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História O Mestre Mandou - A ligação de Owen


Escrita por: shime

Notas do Autor


Não acho que este ficou bom, mas não gosto de demorar a att minhas fanfics, espero que vocês gostem! Boa leitura.

Capítulo 3 - A ligação de Owen


Fanfic / Fanfiction O Mestre Mandou - A ligação de Owen

  Merda de consciência e um garoto problemático 

  

   Busan, sábado 08:38 da manhã. 

  

  Merda, inútil, fraco, um verdadeiro lixo. Nenhum desses adjetivos eram capazes de descrever o quão imprestável e horrível, SeungHee se sentia. Andava de um lado para o outro naquele cubículo que ele costumava chamar de quarto, enquanto sua progenitora gritava palavras ofensivas ao pé do telefone. 

  

   Ela estava furiosa, e com razão. Após a punição do garoto, ele foi levado a um lugar - ainda desconhecido por ele - ficando desaparecido por quase dois dias, até ser encontrado no mesmo local em que os homens o pegaram. Inconsciente e completamente machucado.  

   — Como não encontraram imagens deste dia no circuito de segurança? Eu pago uma fortuna para dar uma boa educação para o meu  filho e eu não tenho a garantia de que ele estará seguro? - ela gritou furiosa - Como assim ele não saiu pela entrada principal? - SeungHee podia sentir a impaciência - Você está me diz- SEUNGHEE, APAREÇA AQUI AGORA! - esbravejou.

   

  Ele calçou os chinelos, vestiu um casaco e seguiu para a sala pedindo mentalmente que não fosse descoberto. Sua mãe o fitou de cima a baixo, com uma expressão de raiva enquanto ainda segurava o telefone. 

   

  — SeungHee, eu vou perguntar apenas uma vez - respirou fundo - Por que diabos você estava se enfiando pela saída do fundos da escola? 

   

  Merda!

  

   — Eu sai por onde todos os alunos entram e saem, mãe. Juro por tudo que não sai por lá. - SeungHee mentiu. 

  

 Ooi   Ele sabia que não podia contar a verdade a ninguém, e por isso, ia negar não importasse o que viesse a acontecer. Para eles, SeungHee não saiu pelos fundos e diria isso até morrer.

  

   — SeungHee, você está mentindo!- a mulher afirmou.

  

   — Não estou, por que eu iria mentir? - questionou e a mulher franziu o cenho.

  

  — Não sei, diga-me você? - ela perguntou.

  

  — Mulher, eu já falei, misericórdia! - suspirou cansado. - Se eu tivesse saído por lá a senhora acha mesmo que já não tinha dito? Olha pra mim, eu estou horrível. Até parece que também não quero achar quem fez isso comigo e moer na porrada igual!

  

   Não, não mesmo!

   

  SeungHee não queria achar ninguém, a bem verdade é que ele queria uma distância bem longa daquele que o machucaram. Queria apenas acabar com aquela palhaçada de uma vez por todas, mal sabendo ele que a tortura estava apenas começando.

   

  Voltou para o seu quarto e atirou-se sob a cama. Os gritos vindos da sala cessaram e o silêncio que pairou naquela casa era demasiado agradável. Fechou os olhos e mal percebeu quando dormiu. Poderia ficar ali para sempre, seu rosto ainda doía e sua pele estava marcada por vários tons de roxo. Abraçou o travesseiro e procurou pensar em coisas boas, queria que aquela paz se estendesse para sempre…

  

        POV SeungHee

  

  Se você tem amor à sua vida primeiro, não veja pornografias de madrugada; segundo, se uma janela anônima brotar no seu navegador feche! Sério. Terceiro, não deixe que a curiosidade te consuma e quarto, escute todos os alertas de seu subconsciente e acima de tudo: não se meta com o que você não conhece!

  

   Sério, você pode acabar muito, muito, muito fodido. Como eu, deitado em uma cama com o rosto completamente desfigurado - estou sendo um pouco dramático, eu sei - e com uma puta dor de cabeça que por um acaso, surgiu das profundezas do tártaro. Às vezes nem eu consigo tankar as merdas que faço mas a vida é assim.

  

  Quando abri meus olhos fiquei observando o teto, ainda estava cedo e eu não tinha nada pra fazer além de vegetar porque qualquer movimento me causava dor. Estava todo quebrado. E aí, como se as coisas não pudessem ficar pior, ouço o telefone tocar e a foto do maldito do Owen aparece para minha infelicidade. Eu só conseguia me questionar o que o maluco queria tão cedo.

  

   — O que você quer? - perguntei assim que atendi, revirei os olhos ao escutar o barulho de música alta ao fundo, nossa que saco!

  

   — CARA! - indagou com a voz embargada, céus… - soube que acharam você, como cê’ t-… Aio gatinhas da balada, o papai chegou!!!

  

   — Merda, Owen. Você está de brincadeira comigo? - questionei furioso, certamente estava alcoolizado. 

  

   — Quê? Não cara, não estou de brincadeira não. Estava preocupado - fez uma pausa para soluçar - … Oi gata, você mora na sua idade

  

   — Puta merda, Owen, você tá passando vergonha. Vem cá, onde você está? - questionei levantando- me da cama e indo até o armário. 

  

  Vesti rapidamente um casaco enquanto tentava arrancar o endereço do inferninho onde o cara estava. Quando consegui, calcei os sapatos e desliguei na cara dele. Precisei tomar o maior cuidado enquanto tentava sair, se eu fosse pego pela minha mãe corria o risco de apanhar outra vez. Implorei mentalmente para que o porteiro não notasse minha presença quando eu passasse pela portaria, e para minha sorte não tinha ninguém lá e eu pude escapar sem complicações.

  

   Owen era menor de idade e estava em uma festa completamente embriagado, se eu bem sabia, aquilo resultaria em uma merda astronômica. Segui para a estação de metrô e embarquei quase no mesmo instante, o lugar onde Owen estava, ficava do outro lado da cidade e eu precisava chegar o quanto antes.

  

  40 minutos depois finalmente consegui chegar no meu destino, e lá estava eu procurando por aquele babaca, em uma festa lotada de adolescentes irresponsáveis e mortos de bêbados. Tinha de todos os tipos: aqueles que estavam por se engolir na frente de todos sem ao menos se importar, os que estavam jogados nos chão com a roupa suja pelo próprio vômito e aqueles que se pareciam com o meu amigo bêbado e alcoolizado dançando poledance na pilastra como uma verdadeira steeper.

  

  Deus, por que ele precisava pagar tanto mico

  

   Caminhei até ele rapidamente e o agarrei pelo braço tentando puxa-lo para fora daquele ambiente caótico. Parecia um bebezão e eu me perguntava internamente se os pais dele tinham consciência de que ele frequentava lugares desse tipo.

  

   — Merda, o que deu na sua cabeça? - perguntei retoricamente, estava furioso. 

  

   — Eu to boladão e vou pegar altas gatinhas - ele cantarolava e eu estava me segurando de verdade para não filmar aquela palhaçada.

  

   — Owen, você não vai pegar ninguém porque eu vou te levar embora! - disse sério enquanto ele parecia não dar uma foda.

  

   — Ah mas não vai! - disse soltando seu braços de minhas mãos. - Olha só isso, cara. É um harém de gatinhas e eu vou pegar toooodas elas!

   

  — Owen, Eu vim até aqui para levar você embora, e você  vai. Quer você queira, quer não! - afirmei agarrando seu braço novamente. 

  

   — Olha só, não seja tão careta. Tem gatinhas de tooodos os tipo, por que não aproveita? - ele questionou e eu franzi o cenho.

  

   — Owen, seria uma ótima ideia - comentei quase deixando a risada escapar. - se você não estivesse esquecendo um detalhe importante. 

   

  — Oh sim, Eu não sei onde coloquei as chaves de casa, cara. Acho que estou encrencado. - falou tateando os bolsos enquanto sorria feito um bobo. - Que bom que me lembrou! 

  

   — Que ótimo, Owen. Mas acontece que eu estava me referindo as “gatinhas” - comentei fazendo aspas com os dedos. 

  

   — Ah! Se quiser posso te ajudar a conseguir uma pitanguinha, o que acha? 

  

   — Meu filho, se enxerga! - o repreendi - eu não quero gatinhas, nem pitangueiras, me poupe por favor! - disse sentindo meu rosto queimar. 

  

  Esse cara era um porre bêbado.

  

   — Todo mundo quer, não precisa ser tímido, cara… - Que saco, não sei o que é pior; o Owen bêbado ou ele sóbrio.

  

  — Eu sou gay, fica de boa. - falei para que somente ele escutasse. 

  

   — iu si guiy, fiqui di bia. - Owen me imitou revirando os olhos. - É bom que sobra mais pra mim, eu vou transar até o amanhecer… Não, Não, melhor. Eu vou transar até o meu pau cair!

  

  Meu pai amado! 

  

  Balancei minha cabeça negativamente e observei ele virar as costas para mim e sair correndo, como eu havia previsto: uma merda das grandes!

  

  Corri em sua direção tentando não perder aquele bosta de vista, quando percebi já estava novamente naquele lugar e a música ensurdecedora tocava a todo vapor. Procurei pelo Owen em todos os cantos possíveis e me parecia, no entanto, que o desgraçado havia entrado em um buraco pois eu não conseguia achá-lo de jeito nenhum. Depois de uns minutos encontrei um sofá e me sentei perto daquela gente esquisita. Bebidas e convites para sexos me eram feitos a todo momento e eu odiava o Owen mentalmente por estar naquele lugar. Maldita hora que abandonei o conforto da minha cama para ir atrás de um adolescente bêbado. 

   

   — Ué, cara. - uma voz ecoou ao meu lado e abruptamente prestei-me a encarar a figura em minha frente. - O que faz aqui?

  

   — Eu é que te faço essa pergunta, Irving? - o fitei incrédulo.

  

  Aquele era oficialmente um complô para testar minha responsabilidade.

  

   — É a festa da Sheng e ela nos convidou, eu pensei que não seria uma má ideia. - Ele comentou bebericando o conteúdo que havia no copo que estava em suas mãos. 

  

   — Irving, solta esse copo antes que eu enfie ele no seu cu. - pedi e fui prontamente obedecido, ou talvez ele só não quisesse um copo enterrado no cu. Seria complicado até para explicar para os pais dele a razão de eu ter feito algo assim. - Olhe para mim e veja se tem algum palhaço… por Deus!

  

   — Então, cara… - ele parou e me observou por alguns segundos e dali, eu tinha uma noção do que estava por vir. 

  

   — Não, não precisa responder! Quero você e o Owen aqui em menos de 5 minutos, não testem ainda mais minha paciência. - disse áspero e observei a silhueta de Irving sumir no meio daquele povo.

  

   — A MÃE DO IRVING É O SEUNGHEE, GALERO! - um garoto levemente alterado gritou consideravelmente próximo a mim. - Que otário! 

   

   — Aposto que seus pais também não sabem que você está aqui e seria uma pena se alguém ligasse para eles - comentei irônico. - E sim, eu reconheço a sua voz, não seja tão petulante JaeMin!

  

   O garoto não voltou a se pronunciar e eu agradeci porque minha paciência estava se esgotando. Irving apareceu finalmente arrastando o babaca do Owen e os acompanhei até suas respectivas casas tomando cuidado para que os pais deles não notassem que eles estavam caindo de tão bêbados - ao menos o Owen estava caindo. Depois disso, me senti em paz para voltar para minha casa e dormir para sempre. Caminhei novamente até a estação de metrô e retornei ao meu bairro, a viagem foi tranquila e não demorou muito para que eu estivesse há alguns quarteirões do prédio que eu morava.

   

  A rua estava vazia e eu procurei apressar os passos, não queria ser assaltado e considerando que eu era um ícone de beleza, não estava a fim de ter meu corpo desfigurado novamente e pensando nisso, apertei os passos. Também sentia um pouco de medo de ter sido descoberto, estava temendo um possível interrogatório e minha mãe parecia um general, tinha as perguntas na ponta da língua e misericórdia de mim se ela me pegasse para conversar. 

  

   Meu celular tocou. 

   

  Um misto de sentimentos me atingiu em cheio e um conflito interno tomou conta de mim. Eu não sabia se pegava o celular para saber do que se tratava, ou esperava chegar em casa para saber. Pausei meus passos e tirei o celular do bolso de meu casaco, fiz todo o processo de ligar e desbloquear aquela merda e quase tive um mini ataque cardíaco quando vi o SMS. Desde minha punição eu não havia recebido nada, ninguém dava sinal de vida e meu interno agradecia por isso. Porém, nem tudo era um mar de rosas e lá estava eu, mais uma vez de marionete para aquele estranho. 

   

  

  [Desconhecido]: Olhe para sua direita, há uma loja de lingerie's, quero que pegue para si, uma de seu agrado.

  

  Procurei olhar por todos os lados, para me certificar se havia mesmo alguém a me observar, todavia, só encontrei o vazio. Podia parecer que eu estava sozinho, mas havia alguém ali, e eu me sentia observado. Fitei a loja de lingerie's e engoli seco, não havia como eu voltar mais tarde e comprar. Deixaram bem claro que não importaria a hora ou o lugar, eu teria que executar a missão.

  

  E mesmo relutante eu ia fazer, não queria de maneira alguma, ser punido novamente.

  

  



Notas Finais


Leia a história completa na https://m.dreame.com/novel/2561942528.html


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