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História O menino de ferro - Eu posso me tornar um herói?


Escrita por: Deku--kun

Notas do Autor


eu seeeeeeei que disse que postaria semana que vem, tecnicamente já é semana que vem, domingo sabe... eu tava entediada e ansiosa, então resolvi escrever

alerta de gatilho

boa leitura!!

Capítulo 4 - Eu posso me tornar um herói?


ALERTA DE GATILHO!!!!!!!!!!!!!!

Acordo com som de pássaros, aparentemente eu estava sozinho no quarto, minha mãe e muito menos os médicos se encontravam aqui, talvez esse seja meu único momento de paz, mas... será que o Kacchan veria me ver? Será que ele sabe do ocorrido? Ele ao menos se importa? Fui interrompido de meus pensamentos quando um homem loiro e musculoso adentrou o quarto

- All Might? O que faz aqui?

All- Olá jovem Midoriya, soube que estava sedado, não esperava encontra-lo desperto, vim apenas verificar como você estava, sabe... depois do ocorrido

- estou “bem” na medida do possível – eu estava feliz, muito mesmo, mas não conseguia expressar abertamente, como se parte minha estivesse adormecida, para não dizer morta

All- bom... caso esteja curioso, seu caso não foi à público, aquele homem está preso, nunca mais lhe fará mal algum, os médicos lhe fornecerão acompanhamento psicológico, caso queira é claro, um amigo da polícia queria pegar um depoimento seu, por isso me pediu para vir, e como eu viria visita-lo, foi bem fácil, mas se não quiser se abrir, tudo bem

- aquele... – me referir a ele me dava ânsia de vômito – aquele homem, ele disse que já havia feito isso antes, c-como estão as vítimas dele?

Ele ficou em silêncio, parecia pensar se revelaria ou não essa informação, a resposta era tão ruim assim?

All- meu jovem, serei sincero com você, as outras vítimas foram assassinadas, você é o único sobrevivente dele, graças a Deus escapou com vida, infelizmente as outras crianças não tiveram essa sorte

Gostaria de não ter saído vivo, do que me adianta sobreviver para continuar nesse inferno? Sortuda foram as crianças... no que estou pensando? Elas não desejavam esse final, não pense isso sobre elas seu inútil

-All Might, muito obrigado pelo o que fez por mim, sem você minha mãe iria sofrer muito

All- *Pensamento* do que esse garoto está falando? Ele não se preocupa consigo mesmo? – não há de que jovem, é para isso que estou aqui, algo mais a dizer antes que eu vá? Alguma informação importante ou algum pedido?

- gostaria de um autógrafo, mas estou sem papel

All- não se preocupe jovem, eu carrego um caderninho comigo – ele retira o caderno do bolso do terno e escreve seu nome, em seguida me entrega seu caderninho – ele é seu agora, cuide bem dele

-A-All Might? Antes que vá, posso lhe fazer uma pergunta?

All- faça jovem

- alguém sem individualidade, pode se tornar um herói?

All- Jovem Midoriya, eu gostaria de dizer que sim, mas com uma sociedade cheia de individualidades perigosas, temo que não seja possível, alguém sem individualidade poderia correr muito risco de vida sem um poder como defesa, sinto muito meu jovem, mas não desista de fazer a diferença no mundo, seja policial, médico ou alguma outra área

- t-tudo bem, eu já esperava por isso mesmo – sinto lágrimas quentes descerem de meus olhos

All- Jovem Midoriya você está...

-não, mas vou ficar bem, sempre fico, não é? – meu fraco sorriso desestruturado em meio a tanta dor não parecia convincente, senti que ele falaria algo mais, optou por apenas deixar o hospital, continuei chorando na falha tentativa de sair desse afogamento que chamo de tristeza, minha visão embaçada impediu que eu visse o rosto da mulher a minha frente, uma mulher loira e alta, estava sozinha ao que parece

Mistsuki- pobrezinho, o que lhe causa tantas lágrimas querido?

-ti-tia Mitsuki? O que faz aqui?

Mitsuki- sua mãe precisou ir trabalhar e eu vim no lugar dela tomar conta de você, me diz, por que está chorando?

-n-não é nada tia, mas fico feliz que tenha vindo – seu rosto foi deixando aos poucos a preocupação, sendo substituído por um sorriso calmo, ela teve a intenção de afagar meus cabelos, eu apenas recuei, ela entendendo a situação apenas se afastou

Mitsuki- sinto muito não trazer o Katsuki, mas ele está na escola

-tudo bem, eu entendo, só espero poder sair logo daqui, estou com saudade de casa

Mitsuki- me disseram que você precisa de descanso depois do incidente, então vou indo querido, trouxe seu telefone para o quarto, se quiser conversar é só me ligar, mande mensagem para seus amigos, eles devem estar preocupados pela sua falta

-pode deixar – forcei o um sorriso e a vi indo embora, tia Mitsuki... eu não tenho amigos

Nesse mesmo dia, minha mãe veio me ver, trouxe minha comida favorita e me assistiu comer, conversava coisas simples enquanto eu tentava embarcar na conversa, eu podia sentir sua tristeza ao me ver, eu estou causando problemas para ela, de novo e de novo, eu não presto nem para ser filho, que merda vim fazer nesse mundo? Sofrer? Com certeza

Dia seguinte chegou e eu pude ser liberado, um médico com dom de cura me ajudou com minhas costas, cheguei exausto em casa e apenas fui direto para a cama, acordei 20 horas para jantar, tomei um banho e deitei de novo na cama já fria, amanhã minha vida voltaria a ser o que era

⫰⫯⫸time skip⫷⫯⫰

Meu quarto começava a ganhar claridade, meu corpo aos poucos foi despertando, me levanto a contragosto e começo a me arrumar, após minha higienes eu vesti meu único uniforme intacto, calcei meus sapatos e fui em direção à cozinha onde se encontrava minha mãe

Inko- bom dia filho, seu café está na mesa, coma e pode ir

- obrigado mãe – começo a comer, mesmo não sentindo fome, meu corpo precisa de nutrientes apesar de tudo, termino o último pedaço de pão e me levanto – vou indo mãe

Inko- tem certeza de que quer mesmo ir? Pode ficar eu vou entender

- eu estou bem mãe, não gosto de perder matéria

Inko- então deixe eu ao menos te levar – me aproximo dela e lhe dou um beijo na bochecha

- está tudo bem, de verdade, te amo

Inko- também te amo, vá com cuidado meu filho

Saio de casa indo rumo à escola, quanto mais perto, mais meu coração parecia pular do peito, eu estava muito nervoso e principalmente ansioso, será que eles não sabiam mesmo o que aconteceu comigo? Mamãe disse que apenas notificou a escola que eu estava internado, não quero chamar atenção depois disso e nem dar mais uma razão para me chamarem de inútil, já bastam essas agressões, não preciso de mais do que isso

Chego à escola e todos pareciam não saber de fato, suspiro aliviado e vou para a aula, o dia passou-se tranquilo, tirando o fato do professor ter me humilhado em frente à turma por causa da minha escolha, entrar na UA, mas isso foi antes do incidente e antes da conversa com All Might, logo desmenti e disse que não queria mais, todos da sala disseram que eu fiz o correto, alegando que eu era inútil demais e morreria se fizesse a prova de admissão, ao final da aula, Bakugou não estando contente com os “poucos” insultos recebidos veio me atormentar e desgraçar meu fim de tarde

Bakugou- então o merdinha finalmente reconheceu seu lugar?

- é Katsuki, reconheci o meu lugar, um inútil como eu não serve pra nada, se uma pessoa como eu sempre vai ser vista como inútil, então por que tentar ser outra coisa?

Bakugou- quem te deu o direito de falar desse jeito comigo seu puto?

- tanto faz, não ligo mais, quer me matar? Mate, não me importo – por um instante o vi vacilar, foi rápido mas eu pude notar, em seguida ele veio de repente pra cima de mim

Bakugou- vou fazer você se importar – ele agarrou os meus cabelos e me colocou de joelhos olhando para ele, fechei os olhos com dor, mas... quando os reabri, não era Katsuki ali, a-aquele homem, ele não estava preso? O que ele estava fazendo aqui? Não... NÃO, SAI DA MINHA CABEÇA

- ME SOLTA, NÃO ME TOCA, VOCÊ DEVERIA ESTAR PRESO, ME LARGA – o homem sorria para mim maldosamente, por favor, me deixa em paz, comecei a gritar, forçando minha garganta ao máximo sentindo-a arder

Bakugou- Oe Deku? Deku para!!! DEKU!!

Parei de gritar por um instante voltando à realidade, o homem havia sumido, ficando apenas um Bakugou confuso e seus amigos logo atrás, nesse pequeno momento de distração, peguei minha mochila e corri dali o mais rápido que pude, lágrimas grossas insistiam em descer, eu deveria ter ficado em casa


Notas Finais


e foi isso o capítulo, eu escrevo essa fic sempre quase chorando, mas no fim terá uma recompensa
obrigada aos que leram e espero que estejam gostando!!


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