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História O Menino da Casa ao Lado - Chapter VII


Escrita por: V1ckGomez

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 7 - Chapter VII


Greenville, New Hampshire

 

15 de Julho de 2015

 

Quando Alissa se levantou, percebeu que Ivie não estava em casa. ‘’Talvez ela tenha saído para comprar alguma coisa’’, pensou a garota. Aproveitando o momento sozinha, após tomar seu café Alissa decidiu ligar a tv e procurar por algum canal de desenho. Apesar de ser uma pré-adolescente de 13 anos, ela adorava assistir desenhos animados.

Quase 3 horas depois, ainda não havia qualquer sinal de sua tia. Preocupada, Alissa decidiu ligar para o celular de Ivie. Para sua surpresa, o aparelho tocava em cima da geladeira. Talvez Ivie tenha esquecido o celular antes de sair. Ainda assim, a jovem resolveu sair um pouco. Quem sabe sua tia esteja nos fundos da casa?

Ela não sabia o quê, mas algo a atraía para o pântano. Era apenas um simples e fedido pântano, como qualquer outro. Mas o que o diferenciava do resto? Nada, provavelmente. Mesmo assim, Alissa caminhou até ele com receio, como se algum monstro pudesse emergir dali a qualquer momento. Quando se aproximou mais da margem, a jovem notou algo boiando em sua superfície. Um corpo. O corpo de Ivie. Alissa levou as mãos à boca para conter um grito. Seria mesmo a sua tia? Os cabelos, o rosto e a roupa apontavam que sim.

— Todos nós partiremos um dia. – disse o garoto sem olhar para ela

Alissa não havia percebido a presença de Cory ali. Ela o olhou com surpresa e terror. Sem saber o que fazer, a jovem entrou em desespero, se ajoelhando sob o corpo imóvel de sua tia e chorando inconsolavelmente. Um grito tentou sair de sua garganta, mas logo morreu. Ao olhar para o lado novamente, Cory já não estava mais ali. Ela não conseguia olhar por muito tempo para o corpo inchado e sujo de lodo de sua tia. A visão daquele rosto negro, dos olhos esbugalhados como duas grandes bolas de gude e a língua se projetando para fora dos lábios roxos permaneceria em sua memória por um longo tempo.

Ao se afastar da margem, de costas, Alissa percebeu um cheiro de carne podre no ar. Ao investigar de onde vinha o terrível odor, seus olhos se arregalaram e Alissa enfim liberou um enorme e estridente grito de horror. Havia um corpo ali banhado por uma enorme poça de sangue já coagulado. Um corpo com vários cortes profundos. O olho direito da vítima foi arrancado, sua boca abrigava milhares de formigas, alguns ossos pendiam para fora da carne e seus dentes também foram arrancados. Os que ainda permaneciam, estavam quebrados. Com as pernas ainda trêmulas, Alissa reuniu forças para correr até a casa em busca de seu celular para ligar para a Polícia e em seguida, para seus pais.

Quase 20 minutos depois, dois carros da Polícia e uma ambulância para a remoção dos corpos pararam em frente à propriedade.

— Boa tarde. Sou o comandante Philips. – disse um homem alto, forte e de cabelos grisalhos. Não aparentava ter mais do que 45 anos e trazia consigo, um pequeno copo de plástico com café

— Bo-boa tarde. Eu... minha tia... Há 2 corpos lá. – falou Alissa visivelmente abalada enquanto apontava para os fundos da casa

— Certo. Qual é o seu nome?

— A-alissa. Alissa Roberts.

— Certo Alissa, mantenha a calma, tudo bem? Você estava sozinha na casa quando encontrou os corpos?

— Sim... E-eu acordei e percebi que minha tia não estava em casa. Então achei que... achei que ela tivesse saído para comprar algumas coisas. Mas ela estava demorando muito e esqueceu o celular em cima da geladeira.

— E como você os encontrou?

— Eu fui até o pântano, como faço todos os dias. Quando me aproximei da margem, encontrei um... um corpo b-boiando. Minha... era minha tia e... próximo dali havia um cheiro muito forte de coisa morta. Até achei que... que fosse algum animal. Mesmo assim cheguei mais perto para ver encontrei aq-quela pessoa. – por mais que tentasse manter o controle de sua voz, a garota não conseguia

— Você o conhece?

— Não.

— Você não é daqui, é?

— Não. Eu sou de Boston. Vim passar as férias de verão com minha tia.

— E onde estão seus pais? – perguntou o comandante olhando para os lados, mesmo sabendo que não encontraria ninguém

— Em Boston. Trabalhando.

— Você já ligou para eles?

— Sim... Eles estão vindo para cá.

— Você chegou a tocar nos corpos?

— Não.

— Ok. Você poderia aguardar dentro do carro? Precisamos averiguar os corpos e isolar a área antes da chegada da Perícia. – disse o policial apontando para o primeiro carro

Alissa assentiu e foi guiada por uma policial que observava o pequeno interrogatório a qual a garota foi submetida.

Poucas horas depois, o carro dos pais de Alissa pararam em frente a casa. À essa altura, a perícia já havia chegado.

— Minha filha! Meu Deus! Você está bem? – Katlyn correu para abraçar a menina. Seus olhos já estavam vermelhos de tanto chorar

— Mãe... – a menina, que já havia se controlado, desabou em lágrimas novamente

A família, novamente reunida, observava atônita a movimentação no local. O que eles mais queriam naquele momento era sair dali e ir o mais longe possível. Mas não podiam. Agora que seus pais estavam presentes, eles sabiam que Alissa ainda seria levada para a delegacia para responder mais algumas perguntas. E enquanto não saísse o resultado da autópsia e o corpo não fosse liberado para ser enterrado, eles não poderiam retornar para Boston, longe daquele pesadelo.


Notas Finais


Estamos chegando na reta final :/


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