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História O Maldito Colar do Amor - Capítulo 18 - O Bendito Colar do Amor


Escrita por: Lucinha_silva

Notas do Autor


Olá, olá quem é vivo sempre aparece, não é mesmo? Sejam todes muito bem vindes a mais um capítulo da história!!!

Esse capítulo foi escrito na ilegalidade do computador do meu trabalho, eu nem poderia escrever lá, mas a gente vive na perigosidade, não é mesmo? Apesar da demora e eu juro que vou responder todos os comentários, tenho boas notícias para vocês: teremos 1 extra que não vai demorar nadinha para sair depois do final de O Maldito Colar do Amor. Teoricamente, esse extra era para ser o último capítulo, porém, a vida não segue o roteiro que eu faço e surpresas vem.

Esse é antipenúltimo capítulo e eu já estou chorando horrores. Sou péssima em despedidas, por isso vamos deixar pra fazer isso só lá no extra, ok? Muito obrigado pelos 123 favoritos ❤ Me sinto honrada de verdade, obrigada. Agora sem mais enrolas, tenham uma ótima leitura e até o próximo capítulo!!

Capítulo 18 - Capítulo 18 - O Bendito Colar do Amor


Fanfic / Fanfiction O Maldito Colar do Amor - Capítulo 18 - O Bendito Colar do Amor

Capítulo 18 - O Bendito Colar do Amor

 

45 minutos antes do voo

 

 

O que leva uma pessoa a fazer isso?

Era o que qualquer pessoa que passava em frente ao parque se questionava ao observar o estado de Hinata – completamente imundo e desesperado – talvez seja a bebida ou algum tipo de droga, talvez seja o resultado de uma ilusão, talvez seja apenas um ser perdido por aí, contudo nenhuma dessas possibilidades trazia a verdadeira resposta.

O que levou Hinata Shoyo – um dos maiores prodígios que o Torneio Intercolegial de Debate já tinha visto e possivelmente um dos melhores advogados que o Japão vai ver – a se arrastar por um parque em plena madrugada sem qualquer pudor e com uma intensidade nunca tinha vista antes poderia ser resumida em uma palavra de apenas cinco letras: amor.

A única palavra que ele sempre se recusou a associar com qualquer um que não fosse sua família ou seus amigos agora era a razão de tudo aquilo. Ele estava fazendo tudo aquilo apenas por amar incondicionalmente Miya Atsumu.

Talvez possa ser uma grande perca de tempo, nada garante que o loiro retribua os seus sentimentos – no final das contas, Tsukishima talvez possa estar certo e tudo aquilo ter sido uma louca alucinação causada pelo álcool – porém, qualquer que seja o contra que possa existir nada disso seria capaz de fazer com que Hinata desistisse de encontrar o colar e corresse o mais rápido que conseguisse até o aeroporto para confessar todo o amor que sentia pelo Miya.

Céus, e como ele amava Atsumu.

Chega ser estranho perceber só agora todo esse sentimento. De repente todas as birras, as pequenas e bestas discussões, a ansiedade para o próximo debate e todas as piadas que seus amigos faziam, tudo isso agora fazia sentido. Nunca foi ódio, sempre foi amor.

Mas, agora ainda mais importante do que saber disso era encontrar aquele maldito colar.

- Onde você está seu pedacinho de ouro?

Pelo parque não existia mais nada no lugar – quer dizer, exceto pelos bancos, dizem que o amor dá forças sobrenaturais, mas Shoyo não havia conseguido mudar nenhum daqueles bancos de concreto do lugar – naquele momento, o ruivo estava prestes a começar a cavar buracos pelo chão, afinal quando o álcool entra no seu corpo coisas estranhas acontecem.

Quem sabe se ele resolveu cavar um buraco e guardar o colar lá?

Um pouco mais afastado dali, no outro lado do parque, um casal observava Shoyo com um pequeno sorriso em seus rostos.

- Será a gente deveria ajudar? – a mulher pergunta encostando o rosto sob o ombro do esposo – acho que ele não vai conseguir achar tão cedo, está tão perdido que dá dó.

- Nah, se aparecermos lá e mostramos onde o colar estar vai ser estranho e além do mais eu acredito no meu menino – o homem nega sem tirar o sorriso dos lábios e se levanta estendendo a mão para a esposa – nós podemos ir para casa dessa vez, querida.

- É, eles vão ficar bem.

Dessa vez tudo daria certo, com certeza.

Já havia mais de uma hora que Hinata estava ali e nenhum sinal do colar e a essa altura do campeonato o telefone de Kenma e Akaashi já estavam lotados de mensagens de áudio com vários gritos, pequenos choros e pedidos de ajuda.

Foi então que os primeiros raios de Sol começaram a surgir, o céu de Tóquio sempre tinha atraído a atenção do ruivo, entretanto, naquele momento ele nunca tinha sido mais bonito, por isso Shoyo fechou os olhos e elevou as mãos até o peito e fez um pedido.

Um pedido feito em silêncio contudo carregando toda a sua esperança.

 

15 minutos antes do voo

 

- Ei, o que você está fazendo aí? Vamos achar esse colar e te levar para o aeroporto rápido.

A voz era de Bokuto que junto com Kuroo, Akaashi, Kenma e um Kageyama ainda sonolento se aproximavam para ajudar, o enorme sorriso e os olhos marejados de Hinata podiam ser vistos de longe. Ele sempre soube que tinha os melhores amigos do mundo.

Não era nenhuma surpresa que mesmo dez anos depois eles continuavam sendo uma família.

-Aí do Miya se não aceitar esse colar – Kageyama resmunga baixo – vou ser obrigado a dar um chute na canela dele pra ficar esperto.

- Ele não é louco de fazer isso – Koutarou diz sério – ninguém pode partir o coração do Shoyo-kun.

- Achei que você era amigo do Atsumu – Tetsurō solta uma risada – como é que você o chama mesmo? TsumTsum né?

- Uma coisa não tem nada a ver com a outra – Bokuto dá os ombros – TsumTsum é um cara legal até ele machucar o Shoyo, qualquer coisa depois disso tenho que cumprir meu papel de senpai.

- Senpai? – os dois morenos perguntam rindo – o que diabos você ensinou pro Chibi-chan?

- O que vocês acham? Eu sou o mestre em cavar buracos – o platinado diz orgulhoso e todos olham para Keiji que assente cansado – foi assim que eu dei a aliança pro Kaashi.

- Você enterrou a aliança? – Kenma questiona abismado.

- Eu fiz uma caça ao tesouro, é diferente – Koutarou dá os ombros – ele adorou, só para vocês saberem.

Por alguns minutos todos se questionaram como era possível alguém tão sério como Akaashi estar noivo de alguém tão excêntrico como Bokuto, porém, seus pensamentos logo se desviariam para Shoyo que gritava e pulava animado segurando um cordão dourado.

-ACHEI.

Talvez fazer coisas estranhas pelas pessoas que amam seja o grande ensinamento que Hinata recebeu de Koutarou.

O colar estava há quase três metros longe do banco onde o ruivo tinha acordado, exatamente onde o casal estava sentando há horas atrás e onde Hinata já tinha passado pelo três por perto. E sem nem pensar duas vezes, Keiji pegou o amigo pelo braço e saiu o arrastando para onde o carro, que Kuroo tinha conseguido no hotel, estava estacionado.

Akaashi não era o melhor motorista do grupo, no entanto, era o mais rápido e naquele momento era isso o que realmente valia.

-Olha só, não me mata – Shoyo fala segurando o cinto de segurança – porque eu preciso beijar o Atsumu.

- Quem diria que um dia essa frase sairia da sua boca – o moreno diz soltando uma risada – está pronto? Já sabe o que vai falar quando o encontrar?

Hinata nunca teve problema com as palavras, seu raciocínio era uma das coisas que mais se orgulhava, entretanto, o que ele poderia dizer para Atsumu? Como ele poderia fazê-lo entender que tudo o que desejava era ficar ao lado dele?

Como por em palavras todo o amor que sentia por aquele loiro de farmácia?

Sinceramente, ele não tinha nenhuma ideia.

- Só pela sua cara de preocupado eu já sei que você não pensou em nada – o moreno balança a cabeça em negação – talvez a melhor forma de começar seja com um oi e deixar todo o resto com o seu coração. Siga o seu coração dessa vez, príncipe Shoyo.

- O que você disse?

- Nada, eu não disse nada – Keiji dá os ombros – só vai pensando aí e segura, já estamos atrasados.  

 

3 minutos antes do voo

 

- Moço, pela milésima vez, eu preciso entrar na área de embarque – Shoyo dizia impaciente – eu preciso falar com uma pessoa, é urgente.

- Senhor, você não pode entrar sem um cartão de embarque – o funcionário respondia na maior tranquilidade – se deseja entrar no salão de embarque, recomendo que compre uma passagem.

- Você por acaso é surdo? – Hinata põe as duas mãos no balcão – Eu. Preciso. Entrar. Na. Área. De. Embarque. Agora.

- O. Senhor. Não. Pode. Entrar. Sem. Um. Cartão. De. Embarque.

Naquele momento, só havia uma opção e Akaashi sabia muito bem qual era.

- Socorro, eu estou passando mal – o moreno gritou começando a cambalear – acho que tem algo de errado com o meu bebê, alguém me ajuda por favor.

Eles tinham conseguido o impossível, só Kami sabe quantos sinais vermelhos haviam passado e quantas multas Keiji iria receber por causa dessa loucura de amor – multas essas que seriam pagas por Hinata Shoyo e Miya Atsumu, independente do resultado de tudo aquilo – não seria um maldito cartão de embarque que impediria os dois de ficarem juntos.

Por isso, aproveitando que todos se distraíram com os gritos de Akaashi – e depois de se certificar que não havia nenhum bebê, pois na noite anterior o moreno também havia bebido – Shoyo correu o mais rápido que pode até o telão onde indicava a localização dos embarques.

Por favor, esteja aqui. Por favor, esteja aqui. Por favor, esteja aqui.

 

“Voo 5623 com destino a Hyōgo – decolado”

 

Ele havia partido.

 

[...]

 

25 minutos antes do voo

 

Toc. Toc.

- Não me diga que já desistiram – Tsukishima fala assim que abre a porta – hein? O que você está fazendo aqui?

Kei coçou os olhos afim de confirmar que não estava vendo a pessoa errada, afinal existia duas versões iguais, no entanto, o que realmente chamava sua atenção era o objeto na mão do outro.

Não me diga que era real...

- Eu vim falar com o Shoyo, ele está aqui?

- Ele não está aqui – o loiro diz ainda confuso – me desculpa, você não deveria estar no aeroporto Miya?

- Eu não posso ir embora sem antes falar com ele – Atsumu responde sério – será que você podia me contar aonde ele está? É realmente importante.

- Poder, eu até posso, mas não sei se devo – Kei dá os ombros – entra aí, você precisa me explicar umas coisas antes de ir atrás do Hinata.

Tsukishima até poderia ser o mais cético de todos os amigos – acreditar que um colar levou Shoyo e Atsumu para dez anos no futuro depois que ele havia bebido mais do que qualquer ser humano na face da Terra? Qual é? Estavam pedindo demais – porém, isso não o impedia de se preocupar com o ruivo.

Sim, era óbvio para todos que tanto Hinata quanto o Miya eram apaixonados um pelo outro desde o primeiro dia que se encontravam, mas agora aquele ser teimoso estava revirando o parque – com grande chance de acabar preso por degradação pública – apenas para encontrar um colar e correr atrás de Atsumu para se declarar.

Ele até podia não demonstrar muito, mas Shoyo era uma pessoa muito importante na sua vida e agora o Miya teria que se provar digno do seu amigo.

- O que você quer saber? – o loiro pergunta ao entrar no quarto – eu sei que é estranho eu estar aqui, mas se você soubesse o que acontec...

- Se eu soubesse o que? – Kei interrompe o outro – que um casal de idosos entregou um colar para você e Shoyo e vocês acabaram indo para o futuro? Eu ouvi essa história ontem e ainda não colou, por que eu acreditaria agora?

- Porque eu estou com o meu colar bem aqui – o Miya responde tirando o objeto do bolso – e mesmo que isso seja estranho para caralho, eu não estou aqui só por causa desse sonho, viagem ou que quer seja que tenha acontecido conosco.

- Então por que você está aqui?

- Porque eu amo o Hinata – Atsumu fala com um sorriso o rosto – e quero passar o resto da minha vida do lado dele se ele assim permitir, quero ter nossos quatros filhos de novo, nossa vida. Quero voltar a ser dele assim como ele era meu, eu até trouxe o troféu do debate mesmo se ele não acreditar em nada do que eu digo quero que ele fique com ele. Só o sorriso dele vale a pena.

- Por que você o ama? – Tsukishima cruza os braços e arqueia as sobrancelhas – até onde eu bem me lembro, ontem vocês estavam gritando no bar que se odiavam mais que tudo, apesar que eu sei que tudo isso era mentira, mas isso não muda o fato de você disse isso em alto e bom tom.

- Por que você ama o Kageyama? – o Miya retruca – você consegue achar uma razão racional para que vocês estejam juntos a não ser o fato de que querem ficar ao lado um do outro e de que se amam?

- Eu sei o que eu gosto do Tobio.

- E eu sei o que eu gosto no Shoyo – Atsumu solta uma fraca risada – eu gosto do fato de que ele é mais inteligente do que eu mesmo que isso nunca vai sair da minha boca de novo, gosto de que ele dorme com meias coloridas mesmo, gosto da careta que ele faz quando tenta disfarçar a risada ao ouvir uma piada minha e é claro, eu sou perdidamente apaixonado pelo sorriso de Sol que ele tem.

Por dentro, Kei estava revirando os olhos tão forte que talvez eles pudessem permanecer assim para sempre – nem mesmo Bokuto e Kuroo conseguiam ser tão melosos assim – por fora, ele apenas se levantou e abriu a porta do quarto sem dizer uma palavra.

- Você não vai mesmo me dizer onde ele está?

- Eu não sei onde aquele imbecil está – o mais alto dá os ombros – mas, eu sei que ele foi no parque atrás de um colar igual ao seu e se achasse ele iria até o aeroporto para tentar falar com você, bom não é possível estar em dois lugares ao mesmo tempo então para onde você vai?

- Não tenho ideia, só sei que vou achá-lo – o Miya diz confiante – obrigada pela ajuda Tsukki.

- Nunca mais me chame assim, eu não gosto de você – Kei retruca fazendo cara de novo.

- Nós somos grandes amigos no futuro, senhor Kageyama Kei – Atsumu fala e sai deixando Tsukishima com cara de tacho.

Tóquio podia ser enorme e o parque não poderia ser mais distante do aeroporto, entretanto, nada disso importava. Poderia demorar horas, mas no final do dia, se Kami o ajudasse, ele teria Shoyo em seus braços.

E Atsumu jamais o deixaria ir novamente.

 

[...]

 

02 horas depois do voo

 

Hinata vinha andando distraído na calçada.

Tinha sido difícil convencer os amigos a voltarem para Miyagi depois de não ter conseguido falar com Atsumu no aeroporto. Kenma e Akaashi já estavam prestes a trocar suas passagens quando Tsukishima interviu ao seu favor dizendo que ele deveria ficar mais um pouco para esfriar a cabeça ou então a senhora Hinata Naomi faria um longo interrogatório, em partes aquilo era verdade, se sua mãe percebesse sua cara de choro falaria por horas, e ele realmente precisava de um tempo para entender tudo o que havia acontecido.

De uma hora para a outra, Shoyo descobriu o amor, descobriu a dor da perda, decidiu ir atrás da sua verdadeira felicidade, mas teve que vê-la partir e a única prova além de suas memórias era o colar em suas mãos.

Mesmo que tudo tenha dado errado, ele ainda tinha aquilo para se apegar.

Hinata agora se questionava se um dia poderia ver o rosto de seus filhos de novo – o sorriso de Aiko, sentir os abraços de Eiji e Sora, poder segura Mina mais uma vez e vê-la se tornar uma mulher extraordinária assim como a irmã mais velha – se um dia iria acordar e dá de cara com a tranquilidade estampada no rosto sonolento de Atsumu, se um dia viveria aquela vida de verdade.

- Shoyo.

O ruivo ouviu seu nome ser chamado longe de si, no entanto, preferiu ignorar. Quem quer que seja não era importante naquele momento.

- Shoyo.

Dessa vez a voz estava mais próxima e por alguma razão ela se parecia com a voz de Atsumu, Hinata abriu um pequeno sorriso, ele tinha chegado no ponto de começar a alucinar? Talvez isso ainda seja efeito da ressaca ignorada.

- Hinata Shoyo caralho – dessa vez ele sentiu seu corpo ser virado com brutalidade e deu de cara um loiro exausto e ofegante – você ficou surdo, cacete?

- Ai meu Kami, eu surtei de vez – Shoyo resmunga abrindo e fechando o olho com força na esperança da alucinação sair da sua frente – isso não é real, Atsumu está no avião e eu preciso urgentemente ir para o manicômio.

Revirando os olhos, o Miya dá um leve selinho no outro apenas o suficiente para que ele arregale os olhos assustado.

- Parou de falar besteira? – Atsumu questiona baixinho, sem se afastar muito do ruivo.

- Você desceu do avião – Shoyo sussurra levando as mãos até o rosto do loiro – você... está aqui mesmo.

- Eu nem entrei no avião Sho – o Miya diz com um pequeno sorriso – eu não podia ir embora sem falar com você, Hinata eu te...

- Espera, eu quero falar primeiro – o ruivo tampa a boca do outro com as mãos – oi.

- Oi – Tsumu responde soltando uma risada – era só isso que você queria falar?

- Não, eu tenho tantas coisas que eu quero te dizer, mas não sei por onde começar. Quero dizer que você continua sendo um idiota, meio metido e que ainda torra a minha paciência e tenho certeza que isso nunca vai mudar, mas eu tive esse sonho estranho onde a gente vivia juntos e tínhamos quatro filhos e foi tão real, tão bom, pode soar esquisito e você pode...

- Hinata, não foi um sonho – Tsumu diz com um sorriso nos lábios e levanta o colar – mesmo você sendo um péssimo cozinheiro, um grande chato quando o assunto é arrumação da casa, eu sou louco por você e por Kami, eu quero aquela vida de volta. Eu te amo Shoyo, eu não poderia ir embora sem te dizer isso.

- Você não está mentindo pra mim?

- De jeito nenhum.

- E você promete nunca mais mentir pra mim? – Hinata fala segurando a mão do loiro – se vamos fazer isso de verdade, eu quero que me prometa que não vamos esconder nada um do outro, quero que confie em mim até para os seus mais idiotas segredos. Não vamos fazer nenhuma merda com a nossa família.

- Não vamos fazer nenhuma merda com a nossa família – o Miya garante e puxa Shoyo pela cintura – vamos ficar juntos.

- Sempre.

Com delicadeza, Tsumu acaricia o rosto do ruivo o fazendo abrir um sorriso e o beija – não apenas um selinho muito menos um beijo qualquer – dessa vez o toque de seus lábios, era a prova de seu amor. A forma com que seus corpos se encaixavam, seus corações pareciam bater sincronizados e o toque de suas línguas, céus, era difícil pensar em qualquer outra coisa melhor do aquilo.

Mais uma vez estavam viciados um no outro.

E permaneceriam assim, para sempre.

- Bendito seja esse colar do amor.

 

[...]

 

5 MESES DEPOIS

 

Era a primeira vez que a família de Hinata ia para Hyōgo para poder conhecer os Miya no aniversário de 19 anos dos gêmeos e não poderia ter sido melhor – Naomi e Sakura pareciam ser amigas de longa data, Osamu e Natsu tinham se dado super inventando mil e uma receitas para Suna decidir qual era a melhor, no final acabou em um empate porque o moreno não sabia resistir a fofura do dois – e agora o casal estavam aproveitando o último dia da viagem em uma sorveteria.

- Eu não acredito que o Bokkun fez isso – Atsumu ria ao ouvir a história de quando Bokuto ficou na porta do banheiro esperando Akaashi sair depois ter uma intoxicação alimentar depois de comer o almoço preparado pelo platinado – ok, já sei que a comida dele é proibida.

- Agora o Keiji já o ensinou a diferença entre sal e bicabornato de sódio – Shoyo dá os ombros – é tão fofo eles cozinhando juntos, tudo bem que a comida demora uma para ficar pronta porque eles não param de flertar um com o outro, mas eles felizes é o que importa.

- Dá próxima vez que você vier aqui, nós vamos roubar a cozinha do Samu, que tal? Tenho certeza que vamos ser melhor do que ele e o Sunarin.

- Com melhor, você quer dizer com mais irritante, não é?

- Você é o homem da minha vida mesmo – Atsumu dá um beijo na bochecha do namorado – então, o que você quer fazer ess...

- Hinata Shoyo?

- Ukai-sensei? – o ruivo pergunta levantando da mesa onde estavam – uau, quanto tempo, como o senhor está? Fiquei sabendo que está noivo do Takeda-sensei, parabéns.

- Muito obrigado, quando eu fiquei sabendo que estavam juntos quase não acreditei – o loiro solta uma risada – eu bem me lembro das diversas e irritantes brigas de vocês.

- No final de tudo era amor – o Miya comenta sorrindo – e então o que faz aqui em Hyōgo?

- Eu vim aqui para uma reunião de trabalho, na verdade Shoyo se você estiver interessado eu posso te indicar para um intercâmbio no Brasil acho que seria uma grande oportunidade para você, o que acha?

- Brasil? – Shoyo diz confuso – eu...não sei.

- Ei, Sho – Atsumu segura a mão do outro chamando atenção do namorado – isso seria uma oportunidade incrível, você sabe disso, não importa o que aconteceu antes, se você quiser ir eu te apoio. Lembra, sem fazer merda na nossa família.

- Você é lindo – Hinata aperta as bochechas do Miya e se volta para Ukai – muito obrigado por pensar em mim para isso sensei, porém, eu vou passar. Acho que aqui é onde eu devo ficar.

- Tem certeza disso? – Kenshin questiona mais uma vez e o ruivo assente – tudo bem então, eu estou feliz por vocês dois. Sinto que isso é algo que se deve guardar e Kami, ainda bem que finalmente pararam com toda aquela besteira.

Enquanto Shoyo se despedia de seu professor, Atsumu pensava em como as coisas estavam tão bem e em como ele se casaria com aquele ruivo e traria um quinto filho ao mundo o mais rápido possível. De repente seu celular vibrou no seu bolso.

[17h32 11/10] Samu: Ei, Tsumu.

[17h32 11/10] Samu: Estamos indo jantar na casa do Sunarin.

[17h32 11/10] Samu: Em outras palavras já que você é extremamente lerdo, a casa será só de vocês, faça um bom aproveito e bem longe da minha cama.

[17h33 11/10] Samu: De nada


Notas Finais


Próximo Capítulo: Completamente seu

Aviso Importante: próximo capítulo = 🍋🍋🍋🍋🍋🍋🍋🍋


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