História O matador - O passado do matador

No grande salão...

 

Pov's Soluço

 

Assim que todos se silenciaram, meu pai começou a falar:

 

- Caros amigos. - suspirou. - Sei que muitos estão tensos pelo o matador ainda estar vivo, mas, vou lhes dar uma notícia que levantará nosso auto estima. Nosso povo ganhará mais um integrante! Dag Hofferson e minha filha, Seeylfe, terão um filho! Serei avô!

 

Ri quando todos gritaram animados.

 

- Que comece a festa! - sorriu Bocão empolgado.

 

A banda começou a tocar e a cerveja começou a ser distribuída. Eita... vai acordar todo mundo de ressaca amanhã...

 

- Não, Dag! Nosso filho tem que nascer parecido comigo! - rebateu Seeylfe me fazendo encarar ela e Dag.

 

- Porque ele não pode ser loiro? Que preconceito é esse? - questionou Dag aborrecido.

 

- Não é preconceito, mas já que eu vou carregar ele por nove meses, nada mais justo do que nascer parecido comigo! - afirmou ela. - Não é você que vai ficar com enjoo, com gorduras, com fome...!

 

- Você não fez o filho sozinha! - alertou meu cunhado irritado, fazendo-a ficar vermelha, mas não perder a pose.

 

Deixei escapar uma risada, enquanto abraçava Astrid por trás.

 

- Acho que nasce parecido com Dag. - comentei em seu ouvido ainda olhando o casal.

 

- Também acho. - riu ela.

 

- Então milady... - chamei a colocando de frente pra mim e enlaçando sua cintura. - Quando vai ser a nossa vez de ter filhos?

 

Ela levantou as sobrancelhas e sorriu surpresa, mas com as bochechas coradas.

 

- EU QUERO SER O PADRINHO! - berrou Cabeça-Dura animado surgindo entre nós dois e colocando os braços ao nosso redor.

 

- EPA! EPA! - gritou Seeylfe revoltada se aproximando. - Essa vaga é minha, Thorston! Saí fora!

 

Rolei os olhos assim como Astrid.

 

Pov's Seeylfe

 

Me virei para Dag.

 

- Amor, você viu o meu pai? - interroguei olhando para os lados.

 

- Deve tá bebendo. - deu de ombros.

 

- O que? - arregalei os olhos. - Se ele beber muito, vai desmaiar e algum dragão nosso vai ter que levá-lo pra casa e não vai ser o meu!

 

- Eita, é mesmo. - fez careta.

 

Rolei os olhos.

 

- Vou atrás dele. - declarei me afastando.

 

Fui passando por entre as pessoas e observei na mesa de comida, para ver se meu pai estava lá. Me aproximei e olhei por todos os ângulos.

 

- Olá, Seeylfe. - sorriu Ryker se aproximando.

 

- Oi, Ryker. - sorri educada rapidamente antes de voltar a olhar ao redor.

 

- Está encantadora demais.

 

O encarei surpresa. Qual é a dele?

 

- É... obrigada. - respondi constrangida. - Se me dá licença... - eu disse me afastando.

 

Pov's Soluço

 

Seeylfe se aproximou de mim. Eu estava sozinho.

 

- Você viu o que Ryker fez? - perguntou incrédula. - Mal chegou e já deu em cima de mim! Ele sabe que eu sou casada! Isso é falta de respeito!

 

- Eu já percebi o interesse dele quando ele praticamente comeu você e Astrid com os olhos no cais. - afirmei. - E Dag também percebeu.

 

Ela suspirou.

 

- Eu não confio nesse cara. - declarou me encarando séria. - Temos que ficar de olho nele.

 

Franzi a testa.

 

- Concordo. - retruquei sério.

 

(...)

 

Mais tarde...

 

Bufei mais uma vez. Eu estava sem sono e não conseguia sequer, pregar o olho.

 

Desviei meu olhar para Astrid e um pequeno sorriso escapou ao vê-la dormindo tranquila. Essa mulher é linda até dormindo...

 

Com cuidado, me soltei dela devagar, não querendo acordá-la. Me levantei lentamente e caminhei devagar até minha mesa, sentando na cadeira.

 

Suspirei, pegando meu lápis e um papel em branco.

 

Quando fui perceber, eu tinha desenhado o rosto do matador, ou melhor, do Viggo.

 

Franzi a testa preocupado.

 

Preciso saber mais sobre esse cara...

 

(...)

 

No dia seguinte...

 

Subi as escadas com Seeylfe e logo Gothi se aproximou.

 

- Oi, Gothi. - sorri. - Viemos atrás do que você já traduziu sobre o matador e... pra examinar a Seeylfe também, só para ver se está tudo bem com ela e com o bebê.

 

- Tem certeza que ela é quem tem que fazer isso? - questionou Seeylfe fazendo uma careta.

 

Arregalei os olhos assustado quando a anciã ameaçou lhe bater com o cajado.

 

- Tá bom! Desculpa! - pediu Seeylfe assustada. - Abaixa esse cajado! Você fica assustadora com ele!

 

(...)

 

Depois de terminar de examinar minha irmã, a anciã escreveu:

 

"Você está com dois meses, Seeylfe. Está tudo bem com você e com seu filho. Se cuide bem, coma direito e dê um tempo nas suas atividades diárias".

 

- Tá ouvindo, né Seeylfe? - alertei e ela me deu língua. - Mas e quanto às traduções?

 

Me preocupei quando Gothi suspirou profundamente e começou a escrever:

 

"Pelo o que pude traduzir, Viggo Grimborn foi um caçador de dragão. Ele capturava os dragões e os vendia, lucrando com isso. Mas algum tempo depois, Viggo descobriu que tinha uma doença grave e sem cura. Ele buscou socorro em todo o lugar em que se pode imaginar, até encontrar com uma bruxa, chamada Boo. Os dois acabaram fazendo um pacto: Ele tinha que matar homens para ela fazer rituais e em troca, ela lhe dava a vida eterna. Ela também lhe deixou mais rápido e mais forte".

 

Eu e Seeylfe nos entreolhamos assustados, enquanto a anciã ainda escrevia:

 

"E foi assim que ele ganhou o nome de O matador."

 

- Mas e as mulheres? - questionei.

 

Ela escreveu:

 

"Essa é a pior parte: Além de vender dragões, as mulheres que ele pegava, as transformava em prostitutas e com isso, ele e Boo, ganhavam mais dinheiro".

 

Arregalei os olhos em choque.

 

- Meu Thor... - murmurou Seeylfe enojada e ficando pálida.

 

- Senta, mana. - pedi ajudando-a se sentar.

 

Suspirei, tentando engolir o bolo que queria subir pela a minha garganta. A história era nojenta demais.