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História O Melhor Vem Após o Pior - Primeira parte


Escrita por: redrosess

Notas do Autor


Então, pessoal, esta é uma espécie de introdução para uma história de três capítulos que pretendo escrever. Não venho tendo muita inspiração em relação às minhas outras histórias sobre futebol, por isso resolvi postar algo novo para não ficar muito inativa. Esta parte não está muito empolgante, mas prometo que a próxima terá mais reviravoltas, comentários divertidos e momentos fofos.

Comentários sempre são bem vindos; eventuais erros serão corrigidos assim que eu tiver tempo.

Ah! A moça da foto abaixo representa a protagonista nesta primeira parte.

Capítulo 1 - Primeira parte


Fanfic / Fanfiction O Melhor Vem Após o Pior - Primeira parte

(Vera)

— Vocês têm certeza sobre isso? — meus pais perguntam, olhando direto nos meus olhos. 

Eu posso ver a preocupação nos olhos deles enquanto estudam a mim e ao homem sentado no meu lado, no sofá da sala. Olho para Lionel. Seus olhos castanhos familiares não estão direcionados aos meus pais, para defender nossa causa; em vez disso, estão em mim, dando-me coragem. 

Deixo meus olhos permanecerem no rosto que eu conheço tão bem quanto o meu próprio: o cabelo longo de tom castanho que eu estou sempre dizendo a ele para cortar, os lábios que sorriem quando eu estou por perto, a fenda bonita em seu queixo e esses olhos hipnotizantes que não se desviam de mim. O homem diante de mim é gentil, doce, corajoso, engraçado, e eu o amo mais do que minha própria vida. 

Seguro as mãos de Lionel, apreciando a sensação de seus dedos fechando-se nos meus em um seguro casulo. Então respondo aos meus pais:

— Tenho certeza.

— Mas vocês dois são muito jovens para assumirem o compromisso de um casamento! — grita minha mãe, enquanto meu pai tenta acalmá-la. 

— Onde vocês irão morar? Como vocês vão fazer para manterem-se? E sobre a escola de design de moda que você queria cursar, Vera? E sua carreira no futebol, Lionel? 

— Nós sabemos o que estamos fazendo, Senhora Lopez — Lionel tranquiliza-os. — Acredite em mim, já pensamos sobre isso.

Me aconchego mais perto de Lionel, odiando que meus pais estejam sendo tão contrários à nossa decisão; afinal, foi tudo totalmente natural. Não têm por que ficarem tão espantados. Lionel e eu conhecemos um ao outro desde que éramos crianças. Nossos pais eram vizinhos e melhores amigos quando nós dois viemos ao mundo quase que ao mesmo tempo. Lionel nasceu um mês mais cedo do que eu; desde então, nos tornamos inseparáveis. Fizemos tudo juntos, dos nossos primeiros passos às primeiras pedaladas sobre uma bicicleta. Foi difícil ajustar-me quando a família de Lionel se mudou para Espanha, no momento em que tínhamos onze anos. 

No entanto, a cada verão e inverno eles vêm por dois meses para a Argentina, por isso nossa amizade não foi enfraquecida. Durante o nosso tempo à parte um do outro, nos mantivemos trocando e-mails. Ninguém mais do que Lionel conhece meus desejos mais profundos. 

Nossa amizade logo se transformou em amor e começamos a namorar com a idade de dezesseis anos. Lionel voltou neste verão e me pediu para casar com ele, pedido este que eu não hesitei em dizer sim. Lionel é a outra metade de minha alma e não há nenhuma maneira de que eu consiga viver sem ele.

— Meu plano de estudar moda ainda está de pé, mas vou fazê-lo na Espanha, onde Lionel seguirá jogando futebol. Seu salário vai nos manter até que eu possa obter um emprego a tempo parcial — explico aos meus pais o esquema básico do nosso plano. — Por favor — eu imploro com os meus olhos quase úmidos. —, vocês não podem simplesmente ficar felizes por nós?

Meus pais procuram nossos olhos mais uma vez, e neles parecem ver determinação porque seus ombros encolhem-se e um sorriso triste surgi em seus rostos. 

— Vocês não têm idéia de onde estão se metendo — diz mamãe. — De todo o modo, estamos com vocês. — Ela levanta-se e envolve Lionel e eu com seus braços. — Parabéns.

(Messi)

— Você, Lionel Andrés Messi, aceita Vera Isabel Lopez como sua legítima esposa? — pergunta o padre no momento em que Vera e eu estamos diante dele com as nossas mãos entrelaçadas.

Suas palavras ecoam nas paredes da igreja onde apenas amigos próximos e familiares estão presentes. Eu não consigo tirar meus olhos de Vera, que está usando um fino e apropriado vestido de casamento que ela própria fez. Tem um desenho estilo sereia, bem justo na altura do busto, e feito de cetim branco. São os pequenos detalhes, como os vincos em seu corpete e a faixa com diamantes que fazem o vestido ser único. Ela não deve fazer ideia de como está causando estragos aos meus pensamentos. Não consigo me concentrar em mais nada, a não ser na euforia de saber que esta bela mulher em minha frente está prestes a ser somente minha. Estou tão hipnotizado que Vera tem que apertar a minha mão para que eu consiga me concentrar e dizer meus votos.

— Eu aceito — respondo com clareza, olhando para ela com todo o amor do meu coração.

— E você, Vera Isabel Lopez, aceita Lionel Andrés Messi como seu legítimo esposo? — pergunta o padre, mas desta vez olhando para Vera.

— Aceito.

Eu dou um sorriso genuíno para sua resposta e nem sequer espero que o sacerdote nos autorize a fazer a troca de anéis; Vera solta um gemido de surpresa no momento que a puxo para mim e levo meus lábios até os dela, beijando-a com todo o meu amor. Ela derrete-se contra mim enquanto deixo meu beijo persuadir os seus lábios com um sentimento de êxtase inexplicável. Logo o padre pigarreia diante do nosso beijo, fazendo-nos rir e nos afastarmos um do outro para dar seguimento à cerimônia de casamento.

(Vera)

Eu pego um copo de vinho do armário superior e me sirvo de uma porção. Olho em volta para o apartamento vazio que Lionel e eu temos na Argentina, enquanto eu termino o meu último ano no ensino básico. Está se aproximando rapidamente o nosso aniversário de um ano de casamento, e o momento em que eu irei para a Espanha juntar-me a Lionel idem. Ficar afastada dele está mais difícil desde que nos casamos, mas sei que isso é essencial para a sua carreira e a minha também, caso eu queira entrar na escola de design. No entanto, isso não muda o fato de que eu estou me sentindo muito sozinha sem o amor da minha vida aqui perto de mim. O nosso apartamento parece gigante sem ele aqui; nossa cama está fria; os meus dias estão sendo muito tediosos sem o sorriso meigo que tanto me conforta. Eu não saio de perto do telefone, esperando por uma ligação dele, raras nos últimos dias. Eu estou ficando um pouco louca, admito.

Eu suspiro e ligo a televisão, aumentando o volume ao máximo só para sentir-me na companhia de outras pessoas. Fico mais entendida e triste a cada gole de vinho. Chega um momento em que não consigo mais aguentar minha solidão.

Agarrando o meu casaco e bolsa, eu saio do apartamento sem preocupar-me em desligar a TV. Uma vez em contato com o ar fresco da noite, me dirijo a uma boate a poucas quadras da minha casa, chamada "Mundo".

Assim que eu entro no dito lugar, me deparo com um ambiente tomado por pulsações de música eletrônica, luzes piscando e uma multidão de pessoas dançando. Todo esse movimento me faz sentir melhor. Eu ainda gostaria muito que Lionel estivesse comigo, mas resolvo me divertir um pouco. 

Eu faço meu caminho para a pista de dança e começo a dançar. Há dezenas de pessoas me circundando, esfregando-se em mim. Balanço meus quadris ao ritmo da música e levanto as mãos no ar, deixando-me ser levada pela batida.

Um homem aproxima-se para dançar comigo; deixo ele segurar minha mão enquanto eu giro no meu eixo imaginário. Depois de uma hora eu vou pegar algo para beber e o homem me segue. 

— Você dança de forma incrível — diz ele com um sorriso de tirar o fôlego. O homem é daqueles que poderiam estar na capa de uma revista. Enquanto Lionel tem um jeito de menino, o cara que agora está diante de mim é praticamente um supermodelo. Ele se eleva sobre mim.

— Meu nome é Juan.

— Vera — eu digo, segurando a mão oferecida por ele. Seus músculos bem definidos flexionam-se e eu não consigo não deixar de olhar para eles. 

— Eu já vi você por aqui antes?

— Acho que não — digo, notando a forma como os olhos dele estudam cada parte do meu corpo. Eu começo a tremer, mas não de frio; meu coração acelera. 

— Olha, eu tenho que ir.

— Você não pode ficar mais um pouco? — Juan implora agarrando o meu braço antes que eu pudesse ir embora. 

— Desculpe me.

Após alguns segundos ele me solta. Há  uma marca de mão onde ele me segurou muito firmemente. 

— Desculpe por isso — diz Juan encolhendo os ombros timidamente. — Não conheço minha própria força. 

— Está tudo bem. Obrigada pela dança. — Eu atiro-lhe um sorriso e depois vou para saída, mas não sem antes dar uma última olhada para trás para encontrar Juan ainda me observando.

— Eu rio alto assim que alcanço a rua, contente em saber que ainda tenho poder sobre os homens. Sou casada mas é bom saber que sou bonita o bastante para ser observada com interesse. Enquanto caminho pela rua, começo a ter uma estranha sensação de estar sendo seguida, porém ignoro meus instintos e sigo meu caminho, repreendendo-me por ser paranóica.

A sensação persisti e eu olho atrás de mim; não há ninguém. Eu volto a direcionar minha atenção à frente novamente e grito.

— Você quase me matou de susto! — Eu coloco a mão sobre o meu coração disparado enquanto olho para Juan. 

— Me perdoe. — Ele coloca uma mão reconfortante no meu ombro e ri. — Eu só queria ter certeza de que você estaria segura na sua caminhada para casa.

— Em vez disso você quase me causou um ataque cardíaco.

Eu começo a andar novamente e Juan cai em passo ao meu lado.

— Bem, eu não sabia que você era tão medrosa. Deve ser do tipo que assite muitos filmes de terror — Ele provoca, abrindo a porta do meu edifício para mim. 

— Eu nunca assisto filmes de terror exatamente por ser muito medrosa — eu digo. 

— Honestamente, isso é bom em uma garota.

Logo alcançamos a porta do meu apartamento e eu destranco-a. Digo:

— Obrigada novamente por me acompanhar até em casa, mas realmente não era necessário.

— Não precisa agradecer — diz ele com uma voz profunda. Eu me viro para olhar em seus olhos e noto que os mesmos brilham com paixão. Ele avança para cima de mim e abre a porta. Me empurra para dentro e entra, fechando a porta atrás de nós. 

— Juan, eu sou casa... — Ele me puxa para os seus braços e aperta seus lábios nos meus em um beijo áspero. 

— Esqueça tudo e deixe-nos ter esta noite.

(Messi)

— Oi, querida, eu estava morrendo de vontade de ligar para você — eu digo alegremente ao telefone enquanto me deixo cair sobre o sofá na minha sala na Espanha, pondo meus pés para descansarem sobre a mesa. 

— Lionel ... — fala uma voz tão baixa e fraca que eu quase não consigo ouvi-la. Mal posso acreditar que tal voz pertença à minha esposa. No entanto, não é seu volume, mas seu tom que me assusta. O tormento angustiante em sua fala me faz querer arrancar meus ouvidos para deixar de escutá-la.

— O que há de errado Vera? Você está bem? Você precisa de mim? Quer que eu volte para a Argentina? — pergunto, meu sangue correndo enquanto adrenalina é bombeada em minhas veias pelo medo do que poderia ter acontecido à mulher que amo.

— Lionel, eu...

Vera não consegue pronunciar as palavras e minha mente está em ação frenética tentando figurar a catástrofe que poderia ter acontecido para deixá-la tão aflita. Então me lembro de que, ao longo do último mês, ela esteve  distante, ligando menos, e, quando o fazia, ouvia mais do que falava. O que está incomodando-a agora poderia estar persistindo há semanas? 

— Lionel, eu ... — Eu ouço um gemido do outro lado e meus nervos se rompem.

— Eu estou indo, Vera.

— NÃO! — O grito dela me faz congelar no sofá. 

— Vera, você está me assustando. Por favor me diga o que está errado, meu amor.

— Eu estive com alguém — ela admite, um soluço escapa no final. Por alguma razão eu não me sinto capaz de processar as palavras que ela acabou de falar. Ela só pode estar mentindo. Eu sei que Vera nunca faria uma coisa dessas. Meu coração fica apertado e meu corpo não consegue parar de tremer. 

— Vera ... por quê? — boto pra fora da minha garganta seca. 

— Eu sinto muito, Lionel. Simplesmente ... aconteceu — a voz de Vera soa mais forte agora. É quase como se ela estivesse reunindo coragem diante da minha tristeza. Tento recuperar a compostura sem saber se eu quero chorar, gritar ou rir do absurdo da situação. Eu decido que não devo fazer nada no telefone, eu preciso vê-la para resolver esse assunto. 

— Olha, Vera, estou chegando e nós pode...

— Eu não quero falar sobre isso, está feito — a voz de Vera soa sem emoção ... morta.

— Do que você está falando? Nós podemos resolver isso se...

— Lionel, está tudo acabado! Eu não quero resolver nada! — Vera grita e eu vacilo.

— Você quer esse outro homem — respondo friamente, enquanto deslizo meus dedos pelo meu cabelo.

— Tudo o que sei é que você é o homem que eu não preciso na minha vida. Me deixe em paz!

Por um momento pensei ter notado agonia no tom do final da sentença de Vera; mas logo chego a conclusão de que foi apenas uma ilusão. Permaneço por um bom tempo no meio da minha sala de estar, com o telefone na minha orelha, embora Vera tenha desligado há horas. Eu ainda estou confuso diante do que está acontecendo. Entretanto sei que se há uma certeza, esta é que acabei de perder Vera...


Notas Finais


Até logo!


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