História O menino loiro do parquinho - Drarry - Os campeões

"Cap. 45 - Os campeões"

||1400 palavras||

    Depois daquela aula perturbadora de Defesa Contra as Artes das Trevas, vários alunos pareceram bem animados com o novo professor. Comentavam coisas como: “ele é assustador e sabe sobre as coisas!” Harry ficara preocupado com Draco devido à Maldição Cruciatus na aranha, mas Draco o tranquilizou, dizendo que foi só um susto passageiro e que nada demais tinha acontecido, embora Harry ainda não abandonasse a sua preocupação.

    Harry e Ron tinham descoberto a nova mania de Hermione daquele ano letivo: ela fundou uma organização chamada F.A.L.E. — A Fundação de Apoio à Libertação dos Elfos Domésticos —, que pretendia assegurar aos elfos melhores condições de trabalho, fazendo eles ganharem salário e varinhas. Hermione, por mais que Harry e Ron não tivessem nem um pouco interessados nessa fundação, nomeou Ron como tesoureiro do F.A.L.E., e Harry como o secretário.

    Depois de alguns dias, as escolas de Durmstrang e Beauxbatons chegaram em Hogwarts e, quando Ron viu Krum saindo do navio o qual o transportara à escola, ele ficou encantado.

— Eu não acredito! — exclamou ele espantado. — Krum, Harry! Vítor Krum!

— Pelo amor de Deus, Ron, ele é apenas um jogador de quadribol. — disse Hermione num tom impaciente.

— Apenas um jogador de quadribol? — exclamou Ron olhando para a amiga sem acreditar no que ela havia dito. — Mione, ele é um dos melhores apanhadores do mundo! Eu não fazia ideia de que ele ainda estava na escola! Ah, — ele se desanimou enquanto procurava algo nos bolsos. — não acredito, não trouxe uma única pena comigo... Você acha que ele assinaria o meu chapéu com batom?

— Francamente! — exclamou Hermione inconformada.

— Vou pedir um autógrafo a ele se puder — disse Ron ignorando-a. —, você tem uma pena, Harry?

— Não, deixei todas na mochila. — respondeu Harry.

    No jantar de boas-vindas às escolas, Ron parecia encantado com todos os alunos de Durmstrang e, quando uma garota loura chegou perto deles enquanto eles conversavam sobre os Explosivins de Hagrid, Ron pareceu encantado até com as alunas de Beauxbatons.

— É uma veela! — exclamou Ron com a voz rouca quando a garota havia se distanciado deles.

— Claro que não é! — retrucou Hermione aborrecida.

— Estou dizendo, não é uma garota normal! — disse Ron. — Não fazem garotas assim em Hogwarts!

— Mas fazem garotos legais em Hogwarts. — respondeu Harry apoiando o queixo na palma da mão, vendo Draco conversar com Pansy na mesa da Sonserina. — Você deveria falar mais com o Blaise, Ron, ele é um cara legal também.

Ron ficou púrpura, e não disse nada durante os próximos minutos.

Ainda naquela noite, Sr. Crouch e Ludo Bagman chegaram à escola — Hermione estava emburrada com o Sr. Crouch, provavelmente pensando sobre Winky —, e, segundo Dumbledore, eles também haviam organizado o Torneio Tribruxo, sendo juízes juntamente a Dumbledore, Karkaroff (diretor de Durmstrang) e Madame Maxime (diretora de Beauxbatons).

Dumbledore discursara sobre o que seria o Torneio Tribruxo, que seria dividido em três tarefas. Ele traçaria uma linha etária — Fred e George ficaram bolando planos para conseguir atravessá-la mesmo com menos de dezessete anos —, e os alunos aos quais tinham interesse em participar teriam de depositar um pedaço de papel com seu nome e a escola na qual estuda dentro do Cálice de Fogo.

Estavam ansiosos para o Dia das Bruxas já que esse dia o Cálice escolheria o campeão de cada escola. Fred, George e Lino Jordan haviam, durante o tempo de espera, produzido uma Poção para envelhecer.

— Resolvido. — cochichou Fred a Harry, Ron e Hermione. — Acabamos de tomá-la.

— Quê? — exclamou Ron.

— A Poção para Envelhecer, seu pão de milho. — disse Fred.

— Uma gota cada um. — acrescentou George esfregando as mãos. — Só precisamos envelhecer alguns meses.

— Vamos dividir os mil galeões entre os três se um de nós vencer. — disse Lino sorrindo largamente.

— Não tenho muita certeza de que isso vai dar certo. — disse Hermione com teimosia. — Tenho certeza de que Dumbledore terá pensado nessa possibilidade.

Fred, George e Lino fingiram que não escutaram.

— Prontos? — perguntou Fred aos outros dois. — Vamos então, eu vou primeiro...

Fred tirou um pedaço de pergaminho do bolso com as palavras “Fred Weasley – Hogwarts”, indo até o Cálice com passos autoritários, todos ali o olhavam ansiosos. Atravessou a linha etária.

Harry, por um pouco espaço de tempo, achou que dera certo. George pensara a mesma coisa pois gritou triunfantemente e correu atrás do gêmeo, mas, com um chiado, eles foram atirados dolorosamente para o outro lado do saguão, duas longas barbas brancas e idênticas em seus rostos. Houve uma explosão de gargalhadas.

— Eu avisei a vocês. — Dumbledore chegou, rindo-se da situação de Fred e George. — Sugiro que os dois procurem Madame Pomfrey. Ela já está cuidando da Srta. Fawcett da Corvinal e do Sr. Summers da Lufa-Lufa, que também resolveram envelhecer um pouquinho. Embora eu deva dizer que as barbas deles não são tão bonitas quanto as suas.

Quando o Dia das Bruxas chegou, todos pareciam animadíssimos em descobrir quais alunos seriam escolhidos como campeões.

O Cálice de Fogo estava diante da cadeira de Dumbledore quando eles chegaram ao Salão Principal. Fred e George, que haviam conseguido tirar a barba dos rostos, aceitaram a “derrota” muito bem, embora ainda estivessem decepcionados por não terem sucesso.

— Espero que seja Angelina. Ela botou seu nome no Cálice, vocês viram? — disse Fred.

— Eu vi, e também espero que seja ela! — acrescentou Hermione. — Bom, vamos saber daqui a pouco!

Depois que terminaram de se alimentar do banquete casual do Dia das Bruxas, Dumbledore se ergueu da sua cadeira. Todos pareciam tensos: a qualquer hora eles descobriram os campeões.

— Bom, o Cálice de Fogo está quase pronto para decidir. — disse o diretor. — Estimo que só precise de mais um minuto. Agora, quando os nomes dos campeões forem chamados, eu pediria que eles viessem até este lado do salão, passassem diante da mesa dos professores e entrassem na câmara ao lado — apontou para uma porta atrás da mesa. —, onde receberão as primeiras instruções.

Ele puxou a varinha e fez um feitiço que apagou todas as velas do Salão Principal, deixando o Cálice sendo a única fonte de luz presente, que refletia nos oclinhos de meia-lua de Dumbledore cujo rosto tinha um sorriso.

De repente, dentro de várias consultadas ansiosas no relógio, o Cálice começou a expelir faíscas vermelhas, e um pergaminho chamuscado voou dele para a mão de Dumbledore. Todos prenderam a respiração.

— O campeão de Durmstrang — leu alto, com a voz enigmática. — será Vítor Krum.

— Grande surpresa! — berrou Ron aplaudindo ansioso, erguendo o pescoço para ver Vítor Krum atravessar o Salão e entrar na salinha.

Quando o barulho de aplausos morreu, todos viram o Cálice soprar mais um pedaço de pergaminho para a mão estendida de Dumbledore, que leu:

— A campeã de Beauxbatons é Fleur Delacour!

— É ela, Ron! — gritou Harry provocando o amigo quando a garota loura que aparecera anteriormente desapareceu na mesma salinha.

Mais um silêncio perturbante permaneceu dentro do salão. O campeão de Hogwarts seria o próximo…

Ficando mais uma vez da cor vermelha, o Cálice de Fogo jorrou mais faíscas, e o terceiro pedaço chamuscante de pergaminho foi expulso de lá, indo novamente às mãos do diretor.

— O campeão de Hogwarts — anunciou ele. — é Cedric Diggory!

Todos os alunos da Lufa-Lufa ficaram em pé aplaudindo loucamente quando Cedric se levantou sorrindo, atravessando o salão e adentrando à câmara na qual os outros dois campeões desapareceram.

— Excelente! — exclamou Dumbledore feliz. — Muito bem, agora temos os nossos três campeões. Estou certo de que posso contar com todos, inclusive com os demais alunos de Beauxbatons e Durmstrang, para oferecer aos nossos campeões todo o apoio que puderem. Torcendo pelo seus campeões, vocês contribuirão de maneira muito real...

Mas quando o fogo do Cálice tornou a ficar rubi, Dumbledore parou de falar, distraído. Expelindo faíscas, o quarto pergaminho saltou do Cálice, flutuando até a mão de Dumbledore, que ergueu os olhos ao nome que estava escrito.

Houve um silêncio horrível. Dumbledore dividia seu olhar entre o pergaminho, o Cálice e o Salão Principal com os olhos arregalados. Então pigarreou e leu em voz alta:

— Harry Potter!

{...}