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História O Mafioso e a Suicida - Eu nunca vou deixar você morrer


Escrita por: LuanaWalker

Capítulo 2 - Eu nunca vou deixar você morrer


Fanfic / Fanfiction O Mafioso e a Suicida - Eu nunca vou deixar você morrer

A tranquilidade dominava a noite de domingo, um intervalo na agitação incessante da vida na máfia. Aos domingos, os corredores escuros do bar principal se enchiam com os sorrisos dissimulados e as conversas ocultas entre os associados. Entretanto, naquele momento, meu olhar inquieto vasculhava o lugar à procura dela.

"Onde está ela?", murmurei para Suga, que ergueu o olhar, carregando o peso de uma informação delicada.

"Disse que não estava bem", Suga respondeu, captando minha preocupação.

"A doença a atingiu?" minha voz carregava temor.

"Só mencionou não ser grave, não queria que se preocupasse", Suga tentou acalmar meu nervosismo.

"Droga... quem está preocupado?", afastei-me, dirigindo-me ao bar, mas a inquietação persistia.

A noite avançou, os ponteiros do relógio indicavam 22 horas. A embriaguez tomava conta dos frequentadores; Jin mal conseguia se manter em pé, Suga cochilava à mesa, enquanto Jimin, ao contrário dos demais, permanecia absorto no celular.

"O que tanto investiga?" indaguei, curioso.

"Estou cavando informações sobre Sn", revelou Jimin.

"O quê?" questionei incrédulo.

"Salvou-te, sim, mas quem garante que não seja capaz de te arrastar para o perigo?" a seriedade marcava suas palavras.

"Ela não faria isso", retruquei com convicção, mas ao pegar seu celular, deparei-me com a data fatídica.

"Hoje...", murmurei, interrompido por Jimin, que correu para o segundo andar.

A porta de seu quarto estava trancada. Bati repetidamente, até que cedi ao impulso de arrombá-la.

"Sn", sussurrei, petrificado.

Ela caída no chão, banhada em sangue, ao lado de uma lâmina.

A cena que se desdobrava diante de nós deixava Jimin visivelmente alarmado.

"Vamos levá-la para o hospital", disse, tentando manter a compostura.

Após carregarmos Sn para o carro e chegarmos ao hospital, o médico nos confrontou com informações intrigantes.

"Pela primeira vez, alguém a trouxe aqui e permanece para saber o que aconteceu", explicou o médico.

"Intrigante... mas por quê?", perguntei confuso.

"Todos os anos, nessa mesma data, ela aparece no hospital. Sem família, evita nossos psicólogos. Parece sentir culpa pela morte dos pais, por ser a única sobrevivente", revelou o médico.

A trágica verdade sobre Sn começava a se desvelar. Sua busca incessante pelo fim era atribuída a esse legado sombrio.

"Posso entrar?" perguntei.

"Claro", consentiu o médico.

Encontrei Sn consciente, encarando a sala.

"Você trata a vida e a morte com leviandade, como se pudesse controlá-las. Como pode fazer isso?", questionei, perturbado.

"Por que me salvou?", ela desviou, ignorando minhas palavras. Era um padrão dela.

"Porque... você está sob minha proteção. É parte do meu círculo agora. Não permitirei que algo lhe aconteça", afirmei, com firmeza.

"Estava quase lá", disse ela, olhando para o curativo em seu pulso.

"Não deixarei que isso aconteça", prometi determinado.

"Você deve estar desapontado. A garota que te salvou, que valorizava a vida, é a mesma que busca loucamente a morte", ela sorriu, um sorriso de dor camuflada.

"Como obteve aquela lâmina?", indaguei, a raiva crescendo.

"Talvez devesse ir embora... hoje era sua folga. Ainda dá tempo para beber um pouco mais", desviou ela.

Eu detestava quando Sn se desligava, se isolava do mundo, empurrando todos para longe.

"Só sairei daqui quando você tiver alta. Jimin ficará na frente da sua porta por precaução", declarei.

Me instalei em uma poltrona e a observei até adormecer, pegando no sono em seguida.

Um ruído repentino despertou-me. Olhei para Sn, vendo-a tentar se levantar.

"O que está fazendo?", perguntei.

"Só queria ir ao banheiro", respondeu.

A auxiliei até lá, mantendo a vigilância na porta.

"Não demore. Se demorar, entrarei", ameacei.

"Senhor, trouxe comida", anunciou Jimin, entrando no quarto.

"Como estão os outros?" perguntei.

"Ainda estão dormindo", respondeu ele, colocando as sacolas na mesa.

"Descubra como ela conseguiu aquela lâmina", ordenei.

"Ok, vou investigar", respondeu ele, saindo do quarto.

Sn saiu do banheiro e voltou para a cama.

"Vamos comer", insisti.

"Não estou com fome", recusou.

"Então vamos dar um passeio. Ficar tanto tempo aqui não é bom para você. Já passou a noite toda", argumentei.

"Por que ainda está aqui?", perguntou.

"Eu disse que só sairia quando você tivesse alta", reiterei.

Dois dias se passaram, Sn permanecia melancólica. Sua reação preocupava-me; as noites eram inquietantes, sempre verificando seu estado. Após a alta, levei-a para casa, onde todos aguardavam.

"Temos um problema", anunciou Jimin.

"O que aconteceu?" perguntei.

"Fui eu", admitiu Harry, aproximando-se.

"Você o quê?", indaguei, incrédulo.

"A lâmina", murmurou.

"Você deu a lâmina para Sn?", questionei, perplexo.

"Não, senhor. Ontem foi o aniversário da morte do meu pai, e eu... eu...", Harry tentou explicar, mas a voz falhou.

"Sinto muito, não sabia", aproximei-me dele. "Nós somos sua família. Você não está sozinho", assegurei, abraçando-o.

Era uma família que o destino me entregara, e eu valorizava cada um deles.

"Amanhã é o dia de pagamento. Aproveitem", sorri, afastando-me de Harry.

No dia seguinte, durante o pagamento, autorizei alguns a visitarem seus parentes.

"Eu quero sair", anunciou Sn.

"Para onde?" inquiri.

"Para visitar meus pais", disse, com tristeza na voz.

"Quer que alguém vá com você?" ofereci.

"Não é necessário. Estou bem. O que aconteceu naquele dia não se repetirá", assegurou-se.

"Confio em você", respondi, observando-a sair. Três horas depois, Sn retornou, parecendo um pouco mais feliz. Aquela determinação retornara, aquela que tinha um propósito para cumprir.

"Parece melhor", observei.

"Digamos que agora tenho um motivo para viver", sussurrou, dirigindo-se ao seu quarto.

Sn estava misteriosa. O que teria acontecido para revigorá-la? Uma semana passou, as coisas voltaram ao normal. Sn comparecia aos treinamentos e comia regularmente.

"Descobriu com quem ela se encontrou?" perguntei a Jimin.

"Parece que foi um detetive particular", respondeu.

"Ela estava procurando o quê?" questionei.

"Ele se recusou a fornecer informações sobre os clientes", informou Jimin.

"Está tudo bem. O importante é que tudo está normal", concluí.

"Senhor, consegui", entrou Harry pela porta.

"O quê?" perguntei.

"Localizei finalmente seu tio", anunciou Harry, empolgado.

"Eu farei questão de matá-lo. Reúnam todos. É hora da caçada", declarei, segurando minha arma.

Eles seguiram, e Sn desceu logo em seguida.

"Ele está escondido em uma casa na floresta", informou Harry.

"Vamos lá", comandei, e eles me seguiram, cada um armado até os dentes.

O caminho até a floresta estava deserto, como se ninguém habitasse aquele lugar.

"Ali está a casa", apontou Harry quando seu dispositivo emitiu um alerta.

"Vamos entrar", ordenei. Saímos do carro e adentramos a casa, que estranhamente estava aberta. Sinalizei para que subissem aos quartos, enquanto eu vasculhava a sala. Percorri a cozinha em vão, até que passos ecoaram do escritório. Corri na direção do som.

"É um prazer revê-lo, tio", declarei, sorrindo, quando o encontrei próximo à saída.

Ele se virou e encarou minha arma apontada para sua cabeça.

"Você não teria coragem", desafiou ele.

"Tem certeza?" indaguei, atirando para cima. Harry, Jin, Jimin e Sn desceram as escadas, chegando até mim.

"Você jamais sairá vivo daqui", afirmei com seriedade.

"Tio", ouvi Sn dizer, paralisada ao vê-lo diante dela.

"Sn", ele disse, surpreso.

A confusão tomava conta de mim. O que estava acontecendo ali? Por que Sn chamava meu tio de seu...



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