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História O meu melhor amigo? Não! - Seventeen


Escrita por: dear_nana

Notas do Autor


Risos BOM DIA GALERA
Como vai a vida? Tudo certo, tudo tranquilo?
Eu recuperei toda a confiança que perdi no último capítulo então agora vocês vão ter que me aturar e aturar encheção de linguiça sim!
Espero que vocês gostem do capítulo!

Capítulo 17 - Seventeen


Donghyun P.O.V

Eu realmente me pergunto como Minhee aguentou ser meu amigo até hoje. Durante anos eu discursei sobre como Yunseong era maravilhoso e deveria ser o meu marido - pobre ilusão do Donghyun de 14 anos - mas eu nunca sequer pensei se eu estava sendo legal ou não, agora eu sei a resposta: EU ERA INSUPORTÁVEL, pois agora Minhee está fazendo exatamente a mesma coisa com Jungmo e não me leve a mal mas eu estou prestes a dar um soco na cara desse fedelho, de preferência um que estrague esse sorriso perfeito que ele tem - pelo amor de Deus eu já sou feio, se eu ficar do lado a lado desse sorriso de colgate aí sim que eu fico parecendo um filhote de cruz credo.

- Você não entende Donghyun, eu vou conhecer os pais dele. - O Kang exclamou com um sorriso enorme. - Tem noção disso? Ele disse que vai sentir minha falta quando sair do dormitório.

- Meu Deus. - Fingi vomitar, alguém me mata. - Sinceramente pare, isso está me dando gastura.

- Você está com inveja isso sim, poque o Yunseong ainda não te notou enquanto o meu crush está isso aqui de se apaixonar por mim. - Ele brincou e minha expressão de poucos amigos o fez rir.

Posso estar agindo naturalmente por fora mas na verdade eu estou em pleno desespero, Minhee tem razão, se as coisas continuarem desse jeito entre os dois Jungmo pode muito bem se apaixonar e adivinha? O coração de Yunseong vai se partir em mil pedaços e a culpa vai ser minha. Era pra eu estar ajudando o Hwang a conquistar o meu melhor amigo mas eu não posso simplesmente dizer a Minhee que ele não pode ficar com o garoto que ele gosta, isso seria extremamente egoísta da minha parte e minha amizade com o Kang é importante demais pra ser desrespeitada assim.

Pensar sobre isso forma um bolo em minha garganta, eu odeio esse assunto e ao mesmo tempo que me arrependo profundamente de ter aceitado ajudar Yunseong desde o início, eu realmente adoro cada momento depois dessa decisão. Digo, quando na minha vida eu ia ter todas essas oportunidades de estar perto do garoto que eu gosto? É inacreditável tudo que passamos juntos e por mais que tudo tenha sido em prol de juntar outras duas pessoas eu quero tão intensamente que pelo menos ele goste de mim sabe? Não precisa ser de forma romântica mas que ele devolva todo esse amor que eu dediquei a ele durante tanto tempo, eu não quero que meus sentimentos por ele desapareçam mas não posso gostar de alguém que não gosta de mim, essa é um regra bem simples certo? Nada faz sentido, mas que droga! Eu realmente odeio minha mente.

Enquanto lentamente nos afastamos das salas para chegar até o quarto de Jungmo começo a pensar sobre toda a situação do Koo; Seus pais trocaram de casa depois de muito tempo economizando pra isso e durante todo esse tempo ele morou nos dormitórios e trabalhou para ajuda-los a comprar a tal moradia, agora que o sonho finalmente se realizou ele vai se mudar para morar juntos dos progenitores. Com todo esse pretexto eu digo: Alguém com uma situação familiar saudável, eu ouvi um amém?

É óbvio que ver o sorriso surgindo no rosto de Minhee assim que chegamos no quarto que estava sendo esvaziado foi assustador, eu senti com se a realidade de que alguém ia sair magoado me atingisse como um soco no estômago, e a sensação real do fim dessa história com certeza dói bem mais que isso. Assim que Jungmo saiu pela porta aberta carregando uma caixinha com seus pertences forcei um sorriso o melhor que pude, tentando soar natural quando ele veio até nós sorrindo.

- Oi Minie! - Ele disse com um sorriso. - Oi Donghyun, muito obrigada por virem me ajudar na mudança, meus pais estão esperando para almoçarmos em uma pizzaria, eles disseram que vão pagar o rodízio de vocês em troca da ajuda.

- O que? - O Kang perguntou. - Jungmo! Não precisava de nada disso e você sabe.

- Eles insistiram ok? Não coloque a culpa em mim. - Respondeu sorrindo, algo me diz que ele tem envolvimento nisso sim. - Mas vamo logo porque eu 'tô morrendo de fome.

E assim nós partimos, com Minhee reclamando do absurdo de ganhar pizza de graça e o culpado por isso discursando sobre como o filme do pantera negra é incrível. Jungmo é um cara legal, um cara muito legal e eu já falei sobre isso antes, mas ele ser tão legal comigo agora está fazendo eu me sentir culpado pois me lembrou novamente que se o Kang ficar junto de Yunseong, seu coração será quebrado - junto com o meu - e eu nunca vou me perdoar por magoar alguém que está sendo tão gentil.

Deixei meus devaneios de lado para dar atenção exclusiva ao cheiro delicioso que vinha da pizzaria, eu sou um amante de pizzas doces e faz bastante tempo que eu não provo algumas fatias então eu espero de verdade que esse lugar não me decepcione e a pizza de sensação seja uma delícia. Entramos no local e eu imaginei como seriam os pais de Jungmo: Calmos, conservados e amorosos assim como o próprio filho, sorri pronto para perguntar ao Koo onde estava o casal mas não foi realmente necessário.

- YAAAAH! JUNGMO HYUNG! - O grito estridente ecoou pelo ambiente, fazendo meus ouvidos doerem e tenho certeza de que pelo menos uma janela das diversas que tem por aqui trincou.

- Ai. - O próprio Jungmo comentou com um sorriso dolorido, acenando para o menino que berrou do outro lado do restaurante.

- Jungmo meu filho, você chegou finalmente! - Uma mulher exclamou de trás da criança, ambos eufóricos pela chegada do filho mais velho.

- Desde quando Jungmo tem um irmão mais novo? - Pergunto sussurrando para Minhee.

- Desde sempre.- Ele responde no mesmo tom com um sorriso.

- Que saudade filho, você não nos visita faz um tempo. - A mulher disse abraçando o garoto, seu sorriso era brilhante assim como o de Jungmo.

- E faz tempo que o Hyung não trás amigos. - Comentou o menininho com uma expressão estranha. - Como seria o seu nome galã?

-Hm? - Respondi confuso e talvez um pouco assustado.

- Não se faça de desentendido, é com você mesmo que eu estou falando bonitão. - Disse com sua voz extremamente agúda, o menininho deu uma piscadinha e senti vontade de me enfiar em um buraco.

- Hyunbin por favor pare de dar em cima dos meus amigos. - Jungmo mandou com expressão cansada, como se aquilo já tivesse acontecido milhares de vezes.

- Ai, você traz um monte de menino bonito pra casa mas nem deixa eu aproveitar. - Cruzou os braços e fez um bico emburrado, assim como uma criança devia fazer, apesar de suas palavras não serem infantis.

- Você tem 8 anos! - O irmão rebateu com expressão indignada.

- Exato! Só estou garantindo que não vou ficar encalhado quando for mais velho que nem você. - Ele comentou no auge de sua voz debochada, me segurei pra não rir mas minha situação não está tão diferente, crianças podem ser bem cruéis as vezes.

Me aproximei da mesa e me sentei junta da família que nos esperava, a mãe e o pai e o de Jungmo estavam alí e eles estavam sorrindo da forma tão brilhante e empolgada que fez eu me questionar se eles não tinha acabado de ver aquele menininho dar dem cima de mim, digo, galera???? Um moleque de oito anos acabou de dar uma piscadinha pra mim! Um garçom veio até nós e nos perguntou se podia começar a servir, em menos de um segundo a família respondeu que sim, parece que eu não sou o único morrendo de fome por aqui não é mesmo.

- Espero que eles tenham pizza de atum. - Comentou a mulher com os olhos brilhantes.

- Você gosta de pizza de atum? - Perguntou Minhee com o cenho franzido.

- Você não? - O pai perguntou surpreso.

- Sabia que pra ser bonito assim precisava ter algo errado. - Hyunbin comentou novamente com sua expressão debochada.

- Obrigada eu acho? - Disse Minhee visivelmente cofuso.

- Adolescentes. - Revirou os olhos.

Talvez se eu tivesse agido assim aos 8 anos eu não estaria ajudando o meu crush a conquistar o meu melhor amigo, mas agora já foi. Ao contrário do que tinha imaginado de início o senhor e senhora Koo não são tímidos ou reclusos, na verdade eles são bem mais extrovertidos do que eu - não que isso signifique alguma coisa, acho que até uma batata tem mais habilidade social que eu. Eu 'tô realmente criando minha teoria de que qualquer um me trata melhor do que a minha mãe porque me senti uma celebridade falando com aquele casal - e até com o pequeno Hyunbin -, minha pele foi elogiada, meu cabelos, meus olhos, meu sorriso, absolutamente qualquer pessoa nesse mundo consegue ser agradável com os outros, por que você não me faz esse favor omma?

Tirando o fato de que Hyunbin ficava dando em cima do garçom o tempo todo - alguém segura esse menino - o almoço foi tranquilo e bem agradável para todo mundo, principalmente para Minhee que estava pulando de alegria, seus "futuros sogros" tinham o enchido de elogios e até seu andar estava mais confiante, era só o que me faltava, além de Jungmo já estar praticamente apaixonado agora seus pais também adoram o Kang.

Saímos da pizzaria de barriga cheia e prontos para fazer a mudança, no caso eles estavam prontos porque eu nasci sedentário e provavelmente vou morrer até o fim do dia. Fomos no carro dos Koo e por ter pessoas demais Hyunbin precisou ir no colo de alguém, por que não me surpreende que ele tenha insistido para sentar no meu? FBI eu só quero deixar bem claro que eu tenho interesse algum nessa criança, é tudo coisa dele, eu sou apenas uma vítima da situação. Felizmente a casa não era muito longe do restaurante e logo pudemos descer e ver como era antiga casa de Jungmo, me surpreendi porque o local era realmente pequeno, era até de se duvidar que 4 pessoa viviam alí até alguns anos atrás.

- Ah, já faz um tempo mesmo. - O garoto disse parando ao meu lado. - É um pouco apertada não é? É um alívio saber que vamos pra um lugar maior.

- Fico feliz por vocês. - Comentei com um sorriso.

- Vem, você e Minhee podem me ajudar a colocar as coisas da cozinha no caminhão. - Ele disse tomando a frente e nos convidando a segui-lo.

Claro que me senti hesitante entrando em uma casa estranha mas não foi nada como entrar na casa de Yunseong porque era tudo bem simples, sempre achei que pela cara Jungmo fosse ser filho rico que paga tudo no cartão de débito e nunca anda a pé, mas acho que as aparências realmente não representam nada já que a senhora Koo disse algo sobre eu ter cara de menino inteligente. Andei até os pequenos armários da cozinha onde tudo estava sendo empacotado e encaixado, Jungmo colocou uma caixa não muito grande - mas surpreendentemente pesada - em minhas mãos e explicou o que eu deveria fazer, terminando com um de seus sorrisos brilhantes e insuportavelmente brancos - colgate você está perdendo um garoto propaganda aqui.

Não acontecem coisas muito empolgantes em uma mudança, você só anda de uma lado pro outro colocando caixas e móveis dentro de um caminhão até que seu corpo esteja exausto - e eu com certeza já estava querendo morrer na quarta caixa mas isso são detalhes. Depois de terminar uma grande sensação de orgulho me preencheu, eu estou fazendo coisas úteis dá pra acreditar? Até valeu a pena ser cantado por uma criança no fim das contas - FBI eu juro que não tenho nada a ver com isso.

- Ok, isso foi bem cansativo. - Jungmo disse um pouco ofegante. - Muito obrigada por terem vindo me ajudar, isso foi muito importante pra mim.

- Não foi nada, ficamos felizes em ajudar. - Minhee respondeu bobo, me deixando nervoso sem perceber.

Um silêncio desconfortável pairou sobre nós, a dupla ao meu lado trocava olhares discretos e tímidos a todo o tempo então não demorou para cair a ficha de que eu obviamente estou atrapalhando algo aqui, os dois querem tomar a iniciativa de um conversa - que não deveria me incluir - e a única coisa impedindo isso sou eu. Um calafrio escalou a minha espinha enquanto eu pensava sobre o conteúdo que esse bate-papo pode ter, eu realmente não estou pronto para lidar com o arrependimento que previ, isso arrancou de repente todo o ânimo que eu adquiri até agora. Mesmo contra a minha vontade e com um péssimo pressentimento, alcaaçei meu celular no bolso com uma falsa expressão de dúvida, fingindo que alguém tinha me enviado uma mensagem.

- Ah, acho que é melhor eu ir, Yunseong está me chamando pra ir na casa dele. - Disse com um sorriso forçado, tentando soar o mais apaixonado possível.

-Oh, certo! Vai lá então. - Minhee disse tentando conter o sorriso, e esse meus amigos é o meu melhor amigo me expulsando da situação.

Me despedi com poucas palavras, dando meia volta e seguindo por um caminho bem longo que com certeza não passa pela casa de Yunseong, mas não acho que o Kang e seu pretendente estão prestando atenção ou sequer sabem sobre isso. Engoli seco com a certeza de que algo ruim iria acontecer.

Minhee P.O.V

Sabe aquela sensação agoniante de expectativa quando algo está prestes a acontecer e o seu coração não consegue se acalmar de forma alguma? Mesmo que não tenha nada programado é assim que eu me sinto agora, ansiando por algo, literalmente qualquer coisa, vinda da pessoa que eu gosto. Jungmo não é burro, apesar de Donghyun sempre pontuar sua demora para entender as coisas ele sabe que eu venho o tratando diferente, sempre querendo estar ao seu lado e um passo mais próximo de conquista-lo, se eu pudesse apostar diria que o Koo esta fingindo ignorar isso mas lá no fundo está respondendo aos meus estímulos, e é por isso que estou criando tanta expectativa nesse momento a sós com ele.

Uma leve brisa bate contra o meu rosto e fecho os olhos para aproveitar a sensação, sei que os olhos de Jungmo estão em mim, eu posso sentir o peso das orbes sobre minhas bochechas e não impedi o sorriso que veio em pensar na situação, meu rosto ganhou até um tom rubro assim que abri meus olhos e o garoto não se importou em disfarçar que me encarava.

- Eu.. Eu queria falar algo com você. - Ele disse, fazendo meu coração acelerar em uma velocidade que a física não pode calcular.

- Tudo bem então, pode dizer. - Respondi me aproximando dele, reforçando a pequena diferença de tamanho entre nós dois.

- Sabe, nos últimos dias... - Começou nervoso. - Eu tenho me sentido estranho em relação á você. Estranho de um jeito bom.

Mais uma vez meu coração disparou, internamente eu já estava dançando tango ao som de Mamamoo - se é que isso é possível - e berrando no último volume que minha garganta consegue alcançar, eu me considero uma pessoa muito calma mas nada me impede de surtar, afinal não é realmente recorrente alguém se declarar assim do nada pra você.

- Eu não quero me precipitr com nada, mas eu já não olho pra você da mesma formaque antes, entende? - Perguntou e eu assenti diversas vezes seguidas, com um sorriso maior do que eu deveria realmente mostrar. - Por isso eu queria tentar algo pra... Não sei explicar, dar um passo a frente.

- Algo como...?

- Talvez um encontro? - Ele arriscou, arqueando uma das sombrancelhas. Não pude evitar de rir da expressão que estava um pouco engraçada.

- Um encontro parece perfeito pra mim. - Respondi mordendo o lábio inferior, me amaldiçoando por estar com um sorriso de orelha a orelha.

- Então que tal amanhã a tarde? - Sugeriu com um sorriso, eu só queria abrir um parêntese pra dizer o quanto eu amo o sorriso desse homem, é a coisa mais perfeita que eu já vi em toda a minha vida.

- Tudo bem, amanhã a tarde então. - Conclui heistante.

- Certo... - Jungmo soltou incerto de como finalizar a conversa. - Eu tenho algumas coisas pra resolver e arrumar lá dentro então... Nos vemos amanhã?

- Claro! Até amanhã. - Exclamei me afastando quase imediatamente.

Dei de costas e não precisei espiar para saber que ele havia feito o mesmo, estou muito feliz, tanta alegria que nem cabe no meu peito, esse sorriso que eu carrego está tão largo que pode muito bem rasgar minhas bochechas, acho que eu vou ter um infarto antes de conseguir de fato ir a este encontro. Suspirei nervoso, pensando o que o futuro guarda para mim.


Notas Finais


Irra, espero que tenham gostado, deixem seus comentários porque isso sempre motiva nós escritores a continuarmos a escrever e até o próximo capítulo, bye(nine)!


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