parece ser nada bom e não posso fazer nada no momento. E em relação à névoa... – O professor lembrou da época da sua escola, quando ficava entediado e não tinha ninguém para fazer um teste com as misturas que ele fazia escondido na aula de química, então teve a ideia de aplicar em si mesmo causando alguns problemas ou vantagens. Ele sorriu discretamente quando lembrou de alguns desses dias e continuou – Você fez me lembrar do tempo que eu estudava. Deixando de lado, prefiro deixar em segredo. Por enquanto, devo ficar por aqui até o efeito do sedativo passar. Vai que eles voltem e carreguem vocês. Ao invés de ficar perguntando, aproveite o tempo e descanse. Vou contar algumas histórias do meu tempo de escola – O professor tentava ser simpático e brincalhão, soltando até algumas risadas enquanto contava.

Os alunos se arrepiaram com a ideia de ficarem com Stain contando estórias e as risadas sinistras quando tentava contar uma piada. Alguns queriam acabar com aquilo,  mas desistiram por medo... 

Shibusen alguns minutos antes…

– Apesar de ser importante, esta reunião está chata… Espera, Stain ainda não voltou. Seu traidor deveria ter me chamado também. Na próxima vez eu não vou pagar sua bebida – um ruivo reclamava enquanto assistia a reunião.