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História O Melhor Presente de Aniversário - SasuSaku. - A Festa


Escrita por: Tuni

Notas do Autor


Esse capítulo teve várias modificações.
Então para quem já leu e quiser reler, tem novidades fresquinhas!

Capítulo 3 - A Festa


Sakura P.O.V. (Point of View)

I

Meus pais foram os primeiros a nos cumprimentar

-Está linda minha filha – minha mãe que vestia um modelo preto com um decote em “V” longo de tecido fino e um coque alto e acessórios marcantes, estava no céu. Se virou. – Obrigada por aceitar meu convite, Sasuke. Vocês ficam ótimos juntos.

-Mãe – peguei em sua mão com o tom repreensivo. – Não vê que ele só está fazendo um favor? Pare de ficar me jogando nos meninos, já disse que não estou interessada – esgueirei o olhar pelo canto do olho torcendo para que ele não tivesse ouvido. Aparentemente, estava alheio a conversa.

-Deixe-a, Mebuki – meu pai, um homem alto com um corpo bastante apresentável para a idade, se aproximou, bem alinhado em um terno azul marinho e gravata borboleta preta. Sua cabeleira ruiva sem fios brancos tendo seu tom puxado para um rosa, olhos verdes vivos escondiam sua idade maravilhosamente bem, uma figura calma e marcante. – Está realmente linda. Aproveite sua festa.

-Obrigada por ter feito essa festa linda pai e mãe – agradeci e eles se foram dando espaço para mais pessoas.

O casal que já conversava com Sasuke veio me cumprimentar.

-Parabéns querida! – tia Mikoto me cumprimentou. A senhora Uchiha, mãe de Itachi e Sasuke, estava maravilhosa em seu vestido azul marinho de um ombro só. Alta e esbelta, uma mulher de pele clara e cabelos e olhos escuros, não tanto quanto seu esposo e filhos, seus traços delicados não combinavam com seu cabelo preso em um coque baixo, aquilo dava a impressão de idade, e acessórios simples completavam o visual.

-Parabéns Florzinha, felicidade – desejou tio Fugaku. As características dos Uchihas são realmente marcantes, mesmo o homem em questão estar sempre apresentando uma cara fechada parecia jovem pois mal via-se um cabelo branco em sua cabeça. Seu terno todo preto o fazia elegante, o que era seu usual, além de quando estar em família, era muito querido e brincalhão quando queria.

-Obrigada – os abracei. – Aproveitem a festa.

-Cuide bem dela, Sasuke – sua mãe o alertou. Aquilo me pareceu ser algo a mais do que a própria festa.

-Cuidarei – a tranquilizou, o que para mim se tornou uma onda de inquietação.

Fomos cumprimentando todos os convidados do recinto. Foi bastante entediante principalmente pelo mesmo tipo de conversa em geral. Itachi e Karin se juntou a nós novamente por um tempo. 

Difícil era amenizar as perguntas chatas e indiscretas que muitos nos colocavam achando que Sasuke era meu namorado. Ele devia odiar esses momentos tanto quanto eu, mesmo ele não desmentindo, o que era estranho. Estava querendo me livrar dele o quanto antes para sair dessa situação. Bem que podia ir se esfregar com suas amigas para me fazer evitar tanta saia justa. Não que não goste dele. Ele é legal, mas eu já não estava mais acostumada à sua companhia e isso me incomodava um pouco.

Haviam pessoas das empresas Haruno e Uchiha, agora sendo uma só. meus pais comentaram que estavam no fim do processo de unirem as empresas, inclusive já assinei alguns papéis quando a fusão burocrática com os Uchihas. Isso, pelo que entendi, alavancou bastante as coisas, tomara que dê tudo certo e se mantenha próspero.

Os donos de algumas empresas que são dos amigos dos meus pais como InoShikaCho, Uzumaki, Hyuuga e Sabaku. Pais de alguns amigos chegados também estavam presentes.

II

-Está cansada? – questionou meu acompanhante – estávamos andando a muito tempo pelo salão e eu realmente estava cansada.

-Um pouco – suspirei e o olhei. - E você?

-Também – Me encarou suavemente de volta. – Está quase na hora do jantar. Acredito que tenhamos cumprimentado todos, exceto nossos amigos que disseram nos ocupar mais tarde – comentou com um sorriso de canto.

-Com certeza você ficará bastante ocupado – brinquei. – Duvido que dê conta de todas as meninas que estão te esperando – falei divertida o provocando, o senti enrijecer os músculos e o vi revirar os olhos.

-Seu conceito sobre mim é tão baixo assim? – me questionou visivelmente incomodado com o comentário. Começou a me conduzir novamente para dissipar o mau humor repentino. – Você deve pensar que vivo para isso, o que não é verdade.

-Hei – parei, chamando-lhe a atenção, me virei a ele. – Eu não te julgo por isso – Eu realmente havia percebido nas festas que ele andava bem mais sozinho ou na companhia do Naruto com os meninos. Mas isso não é da minha conta. – Você é uma pessoa livre para fazer o que quiser, não cabe a mim dizer se o que faz é bom ou ruim.

-Humf! Você realmente não sabe de nada. – bufou. O que eu não sei? –  E outra, eu não fico me esfregando por aí... – suspirou. – Mas não quero discutir isso agora. Hoje é seu dia. Quero que aproveite sua festa.

-Eu já sei disso, porque todos me disseram a mesma coisa. “Aproveite a festa, querida!” – retorqui fazendo aspas com as mãos na última frase. - É uma festa. Obvio que aproveitarei. Ou tentarei.

-É apenas uma forma de lembra-la que tudo isso é dedicado somente a você – levantou a mão livre e mostrou o local com um singelo sorriso de canto. Engoli em seco. Ele se desvencilhou de meus braços e pegando duas champanhes e me entregando uma. – Porque você merece.

Desde quando ele estava tão galanteador? Tomamos um gole. Eu deveria ter cuidado, porque sou bem fraca para bebidas e essas docinhas enganam muito, mas estava tão bom e estava com sede que praticamente tomei mais da metade da taça em um gole.

-Vai com calma, mocinha – Me alertou alarmado. – Você quase não comeu e sabe que é fraca para bebidas – nem me importei com ele falando isso, estava intrigada com o que ele tinha falado um pouco antes.

-Sinceramente não acho que mereça tudo isso – olhei em volta. – Isso é uma superprodução na qual meus pais gastaram uma fortuna para serem desfrutados por algumas horas. É superestimado.

-Nossos pais. Meus pais também estão te dando a festa. – “Isso é novidade, porque não soube disso?!” – pensei espantada. – Você não sabia? – neguei. – Você é a filha que eles sempre sonharam em ter e não tiveram, Sakura. Você é tudo para eles – fechou a cara.

-Já imaginou como seria? – divaguei quando uma ideia surgiu. – Eu ser irmã de vocês, não é legal? – ele fez uma cara de nojo que não me segurei e ri livremente, fazendo-o torcer ainda mais o nariz ao ver que ri. 

-Credo, Sakura. Eu jamais te veria como irmã. É nojento somente pensar nisso!

-Não precisa ficar com ciúmes, viu. Todos dizem que coração de mãe sempre cabe mais um – parei quando uma dúvida surgiu. - Então foi por isso que se afastou de mim na adolescência?

-O que? – ele perguntou tentando assimilar a informação que acabara de receber. – Não, meus pais gostarem de você como filha não fazem eles gostarem menos de mim – deu de ombros.

-Então porque, Sasuke? – quis saber.

Ele suspirou resignado, elevou o dedo indicador e o médio e eu já sabia o que viria a seguir. Aquele gesto significa muita coisa na família Uchiha. Eles não são muito bons com as palavras exceto por meu melhor amigo. Sasuke havia partilhado comigo algumas vezes, mas havia sido a tanto tempo que nem me lembrara que ele fazia isso.

Esse gesto era entre irmãos, Itachi compartilha comigo ainda, Karin também recebe o carinho embora os significados sejam diferentes, o irmão mais velho conseguiu ampliar aquele gesto de amor que sua família mantém em diversos níveis.

-Outra hora, Florzinha – tocou o centro de minha testa com um sorriso genuíno. Retribui o sorriso.

-Aí estão eles – Karin se aproximou com Itachi que olhava sugestivamente a nós por conta da cena que acabara de acontecer. – Seus pais pediram para chamar vocês para irem a mesa para nos sentarmos, pois, o jantar será servido em breve - ela continuou. Percebi uma troca de olhar entre os irmãos. Itachi lançava um olhar a Sasuke que apenas deu de ombro. – Vamos, Sakura? – A Uzumaki tentava me chamar a atenção para talvez não perceber a comunicação não verbal ocorrendo ali e embora tenha visto cada detalhe, entendi absolutamente nada, dei de ombros também. Assenti.

III

A música tinha mudado para um clássico suave que estava bem baixinha e uma peça mais calma, adequada para todas as idades ouvir, para fazermos a refeição.

Sentamos a mesa que tinha capacidade para oito pessoas. A mesa em que eu me sentei estavam meus pais, pais dos irmãos Uchiha, Itachi com Karin, Sasuke e eu.

Todos comentavam que a festa estava linda e que a comida estava deliciosa. Realmente estava divino, tinha tudo que gostava e muito mais.

Percebi uma reação estranha nos nossos pais durante o jantar, e quando estávamos na sobremesa, cheguei mais próxima a minha mãe e perguntei a ela, discretamente, se sabia de algo e se percebeu algum clima estranho. Tendo como resposta que não havia percebido nada, porém ele ficou um pouco tensa.

-Assim que todos acabaram de jantar, vamos anunciar a liberação do nosso salão para nossa festa dos mais velhos – Mikoto interrompe meus sussurros com minha mãe, sendo a última acenando com a cabeça em agradecimento para a Uchiha que sorriu, cumplice. “Deve ser algo da festa...” – pensei dando de ombros.

Todos mudaram de assunto, Itachi conversava com Karin, nossos pais uns com os outros sobre assuntos aleatórios e Sasuke se mantinha calado, como de costume.

Passei os olhos pelas mesas e percebi que quase todos já haviam praticamente terminado. Voltei o olhar para minha própria mesa e vi minha mãe ordenar algo a uma das organizadoras.

-Prontos para a balada? – tio Fu perguntou.

-Claro – Itachi e Karin responderam prontamente.

-Vocês eu sei, me refiro a minha adorada esposa e meus amigos aqui – apontou com a cabeça para meus pais.

-Com toda a certeza – as mulheres disseram animadas, enquanto meu pai sorria e assentia com a cabeça.

-Senhoras e senhores - o apresentador iniciou. - Convido aos pais a se dirigir ao salão da velha guarda para uma balada retro muito animada!

-É a nossa deixa – meu pai deu o braço para minha mãe acompanhados dos Uchihas.

O pessoal veio para minha mesa me cumprimentar.

-Sakura! – quem se não Naruto para gritar? O Menino loiro de olhos azuis com uma calça preta e sapatos da mesma cor, exibia uma camisa laranja de cetim muito chamativa. Agora entendo porque Hina quis sombra laranja, até nisso combinam. – Parabéns minha irmãzinha, está linda! – me deu um abraço apertado cheio de carinho. Me soltou  todo sorridente, com a namorada chegando ao seu lado me sorrindo docemente. Retribui.

-Obrigada.

-Parabéns pelo aniversário, Sakura – Neji sorriu. O primo de Hinata tinha as mesmas características. “O que essas famílias têm que são tudo iguais? Parece os gêmeos uns dos outros.” Os olhos azuis tão claros que parecem águas cristalinas e os cabelos extremamente escuros e compridos em um rosto angelical, faziam os Hyuuga ter uma beleza incomparável.

-Obrigada, Neji. – Ele acenou e se retirou para o lado.

-Testuda – Ino veio um tanto quanto discreta por ser ela. – Você viu os amigos do Itachi? – acenou com a cabeça. – São uns deuses, estou babando naquele loiro. Olhei para a direção indicada e no meio do caminho vi Sasuke fez cara feia e saiu em direção ao bar. Segui com o olhar em direção aos amigos de Itachi que estavam vindo a nossa direção.

-Sakura, Ino – o Uchiha mais velho se aproximou com os amigos – Esses são Deidara - indicou o loiro alto, de cabelos compridos e olhos azuis. – E Hidan – o platinado alto de olhos castanhos sorria abertamente para mim.

-Feliz aniversário – Deidara falou não deixando de encarar Ino, que sorria toda boba para ele. – Ino, Hum – ela sorriu mais ainda. – Quer uma bebida?

-Oi, claro – ela respondeu. Ele a meio abraçou e encaminhou para o bar. Rolei os olhos internamente. “Essa menina não muda!”

 -Feliz aniversário, Sakura – Hidan me cumprimentou. – Está muito linda. Itachi não fez justiça a sua beleza quando falou de você – pegou minha mão e a beijou. Na mesma hora quis tirar a mão, mas a educação não me permitia, não estava interessada. Forcei um sorriso.

-Obrigada – falei retirando minha mão de forma delicada. – Mas acho que Itachi sempre exagera a meu respeito.

Fuu chegou pulando em mim e dando parabéns, Gaara, o ruivo de lindos olhos verdes não muito alto e corpo magro, me deu um abraço desejando felicidades.

Temari veio empurrando um Shikamaru entediado.

-Vamos – cochichou ela irritada, cutucando sua costela com o dedo discretamente.

-Parabéns, Sakura – ele disse entediado, típico do Shikamaru. Um moreno de olhos castanhos sempre mantendo o cabelo preso em um rabo de cavalo, extremamente inteligente. É o que dizem quanto mais preguiçoso, mais prático será suas soluções.

-Obrigada, Shika – dou uma piscadinha para Tema que me devolve um sorriso.

-Vamos para pista de dança, Florzinha? – Itachi chamou com Hidan em seu encalço. – Estão apenas te esperando para iniciar a balada.

Com isso todos começaram a me empurrar para a pista. Senti que o amigo albino do Itachi não desgrudava de mim, que chatice...

Chegamos na pista de dança o DJ nos deu boa noite, fez um brinde em homenagem ao meu aniversário, de novo.

Esperou o garçom entregar a todos nós uma rodada de tequila, assim que viramos e levantamos o copo como ele pediu ele iniciou a música “Welcome to the Club”, o ritmo era contagiante, fazendo a galera ir à loucura, dançávamos e pulávamos, os meninos principalmente estavam entrando na bebida, com exceção de Temari que bebia muito mais que Shikamaru, e ele só a chamava de problemática e a balada engajou...

Um pouco afastada, Ino estava aos beijos, e que beijos, com o loiro amigo de Itachi. Sério aquilo estava tão indecente que poderiam ir para um quarto.

IV

Tirando Ino e o loiro lá, a galera estava se divertindo junto. Já havia se passado muito tempo do início da balada, e aposto que já é madrugada alta. Sasuke estava no bar sozinho bebendo, o que eu estranhei, porque será que ainda não foi se agarrar com alguém? Ele também deveria aproveitar a festa. Que menino estranho...

Estava bebendo uma caipirinha bem devagar e fraquinha pois já estava tonta, não queria dar vexame em minha própria festa.

Karin e Itachi vieram para perto tentando de alguma forma conversar comigo.

-Sakura, o que acha de você e Itachi cantarem uma música como sempre fazem juntos? – sugeriu ela animada.

Olhei para o namorado da ruiva que estava tão animado quanto ela confirmando.

-Eu não sei, hein – comecei receosa. – A gente nem ensaiou e eu nem faço ideia de que musica podemos cantar.

-Eu já sei qual música – Karin disse com um sorriso atrevido no rosto. – Cante “In a World Like This” com Itachi, e depois faz um solo de “Love Me Like You Do”. O que acha, você canta muito bem e sabe a letra de cor. Você e esse moreno lindo aqui – se referiu ao namorado. – Tem uma sintonia muito boa. Vai dar certo!

-Já disse que...

-Por favor – falaram em juntos com as mãos unidas em súplica.

-Ok, ok! – cedi. – Será que tem como?

-Eu providenciei o melhor DJ – Itachi comentou. – Pain é o melhor, além de meu amigo – me sorriu confidente.

-Isso quer dizer que isso já estava no esquema? – questionei cruzando os braços na frente do corpo.

-Talvez... – Karin desconversou. – Agora vamos! – me puxou para o palco e vi o moreno acenar para o DJ.

-Senhoras e senhores, com vocês um momento fantástico a qual nossa aniversariante vai dividir conosco um de seus maiores talentos – anunciou. – Sakura e Itachi!

Todos aplaudiram e eu fiquei um pouco tensa.

-Vai dar tudo certo Florzinha – meu amigo tranquilizou. – Afinal, eu estou aqui com você.

Sorri e respirei fundo.

-Vamos – pegamos o microfone e o retorno, e nos posicionamos no palco. Itachi segurou minha mão quando a melodia tranquila começou a tocar ao som de um violão.

#You got me wide open, wide open now I'm yours…#

(Você me pegou vulnerável, vulnerável, agora sou seu)

Sua voz grossa ecoou pelo salão, era encantador era perfeita, em sintonia com o tempo. Olhei a galera que estava curtindo a música e nos incentivando.

#Became my salvation, salvation through the war (yeah)#

(Se tornou minha salvação, salvação em meio a guerra, Yeah)

Comecei, ouvi gritos das meninas, até Ino veio com o loiro para apreciar esse momento. Cantamos o primeiro refrão e o pessoal batia palmas junto a batida da música. Aquilo era combustível para minha alma e eu me soltei.

#And now I'm free fallin', free fallin' in your eyes#

(E agora estou me perdendo, me perdendo em seus olhos)

Voltei a solar, Itachi me olhava orgulhoso, mal sabe ele, que meu orgulho por ele é igual. Enquanto terminei a minha parte e meu acompanhante voltou a solar, olhei o pessoal da festa. Maioria da nossa turma estava presente, cantando junto o que era muito bom.

#In a world like this where some back down

(Em um mundo como esse onde alguns desistem)

I, I know we're gonna make it#

(Eu, eu sei que vamos conseguir)

Esse era nosso momento.

#In a time like this when love comes round

(Em um momento como esse quando o amor da voltas)

I, I know we gotta take it#

(Eu, eu sei que vamos conseguir)

E agora estávamos em nossa bolha de amizade na qual partilhávamos nosso profundo amor pela música.

#In a world like this when people fall apart#

(Em um mundo como esse quando as pessoas se separam)

Aumentamos nossas notas vocais, era perfeito. A letra fala sobre uma pessoa se apoiar na outra e que juntas iriam enfrentar tudo em um mundo como esse.

#In a time like this when nothing comes from the heart#

(Em um momento como esse quando nada vem do coração)

Era isso que essa pessoa ao meu lado, cantando, se divertindo é na minha vida, Karin acertou em cheio. Fico muito feliz que ela não tenha ciúme de nós. Ela sabe que eu amo muito Itachi, mas a minha forma de amar é diferente da dela.

#In a world like this#

(Em um mundo como esse)

Disse minhas últimas palavras da música. Estava eufórica. Estava realizada, Itachi finalizou.

#I got you!#

(Eu tenho você)

Ele finalizou olhando para mim. Sim. Ele era meu porto seguro. O Abracei forte.

-Eu te amo, minha Florzinha – declarou ele no microfone.

-Você sabe que te amo na mesma intensidade. Jamais poderia escolher um melhor amigo melhor que você!

O pessoal gritou, aplaudiu e eu passei os olhos novamente pela pista de dança, que agora estava um pouco mais clara pelas luzes do palco e eu pude ver melhor agora que estava mais acostumada com aquela claridade.

Voltei meu olhar no bar, Sasuke era o único que estava afastado e fazendo uma cara que, eu não queria estar perto. Não entendo como esse menino é tão mal-humorado. Deve estar entediado... A amiguinha da vez não deve estar presente, ou o abandonou já que ele passou metade da festa me acompanhando. Não estou nem aí. Não pedi pra me acompanhar.

-Agora, minha parte favorita da festa – Meu amigo continuou falando com o pessoal pelo microfone. – Minha querida amiga vai cantar uma música para vocês.

Ele me deixou no palco sozinha seguido de aplausos. A melodia começou e eu encarei todos, incluindo aquele chato do bar. Que estranhamente agora olhava com interesse para o palco.

Eu comecei a cantar e o clima ficou mais calmo e intenso. Vi Karin chamando as meninas e eu já sabia o que iria acontecer.

#You're the only thing I wanna touch#

(Você é a única coisa que quero tocar)

Elas pegaram cada uma um microfone e se posicionaram atrás de mim. E quando começamos o refrão foi tão lindo que me arrepiei, e assim continuei a música, cantamos novamente o refrão. As meninas cantavam para seus companheiros, até Ino para o loiro. Como não tinha para quem cantar, eu fechei os olhos e cantei. Passando as mãos pelos meus cabelos e interpretando a música. Era mágico como estava me sentindo.

#What are you waiting for?#

(O que está esperando?)

Elevei a voz. Não cabia em mim.

#Ah

I'll let you set the pace

(Vou deixar você terminar o ritmo)

Cause I'm not thinking straight#

(Pois não consigo pensar direito)

Era exatamente como estava me sentindo, eu realmente não pensava direito.

#My head's spinning around, I can't see clear no more#

(Minha cabeça está girando, não consigo ver claramente)

Nessa hora eu olhei todos e quando cheguei naqueles olhos ônix eram tão intensos, então o encarei me prendi neles, sem entender o que se passava comigo. Estavam me intrigando.

#What are you waiting for? #

(O que está esperando)

Mantive minha voz alongando minha frase. Ele não tirava os olhos de mim.

#Love me like you do, lo-lo-love me like you do (like you do) #

(Me ame como você ama, me ame como você ama,como você ama)

Não sei o que deu em mim, eu estava me exibindo para ele, me perdi nos sentidos da música fechando os olhos e cantando como se minha alma dependesse dessa música, porque nesse exato momento, ela depende... As meninas se juntaram a mim. Nos abraçamos e aquilo era a melhor coisa do mundo. Era um momento único.

#Love me like you do, lo-lo-love me like you do (oh)

(Me ame como você ama, me ame como você ama, oh)

Touch me like you do, to-to-touch me like you do (ah) #

(Me toque como você toca, me toque como você me toca, ah)

E finalizei a música com todos em silencio no recinto apenas para me ouvir.

#What are you waiting for? #

(O que está esperando?)

Quando finalizei, percebi o bar vazio. Porém a explosão de aplausos me fez esquecer momentaneamente isso.

Era muito bom estar ali. Eu sabia que aquelas meninas faziam parte da minha vida e me apoiavam. Era muito grata a elas pela amizade oferecida.

Agradecemos e saímos do palco onde o DJ tomava conta novamente. Logo abaixo da escada tinha um garçom com mais inúmeros shots de tequila. Pegamos um para comemorar, porém um não era suficiente, peguei logo outro e virei. Dê repente, tudo ficou mais leve e eu gostei da sensação. Acho que ainda é a adrenalina no meu organismo, pois me sinto cada vez mais eufórica e capaz de fazer as coisas depois das músicas, meu amigo sabe como fico pilhada quando a gente faz isso.

Mas quer saber? Não estou nem aí, bora curtir.

Voltamos para a pista de dança, e nos jogamos na balada.

Hidan veio ao meu encontro e me ofereceu uma caipirinha. Agradeci e comecei a tomar.

-Você canta divinamente bem – chegou ao meu ouvido.

-Obrigada. Fico feliz que gostou.

-Sua voz, a forma que canta... Me deixa louco – continuou rouco ao meu ouvido.

-Louco como? – Perguntei curiosa.

-Assim – não me deu tempo de pensar e me beijou. Sinceramente não me importei, até que foi legal, mas não foi aquela explosão de sensações. Se afastou de mim o suficiente para vir ao meu ouvido novamente – Estou louco por você, Sakura.

-Ok – disse o beijando.

Acho que posso me divertir um pouco. Ele passeava as mãos pelas minhas costas e cintura me trazendo cada vez mais junto dele. Aquilo começou a me incomodar o afastei um pouco. Um garçom passou e eu já peguei mais um shot de tequila e meti na cabeça, hoje é meu dia, posso fazer qualquer coisa, certo? Ele me beijou novamente.

Minha cabeça começou a girar, parecia literalmente que estava na música que cantei a pouco, será que foi a pouco mesmo?

-Quer ir para um lugar mais privado? – ele indagou.

-Não. Quero ir tomar um ar – ele fez menção de vir comigo, mas o impedi. – Sozinha. Talvez nos encontramos depois.

Percebi Itachi o chamando quando me viu afasta-lo. Que bom que estava atento.

V

Quando me dirigi para a saída, passei pelo bar que Sasuke estava mais cedo e tomei mais um shot de tequila, e me dirigi a saída.

Assim que estava do lado de fora, comecei a me sentir um pouco melhor, não havia percebido o quanto estava abafado lá dentro.

Avistei Sasuke sentado em um canto sozinho e resolvi ir lá, porque? Nem sei.

-Ué, o grande Sasuke está sem as amiguinhas hoje?

Cheguei meio debochada a sua frente, ele levantou o olhar me encarando. Lá dentro o som do piano de Alan Walker começou a tocar.

-Mania chata de pensar que eu fico com mulheres o tempo todo.

-É o que dizem por aí – falei abrindo os braços para demonstrar qualquer lugar.

#You were the shadow to my light

(Você é a sombra para minha luz)

Did you feel us?#

(Você nos sentia?)

-Não é verdade – retrucou. – Eu gosto apenas de uma mulher, pena que ela nem sequer percebe.

-Porque não vai atrás dela?

#Where are you now

(Onde está você agora?)

Was it all in my fantasy?#

(Foi tudo em minha fantasia?)

Cruzei os braços desacreditando.

#Where you only imaginary#

(Você era apenas imaginário)

-Como pode ser verdade quando todas as meninas te disputam, Sasuke? Justamente você que pode ter qualquer uma...

#Where are you now#

(Onde você está agora?)

-Aparentemente não todas – olhou para o lado e levantou ficando bem próximo.

Seu rosto estava corado.

“Ele estava envergonhado? Que bonitinho.”

-Só assim mesmo para você me fazer essas perguntas e não faço ideia porque estou falando sobre isso com você. Está claramente bêbada.

#Under the bright

(Sob as luzes)

But faded lights

(Que se apagam)

You set my heart on fire#

(Você incendeia meu coração)

-Mentira, não estou bêbada. – porque estou falando cada vez mais arrastado? – Sabe, eu gostaria de entender o que essas meninas veem em você.

-Bem que você poderia... – nesse momento ele que já estava praticamente colado em mim, abaixou a cabeça, tão perto a ponto de sentir o cheiro de seu hálito... Seus olhos estavam fixos em mim, sua boca levemente aberta e ofegante. A intensidade que vinha dele estava me deixando tonta, mas de uma forma diferente da que eu sentia antes. O que está acontecendo...

#Another dream#

(Outro sonho)

-O que essas meninas veem em você? Gostaria de saber... – passei a mão pelo seu cabelo e o coloquei uma mecha atrás da orelha, mantendo minha mão em sua cabeça.

#The monsters running wild inside of me#

(Os monstros correm selvagens dentro de mim)

-Estou bem aqui, Sakura.

O puxei com a mão que estava em sua cabeça, fazendo a pouca distância entre nós, sumisse. Não sei de onde tirei coragem para tal coisa, mas sinceramente era o que precisava no momento. Levei meus lábios aos dele em um selinho demorado.

Senti toda a tensão em nossos corpos se esvair. As mãos de Sasuke lentamente foram a minha cintura e uma delas foi subindo acariciando meu corpo até chegar na nuca onde seus dedos se emaranharam em meus cabelos de uma forma gostosa. Sua boca abriu levemente pedindo passagem e eu concedi.

Sua língua adentrou timidamente minha boca e experimentei a sensação dela na minha, fazendo carícias e tocando no lugar certo onde meus sentimentos dançaram e explodiram de forma deliciosa.

Estava com as sensações a flor da pele.

#I'm faded#

(Estou cansado)

#So lost#

(Tão perdido)

#I'm faded#

(Estou cansado)

Aos poucos ele aprofundou o contato e gemi inconscientemente. Eu queria mais.

Nos separamos minimamente para recuperar o fôlego.

-Sakura, eu...

-Shh, não fala nada.

Ele não perdeu tempo e avançou novamente em meus lábios, o braço que estava na cintura subiu envolvendo suas costas, me prendendo de uma forma que parecia que não queria me soltar nunca mais. Suas mãos eram firmes e cada toque seu incendiava por onde passavam.

Meu interior estava em chamas e tudo isso era por conta dele. Nossos corpos grudados de uma forma deliciosa me faziam sentir inteiramente segura em seus braços.

Ele era perfeito.

As sensações que me causava me deixava em um estado de êxtase, entorpecida. Naquele momento eu o desejava mais que tudo.

O beijo dele, sim, era bom, na verdade era viciante, eu queria aquilo para sempre. Parecia que estava nas nuvens, o beijei até não conseguir mais, ele delicadamente começou a fazer uma trilha com os lábios no meu rosto em direção ao ouvido.

-Você não sabe o quanto esperei por isso, Sakura. – Desceu o pescoço estimulando pontos sensíveis, me deixando excitada.

-Sasuke. – Praticamente gemi o nome dele. 



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