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História O Maldito Colar do Amor - Capítulo 03 - Quem vai dormir na cama?


Escrita por: Lucinha_silva

Notas do Autor


Olá, sejam bem vindos a mais um capítulo!! Recomendo que prestem muita atenção nos detalhes do capítulo de hoje porque daqui pra frente as coisas vão ficar interessantes.

Obrigada por cada favorito e comentário, eu decidi que essa vai ser a minha última história antes que eu entre em um pequeno hiatus, por isso eu garanto a vocês que vou me dedicar bastante nela.

Sem mais enrolas, tenham uma ótima leitura e até semana que vem ❤

Capítulo 3 - Capítulo 03 - Quem vai dormir na cama?


Fanfic / Fanfiction O Maldito Colar do Amor - Capítulo 03 - Quem vai dormir na cama?

Capítulo 03 – Quem vai dormir na cama?

 

Miya Sakura costumava dizer que todos os sonhos possuem significados – alguns importantes, outros não – mas sempre capazes de mudar a vida de quem sonhava, porém, ouvir isso depois de sonhar com um dinossauro sentado dentro de um caro em um drive-thru do McDonald’s e pedindo um milk-shake de Ovomaltine é difícil de acreditar nessa teoria.

Mesmo que a maioria dos sonhos que tivesse tido enquanto era criança e em boa parte da sua adolescência sejam improváveis e sem pé nem cabeça, existia um sonho que Atsumu nunca foi capaz de esquecer.

Aquele tinha sido um dia comum, ele e Osamu tinham treinado para o primeiro campeonato de debate que iriam participar até Sakura ir buscar os filhos na casa de Suna Rintarō, pois já era quase a hora do jantar. Nada extraordinário tinha acontecido, após o banho, tudo o que o gêmeo mais velho queria era uma boa noite de sono.

Quando Atsumu abriu os olhos, ele estava em um castelo.

Tudo parecia ser uma outra época – os detalhes medievais mostravam que tudo ali era bastante antigo – as pessoas que passavam por ali não pareciam notar a sua presença, pareciam estar alheias a tudo ao seu redor, contudo, tudo parou quando um alto grito foi escutado do lado de fora daquele lugar.

O Miya nem ao menos percebeu quando começou a correr em direção do barulho, seu coração batia tão forte que ele podia ouvir suas próprias batidas, a cada novo grito desesperado escutado a sensação de ter alguém dilacerando seu peito se tornava mais forte.

Quanto mais perto ele chegava, mais tudo parecia doer.

Sua visão ficou embaçada e lágrimas começaram a cair de seus olhos, Atsumu não podia enxergar com clareza, porém, em sua frente tinha alguém com outra pessoa em seus braços – o tom laranja que vinha do cabelo de um dos dois era a única coisa mais visível – seu corpo não parecia obedecer a seus comandos, tudo o que o loiro podia fazer era ficar em pé, preso ao chão, chorando sem uma real razão ao ver aquela desfocada cena.

De repente, uma voz estranhamente familiar invadiu os ouvidos do Miya e logo um puxão foi sentido pelo loiro.

- Por que você deixou isso acontecer?

A pessoa que dizia essas palavras desesperadas tinha o seu embaçado, por mais que tentasse forçar seus olhos, Atsumu não conseguia reconhecer quem era que estava em sua frente.

- Eu... do que você está falando? Quem é você?

O loiro pergunta sem entender

- Você deixou que ele morresse em seu lugar.

- Quem? O que está acontecendo.

- Por tamanho pecado, serás castigado.

Atsumu acordou o alto barulho do seu celular, o nome de Shoyo brilhava na tela – talvez as 72 horas de plantão estivesse mexendo com a sua cabeça porque aparentemente mesmo dez anos depois, ele ainda era perseguido pelo mesmo sonho de sempre– como era uma chamada de vídeo, o loiro não demorou muito atender.

- Papai, você vai voltar pra casa hoje?

As três crianças se espremiam para poder aparecer na chamada. Aquele era o quinto dia desde que ele e Hinata tinham entrado nesse mundo paralelo, era até engraçado pensar como em tão pouco tempo o coração do Miya já batia mais forte por ver seus filhos.

- Daqui a pouco acaba o meu horário e o papai volta para casa, por que? Já estão com saudade?

As crianças logo assentiram e ao fundo o loiro pode ver Shoyo segurando Mina revirando os olhos, durante os três dias em que esteve no hospital e mesmo tentando revirar sua memória, ele ainda não conseguia lembrar de quando ou o quê, ele e Hinata poderiam ter feito para que acabassem casados e com quatro filhos.

- A gente tem uma surpresa pra você, então vem logo pra casa.

- Sendo assim, eu vou ter que sair mais cedo – Atsumu fala rindo – eu posso falar com o papai rapidinho?

- Tá com saudade do seu namorado né? – Eiji pergunta sorrindo fazendo com o pai core, ao fundo é possível ouvir Aiko corrigindo o irmão dizendo que eles não eram namorados, mas sim marido e marido. Não demora muito para que um certo ruivo apareça na tela do celular visivelmente envergonhado – o que foi?

- Queria saber se precisa de alguma coisa, está tudo bem aí?

- Por incrível que pareça eu sei cuidar muito bem de quatro crianças – Shoyo dá os ombros e Mina logo abre o sorriso para o pai que assistia tudo – apenas venha com a barriga vazia, você não quer decepcionar seus filhos, né?

- Se foi você quem cozinhou eu preciso tomar cuidado com o veneno.

Atsumu segurou a risada quando Hinata lhe deu o dedo e logo foi repreendido por Sora. Depois Shoyo ainda tinha coragem de dizer que era ele a má influência para os filhos.

- Você é um idiota. Não ouse se atrasar.

- Não vou, até mais querido.

- Vai se ferrar Atsumu.

Com um discreto sorriso o loiro desliga o celular, mas o sorriso não permanece muito tempo em seu rosto, aquela voz que ouviu em seu sonho não saia da sua cabeça junto com a sensação de que ele estava esquecendo algo muito importante.

A primeira vez que havia tido aquele sonho tinha sido quando tinha quinze anos. Ele podia lembrar perfeitamente como acordou com Osamu o chacoalhando porque estava chorando enquanto dormia, o olhar assustado do irmão nunca saiu da sua mente e quando comentou sobre o sonho com a sua mãe, as palavras de Sakura nunca saíram de sua mente:

Haverá o dia em que você irá compreender tudo, até lá, apenas continue abraçado a sua mãe. Te garanto que nada te machucará enquanto estiver ao meu lado.

Aquele era um claro sinal de que Atsumu realmente precisava voltar para casa.

 

[...]

 

Hinata estava conferindo pela quinta vez se tudo estava pronto – e não, não era porque ele estava preocupado se Atsumu iria gostar, mas sim porque existiam três pessoinhas o seguindo com seus brilhantes e ansioso para mostrar a surpresa que haviam “feito” para o pai – já passava das 19:30h, isso significava que daqui a pouco a voz irritante do seu marido iria inundar a casa.

- Vocês sabem que não precisavam ficar me seguindo, né? – Shoyo diz terminando de ajeitar a mesa – está tudo pronto para o pai de vocês.

- Papai, você não sente a falta do papai Atsumu? – Eiji pergunta se sentando na mesa e apoiando o rosto sobre as mãos, sinceramente a semelhança entre ele e o Miya chegava a ser assustador.

- É claro que eu sinto, a casa fica tão silenciosa sem ele – era em momentos assim que o ruivo agradecia por ter quatro pequenos filhos que ainda descobriram a arte do sacarmos – mas, eu sei que o papai tem um trabalho importante e é por isso que temos que ficar um pouquinho longe dele.

- Às vezes eu não queria que o papai fosse médico – Aiko resmunga se sentando ao lado do irmão – eu gosto quando ele fica em casa com a gente, mas sempre é tão pouco tempo.

- Ele prometeu que agora passaria mais tempo em casa, Nee-chan – Sora diz se aproximando da irmã – você esqueceu disso?

- Atsumu prometeu isso? – Shoyo questiona um pouco surpreso – bom, vamos torcer para que ele cumpra a promessa dele, né? Enquanto a Mina está dormindo e o papai ainda não chegou por que a gente não jogamos um pouquinho?

- Que jogo papai? – Eiji pergunta com os olhos brilhando – eu vou ganhar de todo mundo.

- Nada disso, quem vai ganhar sou eu – Sora retruca cruzando os braços – eu sou o mais velho.

- Cinco minutos não é grande coisa – Aiko comenta dando os ombros – eu sou a mais velha e não se esqueçam que eu sei bem mais coisas que vocês.

- Ora ora nem falei qual era o jogo e vocês já estão discutindo? – estava claro para o ruivo que a competitividade quanto ele quanto o Miya tinha era uma das heranças genéticas que seus filhos tinham recebido – o papai vai só perguntar umas coisas e vocês respondem, depois vocês podem perguntar qualquer coisa pra mim que eu vou responder.

- Tipo um debate? – Aiko pergunta maneando a cabeça para o lado.

- Exatamente – Hinata responde sorrindo –As perguntas serão sobre vocês, só não vale responder quando a pergunta for com o seu nome para ficar justo, quem dos outros dois souber a resposta é só levantar a mão, prontos?

- Sim papai – os três respondem juntos.

- Ok, a primeira pergunta é qual o sabor de sorvete favorito do Sora?

Eiji é o mais rápido na disputa e responde chocolate, rindo do irmão Sora diz que ele errou e que seu sabor de sorvete favorito era morango.

Shoyo tinha pensando em fazer aquilo o dia todo, era uma ótima forma de conhecer mais seus filhos sem parecer um completo idiota, seus filhos pareciam o admirar e o ruivo faria de tudo para continuar recebendo aquele amor.

- Qual é o filme favorito da Aiko?

Os gêmeos levantam a mão ao mesmo tempo e respondem que é Enrolados, com um sorriso discreto e acariciando a trança que o pai tinha feito a menina confirma que a resposta estava correta.

- Muito bem, um ponto para cada – o ruivo diz com um sorriso – agora uma pergunta mais difícil, qual é o número de sapato que o Eiji calça?

Os três irmãos se entreolharam e saíram correndo até encontrar um sapato do irmão – nem mesmo Eiji sabia qual era o número certo – com a correria acabaram acordando Mina fazendo com que o jogo desse uma pausa para que Shoyo fosse buscar a filha.

- É 24 papai – Aiko respondeu ofegante ao entrar no quarto da irmã – Eiji calça 24.

- Muito bem gatinha, agora é a vez de vocês me perguntarem alguma coisa – Shoyo fala ao passo que desce as escadas com os filhos atrás de si e a bebê no colo – eu estou pronto para tudo.

- O senhor vai responder qualquer pergunta? – Sora questiona com a sobrancelha arqueada.

- Sim.

- Mesmo? Qualquer pergunta? – Eiji completa se sentando na mesma.

- Estou começando a ficar com medo das perguntas de vocês, mas sim.

- Então quando você e o papai casaram, eu já estava na sua barriga? – Aiko joga a sua pergunta e encara o pai esperando a resposta.

Pelo o que Hinata descobriu durante as suas pequenas pesquisas, ele e Atsumu tinha se casado com 19/20 anos respectivamente, fazendo as contas já que Aiko tem sete anos ele realmente tinha se casado grávido.

- Sim, você foi no casamento dos papais na minha barriga – o ruivo responde um pouco envergonhado.

- Mas o tio Bokuto disse que só poder dar o abraço que faz neném depois do casamento – Eiji fala confuso – você e o papai se abraçaram antes, isso é errado?

- O papai Shoyo nunca faz coisa errada, Nii-san – Sora responde balançando a cabeça – o tio Bokuto deve ter falado errado.

- Então eu posso dar um abraço especial no Haru? – Aiko questiona animada.

Céus, como as coisas tinham acabado desse jeito?

O que salvou Shoyo desse momento desastroso foi o barulho da porta sendo aberta.

- Estou em casa crianças – Atsumu anuncia animado e logo os três vão correndo em direção ao outro pai – estou ansioso para a minha grande surpresa.

 

[...]

 

O Fatty-Tuna estava servido e Atsumu parecia estar tendo o momento da sua vida. Quando as crianças praticamente obrigaram Hinata a cozinhar para o marido – usando a desculpa que eles queriam apenas um pouquinho de ajuda para fazer algo para o pai – ele ficou surpreso ao saber que a comida favorita do loiro era algo tão simples de se fazer.

O jeito de esnobe que acompanhava o outro não parecia condizer com os seus gostos.

- Está delicioso crianças – o Miya fala com a boca ainda cheia – eu estava louco por um pouco de comida caseira, passar três dias só com barrinhas e o que as máquinas vendem não é fácil.

- Que bom que gostou papai, a ideia foi minha – Eiji diz orgulhoso – eu queria contar que agora já sei contar até 50.

- 50? Uau, estou impressionado – Shoyo comenta balançando o carrinho de Mina – daqui a pouco você aprende até o 100.

- Esse é o garoto do papai, estou orgulhoso Eiji – Atsumu também parabeniza o filho – sempre soube que meus filhotes seriam pequenos gênios.

- Eu ainda não sei contar até 50, mas eu sei todas as letras do alfabeto isso conta? – Sora fala um pouco envergonhado – os números são tão mais difíceis do que as letras.

- É claro que conta – o Miya mais velho passa a mão pelo cabelo do filho – cada um tem os pontos fortes e fracos, tudo bem não ser bom em tudo.

- Isso mesmo – Hinata assente – além do mais, não importa o que você sabe ou não sabe, pra gente você sempre será o menino mais inteligente do mundo.

O jantar continuou calmo, ora Atsumu contava sobre algo legal que aconteceu no hospital ora eles comentavam sobre algum filme, no entanto, Aiko parecia estar ansiosa e nervosa com algo e aquilo não passou despercebido pelo ruivo.

- Aiko, está tudo bem? – a menina se assusta por ser chamada de repente, mas logo assente – não parece que você está bem, tem algo que você queira dizer pra gente e está com medo? Você pode falar qualquer coisa, meu bem, estamos aqui para te ouvir.

- Isso mesmo docinho, o papai... – a fala do loiro é interrompida pelo barulho do seu celular – desculpem, é do trabalho, tenho que atender.

Ao ver o pai se levantar da mesma, os rostos das três crianças murcharam, pelo visto ele não cumpriria a promessa.

 - Mas você acabou de voltar, o que eles poderiam querer com você agora – Hinata questiona tentado soar o mais calmo possível já que na sua mente ele estava batendo no outro por deixar seus filhos tristes – ainda nem terminamos de jantar, depois você liga para eles.

- Pode ser uma emergência, eu não posso simplesmente ignorar – Atsumu retruca – não precisa fazer uma cena por nada.

- Cena? Não foi eu quem prometeu que passaria mais tempo com os meus filhos e na primeira vez que estou em casa depois de três dias eu nem termino uma refeição com eles – Shoyo se levanta irritado – você nem ao menos esperou a Aiko terminar de falar.

- O seu trabalho te permite passar mais tempo com as crianças, eu queria que o meu também pudesse fazer isso por mim – o Miya se aproxima do ruivo – se eu não trabalhar não pagamos as contas.

- Sério? Você vai usar essa desculpa? – a essa altura o telefone já tinha parado de tocar, mas a discursão entre os dois estava longe de terminar – eu tenho a minha própria firma de direito, eu ganho o mesmo que você ou até mais então não venha com essa pra cima de mim e você é um médico atendente, não um residente, pode falar quando estiver ocupado com a sua família.

- Vocês vão se separar? – a voz chorosa de Aiko chamou a atenção dos dois – faz dias que vocês estão estranhos e brigando sem parar, vocês não se amam mais e agora vão se separar?

- O que? Não é nada disso meu bem – Hinata fala se aproximando da filha – me desculpem por brigar na frente de vocês, seu pai e eu temos algumas coisas pra resolver, mas a gente não deveria fazer isso na frente de vocês, me desculpa Aiko.

O ruivo melhor do que ninguém sabia o quão ruim era presenciar seus pais brigando constantemente até um belo dia seu pai sair de casa e nunca mais voltar. Mesmo que Atsumu fosse a última pessoa na face da terra com quem ele gostaria de ter filhos, ele não faria seus filhos passaram pelas mesmas coisas que havia passado.

Atsumu também se aproximou dos dois e abraçou a filha, ele estava se sentindo envergonhado. Nada do que Shoyo havia falado estava errado, ele nem ao menos tinha percebido que estava cometendo os mesmos erros que seu pai, definitivamente aquele não era o tipo de pai que ele gostaria de ser.

- Nunca mais vamos brigar na frente de vocês – o loiro garante – me perdoem por ter atendido o telefone no meio do jantar, Shoyo estava certo, eu estava morrendo de saudade de vocês e deveria estar aproveitando a sensação de voltar para casa e não trabalhando ainda mais.

- Vocês estão preocupados se nós vamos nos separar? – Hinata pergunta para os meninos que assentem – não precisam ficar assim, seu pai e eu entramos juntos nessa e também vamos sair juntos. Agora, era por isso que estava tão ansiosa Aiko?

- Não – a menina responde fungando – eu queria contar que me inscrevi no clube de debate da escola e daqui um mês teremos nosso primeiro torneio, queria saber se o papai ia poder ir.

- É claro que eu vou – Atsumu responde rapidamente – não perderia por nada no mundo.

- Papai e se você tiver que trabalhar? – Eiji pergunta apoiando o rosto sobre a palma da mão.

- Aí eu mando o tio Samu no meu lugar pro trabalho – o loiro dá os ombros – não vai ser a primeira vez que eu e ele trocamos de lugar.

- Papai o tio Samu é cozinheiro e não médico, ele não pode curar as pessoas com onirigi – Sora comenta e todos soltam uma risada aliviando o clima pesado.

- Quando onirgi virar remédio, tenho certeza que o Atsumu perde o emprego pro irmão – Shoyo fala rindo – não se preocupe Aiko, todos nós estaremos lá, vou levar seu pai nem que seja puxado pelas orelhas, eu juro.

Diferente de Atsumu, Hinata sempre cumpria as suas promessas.

 

[...]

 

Depois do que pequeno incidente durante o jantar, o ruivo e o Miya apenas se falaram quando necessário, assim que garantiram que Mina estava dormindo os dois foram para o quarto, afinal tinha uma outra questão a ser tratada;

Quem vai dormir na cama?

A primeira noite acabou com os dois dormindo em cima das pilhas de panquecas que haviam feito durante a madrugada, na manhã do outro dia Atsumu iniciou seu plantão deixando a cama livre para Shoyo, porém, o ruivo acabou dormindo no quarto de Mina esses últimos três dias porque estava com medo de não conseguir escutar a babá eletrônica, Hinata era conhecido pelo seu sono pesado.

- Então, sobre o jantar – Atsumu começa, mas logo é interrompido pela cara feia do outro.

- Meus pais se separam quando eu era criança, do tamanho da Aiko – Shoyo começa a falar ao passo que arrumava a cama – foi horrível e tanto eu quanto a Natsu sofremos bastante, por isso eu não quero que nossas crianças passem pela a mesma coisa. A gente não gosta um do outro e tudo bem por mim, mas vamos aprender a nos comportar enquanto estiver com os nossos filhos.

- Eu sinto muito – o loiro fala depois de um tempo – meus pais nunca chegaram a se separar, mas meu pai era bastante ausente em casa, eu prometi para mim e para eles que não seria assim também, contudo, como eu poderia estar fazendo alguma coisa diferente quando nem ao menos notei que estava mais preocupado com o celular do que com o jantar?

- Apenas dê o seu melhor por aquelas crianças – Hinata joga o travesseiro para o outro – mas como você falhou miseravelmente hoje, pode dormir no chão. Quando você melhorar como pai eu troco de lugar com você.

- Hinata, você não está falando sério, né? – o Miya revira os olhos – eu acabei de chegar de um turno de 72h e você quer que eu durma no chão?

- Como você pode ser médico quando nem sabe interpretar uma frase? – Shoyo balança a cabeça em negação – sem sorriso no rosto dos meus filhos, sem cama pra você e se arruma logo porque eu estou cansado.

Enquanto resmungava para si mesmo, o loiro só torcia por uma coisa:

Que ele não volte para aquele castelo.


Notas Finais


Próximo Capítulo: Malditos Velhinhos

Não fiquem bravos com o Tsumu, ele se esforça para ser um bom pai.


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