História O meu Potty! - Um susto na cabana.

Eu nunca tinha entrado na, como posso clamar aquilo? Casa? Não me parece uma, mas Harry se referiu aquilo como casa, então. Enfim, eu nunca tinha entrado na casa do meio gigante antes. E meu pai me mataria se soubesse que entrei lá. 
Já estávamos lá a um tempo, o meio gigante havia concordado em dizer que Rony e Hermione estavam com ele todo aquele tempo caso a Umbridge quisesse culpar Harry e os amigos pelo atentado. Mas eu podia ver claramente que o grandão não estava confortável com a minha presença e a dos meus amigos, por isso eu me despedi do meu Potty e voltei para o castelo. 
A única coisa que se ouvia nos corredores era sobre a pegadinha com a vaca cor de rosa, em menos de uma hora já haviam criado até mesmo teorias e apontado vários culpados. Até os quadros nas paredes comentavam entre gargalhadas o desespero da megera quando viu o imenso dragão de fogo indo pra cima dela. 
Assim que entramos no meu quarto, nós três caímos na gargalhada, eu estava tentando a colocar a lembrança em uma penseira só pra poder ver e rever sem perder nenhum detalhe. 
- Pansy, você tinha que ver. – disse Blasio todo empolgado. – quando ela abriu a porta o Wesley já estava com uma porção de fogos apontados pro nariz dela. Ela não teve tem tempo de reagir. Foi hilário. 
- eu queria muito ter visto a cara dela. – ela riu. 
- prometo que depois te mostro na penseira. – disse Blas. 
- vocês acham que depois disso ela vai voltar? – Pansy perguntou curiosa. 
- espero que não. – digo pensativo. – mas se ela voltar... Ron e eu damos um jeito nela de novo. 
- Ron? – Pansy ergueu uma sobrancelha. 
- eles tão bem amiguinhos, sabia? – cutuco Blasio e eu revirei os olhos já imaginando o quanto aqueles dois vão encher meu saco. 
- Me explique melhor isso daí, Draquinho. – Pansy me olhou de braços cruzados e um meio sorriso. 
- nós não somos amiguinhos. – rebati. – nós queríamos dar o troco na vaca pelo que ela fez com o Potty, então nós demos uma trégua. 
- hum. E desde quando você chama o Wesley de Ron? 
- é que o Harry vive chamando o ruivo assim. Eu só devo ter pegado a mania sem perceber. – dei de ombros. 
- ata, então agora que a sapa levou o que merecia, você e ele vai voltar a se odiar? – perguntou Blasio. 
- não sei, ele não roubando o Potty de mim, tá tudo bem. – falo sincero. 
Afinal era apenas isso mesmo, ciúmes. Ciúmes por ver Ron Weasley conquistar a pessoa que eu gostei a primeira vista, olhando melhor agora posso ver que eu também não era uma criança muito boa em fazer amizades, até porque eu sou um Malfoy, nunca precisei me esforçar para ter uma amigo, eles sempre vinham até mim por meu status. 
E quando Potty me negou por causa do Wesley eu percebi como ele era mais do que um garoto bonito, o ruivo não tinha dinheiro nem status, o que me intrigava a saber o que ele tinha que tinha encantado meu Harry, mas, no fundo eu sabia que fosse o que fosse não tinha a ver com coisas que são consideradas fúteis, e ele não era como as pessoas que queriam ser minhas amigas. Ele era puro, verdadeiro. 
E agora ele é meu, meu namorado e a pessoa que achei que fosse meu empecilho na verdade não era. Eu só não sabia como me aproximar mesmo, por isso todos as minhas tentativas acabavam com um ataque de raiva da minha parte e brigas entre mim e os dois já que uma não largava o outro. 
- hei, Draco? – Pansy estalou os dedos na minha frente. 
- Han? Que? Desculpa, acho que viajei. 
- estávamos falando sobre irmos jantar. – disse Blas. 
- claro. Vamos logo. – respondi já me levantando. 
- depois do jantar você bem que podia me deixar dar uma olhadinha na sua lição de poções, né, Draquinho? – disse Pansy com um biquinho. 
- não. 
- se fosse o Potty, você deixava. 
- provavelmente. – respondi dando de ombros. 
- que injustiça. – reclamou e eu não dei bola. 
Fomos jantar, e o salão já estava ficando bem cheio, todos falando alto e rindo, ainda dos acontecimentos de mais cedo. Meus olhos não saiam da mesa dos leões, mais uma vez Potty não estava lá. 
- assim não dá. – digo frustrado enquanto me levanto. 
- onde vai Draco? – perguntou Theo que estava sentado de frente pra mim com Pansy. 
- ensinar uma lição a um certo leãozinho. – digo saindo do salão. 
A última vez que nós vimos ele estava na casa do meio gigante então acho que devo começar procurando por lá. Saio para os terrenos de Hogwarts e começo a descer até a cabana, chegando na porta tudo parecia silencioso demais. Bati na porta umas cinco vezes e nada. Mas onde você se meteu Potty? Penso tentando imaginar pra onde ele iria depois dali. Pra torre Grifinoria? Bem, essa é óbvio. 
Eu já estava pra me afastar da cabana quando ouço uma movimentação perto da entrada da floresta, as lembranças daquela detenção no meu segundo ano voltam com força total. Agarro logo a minha varinha e estreito os olhos para tentar ver alguma coisa, ao sinal de qualquer criatura eu sairia correndo. Ficar e enfrentar coisas que podem me matar não é opção. Afinal, não sou um Grifinorio, gosto de viver e estar vivo. 
Agora bem mais perto da cabana pude ouvir um galho quebrando como se algo grande tivesse o partido, as moitas se agitando. Se for uma criatura Grando então não vou conseguir correr. Pensei. Outro barulho e por reflexo me abaixei, me mantendo escondido entre a lenha que estava empilhada ao lado da cabana. 
Havia vozes e agora estavam saindo da floresta, apertei mais forte a varinha. Talvez se eu lançar um confundus eu consiga fugir. Com esse pensamento eu me preparei, levantei com a varinha apontada e pronta para lançar o feitiço quando meus olhos cruzaram com os verdes. 
- Potty? – digo, minha voz subindo uma oitava de surpresa. 
- Draco? – disse e também surpreso enquanto o meio gigante soltava um “Malfoy” seguido de “Droga”.