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História O Meu Lado da História - Meu Vício


Escrita por: KMendez

Capítulo 7 - Meu Vício


Quando acordei, já era de manhã, exatamente 7:30. Minha cabeça estava explodindo, enxaqueca que nunca tinha sentido antes, ou seja, ressaca. Antônio provavelmente já tinha saído, e se tivesse me chamado, não lembro de ter ouvido nada Tinha dez minutos pra me arrumar e mais dez para ir. Não queria faltar, então fui assim mesmo. Fui na diretoria, e justifiquei meu atraso com um argumento bem convincente  (mentira).

 Estou mudando muito de dias para cá, como se estivesse 14 anos em uma estação, e agora tivesse partido para outra, como se estivesse preso e agora me libertado, como se só agora aprendesse a lidar com o amadurecimento. Na sala, muitos faltaram. Mas lá estava Melissa, sozinha, sem Lucas. Lanna também havia faltado, e o Matheus não. Fui sentar atrás de Melissa, onde Lucas sentava. A aula continuava sendo do Júlio, o professor de História, dessa vez, não estava com brilhos no rosto, eu estranhei a roupa de baixo dele. Era uma calça apertada sem nenhuma marcação. Comentei com Melissa, ela apenas disse que poderia ser uma moda antiga.

 Ele tinha passado uma actividade de 4 pontos na aula passada. Eu estava preocupado porque não fiz, e iria perder quase a nota do semestre quis saber se a Melissa tinha feito...

 _Você fez atividade?

 _Com certeza, não iria perder 4 pontos né?! (RISADAS) 

 _E eu não fiz. -disse rindo, levando a esportiva. "RINDO PRA NÃO CHORAR" 

 Não sei se deixar os estudos pra lá faz parte do amadurecimento. Mas eu só caia. Chegou a hora de corrigir. Ele estava se preparando para corrigir, quando a diretora e a Cinthia, aquela psicóloga, o chamou na porta. 

 Não deu pra ouvir do que se tratava, mas o professor voltou perguntando se sabíamos o motivo da maioria ter faltado. Eu obviamente respondi que não, queria ser do mesmo jeito que era antes. Mas tá impossível, Júlio estava prestes a corrigir a atividade e não fiz porque estava em uma festa. Não me sinto o mesmo Isac de antes.

 O professor começou a fazer chamada e apenas seis alunos tinha vindo a aula. Theodoro, Melissa, Isac  (eu), Matheus, Jeniffer, e Luana. Como apenas 1% da sala estava presente, ele decidiu suspender a correção e fazer um momento de dança conosco. Colocou uma música de balada, desligou as luzes e começamos a dançar, ele parecia que já era experiente. Aproveitei esse momento em que todos estavam entretidos e fui conversar com o Matheus sobre a festa de ontem: 

_O que aconteceu ontem na festa, eu não lembro de nada!. 

 _Você se drogou e dançou com a gente. -disse Matheus naturalmente.

 _Só isso? A noite toda? Minha mãe disse que cheguei 4h da manhã em casa ué?! 

 _O resto você não precisa saber!   -Matheus já ia se afastando e dançando para outro lado da sala.   

A aula terminou, comecei a voltara falar com Melissa. Ela me perguntou porque eu tinha começado a andar com os "jato" (nome dado a Matheus e Lanna juntos) então disse: 

 _Você tinha me trocado pelo Lucas então te troquei pelos jato.

 Explicando melhor, jato se refere o modo que eles tomam a cerveja nas festas. Os dois pegam uma mangueira a "jato" e timam cerveja sem parar. 

Hora da saída, minha cabeça estava começando a rodar, doer, um forte pontada, os batimentos do meu coração se aceleravam, a temperatura do meu corpo se elevava, fiquei parado olhando pro nada e apertando meu peito, fiquei alguns segundos assim. Quando normalizou tudo, veio aquela vontade, imensa vontade, daquela droga que tinha na festa. Se me viciei? Talvez. Mas ainda não era certeza. A vontade era enorme, estava alterado, queria bater em algo, ou alguém. Corri para casa e me tranquei no quarto, não queria machucar ninguém.

 Minha mãe chegou, perguntou o que estava acontecendo, eu não poderia dizer que estava viciado, então apenas disse que não estava bem. Liguei pra Lanna, me explicar o que estava havendo. Ela apenas disse que é normal no começo e que depois melhora. Então ela foi em casa e levou uma mochila cheia daquilo. Eu não queria me envolver de novo, mas 100% do meu corpo lutava contra. 

Eu me sentia escravo disso, de mim, da droga, tive que aceitar, pois ou eu, ou as pessoas ao meu redor. Perguntei pra Lanna se ela tinha transado com Lucas. Ela negou,e apenas deixou a mochila e foi embora. E eu, fiquei aqui. Frio, morto internamente, sem saída, sem ninguém. Na hora de oferecer, todos estavam lá. O resto, eu que tenho que aturar, toda essa dor, um enorme arrependimento, prejudiquei eu, minha família, e o meu futuro. 

Drogas, no momento todos dizem ser legal. Mas esquecem de dizer que você está jogando todo seu futuro em um buraco sem fundo e vazio. Passou o resto do dia.

 Minha mãe e meu padrasto na mesma rotina. Depois de eu cheirar um pacote inteiro. Saí de casa sem rumo.  Queria encontrar alguém. Fui na casa da Melissa, meu paraíso astral. Bati na porta, seu pai disse que estava em cima, subi as escadas e abri a porta do quarto. Não encontrei apenas um alguém, estava lá, ela e Lucas. Se beijando na cama. Meu alto estima caiu, saí correndo, ela gritou dizendo que bodia explicar, eu não olhei para trás, entrei na primeira boate que vi, sem ninguém iria pegar todas as meninas que estivesse lá.


Notas Finais


Próximo capitulo amanhã (domingo).
Novos capítulos toda quinta, sexta, sábado, domingo e segunda!!!


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